Poema para Mulheres que Sabem o q Querem
Menina-Mulher
Louca e responsável.
Meio fofa, meio braba.
Apegada à família, amiga do mundo.
Cabeça nas nuvens, pés no chão.
Seu guia? Sempre o coração.
Distante de seus sentidos
Ignore o homem vivo
Ignore a arrogância do homem vivo
ignore sua prepotência
Mas não ignore a ignorância do homem vivo
Do homem-mentira
Do homem-dia
Fuja desse perigoso homem vivo,
Evite ouvir sua voz,
Caso o encontre, desça o véu sobre seu rosto e oculte seu corpo sob suas vestes lutuosas
E, se ele bater palmas em seu portão, limite-se a espreitá-lo através da cortina
Mantenha as luzes apagadas, as janelas e portas fechadas.
Espere-o partir,
Espere-o desaparecer
Espere-o morrer
Certifique-se de que foi encerrado em uma cova profunda,
Ou ele sangrará suas páginas espectrais
Silenciará suas elegias fúnebres
Não tema o eco das trovas abissais do homem morto.
O homem vivo é um devorador de demônios e agoniza por sua incapacidade de domá-los.
Mas o homem morto foi por eles vencido e dele nenhum mal advirá.
Mulher.
Mulher plena, resolvida, amiga, esposa, amante, cheia de mistério, de sentimento, notada mesmo quando não deseja, com trejeitos de menina, sapeca, ora madura, ora adolescente, sempre com um sorriso, sensual, sexy, elegante, fina, que sonha, que vive, que curte, com fé, sempre alegre, desejando amor, querendo ser amada, e que para amar faz loucuras, e sendo louca e doida, sabe viver a vida.
Mulher que se entrega, se joga, que enfrenta, que ora se abre, e ora se fecha, que aceita ser, validando, compreendendo, sem precisar entender, sábia, ignorante por escolha, buscando o que não se encontra, encontrando.
Mulher incrível.
Mulher única.
Mulher de várias mulheres dentro de si mesma.
Mulher que se transforma.
Mulher que passa por fases.
Mulher borboleta!
Mulher é você!
Mulher é Ser!
Seja!
Engoli minhas palavras
A sua arrogância, não.
Guardei-as dentro de mim
E pra não engasgar
Soltei-as nos versos
Uma das crenças limitantes mais alimentada até hoje, é a do pecado de exposição do corpo feminino;
O Sagrado Feminino segue sendo esmagado pelo Patriarcado;
Onde se caminha nos passos da elevação espiritual, e do aprimoramento do Ser, uma foto em redes sociais, no desfrutar em meio a natureza, soa ofensiva demais diante da limitada crença machista, enraizada em mentes mediocres e podres;
O Sagrado Masculino, por sua vez, na exuberância singela de seus trages de banho, passa normalmente aos olhares da condenação;
Vivemos no séc XXI, onde a ignorância ainda tenta esmagar e sucumbir ao nada, o Sagrado Feminino, cujo o corpo é portador do mais terrível pecado, o da luxúria, e por assim decidirem por séculos que é, ainda alimentam a comparação do pudor velado com a liberdade de se ser livre das amarras, que as crenças seguem arrastando em mentes hipócritas e contaminadas, que não sabem simplesmente olhar para uma imagem, com um olhar mais puro, de naturalidade;
À sim, provocações, onde o intuito é o da exposição e oferta do que alí está revelado. Mas se isso não importa ao revelador, porque cada um não olha para dentro de sí, e tenta trabalhar toda a podridão que sua mente ainda carrega?
Observe se, observe o que você carrega aí dentro, pois sua mente pode ser mais suja que o vaso sanitário que você usa todos os dias!
