Poema palavras

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Dor que nem fogo apaga
Que prevalece do desejo do saber
Que me impede de viver
Sem saber o que faça.

Digo às folhas o que sinto
Não sei se haja alguém que as leia
Mas agora pouco importa
O futuro o dirá.

Raiva, fúria tudo isto me trazes
Tu, Ò dor que me afogas
Que da alegria me libertas
Mesmo com o fogo lá fora.

Se não estivesse só…
Não sei,
Não estamos todos?
Fingindo-se e iludindo-se
Não somos nada além de sós.

Inserida por noitescura

Tu, aquele que caíste
Como cai a noite
E tu que cais na noite
Onde ninguém te vê.

Nunca pensei nos que caiam
Apenas naqueles que voavam
Mais alto que o céu
Até que te vi tão baixo
Quase no chão como nós
Tu que voavas.

Como tu me sinto eu
E quem sabe muitos outros
Pois quem sobe há de descer
Então que desçamos até não mais haver
O que descer.

Inserida por noitescura

Eles que vivem
Não são como nós
Eu e tu,
Os mortos do real
Do que existe e do que não;

Tu que te iludes
Vós que vos iludais
Penseis que vivem
Quando o não;

Eu.

Inserida por noitescura

Tudo é incerto
Neste mundo de onde escrevo
Não há nada de sucesso
Para além do pouco
Que escondido e louco
Não deseja ser-lo;

Tudo é falso
E nada o é
Porque se o fosse,
O falso era o tudo
E nada era nada;

Dos poucos que com o nada se contentam,
Porque pouco mais têm
Que o nada,
Não sei se sou,
Porque nada eu tenho
Para saber o que é ter.

Inserida por noitescura

Gostava de sonhar
Só para saber como é
Mas não o posso
Pois se pudesse não conseguia.

Inserida por noitescura

Gostava de ser como os outros
Os simples Calculista
Fingidores e inteligentes
Inocentes e malévolos;

Mas , se não consigo nem ser eu
Como hei de ser alguém que nem sou;

Gostava só de ser alguém
E não aquilo que sou
Que nem alguém sabe o que é
Porque alguém nunca o foi.

Inserida por noitescura

Por vezes sinto que nada sou
Por vezes sinto que muitos sou
Só sei que o sou
Porque se não o fosse
Nada seria;

Pouco sei
Não por querer
Mas por desistir
O saber não é algo meu;

E daqueles que sou
Um deles de algo sabe
Eu que eram todo
E agora sou muitos nada
Que dos muitos
Pouco sabem.

Inserida por noitescura

Nós somos os do fundo.
Piores do que ser nada,
Somos os que não se aguentam de pé
Pois nem pernas tem
Porque as perderam na queda.

E os que em baixo nos colocam
Os de mente poluída
São os que almejamos ser
Para sermos mais que nada
E sermos tudo.

Quem nos dera ser os outros
Que percebem o que digo
Sendo que nem eu, o nada,
O percebo.

Inserida por noitescura

Eu sou nada e eu sou tudo
Porque tudo é nada
E ninguém é algo;

Somos um mundo de nadas
E assim o seremos
Até que tudo acabe
Ou paremos de fingir que já não acabou;

Os outros que vêem a verdade
Não sabem se os ilusionistas a sabem
Pois será que sabe a lua que não brilha
Pois eu sei que sou tudo.

Inserida por noitescura

Como deixei o meu amor passar...
perdi o libido da vida,
larguei as coisas fúteis
para viver algo surreal.

Pela passagem das brechas
que deixei escapar,
perdi o maior segredo
que um sábio me disse;

Ó amor..
vejo que é uma palavra
que os surdos ouvem,
sem despertar seu
verdadeiros significado.

Ouço pessoas famintas,
ignorando as vozes
de uma alma carente
e angustiada.

Estou angustiado
pela minha incapacidade
de armar,
desesperado pelo grito
de suicídio.

Ranjo e gemo de remorso,
remoendo as migalhas
da minha alma.

Inserida por FabricioSalomao

Incendiário

Na intrínseca de Minh ‘alma
Algo clama, algo queima, algo canta
Por sentir você, na essência, na calma.


