Poema palavras
"SENHOR"
Senhor, quero ir contigo
Para onde tu fores e precisares.
Se eu sofrer confiarei sempre em ti
Pois eu sei que aliviaras a minha dor
Quero viver conforme o teu querer
Quero o Teu amor para sempre
Tudo o que eu sou devo-te a ti
Nas tuas mãos descansarei
E vou entregar-te o meu coração
Quero amar-te cada dia mais
O meu mundo está seguro nas tuas mãos
Eu quero e sou tua para sempre.
Porque tu amas-me Senhor
Apesar de eu ser um ser imperfeito.
"ALMA AO VENTO"
Alma perdida, alma de gente
Gemeu, rezou, gritou perdidamente
Talvez, alguém que se findou
Refém das suas escolhas
Distraiu-se com a solidão ou talvez não sei
De sentir saudades, nostalgia que nunca houve
Da indiferença que sentiu, exercito do silêncio.
Vento leva-me para onde puderes
Leve-me para aonde quiseres
Só quero que me faças esquecer
A onde estou, para onde vou
E perceber que estas minhas lágrimas
Só servem para me trazer mais dor
Mas se eu chorar por amor ?
Será que à amor... não sei dizer
Eu só sei que sofrer eu não queria mais.
"PAIXÃO E AMOR"
Paixão ou amor
Que sentimento é este?
Que eu desconheço, que me faz ficar insana
Que faz-me tremer, que me leva à loucura
Reverte aos meus eus, por te amar tanto assim
Perder-me de mim, quando estou contigo
Fazer-me enlouquecer
Meu amor cada dia que passa
Tenho mais certeza de que és tu
O homem que me fascina
O homem que me deixa sem forças
Quando tocas-me, deixas-me quente quando me beijas
Elevas-me ao auge só com um olhar
Tu és o homem que eu irei para sempre amar.
UM DIA CHUVOSO
Cai a chuva no telhado, chuva fria
Que cai sem culpa, gotas que passam
Sem deixar marcas, molham a terra
Molham as flores, deste jardim encantado
Incerteza de um belo dia, abençoado pelo amor.
Essa chuva miudinha, faz um sorriso de alegria
Quando a noite chegar, não conseguirei ver as estrelas
Bate a chuva na janela, queria dormir com ela aberta
Chuva fria deste outono, talvez volte amanhã
Molhe o meu coração, com muita alegria.
Meu amor brindemos juntos com uma taça
De vinho do porto, que eu tanto gosto e tu aprecias
Depois em forma de poesia escrita num livro
Ama-me sem medo meu amor com este teu sorriso
Este teu olhar com essa tua energia que transpareces
Aquece este meu corpo gelado por dentro
Queima-me o coração sem reservas
Vem amor até mim com o teu calor, sem pudor
Deixa-me sentir-te, amor, deixa-me sem forças
Estou a tua espera meu amor, ama-me sem medo
Que eu farei de ti o homem mais feliz e serei a mulher
Que se entregou de corpo e alma, sem medo, sem reservas
Brindemos meu amor neste dia chuvoso.
"PROSA EM POESIA"
Somos e seremos sempre cúmplices
Na vida e no amor
Juntos ao pé da lareira olhamos da janela
Cai com força a chuva lá fora, uma ventania
A tempestade acordou o meu corpo
Sinto as pernas a tremer, acendemos a lareira
O meu coração torce pela vitória do amor, feita em paixão
Abrimos uma garrafa de vinho, sentados a lareira
Conversamos sobre a vida como uma prosa
Feita ou tirada dum livro, a chuva continua lá fora
E nos agarrados e inebriados sentimos
A sede do amor em forma de poesia.
"OUVES OU FINGES"
Tu não me ouves, finges não ouvir
Ou tens medo de ouvir-me
Os meu lamentos, a minha dor
O meu sofrimento, o meu peito arder
A vida não tem sentido
Sinto-me perdida no meio da escuridão
Como uma noite sem lua, sem brilho, sem luz
Como o dia sem sol, sem chuva, sem vento
Querer sentir a vida em todo o seu fervor
Querer sentir a força da alegria
Da esperança na mais profunda dor.
Sem destino, sem leme, sem medo de falhar
Ter os olhos da vida, sem ter medo da morte
Sem remorsos, sem mágoas, sem temor
Sem lembranças, sem arrependimentos
Como uma nau que se afasta
Que não tem medo de naufragar.
