Poema palavras
Todas as palavras tem o quê de indagação
Todas as palavras tem o quê de exaltação
Mas apenas uma palavra tem a resposta de todas
O significado profundo da existência
Dentro do Eu Superior Divino
Aonde se inicia e se encerra
A Palavra única e exclusiva
De Jesus,O Pai Eterno!
TERRA QUENTE FRIA
Estas fragas da serra que eu tanto amo
Estas estevas que me aquecem o peito
Este ar que os meus pulmões respiram
Esta terra que vive agarrada a minha pele
ARDÓSIA DE FISGAS
A ardósia é cega de palavras
No crepúsculo dos teus sonhos
Despida de letras em corpo nu
Comi, bebi, do teu belo corpo
Amei, desejei também ser amada
Na entrega de quem já me amou
Que conseguiu ler as minha páginas
Do que sou, cheia de sentimentos
Com a humildade de todo o meu ser
É não querer, viver só, por viver
Numa necessidade louca de amar
Fisgas de tantos loucos momentos.
O VENTO
É só o vento que me traz todos
Vestígios que me lembram de ti
O mar fala no horizonte já vago
O nevoeiro tece nuvens macias
Os suspiros de cores de aromas
Relata o inverno a tentar despertar
Não chove lá fora, chove dentro
Do peito profundo talvez molhado
De tantas memórias tuas já perdidas
Esquecidas de mim num sopro gelado
Para salvar a minha alma em ruínas
Afastei-me de todos os nossos silêncios.
MORTALHA NAS ONDAS DO MAR
I
O mar de mortalha, embalada por gemidos
Que rasgas a carne de uma dor, dilacerante
Embalsas, todas as dores, entre murmúrios
Desfalece, misteriosamente num total afligir
II
Martírio transfigurado já pela sua angústia
Sombra das noites pesadas de tanta agonia
De tanto pavor da morte, desaparecia longe
Madrugada desses pensamentos impacientes
III
Os corvos voavam ao seu redor já famintos
Enroscados a sua negra fria mortalha de dor
Desespero, na agonia da carne que se dilacera
Entre gemidos de chagas abertas sangue podre
IV
No chão que a carne se rasga, que se despedaça
Soberbo sol, assombro das lágrimas recalcadas
Dolorosa alma torcida num espasmo de angústia
Amargamente numa aflitiva treva de dilaceramento
V
O mar observara tudo, descida subterrâneos fatais
Era uma mortalha para tantos homens um túmulo
Criptas infernais onde trêmula derrama a sonolenta
Claridade de augúrios medonhos, indefiníveis sem
VI
Nomes nos túmulos tapados pelas ondas do mar - - Contemplativo.
Jeito
O meu jeito sem jeito
Da boca as palavras não saem direito
Murmuram em meu peito
Ah... como queria eu.
Queria que as palavras saíssem com jeito
Jeito fácil, jeito simples
Sem muita sofisticação ou requinte
Que apenas saíssem... de seu jeito!.
PAUSA DE VERBOS
I
Não nego que me entrego sempre
Que cheguei ao ponto do insano
Procuro refúgio nas ondas do mar
E é na loucura que no mar navego
Se o tempo insiste em levar-me
Perdi-me intoxicado na dura vida
Mergulho no vento, pó sem horas
Cada dia é estranho, já sinto na pele
II
Os meus medos costumam voar
Só queria ser, um poeta irreverente
Eu entrego-me, mas nunca me nego
Num sensível sorriso já permanente
Já que algumas vezes ele quis ficar
Mas o amor morre nos meus versos
Sem tecer uma única palavra minha
Sento-me descalça na calma varanda
III
De uma outra linguagem da nostalgia
Em vez de ir, quero ver tudo a passar
Ocorre-me, então, com alguma certeza
Não é uma questão de palavras soltas
Antes de fechar as noites vazias no mar
Desfaço no meu peito, fragmenta tarde
Onde tropeço com minhas asas violeta
A passear, meia-noite numa pausa verbos.
"Um turbilhão de pensamentos turvam a visão"
Pensamentos
desenfreados
Redemoinho
de sentimentos
No cérebro o caos
Batimentos Acelerados
Estática estou
Com a mente
descontrolada
Em movimento
Centenas de
palavras caladas
No leito
o corpo lasso
No espírito
o descompasso
Este amor pode ser eterno, pode ser fugaz
Neste momento és tu tão especial
Que não me importa o resto
Eu posso escrever as tuas palavras para que não as leve o vento
Posso te dar até o último do meu mais profundo sentimento
São tantos que não consigo calcular o que sinto
Será tão forte como o vento ou tão frágil que eu invento
Ou o mais forte do que o que sinto...
Amigo é um Ser Muito Especial....
A amizade verdadeira é coisa de outro mundo,
não dá nem pra explicar,
amigos verdadeiros se entendem com um olhar,
um toque, um aceno, um piscar...
Ser amigo é estar presente, sem ser chamado...
É secar o pranto.
É extrair o riso.
É saber quando se deve falar,
e quando o melhor é silenciar.
Amigo é aquele que te diz a verdade,
sem te ofender...Porque você sabe
que por trás de suas palavras, existe
um enorme Bem-Querer!
