Poema palavras
Quer namorar comigo?
Passou!
O tempo de pensar já se foi.
Agora sou obrigado á dizer,
Não quero mais saber de você.
Não posso dizer que eu,
Gosto de você!
Tem que ser assim...
Você e eu juntos?
Odeio isso.
Não quero mais te olhar.
Eu minto dizendo que...
Sempre sou assim.
Sou um tolo em não dizer.
Mas é verdade...
Eu não te quero.
Não posso dizer que,
Eu te amo...
Isso é verdade.
,('~')- Agora leia de baixo pra cima
MENINA ATREVIDA
Ela Finge não o observar
Faz tudo discretamente
Manda mensagem subliminar
Quer entrar em seu inconsciente...
Chega e senta devagar
Querendo não chamar atenção
Esbarra em sua mão
Uma desculpa para lhe falar...
Usa a artimanha da timidez
Com certo toque de mulher
Quando oportuno, usa a mudez
Fica no ar: O que essa menina quer?...
Com voz doce e jeitinho meigo
E curvas de mulher
Ela sabe bem o que quer
E acende nele o desejo...
Olha que esperta essa menina
Usa a diplomacia na vida
Mas quando se sente atraída
Sabe ser bem atrevida.
Menina meiga, obrigado por existir!
Menina linda!
Hoje é um dia especial,
É seu aniversário
Hoje é seu dia.
Você é uma estrela
Que resplandece
No céu da minha vida.
Menina meiga,
És incomparável
Insubstituível,
Quero me tornar
Teu melhor amigo,
Amigo fiel e confidente.
Que isso dure eternamente!
Menina maravilhosa,
Conhecer-te é uma
Sensação gloriosa.
O carinho que por você
Sinto é grande e infinito
Como o mundo em que vivemos.
Querida menina,
Parabéns por tudo que és,
Parabéns por ser paz e luz
Em minha vida.
Teu coração me alucina
Obrigado por existir!
Sei que Deus mora em mim
Como sua melhor casa.
Sou sua paisagem,
Sua retorta alquímica
E para sua alegria
Seus dois olhos.
Mas esta letra é minha."
_
(PRADO, Adélia. "Direitos Humanos" In Poesia Reunida, pg. 345 (Ed. Record - 2015)
Meu coração é uma Rosa Negra
Muitos se assustam quando vê pela 1° vez
Preta, Assustadora, vingativa, espinhos q machucam
Ao mesmo tempo é uma rosa suave
Todos se encantam quando a conhecem melhor
Suave, doce, romântica, bela
Pra mim é a rosa mais bela
è negra para proteger das coisas ruins
Espinhos para esconder suas cicatrizes
Pétalas delicadas e aroma sedutor
Era branca, inocente...
A vida tornou negra...
Esse sou eu..
Filhos da Morte
"Tristes pés negros,
descalços e sujos,
pisam solitários
caminhos sem fim.
Chão machucado
pela dor das feridas abertas
em tanta pedra pisada.
Não há chegada
sem destino.
Ninguém espera seu regresso.
Nem horizonte...
Crianças tristes,
negras e descalças
em caminhos mortos
da vida.
Olhos cegos,
à procura de um oceano perdido,
Mar que divide fome,
sede e sonhos...
Órfãs de piedade.
Sem bagagem.
Mãos vazias.
Agasalhados nos trapos
do abandono...
Esperanças guardadas
no bolso rasgado
vão caindo pelo chão...
Um rastro de tristeza
que fica.
Nada deixam para trás!
Tristes pés descalços
de crianças negras,
sujas, famintas,
chorosas e mortas,
Vagando nos caminhos da vida..."
Nunca compreendi a luta senão como um meio de acabar com ela.
Nunca aceitei o rigor senão como meio para deixar de existir o rigor.
Tomei um caminho porque creio que esse caminho nos leva, a todos, a essa amabilidade duradoura.
Luto pela bondade ubíqua, extensa, inexaurível.
A ESTRELA AZUL
Era uma vez uma estrelinha muito prosa,
toda orgulhosa,
no céu instalada;
até que um dia,
talvez por castigo,
um astro,
fingindo-se amigo,
roubou-lhe uma ponta dourada.
Cheia de revolta,
batendo as mãozinhas,
‘’pelo desaforo! (dizia a chorar)
uma estrela que perde uma ponta
não é mais estrela,
não vou mais brilhar.’’
E a pobre estrelinha,
assim mutilada,
tornou-se problema na constelação;
antipática,
só pensando em si,
como se o mundo
desabasse ali
ao peso de sua humilhação.
‘’Ninguém gosta de mim (gemia a pobre),
só porque perdi minha ponta dourada.’’
E, enxugando uma lágrima comprida,
a estrelinha,
infeliz da vida,
tornou-se resmungona e mal-educada.