ESTRADA DA VIDA
Que a nosso caminho nos guie à melhor estrada
Que o vento e o sol ilumine o nosso rosto
Que a chuva fertilize o nosso jardim
Sentimos dor quando percebemos
Que estamos perto de pessoas sem caráter
Gostaria de ter a bondade de amar as pessoas
Mais do que elas merecem
Em cada um de nos mora uma inocência própria
A solidão assusta cada um de nós
A medida que envelhecemos
Presta-nos menos atenção ao que nos dizem
Simplesmente observamos
Mais ao que nos próprios fazemos
E até que nos encontremos de novo
Que Deus nos guarde na palma das suas mãos
E nós no nosso coração.
"UIVAM NA ALDEIA"
Uivam os lobos, na serra, no monte,
Comem as ovelhas com, que matam a fome
Caçados sem dó nem piedade, abafados, fechados
No silencio da noite, ninguém sabe, ninguém viu
Uivam os lobos na serra, no monte, canta o galo
Em cima do telhado, maldito azarado, que chamou o dia
Frio e fresco, das aldeias perdidas com gente, saudade perdida
Morte sem vida, noites acordadas, noites mal dormidas
Casa velha de tábuas corridas, a cair aos pedaços
Com história, com alma, com sentimentos, com vida
Onde moram dois velhinhos queridos, amorosos
Que vivem em conjunto a mais de uma vida os meus queridos pais.
"FONTE DE TI"
Como posso explicar
Que eu ainda sinto o calor, do teu abraço
Do teu corpo, do teu aconchego, do teu carinho
E fico a pensar dos nossos momentos
Afinal a vida sem ti não é nada
Que a fonte do desejo, tenha o formato de uma flor
Que o perfume desta flor, seja a luz, do nosso amor.
Que as rosas vermelhas, aqueçam a minha alma
Sempre no dia e na hora certa
Que enxuguem as minhas lágrimas.
São lindos os teus desejos, que deixas no meu rosto
Um beijo quente e molhado na minha boca
Com lindas palavras sussurradas, nos meus ouvidos
Que a fonte do desejo arda sempre, no fogo da paixão
Com aroma da flor, do amor puro e belo entre nos.
"NOITES FRAGAS"
A morte vem e acompanha-me
Esta mais perto, mais longe
Sou mágoa, sou sorriso, sou mulher.
Apavoram-me as lágrimas
São pálidas, são frágeis
A morte foge do rio, que corre pálido
Em busca do oceano que o espera
Num caminho paciente, indomável.
Sem rosto, distante da lua, da tentação
Das trevas, palavras silenciosas,
Que só teu olhar pronúncia, aguardo amparo
Do medo das encostas íngremes das fragas
No silêncio da noite, sinto que a solidão
Invadiu o meu coração, a minha alma.
"CASAS VAZIAS"
Gentes do povo, amáveis, gentis
Francas,frias, cínicas, sozinhas,
Perdidas, vazias, escondidas, fechadas
Na dor, na escuridão na solidão do coração.
Igrejas vazias, sangrentas e frias, capelas sozinhas
Com cheiro a mofo, aldeias desertas, vazias, aflitas
Sem risos, sem passos, sem gente, dos montes vazios
Corriças sem crias, sem gado,caiem aos pedaços
Vazias sem nada, casas de pedras, de fragas, de barro
O mofo dos colchões feitos de folhas de milho
Panelas de ferro ao lume na lareira a cozer
Bacalhau com batatas, azeitonas, azeite, uma mesa
Farta como sempre, pão de centeio, trigo, presunto
Chouriço, nunca falta na mesa
Aldeias vazias, sangrentas, frias, geladas, sem gente
Sem risos, sem alma, das giestas sem estrada.
"SAUDOSO XAILE"
Que saudades do teu xaile minha querida mãe
Que embrulhava-me com carinho, nos teus braços
No teu xailinho de seda, de lã adormecia.
O meu xaile de seda, que me faz sonhar
É como o da minha mãe, lembra-me sempre dela
Não o quero nunca largar, cheirava a amor a carinho
Era de flores vermelhas, amarelas, de todas as cores
É e era deslumbrante, o xaile da minha mãe.
"SOMOS SOMOS"
Vagueio pelas ruas, nas noites desertas
Da aldeia, o silêncio é total
Sinto-me como um lobo, uma sombra
À procura da presa, sozinha e indefesa
Vejo-te ao longe e começo a cercar-te
Sinto as tuas mãos quentes, no meu rosto
O teu corpo que arde nesta madrugada fresca
Como o orvalho que refresca os nossos corpos
Que ardem no fogo da paixão, somos amigos
Somos amantes, cúmplices na vida e no amor
Vagueamos pelas ruas, desertas, vazias, agarrados à vida
À família, andamos à noite de mãos dadas
A ver as estrelas a lua, sentimos a liberdade da noite
Das ruas desertas na aldeia.
