Poema Natureza

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O amor retorna sempre ao coração nobre / como o pássaro aos ramos da selva; / a natureza não fez o amor antes do coração nobre, / nem o coração nobre antes do amor.

Os nossos desejos confusos encontram expressão na questão confusa assim como na força da natureza e eletricidade. Mas a resposta que queremos não é a resposta para esta questão. Não é por encontrar mais relações e conexões que se alcança a resposta, mas sim através da remoção das contradições existentes entre as já conhecidas e talvez reduzindo o seu número. Quando estas contradições dolorosas são removidas, a resposta à força da natureza não foi respondida. Mas as nossas mentes deixam de ter vergonha e param de fazer perguntas ilegítimas.

O desenvolvimento técnico só vai deixar um único problema por resolver: a debilidade da natureza humana.

Por natureza, todos nós estamos mais prontos a criticar os erros do que a elogiar as coisas bem feitas.

Os defeitos das mulheres foram dados pela natureza para pôr em atividade as qualidades dos homens.

A concórdia é o melhor, apesar de o ser humano, por natureza, ser propenso à ganância.

Há uma coisa que é essencial a uma grande experiência: Uma natureza experimentadora.

Quando o criador é original por natureza, pouco importam os meios de que se vale para fixar seu pensamento.

Com os seres vivos, parece que a natureza se exercita no artificialismo. A vida destila e filtra.

Definem-nos o milagre: uma derrogação das leis da natureza. Não as conhecemos; como saberíamos que um fato as derroga?

A Natureza apenas concedeu aos homens a constância, enquanto às mulheres deu a obstinação.

O mal é necessário. Da mesma forma que o bem, tem a sua nascente profunda na natureza, e um não poderia exaurir-se sem o outro.

Se alguém quisesse escrever uma história da vaidade, dominaria metade da natureza das civilizações.

A natureza e a arte parecem afastar-se, mas antes que o pensemos já elas se encontraram.

O conhecimento da natureza humana é o princípio e o fim da educação política.

Abro o jogo! Só não conto os fatos de minha vida: sou secreta por natureza.

Há verdades que nem a Deus eu contei. E nem a mim mesma. Sou um segredo fechado a sete chaves. Por favor me poupem.

Clarice Lispector

Nota: Os pensamentos costumam aparecer unidos na internet, mas pertencem a obras diferentes. O primeiro é de "Água Viva" (1998) e o segundo é um trecho do conto Brasília, e está presente no livro "Todos os Contos" (2016).

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A ilusão da liberdade

INSÔNIA
Sozinho, reflito no frio silencioso
de meu quarto sem luzes.
Busco encontrar meu tempo
e, sem sono, me perco
a buscar o tempo passado,
mas, é o tempo que me encontra
entre os lençóis, perdido!

REFLEXÕES
Um dia, acreditei no livre-arbítrio
da natureza humana.
Pobre Joseph Nuttin, estava errado!
Somos seres sem vontade própria,
sem condições de guiar nossas vidas.
De alguma forma nascemos assim,
marcados para seguir um caminho
que não é o nosso, nos foi imposto.
Por que acontecem os fatos da vida,
fomos nós mesmos que os criamos?

ILUSÕES
A estrada nos foi adrede traçada
e não nos permite maiores desvios.
Apenas, como seres autômatos,
seguimos o roteiro do papel vivido.
Por que um não foi mais forte que o sim?
Por que apenas uma palavra mudou
tudo que pensamos verdadeiro?
Seguimos sem vida a viver a vida
em um papel que não escrevemos.
Não escolhemos onde e quando nascer,
não saberemos onde e quando morrer.

Tão linda quanto a lua,
Tão quente quanto o sol.
As estrelas... que cintilam conforme a batida de nossos corações.

Tão puro quanto a verdade,
Tão vivo quanto a natureza.
O momento... que se ergue sobre nós.

Posso alimentar a lagarta
Posso sussurrar através do casulo
Mas o que me encuba segue sua própria natureza e está além de mim

A chuva voltou

A chuva voltou
Vento e chuva
A vida e o frescor
O arborescer e a mata reflorescer
Estação de chuva e sol
De dia calor e ventilador
E de noite muito lençol

A esperança de plantar
E em alguns meses da roça sentir o sabor
Poder dos seus doces frutos comprar
Desfrutar depois do trabalho e seu ardor

Mesmo com dores jamais demonstrar tristeza
Essa é a doce amarga vida
De quem depende da impetuosa natureza
Onde só chove
Se do homem for bem servida
E respeitada sua eterna verde beleza