Poema palavras

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Maquiavelico, psico, confuso, é o fim do mundo,
Varias contradições, siga o cego e escute o mudo.
Parece absurdo, mas o normal me incomoda,
Eu vejo faces de anjos e ouço chocalho de cobras.
Geração perdida, estamos no barco a deriva, quem diria ?
O padre mentiu, o pai errou, o pastor estava enganado,
Deus nunca te odiou pelos seus pircings, sempre te amou mesmo tatuado.
Não sou blase pascal, muito menos immanuel kant,
Tenho muito de suntzu , pouco de ghandi.
Se não sabe aprende, e se sabe ensina, esqueceu aprende outra vez,
E o mais importante de tudo, faça rápido, só se morre uma vez..

Inserida por Scutasu

Nascemos originais, morremos copias,
Ser humano idiota, a moda dita, tv nos sufoca.
Jornal manipula, escola não educa, a vida é dura,
E teu sonho cadê ?
Encontra-se exposto no shopping,
Ou dentro de um ateliê ?
Aqui a grife no seu peito define quem é você.

Inserida por Scutasu

SE TUDO MUDOU

Talvez hoje seja o começo de uma nova vida.
Talvez hoje possa estar diante da resposta de muitas de minhas preces.
Talvez hoje eu acredite que haja esperança.
Talvez hoje eu sonhe que tudo vai ser diferente.

Quem sabe o dia de hoje seja o dia.
Quem sabe amanhã vou acordar e ver a mudança.
Quem sabe vão olhar pra mim de uma forma diferente.
Ou quem sabe vou estar iludido acreditando que tudo mudou.

Se tudo mudou, eu sou feliz!
Se nada mudou, eu também sou feliz!
Admito essa minha indecisão.

Se tudo mudou, a saudade vai existir!
Se nada mudou, a saudade poderá ser morta!
Apenas o tempo dirá o que vai acontecer!

Inserida por hbt

Meu cais
Vou clamar aquela poesia
que eu fiz um dia
pra te esquecer
algo impossível de acontecer
pois teu olhar invade meu coração
como dizer não
Se o fato ocorreu
e a gente nem percebeu
se o beijo estralou
porque não lhe dou
muito mais
venha aportar no meu cais
jogue sua âncora sem dó
vamos desatar esse nó
quero escurecer até sua cor
para contrastar minha dor
de consciência limpa
de água cristalina
que batizou
e que purificou
o nosso amor.

Inserida por JeanDias123

Esperança


E que todas as flores mortas
Virem sorrisos
E que todas as lágrimas
Se transformem em sonhos

E que os nossos mundos
Se alinhem talvez
E que nosso amor
Reine outra vez

Andarei sozinha
E não vou olhar pra trás
Irei embora
Por medo de voltar a trás

Inserida por kaiquelira

Vida, a vida pode ser cruel,
vida que se queixa sem ter o mel,
para adoçar essa vida,
pode olhar a fauna, flora, mar e céu.

Felicidade, esta é uma peça,
peça esta de um quebra-cabeça,
que talvez não tenha fim.
Pois cada momento feliz
é montado peça a peça por você, por mim.

Porém ela continua incompleta,
sempre buscando ser descoberta,
e pode, nos mínimos detalhes da vida.
A felicidade nunca esta pronta,
mas é constantemente construída.

Vou lhe contar um segredo,
encontre algo que ame fazer,
e de seu máximo, será um prazer, sem medo,
e com certeza, querendo, mudará seu enredo.

Não trabalhe somente pelo dinheiro,
esta é uma cultura criada sem direito,
precisa se realizar no que gosta de fazer,
só então sentirá o verdadeiro prazer.

Concorde que o amor é o que há de mais valioso,
então, ame seu trabalho, pessoas, tudo que puder,
e ai se tornará vitorioso.
A vida é um espelho de sentimentos,
então se remeta a um bom endosso.

Inserida por diego_luis

Fala baixinho.
Amor, ninguém vai saber.
Seremos apenas eu e você dessa vez.
Vamos viver sem nos preocuparmos com o que vai acontecer.

Fala baixinho.
Sempre vai ter alguém querendo nos derrubar
Vamos caminhar devagar.
O nosso amor dessa vez não pode escapar.

Fala baixinho.
Temos toda uma vida juntos pra vencer.
Me de sua mão, que assim nunca vamos perder.
Eu prometo, o nosso amor tem muito a florescer.

Fala baixinho.
Não quero que escutem o que você tem a me dizer
Ninguém precisa conhecer o lado que me faz tanto te querer
Eu só quero a todo momento te ter.

Fala baixinho.
No meu ouvido diz que ficarás pra sempre independente do perigo.
O teu abraço é o meu abrigo
E eu só quero sentir você comigo.

Psiu...
Fala baixinho, amor.

Inserida por marianabrum

"...Se alguém me perguntar
Vou me lembrar,
Que naquele dia pude voar
Mas não vou falar..."

Inserida por antonyoeduuardo

ROTEIROS

Em meus devaneios
Vou rasgar os roteiros da peça escrita pra mim
Mudarei todas as falas
Sentarei em outro banco de praça
Mudarei de calçada
Vestirei outra cor

Hoje vou desligar a TV pra assistir as estrelas
Deitarei do outro lado da cama
Adormecerei com o sol
Vou passear com a lua

Hoje deixarei a rotina
Virarei do avesso
Conhecerei outra de mim.

