Poema Primavera
Renasceu pé de flor!
E eu...,
Continuo regando e semeando sementes do bem,
Continuo caminhando e admirando o que já plantei,
Pois não há coisa melhor do que ser Flor...
E fazer florir os jardins do mundo!
Que setembro desponte e traga muitas flores dentro do nosso ser.
Amoooooo florir,
Florescer!!!
Giovana Barbosa
A flor…
A mais singela expressão de arte que brota em cada planta.
E assim ela se apresenta para atrair olhares curiosos, analíticos, apaixonados, para gerar sentimentos!
Quando uma planta exala uma flor ela está ali exibindo sua alma, seu espírito mais puro, sempre repleto em cores. Seu poder está em abrir o seu mais íntimo encanto, atrair por suas cores, suas formas, seu perfume que impulsiona!
Sinto que pode não ser fácil ser uma flor, pois ela fica passiva, ela não pode andar exibida pelo jardim, não pode buscar mais sombra ou mais sol, ela fica ali esperando, feliz, florescendo.
O mais bonito que ela não é só a flor, ela inicia com uma semente escondida, uma raiz que nem sempre se pode ve! Suas raizes busca energia do centro da terra, do espaço cósmico em nossa estrela maior! Ela é tão vital!
Seu caule sustenta e assemelha a luz do dia, a escuridão da noite, celebra a chuva e dança nos ventos.
Assim, quando se aprecia uma flor logo compreenderá toda a natureza, ela te ensina!
Saiba, que quando sua flor floresce ela está agradecendo todos os cuidados que lhe ofereceu por dias, meses e anos. Ela se diverte, pois se caminhou foi porque você a levou de um lugar para outro, ou a presenteou!
Saiba que ela agradece, pois assim como a primavera ela te ajudou a florescer, ela é responsável por
brotar em você o (a) jardineira (a) que habita seu Ser!
Quando uma flor floresce, ela floresce VOCÊ!
No verão: seu calor, sua praia, seu fulgor;
No outono: seu odor, sua brisa, seu frescor;
No inverno: seu tremor, seu arrepio, seu rubor;
E por todo o ano o seu escritor, seu amante, o seu último amor...
É com você que eu quero passar meu domingo
Ver a família, visitar nossos amigos
Sou um pássaro que canta na tua janela
E faço a primavera na manhã do teu sorriso
MUCURI
Terra nobre, pequena e saudável!
Águas líricas, verdes campos...
Caminhos que levam à saudade
Mucuri, lamúrias por ter te deixado.
Fonte de prazer, do brilho ardente do sol.
Da frieza da brisa de primavera
Do cantar saudoso do colibri
Mucuri, horizonte azul de minhas quimeras.
Seu infinito é um pouco de meu pranto
Tuas muralhas afastaram-te de mim
Doce jaqueira, pequeno pomar de paz!
Mucuri, terra fértil onde nasci...
SONHOS DO MUCURI.
O infinito abissal habita a fonte do prazer investigativo que afaga e nos reduz.
Sonhos do Fonte Grande, da Lagoa da Pampulha, do belo horizonte.
Rasga meu âmago para jorrar o sangue do meu elemento anímico.
O tilintar do relógio anuncia o surgimento de mais um dia, uma aurora anunciada com os raios solares.
O silencio se interrompe pela mensagem que movimenta meu terno pensamento.
Paro na avenida principal da urbe, palpita meu coração de loucuras das reminiscências.
Um encanto a mais, uma saudade que corrompe minha epiderme
O dia chega ao seu fim, mas logo o clarão desperta-nos para a vida, deixando para trás um melancólico e saudoso passado.
O ontem me roubou a rotina com suas centelhas de saudade e assaz sofrimento.
O poeta se reflete no silêncio da saudade e se realiza na calmaria das estrelas incandescentes.
Nas frestas das janelas, o sol reduz o símbolo da primavera.
Não nos enganemos, o amanhecer, com seu colorido primaveril nos convida para a vida.
Pensou ser poeta, nasceu a inspiração na fonte inesgotável do Mucuri.
Não te assustas com sextas-feiras?
Inda mais com a nova estação que promete cores
hoje ocultada pelo cinzentos céus?
Sempre com muita expectativa, pessoas, biritas, fumaça e embriagados sorrisos.
E a certa frustração que aos ingênuos olhos pode mostrar sua grandeza hoje
ou em posteriores sabbaths.
Dou um trago no cigarro imaginário de outras luas na busca do solitário conforto, encontrando a nostalgia e o culto do pesar,
que mais se faz presente na nebulosa in/consciência do fardo de primaveras atrás
estação tão gloriosa e bela na expressão da natureza que hoje não desperta a inspiração na busca pela filosófica grandeza.
Hoje é noite das mulheres mais viciosas baterem na porta
daquele que certo irá sonhar e desfrutar sem a cia do Xanax
Elas sabem como encontrar um tolo.
Pauta e pausa, pausa e pauta, que confusão!
Emoção - serenidade, agitação - delicadeza, felicidade - tristeza.
Nesta dualidade o tempo arrasta a vida, desbota a cor dos sonhos, subtrai a esperança, traz o pranto e a agonia.
