Poema Menino
Quando você libera esse sorriso,
tudo fica lindo.
Transforma qualquer lugar em paraíso
e faz de mim um menino!
#ELE...
Acordou...
Mais um dia qualquer...
Em sua senda...
De viver...
Banhou-se com a luz do dia...
Disfarçou sua tristeza em alegria...
Foi caminhar...
Queria pensar...
Aqui, ali...
Lá, acolá...
Um bom dia...
Bom lhe ver...
Estou bem...
Como vai você...
Nas pedras suas sandálias faziam barulho...
Em seu peito...
Um silêncio mudo...
Perto das águas sentou...
Com uma flor entre os dedos...
Brincou...
Quem assim o visse...
Podia supor...
Diria o quanto era feliz...
Aquele sujeito...
Sem nenhum pudor...
Ele em sua solitude...
De certa forma era feliz...
Não somos as escolhas...
Que fazemos?
Não é isso que se diz?
A felicidade é apenas um momento...
Encontrado no tempo...
Às vezes chorar é bom...
Lava nosso coração...
Nem sempre ostentar sorriso...
Mostra a realidade...
Soa como falsidade...
Para ele os dias passam rápido...
Mesmo diante da rotina...
Massacrante...
Ele bem sente...
A grande maravilha...
No insistir...
Da vida...
Quando uma pequena semente...
Luta por viver...
Quando uma flor abre...
Quando um pássaro voa...
Quando o sono vem...
Quando sonha...
Sua filosofia...
Seu modo de viver...
É bem simples...
Isso posso dizer...
Tudo o que está em cima...
É igual ao que está embaixo...
Sempre perseverando...
Enquanto os anos vão passando...
Há tantos mistérios...
Esconderijos na alma...
Algumas verdades incertas...
Enquanto outras nos liberta...
Suas verdades nem sempre são certas...
Mas fala o que pensa...
Porém nem todo mundo aceita...
Assim, segue em rumo ao indefinido...
Procurando nas estrelas...
O que mais de puro...
Guarda consigo...
Inocência ainda...
De um menino...
Sandro Paschoal Nogueira
#UM #DIA #DE #GAROA
Lá fora...
O céu chora...
Se é de alegria ou de tristeza...
Não posso dizer...
Vejo o balanço das horas...
E o que me acontece...
O que agora...
Há de ser...
A bocejar...
Um sol em dia nublado...
Garoa...
Frio...
Aqui está...
Não estou tão sozinho...
Sim, eu vejo...
Em meu jardim...
Ali molhado...
Um anjo solitário...
Com um sorriso me convida para brincar...
Diz com seus olhos...
A vida é bela...
Vem comigo festejar...
Um retrato na parede...
Olha para mim...
Sorrindo diz:
- Vai sim...
Olho para o jardim de cá...
Breve brisa chega...
Minhas flores bailando...
Me convidam,também, para esse encanto...
Me chamam para com elas...
Também dançar...
Trinca-ferro, canarinhos, sábias...
Fazem festa no canteiro...
Doces trinados...
A orquestra...
O pardal é o maestro...
Minha rosa tão linda...
Me oferece seu perfume...
Até o meu cravo...
Esqueceu seu queixume...
A flor-de-liz me diz...
Que hoje é um único dia...
Já não mais repetirá...
Essa fantasia...
Dálias e hibiscus...
Entrelaçam seus galhos...
No balanço do vento...
Amam-se em compassos...
Lírios e jasmins...
Todos orvalhados...
Festejam a dança...
Do bem-te-vi...
Nem sempre os dias mais belos...
São aqueles de azul intenso...
Eu já amo...
Qualquer variedade no tempo...
E o anjo que continua a me sorrir...
Já me estende a mão...
Aceito seu convite...
Suas asas vão me cobrir...
A fonte, num sussurro...
Desvenda um segredo...
Diz que o amor é eterno...
Para quem tem o coração sincero...
