Poema Primavera
Sei que vem outubro
Flores, fruto de seiva
romperão no mundo
(Trabalho duro:
sugar de pedras
rasgar os caules
colher ar puro)
De todo o meu amor, seja por quem for, que seja tão belo como uma flor.
Que traga alegria e leve a dor.
De todo meu amor, seja por quem for, que seja como uma manhã de primavera e seu frescor.
Que venha, para nunca mais se for.
As mãos do poeta e o perfume das flores
As mãos do poeta, como ferramentas habilidosas,
Deslizam suaves nas palavras, criando melodias sutis,
Elas colhem versos como pétalas em manhãs de primavera,
E tecem fragrâncias de sonhos em cada linha sincera.
No papel, o poeta traça seu amor pelas flores,
Transcreve o perfume que transpira da alma.
Com suas mãos, ele cultiva jardins de emoção,
E os versos florescem com pura devoção.
Cada toque, um carinho, um beijo de tinta e papel,
As mãos do poeta contam histórias como ninguém mais,
Elas transformam o aroma das flores em poesia,
E assim, a beleza da vida ganha sua mais bela prosa.
Em um belo dia de sol, na correria do dia a dia, peguei um trem, os pensamentos voaram em trilhos, percorreram as estações. Um turbilhão de pensamentos começou a se passar em minha cabeça, sentimentos a mil, coração pulsando acelerado.
Passavam-se as estações, a locomotiva estava a todo vapor. Todo mundo com pressa de chegar ao destino. Pessoas entreolhavam-se vagamente, friamente. Haviam também as belas e singelas emoções e demonstrações de afetos... olhares que se viam, sobrancelhas que se arqueavam, sorrisos marotos e, por vezes, piscadelas como se fosse um convite a olhar a dimensão do outro.
O trem parava a cada estação
Pessoas desciam
Pessoas subiam
O baile dos trilhos continuava sem sessar.
A cada estação, uma história
A cada estação, novas pessoas
A cada estação, um novo destino
A cada estação, uma inspiração.
Me permiti a olhar para os rostos, os semblantes que ali estavam, eles falavam impetuosamente sem dizer uma palavra se quer. Percebi que muitos queriam um amor de verão a cada estação, onde amores se vem e vão a cada vagão. Aprendi que um amor de verão não seria o suficiente para uma estadia mais longa nesta estação. A locomotiva continuou a trilhar...
Percebi, ainda, que alguns queriam um amor que pudessem estacionar, um amor de estação, a qual a estadia fosse leve e sólida. Aprendi que um amor de estação iria permanecer ali, mesmo com o passar dos verões a cada estação, embora muitos trens passassem com os seus transeuntes frios e distantes.
Presenciei tudo isso e cheguei a uma conclusão: para aquém dos amores de verão a cada estação, quero continuar pensando que o amor onde eu possa estacionar, seja trilhado pelo afeto, tão livre e leve quanto a fumaça da locomotiva que baila no ar.
E sim, eu estava lá, a todo vapor!
Um dia somos jovens
Em outro dia nem tão jovens assim...
Se não vives, tu morres
Morres sem conhecer o entardecer, o fim...
A vida passa tão rápido, como um passe de mágica.
Como estações
Vamos vivendo
Florescendo
Ziguezagueando entre um florir e outro
As estações passam tão rápido, como um desabrochar das rosas.
Aquela fase da dor
Quando tudo está sem cor
Quando há o dissabor
No momento do furor
Sinto muito, ela continuará...
Ela te mostrará o caminho
Da sabedoria
Da alegria
De viver com maestria.
A vida passa voando
Somos jovens, mas até quando?
As estações passam voando
Hoje é primavera, mas até quando?
A dor passa voando
Continua doendo, mas até quando?
Como falar
Da vida
Das estações
Da dor
Se passou voando desde que comecei a falar?
Passou voando
A vida que eu estava vivendo.
Passou voando
A estação que estava florescendo.
Passou voando
A dor que estava doendo.
Se ainda não passou voando por aí
Nem a vida
Nem a estação
Nem a dor
Talvez seja porque você ainda não decolou.
Quando alçar voo, vai perceber que tudo isso vai passar
Vai passar voando.
Uma mulher do seu tempo, uma mulher à frente do seu tempo e com ampla estabilidade no seu agora e absolutamente resolvida com o passado. Uma suavidade de ventos que carrega folhas de outono, uma força avassaladora de furacão que não destrói , mas só constrói pontes e amizades. Uma mulher elegante no andar, no falar, no trato com os seus semelhantes.
Uma mulher que cuida do corpo sem jamais esquecer que a sua verdadeira beleza vem da sua essência interior e que desabrocha como flores no primeiro dia da Primavera.
Para Vani Martins
O coração nas cinzas frias da solidão desfaz silenciosamente,
a escuridão vai fugindo,e com a esperança que me resta fazendo
essa eterna ilusão.
Seu olhar puro e doce de observar vai ganhando distâncias dos meus.
Minha esperança vai acabando,e continuo caminhando na minha incerteza.
Pois a vida é uma camuflagem, para esconder minhas tristezas.
Antes mesmo do sol nascer, queria sentir você de corpo e alma,
a noite, é um momento de reflexão,de solidão que me acalma.
Pensei, sim, em desistir, muito antes de tentar, não paro por um instante até a primavera chegar.
Teu sorriso é minha lareira, teu toque me hipnotiza,
teu ouvido é como cofre, nele contém minha vida.