Ousado, ignora a alegria, a importância da paz, da fé e da solidariedade. Indiferente consome os segundos, as horas, os dias e a breve vida, entre as frias paredes pintadas com todos os tons da não raras vezes amarga realidade.
Hoje...pausa, porque na pauta não há espaço, cansaço...
Pausa...para que a primavera possa renascer e assim desenhar aquarelas em todos os galhos adormecidos na frieza do inverno.
ESTAÇÃO
Em algum vagão
Enrijeço a minha nuca de desdém
Não vago em vão e não alugo peito
Não penso em mais ninguém
Só num pronto-abraço que me espera
Na estação mais farta que a primavera
Aonde o meu desembarcar
Pisa efêmero nos trilhos
Em que vou descarrilar
O meu breve juízo
Outra vez
Simplesmente voava,
como pássaro,
abraçada em seu mistério,
aterrissando em algum galho,
sentindo o perfume do verde
e o roçar das folhas,
flores dançavam ao vento
e ali bem escondida,
sem lamentos,
assistia o espetáculo de uma quimera
nada poderia interromper aquilo,
o coração e os olhos presos
à espreita , dócil fera,
que em seu interior
alguns pedidos em preces fazia,
que a estação nunca acabasse,
que tudo fosse sempre assim,
um voo, um carinho, um pensamento,
que a primavera finalmente
trouxesse quem amava
até ela...
Mesmo de longe, percebo teu perfume,
sinto nele o encanto,
misto de flores e folhas maceradas
sob a volúpia do verão
vou prender esse odor, amor,
acorrentando você ao coração
Amanhece nublado,
um vento cortante e frio...
O Inverno se impõe para nos lembrar que há tempo para todas as coisas.
Todavia, a Primavera mora em mim e eu aprendi a esperar.
JACARANDÁ
No mês de abril quando todas as árvores são só folhas
Ainda secas pelo longo verão
Surge ela
Abre-se em brotos
Desabrocha em vida
Em flores
Lança seu tapete de pétalas ao chão
Num convite silencioso aos solitários transeuntes
Aos trabalhadores com seus cansados corpos
As velhas carcaças fatigadas
Seu toque de cor aviva as opacas retinas
As rotinas dos que vem e passam
Seu cheiro de fêmea
De flor
Atrai os beija-flores para que seu doce néctar seja sugado
Às abelhas que espalham seu pólen fecundo
Sorrateiramente seu aroma invade as casas
Em sua indecente dança com o vento
Jacarandá
Quero aprender contigo
Ensine-me a florescer mesmo sem ser primavera.
Quando olho na minha janela te vejo,
meu jardim florido com as cores,
do arco-íres, o perfume das flores,
vem me embreagar E encher de desejo
É a primavera com temperatura agradável,
andar na rua a saborear o vento refrescante,
de uma natureza exuberante
com um florescer denso e imensurável.
E neste clima gostoso
recebemos flores delicadas
que permite ser amadas!
Que o vento forte leva pra longe
espalha amor em toda direção
num despertar de felicidade e paixão !
@zeni.poeta
PrimaverAMAR
encantei-me com seu olhar,
vi flores no caminho
e imaginei o seu corpo
com um perfume peculiar...
é o cheiro do amor
que paira no ar...
é a primavera que acabou de chegar!
Gosto do desafio de crer no que não se vê,
Gosto da química imperfeita que salpica emoções,
Gosto da brisa de primavera e da chuva breve,
Do cheiro do orvalho, do impalpável vento e suas canções...
QUE BELAS ANDORINHAS
As andorinhas são lutadoras, trabalhadoras
Adormecem as dores sentidas nos ninhos
Dos beirais da minha casa
São pedacinhos de esperança que voam
Alegres, barulhentas, esbanjando subtilezas
Sublime o seu cantar que me leva à infância
É a primavera que chega tão bela
E a felicidade está ao virar de cada esquina
Na simplicidade do nosso coração
Lá estão as andorinhas quando a noite se avizinha
Elas voltam às suas pequenas casinhas
A vida corre, o amor escorre nesta noite
Onde o sol se põe cheio de esperança
Gostamos das andorinhas até desaparecerem
Para voltarem na próxima Primavera.
URZES FLORES DE TRILHOS
Há dias que invade-me a nostalgia
Pelas urzes de vales, lameiros, montes
Nas planícies da minha memória
Brisas que as lembranças trazem
Nos rios e caules de caminhos já gastos
Que em muitos casos deixaram saudades
Sobre o silêncio das árvores
Ou talvez seja do vento que as balança
Com a suavidade como as águas correm no rio
Na solidão do verso, das pedras escorregadias
Urzes de adoração noturna pedindo silêncio
Nostálgico caminho feito pelas estevas pegajosas
Deste quente dia, entre as fragas do trilho
De tantos nostálgicos sentimentos que se perdem.
Musicalidade
Vem distante
Não sei de onde,
É suave,
Não sei como
Esta caminhando
Pelos ares...
É uma música
Que vem
Da primavera.
Na
penumbra da
madrugada Penso
em ti dor de meu
coração Espero por ti
como quem espera
No desespero escuro da
solidão O renascer da primavera.