Então, tal qual menino...
Pisando nos astros ...
Em firmamento...
Vou bailando...
Me entrego...
Ao sabor do vento...
Eternos momentos...
E o dia fica mais lindo...
Tudo mais belo....
Em minha casa...
Meu jardim...
Meu castelo...
Sandro Paschoal Nogueira
O TREM
Antes que passe o trem
Preciso pôr a máscara
E os óculos escuros
Para não ser atingida pelo vento
Que ultrapassa a TV
A música que ouço agora
Não é nada agradável
Mas vejo uma pipa no céu
Que me consola
E um menino na rua
Jogando bola
Meu coração sabe bem
Que a vida passa ligeiro
Como passa o trem
Sabe que a pipa leva o menino
Até a estrela mais próxima
A música desagradável
Já não ouço mais
Embarcar numa pipa
É leve e gratuito
E a vida é passageira demais
Para ser vivida em vagões.
O Natal do meu Nordeste
Não tem neve, mas tem sino
Não tem gelo, mas tem fé
O jantar é gordo ou fino
Pode até não ter presente
Mas não sai da nossa mente
O nascer de Deus Menino
Por tão pouco eu perdi você
Não pensei na hora de fazer
Eu tô quase desistindo
Eu me sinto um menino
Quando estou longe de você
-Quem já esperou por um "Como você está?",que nunca irá existir?!
Quem nunca na vida,já se pegou pensando se é ou não é a ovelha negra da família.E depois de um bom gesto vindo de alguém,tudo começa a ficar mais confuso,pois você começa a acreditar que talvez alguém ainda goste de você.
Mas você é confuso ou confusa demais pra entender essa coisa de gestos,de tanto apanhar da vida e ser ignorado pelo seu próprio sangue,começa a negar à sua própria existência! ...Mais foda que isso é,saber que não tem pra onde correr,não vai em quem confiar,mesmo sabendo que um ou dois ainda possa tentar querer fazer alguma coisa.
Todos os dias,à vida vai levar a gente pra um abismo e vai fazer uma questão de perguntas,todos os dias seremos questionados por pessoas que só querem ver a gente sofrer..Vai ser difícil,é difícil!!!
Mas pra quem tanto já sofreu e sofre,a dor já nem é tão notável,pra quem tanto já amou mais a dor que a sí mesmo..Ela se torna uma companheira,que sim,machuca,mas que já sabemos o porque ela vem sempre..E o porque ela tem que permanecer...
Quem tem a dor como alívio das paranóias,tende sempre à ser o culpado da desgraça dos outros,dentro da sua própria casa..Isso é o que dizem por ai.
O altar do pequenino
Seguindo pelo campo florido, algo me desperta a atenção...
Sons rompendo o silêncio que reina em meu coração.
Tilintar de sinos seria? Tão longe está suave manifestação
Que já desperta em mim curiosidade além de emoção!
Atentamente caminho, seguindo a minha intuição...
Desvio de magníficas flores que pelo caminho estão!
As gramíneas também estão lá, simplesmente verdejantes!
Tudo parece distante, mas consigo visualizar o altar...
Sim, o altar do Pequenino, o altar daquele Menino!
Menino que trouxe esperança aos pobres e humilhados!
Que amou a tudo e a todos, tomando para Si os pecados
De um povo sem vida e sem luz!
Oh! Mensageiro da Paz! Aquele é o altar que de longe vejo
E esta é a paz que há muito almejo!
Lá está a igrejinha onde ainda criança
Juntei as mãozinhas, e com confiança
Fiz minhas primeiras orações... Amém!
Agora tudo volta à lembrança...
Os cabelos enfeitados com lindas tranças:
A menina corre e avança!
Aquela menina era eu! Corria para ouvir de perto
O toque dos sinos que anunciavam a hora de orar...
Mas o tempo passou e a menina do altar se afastou.
