Poema o Vestido
Amiga olha aqui vou casar, eu vou casar
Não!?
Vem cá, me ajuda a escolher o vestido
Ei você aí em cima acorda, se demorar vou perder minha amiga
Por
suas curvas
eu deslizava
e sentia o
cheiro de uma
pele
que parecia
ser um
vestido de seda
cobrindo
uma porcelana
crua.
Hoje eu me permito sentir-te
Na plenitude de sua longa idade
Vestido de todas as marcas que já te couberam
Hoje eu me permito sentir-te
Livre da fala afobada
Do passo afervorado
Livre de todas as certezas que são comuns aos aprendizes
Hoje eu me permito sentir-te
Com seus medos mapeados
Suas frustrações acalmadas
E desapegos reais
Hoje eu me permito sentir-te
Com a carga da mão em meu corpo, regada a equilíbrio
Nem pouco nem muito pesada,
Suficiente!
Hoje eu me permito sentir-te
Com pausas certeiras, me conferindo a paz que eu sempre almejei ter ao lado de alguém.
Despedida
Sorriu ao se lembrar
Do vestido azul aos dez eu usar,
Me presenteou com uma flor
O nome dela Sophia nomeou
Com todos mimos e amor
Mamae feliz ficou
Cachorros na vida chegou
Tão contente ele ficou
Família se juntou
A casa completa, feliz ficou
Com um último olhar se despediu,
O coração sentiu,
Mas a cabeça não pressentiu
Um nó, se formou
Com o coração apertado nós deixou
Inexplicável falar, dessa ausência que ficou
Jesus te chamou
Pois sua hora chegou,
Descansar se foi,
O Corinthiano com amor
Nordestinês.
Cabra bom... é arretado
meia garrafa... é meiota
mal vestido... é marmota
gente boba... é abestado
perdeu tudo... tá lascado
falar mal... já quer frescar
vai embora... é arribar
se tá triste... é jururu
gente feia... é cafuçu
e não cumprir... é fulerar.
O que é ser chique pra você?
É estar bem vestido?
Não, isso não é ser chique, é ser cabide móvel de marcas.
É ostentar joias?
Não, isso não é ser chique, é ser sem brilho próprio.
É ser seguido?
Não, isso não é ser chique, é ter liberdade fragmentada.
Chiquérrimo mesmo é distribuir esperança e felicidade por onde passas.
Que nunca acabe meu rímel a prova d'água.
Que meu vestido nunca seja copiado.
Que eu sempre esteja glamourosa em cima do meu salto.
Que meu ex tenha amnésia ao meu lado!
Vou esperar o desenrolar dos nós dançando...
Em meu vestido longo de algodão...
Com fitas de todas as cores em volta da cabeça...
Rodopio em giros suaves...
Vislumbrando um mundo de minha imaginação...
Onde só cabem perfumes e risos...
Não há nele...
Lampejos e nem dor...
Nem gritos...
E nem nada que tire o som harmônico de ventos e pássaros diversos...
Há uma imensidão de luz que toma conta de tudo...
Há verdes que se mesclam com tons que nunca havia visto...
Há também montes altíssimos dos quais já não tenho medo de beirar...
Na minha confiança de que não há perigo algum...
Deito-me na relva a olhar calmamente as nuvens...
Seus formatos e tamanhos...
Brincando de imaginar figuras...
Esse é meu momento mais relax para mim...
Vestido de chita
Quando te conheci
Era de vestido de chita
Que estava
Colado naquele corpo de menina
E eu um menino sem desdém
E quando olho hoje você
Vejo a menina de chita
Que naquele dia
Para sempre encantou
Eu um menino que
Ainda sou...
Assim ela fez
Quando setembro chegou
ela colocou seu vestido mais florido
e misturou-se às plantas do jardim
para esperar a peimavera...
mel - ((*_*))
AMANHÃ TALVEZ...