"SEJA FELIZ"
Seja Feliz, viva intensamente
Viva todas as suas emoções
Imagine as ondas do mar, veja o pôr do sol
Sinta o perfume das flores, olhe para o céu
E a lua, conte todas as estrelas
Tome um banho de chuva, sorria a uma criança
De a mão a um idoso, ame e seja amado
Seja sempre uma criança, cante uma canção
Não deixe de sonhar, ouça uma música
Sinta o vento a bater nos ramos
Ouça o canto dos pássaros
Seja muito feliz com a felicidade dos outros.
"SENHOR, SENHOR"
Senhor, senhor
Quantos de nós já não nos apeteceu morrer
Porque já não entendemos este mundo em que vivemos
A vida perdeu todo o sabor, é só desilusões
Neste dia que amanhece, deste sol maravilhoso
Rezemos pelos homens e mulheres, casados, divorciados
Ou ainda os que refizeram novas ligações
Dá a todos estes casais o dom de sorrir hoje
Ao longo deste dia e apesar de sermos seres imperfeitos
Ele nunca excluiu ninguém do seu amor
E correu o risco de má reputação
Fazei que eu jamais me atreva a fazer juízos e condenações
Sem respeito e tolerância, não há amor
Que todos aqueles casais que estão separados
Vejam e sintam nos casais que se amam
E guardam fidelidade um apelo ao teu amor, Senhor.
"TEMPESTADE/S"
És um deserto, na minha alma
Num poço profundo e cheio da água mais pura
Onde sacio a minha sede, sede de amor
Paixão e liberdade
As tuas mãos entrelaçadas nas minhas
Suadas, quentes e frias, da tua barba que pica-me
O meu corpo como uma tempestade
De vento que geme de frio
Derretes o gelo com o teu calor
Como uma fogueira que arde de amor.
Amo-te ao luar, amo-te à chuva, senti-te na praia
Na areia quente, o corpo queima, na noite esquecida
Sacias a sede, cansas a mente, cansas o corpo
É nos teus braços que eu amo estar, fresca a tua boca
Sabe a romãs, cheio de amoras, brisa do mar
Seca o deserto, do nosso alento, choro ao sol
Choro ao vento, desta tempestade da nossa vida.
"GRITAR DE DOR"
Noites de choro, noites de amor
Que ficam desertas que gritam de dor
De lamento, de pranto
Que deixam saudade, como uma prece
Do medo das noites escuras, vazias, sozinhas
Onde dispersam e habitam as almas
E as palavras que ficam em cinzas
Das aldeias vazias, pessoas perdidas
Da serra vazia sem alma, fragas sem vida
Caminho sem agua, sem alma, sem história
Noites de choro que gritam de pranto
Dor e lamento, gritam de alento
Que gemem ao vento, sentem amor, sentem paixão
Nas noites desertas, vazias e certas da escuridão
Ficam sozinhas de dor e lamento.
"MAR DOCE MAR"
Gosto do barulho do mar
Das ondas e do sabor de água salgada
De andar descalça pela praia
Sentir areia branca nos pés
De sentir a frescura da água.
De sentir-me tocada pelo vento
Desta brisa com o cheiro do seu perfume.
Como posso viver
E explicar esta dor da minha alma
Vou tentar ouvir o silêncio
E ver a luz na escuridão
Cheirar o aroma da mais pura água
Sentir a brisa do mar e do vento
Saborear a doçura do sal e sentir areia macia nos pés.
Sem engano
Se o amanhã me trouxer flores,
E junto das flores não houver espinhos,
Desde já me despeço,
Pois sei que não estarei mais vivo.
Pois a beleza que encanta,
As vezes se perde no descaso,
E a verdade se oculta no sorriso,
Como se não deixasse rastros.
"CORAÇÃO PROFUNDO"
Neste mar profundo, tu és a minha escuridão
Igual aos cantos das sereias, a areia escaldante do sol.
Eu sou a luz da lua que ama-te na solidão
Este frio da noite que inquieta-me a alma
Com a brisa do mar ponho-me a chorar
Chorar de amor ou de saudade, faz bem ao coração
Ver o riso das crianças, é sentir o perfume das flores
Admiramos a beleza do mundo através de quem amamos
Para ti amor guardei o meu coração, ele chora
Sempre na tua ausência, és o conforto do meu peito
Tu consolas o meu choro seja de dia o de noite
E cada sorriso teu vai ao meu coração.
Amor tu levas-me a emoção, serei sempre feliz por amar-te