Poema Menino

Às vezes é necessário silenciar algumas pessoas, colocar um ponto final e escrever novos episódios sem a intervenção das mesmas.
Essas atitudes não significam que tenhamos ódio em nossos corações, é apenas um ato em respeito a nós mesmos.

Abre a porta vó, deixa de ser má! Não vê que sou seu neto e preciso entrar? Acho que minha vó tá gagá.

Quem não leva a vida na brincadeira, não sabe o gosto que é brincar, a pessoa fica adulta e logo fica velhinha, depois, não sei mais o que acontece.

Índia da pele morena seu corpo eu quero explorar, sei que dentro de você além da natureza eu quero lhe conhecer, me deixa te tocar, me deixa ao menos sentir tua pele na minha, desejo te conhecer, Homem branco desejar o quão é quente dentro de você meu pensamento se aflora, quero sair desse quarto e ir pra fora, quero conhecer, as águas que percorre seu corpo nu, mais descobri que as curvas mais lindas do seu corpo e seu sorriso, índia da pele morena.
- menino freire

Ah Margarida suas pétalas brancas cor de leite é como se fosse pura, mais não é. Como que se tivesse vida, mais não tem, seu sorriso é até bonito por fora. Mais por dentro está morrendo, como margaridas sem água. E se água acabar? Não haverá vidas e nem margaridas e nem sorrisos, assim como eu sinto. Que estou morrendo por dentro, e a margarida morrem comigo, porque sente falta de alguém, eu sinto falta do amor... E você margarida? Sinto falta de água, sinto falta de quando era bem tratada, você que está lendo cuidava tanto de mim do meu amor, agora vai precisar mais do meu amor, do que eu. Pois eu não tenho mais vida, não tenho alma, mais você tem.
- Menino Freire

Chuva que caí agora, como vai lá fora? Chuva cai no meu rosto sinto um leve arrepio no pescoço. Mais não foi da chuva que caiu, mais quando seu beijo surgiu.
- Menino Freire

Não sei como é a sua voz mais o som dela me guia, me guia para um mundo melhor distante do meu próprio mundo, uma voz suave me leva para os lugares que pessoas todos os dias passam por perto mais não percebe o valor de cada coisa, de cada objeto de cada lugar, que tem um valor, talvez eu esteja criando um mundo imaginário onde as pessoas carregam sorrisos verdadeiros, dão abraços sinceros, onde o arroz e feijão tem mais valor, que a carne de um animal, onde tudo é natural, e no mesmo tempo nada normal, pra você palavras não tem sentidos, textos com mais enigmas, eu não conheço seu rosto, mais te reconheço em todo lugar, Ah um lugar distante mais perto, da felicidade, ela está dentro de você, certas coisas nunca vão ser entendidas, assim como ninguém entende o principio de tudo. Palavras textos seja grande pequeno significa. Mais pra quem lê como vai fazer sentindo se seu coração não bate no ritmo da canção, Tum Tum Tum o respiro de mais uma vida que nasceu e mais duas morreu.
- Menino Freire

Mãe! Eu e a Juju podemos comer o bolo que está em cima da mesa, onde está o leite com Nescal?

Rita é o nome da minha galinha, só não deixa o Bocão saber disso, ele pensa que tudo que é meu é dele também, a Ritinha não gosta disso, deu pra notar, não deu?

Juju, seus olhos castanhos escuros são iguais aos meus, será que é por isso que gostamos de ficar juntos?

Tornar o simples em complicado é mágico, tornar o complicado em simples é mágico desempregado.

Nesse recrutamento chamado VIDA, apenas alguns soldados nos ajudam nessa missão.

Na solidão me fortaleço, não tenho medo da ventania noturna nem dos trovoes em meio à tempestades, pois eu sou a madrugada.

Mãe! Por que a Juju, quando fica com raiva de mim, cruza os braços, faz uma cara de menina mimada e bate o pezinho no chão sem parar?

Vó! O velho do saco existe de verdade?
Se o velho do saco existe, que cor é o saco do velho?

Se respira hoje, é porque alguém um dia deixou de respirar por você, e esse alguém é Jesus.

Mãe! Manda o Bocão calar! Ele fica tentando me ensinar coisas que aprendi no primeiro ano da escola! Também não para de relinchar feito cavalo!

Juju, se viu? Simões tá rindo até agora. Que tal, vamos rir também? Vamos brincar de rir, mas antes quero brincar de pegapega! Tá com você, vem me pegar!

Juju, lembra quando fomos à padaria comprar pão com mortadela pra comermos com guaraná? Por que você mudou depois de comer o pão com mortadela com guaraná? Naquela tarde meio que noite fiquei com muito medo de você. Você tem algum problema de gente louca na família? Ou foi por causa de antes termos passado naquela igrejinha de velhas beatas e fofoqueiras? Promete não fazer mais aquilo comigo? Quem é seu melhor amigo? Quem sempre lhe ajuda quando precisa? Viu? Sou eu!

Juju, mesmo se um dia a gente não se casar você aceita ser minha amiga? Se aceita, vamos fazer um pacto de dedinho? Então tá! Pacto feito. Dedinho com dedinho!