Poema palavras
As palavras vão e vem
Trocam de lugar
Quanta coisa já pensei
Sem considerar
Todas voltas do planeta
E os mistérios ancestrais
Tantas possibilidades
Esperando no sofá
Vestida de palavras
Era uma vez... (e toda vez, nas difusas da imaginação,
começa assim) um quarto, e ele guardava um espelho grande que se agarrava à parede revelando as verdades.
Do lado impertinente e absoluto, descansado sobre a cômoda, um relógio quieto, mas veloz.
Sobre a cama, derramando intensidade, um vestido vermelho
que o tempo do relógio desbotou, mas o espelho mostrava que ele tinha ainda encanto guardado em lembranças.
Hesitante, perambulando pelo quarto, a mulher ia, de um
lado, ao outro, querendo enganar o relógio, fingindo sua aparente angústia ao espelho que apreciava o vestido, e ele se incumbia de carregar sonhos.
Frente ao espelho descortinou sua nudez, sua brancura. Abriu a lateral do criado-mudo e retirou um pote de creme. Espalhou sobre sua pele para acetinar o trincado do tempo a disfarçar e enganar o espelho por minutos naquele dia.
Recolheu o vestido sobre a cama e se cobriu dele. VERMELHO corajoso ajustado em seu corpo, abraçando os parágrafos de suas curvas, sem brigar por espaço.
Olhou para o relógio, o tempo, ele sim, brigava com ela,
apertava sua alma, não a largava nem um minuto sozinha para decidir e refletir.
Enérgicas são as horas, mostram o compasso.
Ela se mirou vestida ao espelho, olhou o pote abandonado sobre a mesa de cabeceira.
Abriu a porta e saiu do seu mundo, pôs na bolsa a sua
fantasia e decidiu acima das horas, dos segundos e minutos e não enganou a si mesma.
Lembrou-se de alguma frase, riu, saboreou, se revestiu dele,
Fernando Pessoa:
“Mas eu não tenho problemas, tenho só mistérios.”
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury
Maçã do rosto
A forma como me trata
As palavras de uma mensagem de texto
Capazes de alterar minha mente
Acordando o que tenho de melhor
A ponta dos meus dedos
Passando por todo seu rosto
Suave pela maçã até os lábios
Uma peça única, de valor inestimável
Caneta e papel,
Não tem surtido o efeito devido,
Necessidade,
Aflita,
De pronúncia,
Sem palavras,
Somente quietitude e violão,
Beira da praia,
Solidão,
Ausência de palavras,
Altitude de Amor.
Não podemos confundir
erros e escolhas...
As palavras por si só, já são distintas, assim como as atitudes que compõem cada uma delas.
Elane Azevedo ✍🏼🌺🍃
Generosidade, amor, gratidão...
Que sejam mais do que palavras,
pois são ingredientes indispensáveis à felicidade.
Lindas
Existem palavras lindas
Como é bom pensá-las e dizê-las!
A bem da verdade
Passamos boa parte do tempo
Olhando por uma janela
Pela qual não passa nada
Mas, por um motivo qualquer
Ela não pode ser desfeita
e nem fechada
Essa é a janela da nossa vida
E, enquanto vivos, vamos sempre olhar por ela
Igual crianças
Com ouvidos de despedida
E com olhares de bem-aventurança
Pois, existem sim, palavras lindas
E a vontade de traduzi-las
Tudo vai passando e passa depressa o bastante
Pois, nas horas mais importantes
Não tínhamos palavras
Que pudessem
Descrever o indescritível de maneira eficiente
Só conhecíamos a pressa
Existem sim, palavras lindas
Mas nós não as temos
Como é bem triste pensá-las!
Como é ruim não poder dizê-las!
É assim, igual retirar a pérola do lodo
E prosseguir ignorando
A sutil diferença entre o tudo e o todo
Pode ser por isso, que de vez em quando
Olhando o céu
Lançamos pensamento mudo a Deus
Também sem sabê-lo aonde
Pois somos parte das estrelas e filhos de quem as fez
A noite estrelada, por sua vez, esconde as palavras
E também nada.responde
Diferente da palavra vida e tudo que ela podia ser
A noite só sabe ser linda...e mais nada!