Queria viver novas emoções... Tudo em vão!
Volto, porém, tal qual um filho pródigo
Que retorna ao Pai: encontro o mesmo altar e o mesmo amor!
E neste amor, para sempre, quero permanecer!
A igrejinha, o altar, as mãozinhas....
Lembranças perpetuadas em meu coração,
Que me trouxeram de volta: quanta emoção!
Ajoelho-me e faço uma oração... Amém.
PAI E FILHO
Ei, papai, estou bem alto,
para o céu eu vou voando,
como um super-herói,
que o mundo vai salvando.
Um dia vou te ensinar
como se faz pra voar,
e vai aprender brincando.
Na roça as crianças já sentem a dureza da vida desde cedo, sendo tratadas com muito rigor para controlarem seus temperamentos, sendo tratados com violência para não serem violentos, o que parece uma estupidez, como a guerra pela paz
A todo momento as pessoas são violentadas por assédios, e isso parece até normal, com tanta propagação de disputa entre as partes que se envolvem nas tramas comerciais urbanas.
Os assédios são formas de se tirar o sossego de quem está em paz, ou aumentar o nível de irritabilidade quem já está em perturbação com alguma situação ou em constante perturbação com a própria sorte, sentindo-se depreciado por viver em um sistema onde a paz é uma mera necessidade dos fracos, que não se dispões às turbulentas necessidade de sentimentos abusivos ou carregados de ironia trivial.
Então a pratica de insubordinações e deboches são a marca dos bons costumes da atual civilização, justamente com o uso de alguns tipos de drogas que atordoam a mente de forma a persuadir o ego e a consciência a se mostrarem fúteis os pensamentos que não sejam de libertinagem ou que não contenham alguma carga de emoções rusticas, ou de essência rudimentar, tornando a emoção da alegria como que coadjuvante à ironia.
Sintonia
Troco energias
Pelo abraço
Pelo beijo
Movimentos
Pele a pele
O universo agradece
Eu flutuo
O suor escorrendo pelo corpo
Coração acelerado
É a mesma sintonia!
Movimentos pélvicos …
é hilariante
Amo tudo isso
Lágrimas descem da minha face
É inacreditável
Mas ainda amo você
Lágrimas saem dos meus olhos
Saudades eterna
Lembranças
Felicidade indescritível
Você continua tatuado em meu ser!
Menino do sorriso largo
Sou um tanto esdrúxulo
Homem que sofre com a tragédia;
Aquela tragédia infinita.
Que martela um grande músculo.
Mas qual é a vítima da vez?
A mente! É sempre ela
Aquela mesma que sente dor;
A dor do destino, da realidade.
Pobre menino! Aquele, que era bom;
Tão bom que era o escolhido.
O menino cresceu, mas tento fugir.
Fugir de sua presença.
Assim como meu amigo Saramago,
Tento não fazer nada na vida
Que possa envergonhá-lo.
Pra quê envergonhar a pobre criança?
Seu legado foi tão doce e agradável.
Até com os anjos ele voou.
A luta é grande, pois é muito difícil
Chegar à altura do bom menino.
Eu? Eu sou vil !
Meu querido, você é o melhor
Você é meu lance, minha luz
Você teve a sorte em ter- me
Você sabe?
Sabe sim
O prazer e a dor
Podem andar juntose serem parceiros
Somos dois loucos
Loucos pelos momentos, pelo êxtase
Loucos pelo orvalho que cai e escorre
Entre os lençóis
O meu prazer ultrapassa a dor
Meu querido
Você não gosta de está na linha de frente
Eu consigo romper a dor
E só sinto o prazer de ter você
Bom menino
Você é um bom menino
Vamos dá play
Sei que você vai querer
Você tem certeza que
algum dia vai me ignorar?