Oh! Era uma catástrofe no universo,
uma tristeza na constelação!
Tudo foi tentado,
nenhum resultado,
até chegar a estrela da Conformação.
Esta velha estrela
era mui sensata
e à estrelinha
ela aconselhou:
– Ainda és estrela,
pois tens quatro pontas,
torna bem brilhantes
as que Deus te deixou.
E a estrelinha
pôs-se a trabalhar
ingentemente,
em busca de luz;
só pensando
em ser útil e bela
(que este é o destino de uma estrela).
Ela esqueceu a sua própria cruz.
E nem notou
que sua cor mudara
para um azul brilhante e sem igual:
uma cor linda,
cheia de esperança,
alegre como um riso de criança,
bela como uma estrela de Natal.
E a estrelinha que fora problema,
drama,
tragédia na constelação,
passou a ser motivo
de alegria,
uma bênção de Deus
em cada coração.
AMOR, AMOR...
“porque Deus amou de tal maneira...”
Eu queria cantar aquele Amor sublime,
como nem no céu existem dois iguais:
amor Primeiro, sem reciprocidade,
sem princípio, sem fim – Eternidade.
Amor, Próprio Amor – amor demais.
Amor que venceu o tempo e o espaço
para chegar até meu coração.
Amor escrevendo um poema de glória,
traço de luz atravessando a História:
Deus se humanizando – minha salvação.
Amor que usou milhares de caminhos,
homens, mulheres, povos e impérios,
até tornar-se Única Esperança,
prisioneiro num corpo de criança:
maior quando desce – Mistério dos mistérios.
Amor que transcende, supremo, absoluto,
que a Si mesmo chama “de maneira tal”
além de toda compreensão humana,
que nos eleva, a Deus nos irmana
na noite linda a santa de Natal.
Como cantar este maior milagre,
se a terra silencia para ouvir o céu?
Diante do Grande feito Pequenino
a própria alma se transforma em hino:
– Tudo é amor, sublime amor, Jesus nasceu!
Procurei uma poesia sobre olhos para te dizer como me encanta teu olhar.
Como não achei nada, fechei os meus, com o coração essa aqui resolvi em palavras ladrilhar.
Te enxerguei um oceano profundo e lindo mesmo você insistindo que dessa água nada tem para pescar.
Feliz me encontro, em descobrir o brilho do céu estrelado que é seu olhar.
Esquecer-te?
Esquecer-te? Se sonhar à noite e contemplar-te durante o dia;
Se toda a louca e profunda devoção que o coração do poeta dedicaria;
Se as preces ditas em teu favor ao poder que o Céu tem de proteger;
Se pensamentos alados a mil por hora que a ti vão ver;
Se devaneios te misturam ao que está por vir na minha vida...
Se isto chamas de esquecimento, tu, de fato, serás esquecida!
Esquecer-te? Que os pássaros da floresta esqueçam sua doce melodia;
Esquecer-te? Que o mar, sob a lua, esqueça das ondas a sincronia;
Que as flores sedentas se esqueçam de beber o orvalho refrescante;
Tu mesmo te esqueças de tua terra adorada, e seus montes deslumbrantes.
Esqueces cada rosto, velho conhecido, cada ocasião tão querida...
Quando estas coisas forem por ti abandonadas, tu serás esquecidas!
Guardas, se quiseres, tua paz virgem, sempre calma e despreocupada,
Não permita Deus que tua alma feliz por minha causa se veja desolada;
No entanto, enquanto essa alma é livre, ah! que a minha não saia a vagar.
E, sim, que alimente a fé humilde e a capacidade tolerante de amar;
Se estas, por anos resguardadas, no fim não me tiverem valia...
Então me esqueças; mas não acrediteis jamais que tu podes ser esquecida!
te amo
como quem faz silêncio
para apreciar os detalhes;
te amo
como quem acha
que é cedo para se declarar;
te amo
como quem vai embora
sem dizer o que sente;
te amo
como quem acredita
que não existe uma frase
para dizer que te amo
que represente
como realmente
te amo.
Me deixou
Ultimamente
Você tem se afastado de mim
Tem deixado de lado tudo o que temos
Ou tudo o que tivemos
Como se fosse chiclete sem gosto
No começo era incrível
Falávamos sobre tudo
Compartilhávamos segredos
Marcamos de nos ver
Marcamos de nunca deixar um ao outro
Marcamos
É estranho
Você vir e me levar nas nuvens
E depois ir embora e deixar uma depressão
Hoje essa marca tão profunda
Fica dentro do meu coração
Vivemos,
Sem ter certezas,
Sabemos,
Da natureza,
E destruímos,
Suas belezas,
Assim caímos,
Na tristeza,
De viver no ego,
Prisioneiros,
Todos cegos,
Companheiros,
Do egoísmo,
De viver para nós,
Nesse heroísmo,
Nos encontramos a sós.