Inserida por elis_barroso

REBELDIA

Num ato de rebeldia
Usei papel e caneta
Escrevi uma carta a alguém
Li um jornal

Numa luta contra o sistema
Troquei likes por abraços
Mensagens por olho no olho
Sentei com um amigo pra um café com bolo

Num ato de revolta
Escancarei a porta
Saí para vida.

Inserida por elis_barroso

FILTROS DE BARRO

Em meu tempo de criança
Bebi água em filtro de barro
Gostava de ouvir seu lento gotejar
Demorava pingar a gotinha
Acho que queria nos dar seu melhor
Por isso demorava a filtrar

Coitado do filtro de barro
Foi descartado
Trocado
Já não cabe nas casas modernas

Pensando bem...
Hoje tudo parece descartável
Nada pode dar trabalho

Prefiro relacionamentos
Que sejam como filtros de barro.

Inserida por elis_barroso

GARRAFA VAZIA

Encontrei uma velha garrafa vazia jogada na areia
Trazida pela maré
Aquela garrafa um dia trouxe felicidade a alguém
Talvez tenha participado de uma festa
Comemorado um nascimento
Ou alegrou boas conversas entre amigos

Agora desprezada
Triste
Sem serventia

Em minha utopia resolvi tirá-la daquele triste fim
Escrevi um poema em um papel
Enrolei
Coloquei dentro da infeliz garrafa
Lancei-a ao mar

Quem sabe um dia ela chegue em alguma praia
Presencie novamente o sorriso de alguém.

Inserida por elis_barroso

INTEIROS

Só gosto do todo
Sem reservas
Sem pedaços
Já não quero nada partido
Sem meias verdades
Meias palavras
Meias certezas
Meias entregas
Nunca fui metade

Sem você sou inteira
Com você eu transbordo.

Inserida por elis_barroso

VAZIO

Das muitas e muitas andanças
Das mais variadas paisagens
Dos desvelos recebidos
De todos os atropelos que se pode dar
A alma quer sempre mais
Nada lhe basta
É fome que não se sacia
Trilha que nunca termina
Gotejar incessante em cavernas vazias
Seu buraco é do tamanho de Deus.

Elis Barroso

Inserida por elis_barroso

JÁ NEM SEI

Não sei se sou eu que grito
Ou roubei a voz de alguém
Se a dor que sinto é minha
Ou sofro por outra pessoa

Já nem sei se sou dona dos versos
Ou eles são donos de mim

Como é duro ser poeta
Que se afoga nos próprios versos
Ora chora
Em outra ri

Se esvai em grãos de areia
Renasce da folha morta.

Inserida por elis_barroso

TECITURAS

Eva tecia em folhas de figueira
Penélope seu longo bordado
As vozinhas costuravam em máquinas onde brincávamos de dirigir
Época em que agulha e linha da vida faziam parte
As mãos teciam
Enquanto a gente fazia arte

Ah! Pena que quase tudo isso acabou
Deixe eu terminar de tecer essas palavras
Vou aliavar esse poema
Antes que nos roubem isso também.

Inserida por elis_barroso

MINHAS ESTAÇÕES

Que nem meus outonos
Quando caírem minhas folhas secas
Nem meus invernos
Quando eu precisar que me aqueça
Tirem de mim a beleza de um novo dia de sol
Nem a delícia de ser visitada pelo beija-flor
Quando eu voltar a florir.

Inserida por elis_barroso

RIO, SONHOS E PEIXES

Eu gostaria de segurar os sonhos
Pena que sempre escapam
Parecem a truta a brincar com o pescador
Dança à sua frente
Parece até que sorri
Foje faceira por entre as águas do rio

Quando sonho com você é assim
Parece estar ao alcance das mãos
Some de repente em meu despertar
Fecho os olhos novamente
Tento voltar a sonhar

Lá se vai mais um sonho
Sorrindo de mim
Saltando no rio.

Inserida por elis_barroso

FLOR DA PERIFERIA

Se eu fosse flor
Queria ser flor do caminho
Daquelas que não se vende
Ninguém se preocupa em molhar a raiz
Cresce fincada à terra
Entre espinhos e pedras

Se eu fosse flor
Não gostaria de ser rosa, orquídea
Ou um frágil lírio

Queria ser flor que nasce em ruelas
Em becos
Flor de periferia
Daquelas que passam despercebidas
Rejeitadas
Quando se percebe já se espalhou
Tirou forças da terra seca
Cresceu sozinha
Espalhou sementes

Já não adianta arrancar.

Inserida por elis_barroso

CHÃO E MESA

Não gosto de amores assim
Comidos de garfo e faca
Pelas beiradas
Degustados em pequenas porções

Muito menos de amores frios
Que ficam no canto do prato
Já não descem na garganta
Nem pode ficar pra amanhã

Gostosos são aqueles comidos como fruta
Arrancados do pé ou pegos no chão
Mordidos com vontade
Que escorrem pelo canto da boca

Inserida por elis_barroso