"Cura-te"
E quando uma mulher se cura, passa a ser curadora;
Quando uma mulher se cura, ela se abre para novos ciclos;
Quando uma mulher cura sua alma, ela domina seu leão interno, chamado "medo";
Quando uma mulher se cura, ela não tem mais receio de atravessar portais;
Quando ela se cura, está totalmente conectada com sua essência, com seu Sagrado;
Quando ela está curada, corrente alguma é mais capaz de a prender, e venda alguma é capaz de ofuscar sua visão;
E a luz do Dívino ilumina cada um de seus passos, cada sonho, e cada decisão;
O que leva benefícios a si, aos seus e a toda a humanidade.
Permita -se!
Ame - se, e todo o restante ressoará com este amor!
Ela tinha o olhar desbravador e um sorriso misterioso que sempre me prendia ali.
Mas ela sempre foi o tipo de mulher que eu julgava não ser boa o bastante para mim. E hoje vendo ela aqui, dormindo na minha cama...
Vejo que eu que sou pequeno demais perto de uma mulher tão gigante assim.
A semiótica, em sua produção de sentidos, de significados, e da criação de uma imagem, que se configura através da análise do observador e do que é observado, nos mostra o quanto a fotografia é uma ferramenta poderosa para a auto percepção do ser humano. Com poderes absurdamente terapêuticos. Enquanto fotógrafos, ajudamos o outro a se descobrir através do nosso olhar. É terapêutico, é sinergético e tem o poder de curar. Se uma imagem se produz no seu cérebro após ver algo, é tudo explicado pela semiótica, esta ciência de todas as formas incríveis da linguagem. Por isso para cada ser humano, o significado de uma imagem produz diferentes percepções. A interpretação de um texto também. Ao fotografar uma mulher que se dedicou uma vida inteira a cuidar do outro, ela me disse, que tinha, certeza, de que não estavam ficando boas as fotos. Era uma externa. Ao pôr do sol. Parei por um instante, mostrei no visor o que eu estava vendo, uma captura que havia acabado de fazer dela. Ela se espantou. Chorou. Me disse, essa sou eu? E nesse momento, nesse exato momento, ela se vendo, ali, crua, sem edição, somente ela ao sol, foi ali, bem ali, que algo mudou, que uma chave virou, para sempre. Ela se ressignificou. Pois se permitiu. A imagem que ela havia formado de si ao longo dos anos, não vinha do olhar dela, e, sim, da falta do olhar do outro que a legitimasse como bela. Como seres sociais que somos, precisamos sim, além do espelho, daquele olhar que acolhe, daquele olhar que não julga, e nos devolve à nossa essência. E ali ela se viu. Solta e bela. Coberta pelo sol e pelo amor.
Adriana Adam
RP 3694
Tenho a generosidade de uma mãe que acaba de dar à luz.
A mãe com os seus pontos, sua recém dor, seu cansaço antigo e acumulado: hormônios a flor da pele - oferece os seios, a mão e o colo - leite e companhia jorrando afetos.
Já fui de uma insana ingenuidade. Só o céu testemunhou o tamanho do estrago que o excesso de minha doçura me causou.
Porém, não sou mais tão fraterna com os moços barbados.
Graças! Não pode ser ruim, é para me proteger.
Salvo um tamanho considerável de egoísmo; mas somente uso se for necessário: é para dizer não aos que abusam do sim.
TODAS ELAS
São assim,
Como um espelho de Ancestralidade
Ao reconhece-se nelas,
Representa todas elas.
TODAS ELAS
São belas,
De todas as formas e tamanhos,
Com cabelos de todas as cores,
E olhos de todos os tons.
Todas elas são fortes.
TODA ELAS
São intensas
Suas fraquezas
são incertezas
Elas são luz que confunde as trevas,
Elas são simplesmente elas .
TODAS ELAS
Independentes, fortes, firmes, seguras
Mas são Gentes!
Às vezes dependentes, frágeis, assustadas, inseguras.
Querem ser versadas.
TODAS ELAS
Sem definição, com opiniões
Muitas vezes chamadas de libertarias
Entre outras, feministas.
O fato :Todas Elas são suas infinitas ideias.