Carta Ao Cosmos -
Sonhei com a gente.
No sonho,
habitávamos a mesma galáxia,
o mesmo sistema solar,
numa mesma época.
A imagem foi descendo
e percebi que estávamos no
mesmo planeta.
A imagem continuou avançando e,
surpreendentemente,
vi que dividíamos o mesmo continente,
o mesmo país,
a mesma região,
o mesmo estado, a mesma cidade.
Por ventura,
o mesmo bairro,
a mesma rua, a mesma casa.
Porta adentro,
estávamos ali:
juntos,
dividindo o mesmo quarto,
a mesma cama, o mesmo sonho.
Em suma,
se o sonho era nosso,
a vida,
a poesia
e o Universo inteiro
também eram.
Coloquei meu sonho em um navio
E o navio em cima do mar
E abri o mar com as mãos
Para meu sonho naufragar
Não sinto tua falta.
Não sinto a falta do teu cheiro
de perfume importado
que exportou de mim.
Não sinto falta
do teu erre puxado,
nem do teu beijo
gosto-de-dente
que morde coração-envenenado.
Não sinto tua falta.
NÃO SINTO.
Nem lembro de você.
Nem da tua respiração ofegante.
Não sinto falta.
Eu sinto ânsia.
Distância.
do teu signo-preto,
do teu silêncio-grito
Sinto ânsia.
E a provoco.
E enfio meus dez dedos
na garganta
pra ver se vomito teu ser
da minha alma.
Precisamos lembrar do passado, das escolhas que fizemos que nos tornaram o que somos hoje;
Preciso lembrar do passado, das promessas feitas que ainda não foram cumpridas;
Precisamos lembrar do passado, das lições que a vida insiste em nos ensinar;
Precisamos lembrar do passado, das amizades que perdemos por falta de atenção;
Precisamos lembrar do passado, dos amores que ficaram para trás e não podem voltar;
Precisamos lembrar do passado, das pessoas que nos inspiram a todo momento;
Precisamos lembrar do passado, das canções que formam a trilha sonora da nossa vida;
Precisamos lembrar do passado, dos erros cometidos que deixaram cicatrizes eternas;
Precisamos lembrar do passado, dos livros lidos que nos preencheram de conhecimentos;
Precisamos lembrar do passado, de quem esteve ao nosso lado até aqui;
Precisamos lembrar do passado, dos sonhos criados mas ainda não alcançados;
Precisamos lembrar do passado, lembrar que para lá nunca devemos voltar
Mães não deveriam ter pressa nem cabelo escovado. Não deveriam usar calças brancas ou sapatos com salto. Principalmente não deveriam ter medo de chuva nem relógios de pulso.
Qualquer tipo de relógio deveria ser banido do tipo mãe, já que pra elas estes deveriam ser itens supérfluos, dispensáveis, irresponsáveis.
Pois é uma irresponsabilidade contabilizar minutos de afobamento diante da eternidade que a infância representa.
Mães não deveriam ter sono e sua fome deveria ser somente de algodão doce, pipoca e quindim.
Mães deveriam ser somente pacientes_ com casacos difíceis de abotoar, bolsos cheios de tranqueiras, paradas repetitivas para recolher objetos enigmáticos pelo caminho, cadarços desamarrados e preguiça de tomar banho.
Mães não deveriam ter obrigações oficiais ou judiciais. Seu ofício deveria ser simplesmente adivinhação, mímica, teatro de fantoches e pintura a dedo. Pra elas não deveria ser necessário manicure, depilação ou baby liss. Seu sorriso deveria ser sempre uma risada barulhenta e sua voz, um convite à fantasia.
LEÃO
veio da savana reluzente como ouro, resiliente como a fênix; é leoa de coração valente. é morrer de amor e ressuscitar no próprio fogo da paixão. é ter alma ampliada revestida na própria imensidão persistindo sem medo no querer. quando nada vai bem, ninguém precisa saber: seu rugido é mais alto que a própria confusão. ela que aflora alegria, respira carisma e ousadia, veste a juba do ego para desfilar. é ter o prazer de experimentar a vida com luminosidade, ser atração principal e liderar com naturalidade. e apesar da vaidade, seu coração é excesso de eletricidade. personificação do amor romântico, se nada for recíproco, basta um sopro para apagar sua chama. sempre animada e entusiástica, sua amizade é suprassumo que inspira otimismo onde toca, marcando sua presença de forma determinada e poderosa. é ser hipérbole e viver à frente do próprio tempo e espaço. é ser sol e ter a expressão de majestade por possuir o coração mais nobre.
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