Tua pele me esquenta, me fortalece, me alimenta, só não me completa. Estou doente! Hoje Sou teu paciente.Meu remédio é tua presença.
Meu corpo já não se move, a Desistência tomando conta.Não consigo conduzi-lo,é algo que se esponta.
O relógio vai tocando o hipocampo se rompendo,destruindo,morrendo,
nada sobrará.
Faz tempo que não me via, espelho ao lado avistei, já não o reconhecia, somente nos olhos confrontei, criando uma fusão junto com a solidão,
eu me aprisionei.
"Em todas as esquinas, poesias,
Setembro de flores, são cores,
serenos espaços, leveza dos laços,
encontros possíveis são doces amores."
Amanheci Setembro
Acordei com o Setembro a minha janela
Com ele vem algo suave e belo, a primavera
Cores, sorrisos, amores, esperança... espera
É setembro, anunciando a primavera que ainda virá
Mas como está próximo, eu espero a doce primavera.
Setembro!
Mês das flores, mês que traz a estação mais colorida e perfumada do ano
Aproveita é hora de florescer
Na cachoeira do seu carinhar
Sinto a sua altivez feminina
E rendo-me diante dessa delicadeza
Que docemente me alucina!
É sua essência de menina
Que sempre acalma
O íntimo de minh'alma
E no despontar da primavera!
Como arauto de uma fascinação
Que esse coração venera!
BEM VINDO!
SETEMBRO...
...é sentir a beleza e a leveza de uma pétala.
SETEMBRO
É setembro, mês de transmudação
Nuvens metamorfoseiam em chuva
Chuva em flores que colorem o chão
O cerrado recamado de peúva (ipê)
É o mês de setembro, a primavera
Em coro, a passarada o que se vê
Beijando o beija flor... a flor da era
A natureza tão diversa em comitê
E o céu se rubra, e o sertão flama
Qual uma árida canção encantada
Disputam o botão na virgem rama
Floreando às margens da estrada
Briza casta de pureza despojada
Aflam quimeras rumo a novembro
No rodopio dum condão de fada
O renascer de mais um setembro...
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Agosto de 2017
Cerrado goiano
Seja bem-vindo Setembro!
Com a natureza se fazendo presente com toda a sua plenitude no desabrochar das flores.
O vento do dia e a brisa da noite, anunciando o espetáculo da vida.
O Sol a Lua e as estrelas no céu em sintonia com a terra.
Com luzes cores e alegria.
No verão o sol brilha intensamente e as plantas crescem.
No outono o vento desfolha as árvores e as paisagens ficam cinza.
No inverno chuvas, frio, gelo e neve fazem as plantas ficarem ociosas.
Mas com a chegada da primavera a vida renasce e as cores voltam a prevalecer.
Assim são as nossas vidas, passamos também por várias estações que fazem a gente crescer, termos paciência, prudência, resignação, renascimento, esperança, paz, tristeza, alegria e felicidade.
Como a natureza, vamos fazer a transformação de tudo aquilo que nós queremos mudar.
Por que a natureza faz a dela com perfeição.
Será preciso aprender a confiar e respeitar a natureza da vida, para vencer esta ameaça que paira no ar.
Haja o que houver, proteja todos que lhes são caros.
Tenha paciência, confiança e fé, por que na mudança dos ventos a primavera vai florescer.
Em setembro, a natureza se faz presente em toda a sua plenitude, tornando os dias esplendorosos e a vida mais leve e alegre.
Conecte-se com a natureza.
Ouça o som do vento e dos pássaros alertando para um espetáculo ainda maior: a chegada da primavera, com o desabrochar das flores, fazendo renascer a esperança com luzes, cores e alegria.
“Me faço de folha
Disfarço-me
Aproveito a brisa
E alço voo.
Escrevo belezas
Enquanto despercebem-me.
Concentram-se na folha
Não veem minha poesia.
Por fora
folhas de outono
Por dentro,
borboletas de primavera.”
Podes acreditar, sem receios, quando digo que considero um absurdo que alguém venha lidar contigo com menosprezo ao tratar-te como prêmio de consolação por estar com o espírito amargurado e o coração partido e achar que merece ser compensado pelo simples fato de ter sofrido.
Sei que é óbvio e que sabes do teu valor, porém, enfantizo que este tipo de tratamento não está a tua altura, ao amor que mereces, sendo uma escolha segura e não uma segunda opção, caso contrário, será uma amarga loucura que, provavelmente, trará lamentação.
Espero muito que sejas bem tratada de verdade como um dia de sol na praia, a maneira que a primavera é apreciada pelas flores, o jeito que o céu ànoite recebe a lua e as estrelas, algo que não tenha a ver com idolatria e sim com reconhecer a tua relevância, gerando uma mútua alegria.
Na minha perspectiva, ela reúne na sua personalidade com muita maestria, a escuridão noturna que evidencia a luz das estrelas com a claridade do dia sobre as flores lindas da primavera.
À noite, ela é mais discreta, ainda que sua beleza seja notáve, profunda com uma forte veemência, uma ternura encantadora, mas se lá fora estiver iluminado pelo sol, é mais romântica, sonhadora, um florescer alcançado com amor.
Duas versões distintas e verdadeiras de uma mesma mulher de muitas emoções, ambas cativam, cada uma delas com uma maneira singular que inspira e faz sua presença abrilhantar à semelhança de um sol radiante e lindo luar.