Poema palavras
Sinto falta da época,
Que andar na rua, era sossego.
Que brincar, era com brinquedo.
E amar, era momento (eterno)
Sinto falta
Das conversas, as risadas sem medo.
Das piadas sem preconceitos.
Do caminhar de qualquer jeito
Sinto falta
De cantar sem entender
De pular sem perceber
De amar sem corresponder
Sinto falta
De um mundo imperfeito
Mas que no fundo, todos tinham respeito
E não viviam com medo de viver
Essa história é de um tempo
Em que a tecnologia não havia
Corrompido vida.
Pois hoje se corrompe até
mesmo o feto antes de nascer.
A VERDADE NUA E CRUA
Corri, me escondi
Sonhei, ainda estou aqui!
Andando em círculos
Em uma rua escura
Rostos estranhos
Sorrisos maliciosos.
Procuro uma saída,
Não encontro.
Portas que se abrem
Que não chegam a lugar algum
Escadas longas,
Pessoas que ferem sem tocar.
Desespero, loucura
Um lapso de verdade
E o tumulto se acumula.
Novos rostos
Pessoas desconhecidas
Ninguém me vê
Ninguém me sente.
A verdade é nua e crua
Um corpo aparece.
E uma vida é destruída.
Mesmo diante das transformações
A vida em si, não muda.
Pode-se dizer que com a idade
Os pensamentos mudam
Que a maturidade, nos tornam diferentes
Mentira, a maturidade só nos tornam
Silenciosos, em alguns casos, falantes.
Nada muda ao acaso... Dentro de nós seremos sempre
Os mesmo.
DESIDERATA
Alimente a força do espírito para ter proteção em um súbito infortúnio. Mas não se torture com temores imaginários. Muitos medos nascem da solidão e do cansaço.
Você é filho do Universo, assim como as árvores e as estrelas. Você tem o direito de estar aqui.
Portanto, esteja em paz com Deus, não importa como você o conceba.
E, quaisquer que sejam as suas lutas e aspirações no ruidoso tumulto da vida, mantenha a paz em sua alma.
Ajustes ... Não mais!
Não, por favor...
Não invente mentiras.
Não abra as cicatrizes das feridas.
Não use sua astúcia para definir um ajuste.
Não quero mais ajustes , já me decidi.
No momento do nosso rompimento foi cessar a luta.
Durante todo esse tempo ,hoje não sofro mais.
Não procure respostas onde não há perguntas.
Deixei uma pauta a ser cumprida e ela foi arquivada.
Hoje caduca toda a certeza!
De que um dia te amei ;
De um dia ter me doado;
De um dia ter te entendido;
De um dia ter me feito sofrer.
Hoje não quero mais reuniões ou conferências ...
De projetos inacabados!
O mesmo diz meu coração ...
Novos projetos ...
A engenharia do amor não cabe aditivos!
É um ardor.
Sinto-o em todo o corpo
Como algo que queima
Tão devagar que não faz chama.
É uma dor constante
Uma dor oculta
Envergonhada
Com medo de se manifestar.
Não tento pô-la em palavras
Para ouvidos mudos.
Guardo-a para mim
Até a solidão voltar
Até nada restar para além do silêncio
Aí, expresso-a pelos meus olhos abaixo.
Escorre com sabor a mar
Tão inocente...
O ardor deixa de o ser.
Torna-se incêndio.
Espalha-se pelo corpo,
Que passa a ser nada mais que combustível.
Talvez um dia lhe ponha um fim.
Talvez um dia acabe.
Talvez um dia apague.
Talvez.
Quando foi que eu deixei de ser criança
Lembro de quando pequena
Subia na árvore e os galhos eram como trapézio.
Não tinha medo, nem mesmo tontura
Só a diversão de estar ali pendurada.
Depois com o tempo
As árvores viraram meu refúgio
Lá eu ficava, ninguém me via
E assim acredito acabei crescendo
E com o tempo deixei de subir nelas
Hoje sinto falta delas. De sua altura
Mas com a idade é falta de jeito
Já não sei mais subir em uma árvore
O tempo passa , as coisas mudam
Não diga que não se esquece, esquece sim
Com o tempo perdemos o jeito.
Perdemos nossa desenvoltura
E acabamos por ficar adultos
E esquecendo de como é ser criança.
Feliz aquele que mesmo com o tempo
Jamais perdeu sua infância.
O fundo do mar
Despertar interesse
Qual seria esse?
Quando se está perdendo o ar
Tudo instiga
Mas no mar! Como seria?
Cores vivas, água é vida
E lá no fundo, bem no fundo
Existe vida?
Um dia te falei
Aonde me encontrar
Indiquei o caminho
E todas as jogadas
As páginas de um livro
O filme que me tocava
Mas foi a música que disse
Tudo ... mas você não ouviu nada.
Um dia você vai dizer que me ama
Mas quando este dia chegar
Eu vou estar dizendo adeus a este mundo.
Será meu último adeus
Minha última alegria
Minha despedida
Romance da Bela infanta
Chorava a infanta chorava na porta da camarinha
Perguntou-lhe o rei seu pai: Por que choras filha minha?