Edson Ricardo Paiva.
"Existem sim, palavras lindas
Mas nós não as temos
Como é bem triste pensá-las!
Como é ruim não poder dizê-las!
É assim, igual retirar a pérola do lodo
E prosseguir ignorando
A sutil diferença entre o tudo e o todo"
Edson Ricardo Paiva,
O que seria do mundo sem os livros, os textos, as frases e as palavras.
O que seria do mundo sem a leitura, de uma literatura apaixonante.
AS BORBOLETAS
E as borboletas ainda voam
Às tardezinhas roubando de algum jardim
palavras ao meu poema
E trazem assim, tênue uma a uma,
as palavras, Nem percebem
que o que me faz escrever
são as asas que voam fremente ao vento.
Sem esse compromisso de dizer
ou mostrar-se contente.
Sem a ânsia de viver sabendo que logo
Irá nascer do casulo ou renascer.
E as borboletas se vão aos jardins
Para morrerem feito palavras no papel.
PALAVRAS DESNECESSÁRIAS
Palavras são desnecessárias
Mas não viveremos sem pronunciá-las;
E a pronunciamos com algum intuito fortuito
Ou mesmo sem nenhum
Para um futuro que não sabemos
se teremos.
Palavras...
Desnecessárias!
Você me faz sentir
o que eu só sei
porque sinto tanto
embora as palavras
fujam de mim
o amor decerto não é
um estágio de explicação.
Para pra pensar..
"Algumas palavras nobres ou estilo de vida que achamos difíceis de alcançar
podem ser alcançados se vermos de outra perspectiva.."
"Para cada sol um novo dia... para cada dia um novo sonho... para os sentimentos palavras... para cada palavra muitos desejos... e os desejos se tornam momentos... e dos momentos se constroem uma vida... e na vida se permite uma verdadeira e perfeita história, sem fim."
RUDNEY VENTURA
"De joelhos podemos pedir o que não conseguimos alcançar de pé; sejam através das palavras simples, frases incompletas, um silêncio interrupto, pensamentos; não importa o quanto tenhas à dizer para aquele que sempre te ouve sem que tu vejas, seus ouvidos estão por todos os cantos desse mundo, ele não precisa escutar sua voz, sabe das suas dores e reconhece suas lágrimas, ele sonda seu coração e sabe de todas as suas faltas, com um AMOR leve e sereno ele molda seu interior e tudo se faz novo, te ampara, não te abandona, esteja onde estiver e como estiver, a LUZ viva desse mundo está aonde somente a oração pode chegar, onde os olhos não vêem mas o coração pode sentir, o Onipotente está por toda parte; tudo que a sua alma buscar vai sempre encontrar, se em seus braços descansar."
RUDNEY VENTURA
Tantas palavras difíceis
Foram com muita dificuldade,
Alinhadas em pé de igualdade,
Com a única finalidade de dizeres:
you are welcome to elsinore
Entre nós e as palavras há metal fundente
entre nós e as palavras há hélices que andam
e podem dar-nos morte violar-nos tirar
do mais fundo de nós o mais útil segredo
entre nós e as palavras há perfis ardentes
espaços cheios de gente de costas
altas flores venenosas portas por abrir
e escadas e ponteiros e crianças sentadas
à espera do seu tempo e do seu precipício
Ao longo da muralha que habitamos
há palavras de vida há palavras de morte
há palavras imensas, que esperam por nós
e outras, frágeis, que deixaram de esperar
há palavras acesas como barcos
e há palavras homens, palavras que guardam
o seu segredo e a sua posição
Entre nós e as palavras, surdamente,
as mãos e as paredes de Elsenor
E há palavras nocturnas palavras gemidos
palavras que nos sobem ilegíveis à boca
palavras diamantes palavras nunca escritas
palavras impossíveis de escrever
por não termos connosco cordas de violinos
nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar
e os braços dos amantes escrevem muito alto
muito além do azul onde oxidados morrem
palavras maternais só sombra só soluço
só espasmo só amor só solidão desfeita
Entre nós e as palavras, os emparedados
e entre nós e as palavras, o nosso dever falar
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