Amanhã talvez, eu desperto bem cedinho
Vista meu melhor vestido
Saia para a rua a passear
Amanhã talvez,o sol brilhe bem morninho
Eu converse com o vizinho
Eu ouça os passarinhos
pelo parque a voar
Amanhã talvez, coloque um sorriso no rosto
Caminhe sem direção
Sem pressa para voltar
Amanhã talvez, eu ande meio sem destino
Esquecendo os desatinos
esquecendo a solidão
Amanhã talvez, a minha alma aprisionada
Liberte-se dos compromissos
e saia como as borboletas, levemente a voar
Amanhã talvez, no meu roteiro da vida
Caminhe mais um pouquinho,
para ver o oceano, sem ver o tempo passar
Mas só amanhã, talvez.....
Vou vestir um vestido de gala, desses que costumamos usar quando o traje pedido no convite é black-tie. Quero estar com o cabelo impecável e os traços mais bonitos realçados por uma make. Usarei aquele par de sandálias que fizeram Cinderela ter uma síncope de tanto ciúme e usarei o meu perfume como eu gosto: de sentí-lo como se estivesse em outro corpo porém me atraindo cada vez de forma maisa intensa e visceral.
Afinal me dei conta de que sou privilegiada, sou convidada da festa mais importante da qual se ouviu falar até a data de hoje, que é uma festa chamada VIDA. Claro que vou dançar, aprendemos que a dança faz parte dos rituais mais importantes da face da terra desde tempos imemoriais. Vou cantar baixinho a música tocada e nem vou me preocupar com a dor que ficarei sentindo no maxilar de tanto sorrir. A VIDA é uma só e não é inteligente nem grato lhe fazer qualquer espécie de desaforo.
Traga o meu champagne, por favor!
Hoje é dia de dança
Tenho que ajeitar as madeixas
Colocar meu vestido carmim
No rosto um ruge rosado
Ainda um perfume aguçado
E dançar só de rosto colado...
mel - ((*_*))
Voluntários
O amor sorriu pra mim,
vestido de solidariedade
e me deixou assim,
vestida de esperança.
Ao final do dia
A menina de vestido branco
Fazia sua aparição no alto da estrada
Bem na curva onde morava,
Conversávamos coisas inocentes
O tempo foi passando, foi nos aproximando...
Hoje não achamos jeito de ficar longe por muito tempo.
No encontro com o alvorecer,
vestido de lua e sol,
um poema brotou da terra
em forma de rosa amarela...
Cuide mais de você e menos dos detalhes.
Tão pouco importa a cor do meu vestido e a costura mal feita, é só um vestido, nada mais.
Não se espante, nem se preocupe.
Cuide de nós e menos dos detalhes, eles podem até ser importantes, mas não são mais importantes que nós, que o nosso amor.
Cuide de mim e menos dos detalhes.
Detalhes são só detalhes.
Cuide do que realmente importa.
Cuide do que realmente tem valor.
Eu, você, nós...
Um anjo montava guarda
vestido de branco
Tinha em suas mãos
o fogo da espada
Guardando os portões
dos túneis da História
e tudo que se passou
de alguma forma
lá ainda está
Os últimos que embarcaram
naquele trem sem volta
Os primeiros a ser encontrados
Milhares de anos depois
E aqueles que desapareceram
pra nunca mais voltar
Os segredos que foram queimados
E os portais que se abriam
pra dois lados
É como se fosse uma fotografia
de um rio que correu em outros dias
Passou e permaneceu
E continua a correr
Em outros casos
Nem nasceu ainda
Aquilo que começa
e tudo aquilo que finda
de alguma forma
hoje, agora; Está tudo lá
Toda vergonha e toda a Glória
Atrás daqueles portões ainda estão
levados pelo rio
revelados na fotografia
escondido há milhares de anos
Aquilo que estava e não estava nos planos
Tudo isso aconteceu
e ainda vai acontecer
Hoje, antes que termine o dia
Cada amor que nasceu
tendo ele acontecido ou não
Tendo que passar obrigatoriamente
Por todos aqueles rincões
e aqui
O VENTO DE EROS
Toda calçada tem meu desejo
Impregnado no vestido florido
Bailando com o vento presepeiro
Dissimulado num olhar sorrateiro
Que desnuda à donzela, eternamente ligeiro
Colorindo-a de vergonha postiça: vermelho
No brilho do olhar malicia e sorriso inteiro
O vento sessa
A saia para
Balança
E a vida perde todo seu encanto