Eu não choro senhor pai, se chorasse razão tinha
Todas eu vejo casadas, só a mim vejo sozinha.
Procurei no meu reinado, filha, quem te merecia
Só achei o conde Olário e esse já mulher havia
Ai meu rei pai de minh’alma, esse mesmo é que eu queria
Mande aqui chamar o conde pela vossa escravaria
Palavras não eram ditas, já o conde chegaria
E que a vossa majestade quer com minha senhoria?
Mando que mate a condessa pra casar com minha filha
E traga a cabeça dela nesta dourada bacia
Sai o conde por ali com tristeza em demasia
Ter que matar a mulher, e a mulher não merecia
A condessa que o esperava para abraça-lo corria
Com o filhinho nos braços já de longe bem ouvia
Sentaram-se os dois a mesa, nem um nem outro comia
As lágrimas eram tantas que pela mesa corriam
Porque choras senhor conde, desafogue essa agonia
Me dê a sua tristeza que lhe dou a minha alegria
Ou te mandam pra batalha ou te mandam pra Turquia
Nem me mandam pra batalha nem me mandam pra Turquia
O rei manda que te mate, pra que case com sua filha
E quer a sua cabeça nessa dourada bacia
Não me mate senhor conde, um remédio haveria
Vou meter-me em um convento da ordem da freiraria
Lá guardarei castidade e a fé que te devia.
Como pode ser tal coisa condessa da minha vida
O rei manda que te mate pra casar com sua filha
E quer sua cabeça nessa dourada bacia
Deus que te perdoe meu senhor conde lá na hora da cotia
Me tragam aqui meu filho entranhas da minha vida
Deste sangue do meu peito, beberá por despedida
Bebe meu filhinho, bebe, este leite de agonia
Hoje aqui ainda tens mãe que tanto bem te queria
Amanhã terás madrasta de mais alta fidalguia
Já ouço tocar o sino, ai meu Deus quem morreria?
Morreu foi a bela infanta, pela culpa que trazia
Descasar os bem casados, coisa que Deus não queria.
JOANINHA
Essa é a história de Joana dos Santos
Mais conhecida como Joaninha
Linda menina com tantos encantos
Seu sonho maior era entrar pra marinha
Tinha dois irmãos, mãe e padrasto
Numa casa simples da periferia
Rosto de boneca e corpo casto
Os vizinhos diziam que artista seria
Aos 11 anos tudo mudou
Joaninha tornou-se mocinha
Chegou na escola com o braço roxo
Sorriso amarelo e olhar de desgosto
Cada dia uma história contava
Bati na maçaneta, caí da escada
Escorreguei no banheiro
Cortei-me com o espelho
Dona Rosa, sua professora
Percebeu haver algo errado
Ela confessou à protetora
Que era violada por seu padrasto
Chorou amargamente
Disse que pra casa não voltaria
Dona Rosa tinha algo em mente
No dia seguinte o denunciaria
Ao acordar ouviu a manchete
Menina jogada em terreno baldio
Não entrou pra Marinha nem tornou-se artista
A pobre criança virou estatística.
AMOR DE GIZ
Pra falar de nosso amor escrevi no muro com giz
Perguntaram o porquê eu fiz assim se logo iria apagar
Respondi que pra mim amar tem que ser desse jeito
Algo me diz que amor de giz é melhor
Ele pode ser reescrito a cada novo dia.
eu estaria mentindo se dissesse
que você me deixa sem palavras
a verdade é que você deixa minha
língua tão fraca que ela esquece
a linguagem que fala
Palavras cortam não só o coração a alma
As palavras e capaz de decidir a vida de uma pessoa
As palavras e capaz de mudar uma pessoa
As palavras . . .
As palavras machucam
As palavras nos tornam invisíveis
As palavras acabam nos matando
ouço mil palavras gentis a meu respeito
e não faz nenhuma diferença
mas ouço um só insulto
e toda a confiança se despedaça
Chuva, calma ou mais furiosa
sempre despertao poeta,
que assim vai também
derramando suas palavras
em versos a ninguém ...
Que venha de repente e que seja leve...
Que quando for embora, não deixe saudades...
Se deixar saudades, que seja do que aconteceu e nunca do que podia ter acontecido.
Sinto falta de carinho.. beijos, abraços.. palavras sinceras!
Cansei de promessas não cumpridas e palavras jogadas ao vento!
Preciso voltar a viver intensamente... mas nada colabora pra q isso aconteça...
Meu coração ta triste sem motivos, sem esperança e sem caminhos a seguir! queria tanto poder compartilhar isso com alguém, mas é tão difícil abrir meus sentimentos pra mim mesma imagine com outra pessoa... as vezes acho q vivo no tempo errado!...
Gostaria de mudar o mundo!
A vida seria tão mais simples...
Ai vida!!! o que vc quer de mim? o que vc prepara pra mim?
será q eu to no caminho certo a percorrer? ou será q vou viver pra sempre assim.. nessa rotina insuportável?
To cansada, to exausta, to injuriada de vc vida!
E não posso fazer nada pra mudar isso... pelo menos por enquanto não!