BRINCAR PORQUÊ
Porquê brincar com as palavras
De um texto em ordem na melancolia
Porquê brincar com as letras
De um texto que se estende ao infinito
Porquê brincar com as vírgulas
De um texto mergulhado deste abismo
Porquê brincar com os pontos
De um texto de sublime cor da ternura
Porquê brincar com as páginas
De um livro inacabado por escrever
Porquê brincar e não ler, porquê.
Cala-te, silencia tuas
palavras em teus pensamentos.
Acaricia-me sem tocar-me.
Apenas solte tua imaginação
sobre minha pele
Sinto todos teus sentidos
percorrerem em cada ponto;
onde o frenesi enaltece
minhas vontades.
Tento contrariar meu corpo diante
de teus desejos, reluto em vão.
Sinto tua respiração a cada
declaração sussurrada em
meus ouvidos.
Meu corpo queima.
Meu coração dispara.
E no ápice da vontade, estremeço
diante da volúpia imaginativa que
emanas sobre mim.
Solta e liberta teus segredos,
quero ser tua realização.
Amando-te e dominando-te dentro
do ilimitado que pulsa em mim.
Quero ser quem desejas que eu
seja, e que tu sejas meu de corpo
e alma na infinita imaginação.
Vivo em busca de palavras embutidas com sentimentos!
Careço delas demasiadamente!
Pois minha alma se alimenta do que é verdadeiro,
do que vem do coração!
Palavras por palavras,
transmitidas sem emoção alguma,
apenas batem e voltam,
quicam e não penetram no meu âmago!
Somente palavras preenchidas de amor,
enchem meu interior com rebuliço, turbulência, entusiasmo...VIDA!
CORAGEM
A minha alma está partida, dividida
Despedaçada já sem forças, eu só peço
Que minha coragem vença o meu medo
Que o meu corpo não se quebre de pranto
Que a minha alma não se perca em agonia
Que a minha mente permaneça sempre erguida
Que os meus joelhos se dobrem à esperança
Que o meu coração não seja devorado pelos lobos
Que os meus inimigos me respeitem e não me temam.
Quero que minhas palavras sejam como pétalas, tocando devagarinho.
Que de minha boca saia apenas sons suaves e sutis, pra não assustar, não machucar.
Palavras grosseiras eu deixo pros rudes, as minhas foram feitas pra acariciar, para tocar com sutileza, para emocionar, para afagar...
Que pros seus olhos eu seja toda leveza, daquelas que o vento não consegue carregar.
De volta...
De volta as letras...
Novamente tento descrever meu mundo.
Busco desesperadamente palavras para descrever o que sinto.
Não sei bem, as coisas estão diferentes.
Onde está a agitação de antes?
Onde está aquele olhar que tirava meu chão,
Me perturbava, e me deixava sem saber como agir?
Os ponteiros do relógio continuam a rodar...
O tempo é implacável e apaga toda lembrança.
Um sorriso amigo, molda o mundo e afaga o coração.
Não são mais palavras ao vento,
Jogadas em busca de uma resposta,
De um bom dia que nunca vem...
São palavras ouvidas, ideias sentidas,
Uma discussão além...
Alguém observa o que eu falo,
E parece escutar o que vem do meu coração.
Entende, observo além do visível.
Busco sempre o impossível,
Sempre busco uma razão.
Não quero pessoas que me sufoquem,
Que sempre me deixam sem resposta.
Que não confio na boa intenção.
Viver assim é castigo,
Sempre correndo perigo,
De ver seus sonhos escorrendo pelas mãos.
O que aconteceu comigo?
Não consigo mais escrever o que sinto!
Já não sei mais nem mesmo lidar com a minha emoção?
Onde estão os meus sonhos?
Fico aqui me perguntando,
Dialogando com a minha razão.
Não sei se é a maturidade
Que está acabando com a minha ansiedade.
Ou se fui eu quem perdi a razão!
As palavras hoje me sufocam,
Hoje estou sem resposta,
Para o que se passa em meu coração.
Cansada de papos vazios,
de conversas sem sentido...
de companhias que não fazem bem para a alma...
Enfim, de pessoas que fazem mal ao coração.
Autora: Khenya Tathiany
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Aquele que vale mais que mil palavras, representa toda sua atitude em sutis toques, as falas ficam mudas, o silêncio domina, a imaginação vai longe, o corpo responde com pequenos calafrios, o mundo não para de girar, e tudo ao seu redor fica mais leve, e você só que está neste momento, um único momento onde segundos parecem parados.
Um beijo pode te revelar tudo que você não esperava, por isso não espere mais, entregue-se ao momento!
Vida faceira
Em várias rasteiras
Torna-se ligeira
Reverte em feiticeira
No nariz, coceira
Eternamente brincadeira
De palavras verdadeiras
Cósmica poeira
Alvisse loira
Respira na fogueira
Rodando na bobeira.
Se fizesse sentido, não seria asneira!
ALMA
Proeminência sincera de palavras...
Decência de um ser sincero.
Silêncio!
Reentrância da alma ressequida.
Âmago sequestro da inocência.