E no âmago dos teus sentimentos,
Encontrar o mais seguro dos abrigos.
Sem que nada falte, sequer um fragmento.


Pois teu olhar me enfeitiça,
Tua voz me encanta, paralisa
E o teu cheiro, embalsama, alivia.


Ah! Como és incendiário sob minhas cartas,
Que jogadas no abismo das emoções
caíram bem em tuas mãos.


Faça destas então, relíquias de valor
Que ao arfar na doçura do teu toque
Eu possa me afogar em ti.

Ana Luiza Cirqueira

Inserida por analuizacirqueira

Da dura rotina

cai

no abismo dentro de mim

desabrochei


sem esperança sem vida

eu busquei

imaginei

olhei pra dentro de mim

um mundo sem eu

o mundo de deus

sem medo

me deu adeus


a vida é uma realidade que não cabe você, do amor dos seus sonhos, vomitar

e jogado pra fora o que você sempre chamou de meu, sem eu sem nada



me fazer infeliz

então eu cai

então retornei

então me livrei


uma vida que não te convida mais para um simples cafe

Inserida por gregoriodemoraes

Amor a gente faz juntos, não só
É uma composição como canção
Com pausa e som, silencio e emoção.
Feito poema, papéis e tinta em pó

Tipo encanto das cordas que dão dó
Tipo tons que marcam a escansão
Tipo trem que encontra a estação
Tipo um enlaçamento, feito em nó

Faz amor quem compõem as melodias
Faz amor quem encanta com poesia
Faz amor quem espera noite e dia
Faz amor quem nos cerca com carícias

Amor não quer deixar para depois
Amor é não se faz só, mas a dois

Inserida por ZackCabral

Presentes na ausência
Ausentes na presença
Somos definitivamente
Iguais na diferença.

Inserida por egbravo

Você viveu a oportunidade
Mas deixou o sonho ir embora
A pergunta será sempre a mesma:
E agora?

Inserida por egbravo

Buscar sentido
No que não faz sentido
Tão louco quanto
Amar um amor
Que já esteja perdido.

Inserida por egbravo

Torturas

Nada mudou.
O corpo sente dor,
necessita comer, respirar e dormir,
tem a pele tenra e logo abaixo sangue,
tem uma boa reserva de unhas e dentes,
ossos frágeis, juntas alongáveis.
Nas torturas leva-se tudo isso em conta.

Nada mudou.
Treme o corpo como tremia
antes de se fundar Roma e depois de fundada,
no século XX antes e depois de Cristo,
as torturas são como eram, só a terra encolheu
e o que quer que se passe parecer ser na porta ao lado .

Nada mudou.
Só chegou mais gente,
e às velhas culpas se juntaram novas,
reais, impostas, momentâneas, inexistentes,
mas o grito com que o corpo responde por elas
foi, é e será o grito da inocência
segundo a escala e registro sempiternos

Na vida o que mais me satisfez:
Não foram os ensinamentos que recebi, mas os que transmiti.
Não foram as madeiras que utilizei, mas as árvores que plantei.
Não foram os poemas que li, mas os que criei.
Não foram as páginas que virei, mas as que escrevi.
Não foram as orações que li, mas as que a minha alma ditou.

Inserida por PierredaGama

Não morres satisfeito.
A vida te viveu
Sem que vivesses nela.
E não te convenceu
Nem deu qualquer motivo
Para haver o ser vivo.

A vida te venceu
Em luta desigual.
Era todo o passado
Presente presidente
Na polpa do futuro
Acuando-te no beco.
Se morres derrotado,
Não morres conformado.

Nem morres informado
Dos termos da sentença
Da tua morte, lida
Antes de redigida.
Deram-te um defensor
Cego surdo estrangeiro
Que ora metia medo
Ora extorquia amor.

Nem sabes se és culpado
De não ter culpa. Sabes
Que morre todo o tempo
No ensaiar errado
Que vai a cada instante
Desensinado a morte
Quanto mais a soletras,
Sem que, nascido, mores
Onde, vivendo, morres.

Inserida por Binha2309

Foi há muito tempo
Mas eu ainda me lembro
Como se fosse hoje
Por amor a um grande amor
Deixe de viver um grande amor

Inserida por VBMello