Não vou conseguir ser indiferente
Consigo sim
Romper a luz por você
Morrendo de saudades
Você sabe
Gosto muito de você
Gosto daquele quarto
De seus olhos brilhantes
Das lágrimas derretendo em sua face
Do seu corpo trêmulo
Tudo parece um dialeto
Tudo é surreal
Você lembra?
Dos meus gritos silenciosos
Pedindo mais e mais?
Rompendo barreiras
Sinto-me livre
É nesse momento que ninguém dita a minha vida
Você quer dar umbreak?
Bem sei
Mas você não consegue
Não esqueça
Consigo ser a melhor
Na sua linha
Na dúvida
Então, me ignore
Tornar-me-ei invisível aos seus olhos
Mas em seu corpo
Em sua mente
Em seu coração
Estarei viva
Caso você consiga
Esqueça-me
Não estamos em um reality.
Meu querido
Você é um bom menino
É,
Bom menino
Você é um bom menino
Minha vida é repleta das coisas que sinto...
E não só de momentos que hão de passar...
E aquilo que trago no coração...
O espelho reflete sem ilusão...
Meus atos de improviso...
Tecem histórias de boatos...
Os sonhos se esvaem...
Enquanto fleto com o desconhecido...
Eu... bem que tentei...
Ter o olhar compreensivo...
Ter um sorriso desinteressado...
Tal qual um menino...
Se posso ter me perdido confesso...
Não vejo meu espelho a algum tempo...
Eu ouvi falar de promessas...
Que agora jazem mortas...
Nada é medido pelo seu valor...
Ah, como sei...
Quem lhe ama...
Também causa dor...
Sandro Paschoal Nogueira
DESTINO
Sou uma simples estrada
Como tantas por aí.
Quantas pessoas passam
Diariamente por mim
Vindo daqui e dali
Seguindo a sua jornada.
E HOJE, NO PERÍODO MATUTINO,
PASSOU POR MIM, APRESSADO,
UM CATIVANTE MENINO.
Alguns andam por aqui bem sossegados
Outros fazem seu percurso, preocupados.
Uns preferem ir sozinhos, caminhando
Outros passam por aqui sempre em bando.
Alguns vêm de bicicleta,
De carro ou motocicleta
Outros passam apinhados
Em ônibus superlotados
Todos cumprem, enfim, sua empreitada
Cruzando por esta velha estrada.
E HOJE, NO PERÍODO VESPERTINO,
PASSOU POR MIM, APRESSADO,
UM CATIVANTE MENINO.
No trajeto há aqueles que namoram,
Tem aqueles que mendigam,
Também aqueles que oram.
Alguns seguem desconfiados
E outros bem-humorados.
Alguns cruzam desatentos
Usando fones de ouvido.
Outros seguem tão festivos,
Fazendo vasto ruído.
É tanta gente diferente!
Alguns vão, mas também voltam...
Outros apenas seguem em frente.
E eu, uma simples estrada,
Inerte e introvertida,
Fico só a observar...
É esta a minha vida.
E AO CHEGAR A ESCURIDÃO
PALPITA O MEU CORAÇÃO:
QUAL HÁ DE SER O DESTINO
DO CATIVANTE MENINO?
Da janela do quarto,
olhava para rua
Nua e crua,
revelava a tristeza
que vinha na rua.
O ser humano perdido
não era bandido,
não tinha destino,
caminhava sorrindo,
buscando comida
que encontrava nas ruas.
Como criança, não entendia
por que existia tanta comida na mesa
e barrigas vazias caminhando nas ruas.
(FERGOM, Edleuza. Indagações. In: GONDIM, Kélisson (Org.). Vozes Perdidas no tempo. Brodowski: Palavra é Arte, 2020. p. 99).
As asas boçais da violência
Um dia em que a boçalidade superou o estado democrático de direito. Ainda bem que o Menino do Mucuri nasceu em 1964, num estado de beligerância, acostumado com rajadas de tiros e toda sorte de arbitrariedades neste período de nuvens negras na história do Brasil.
Em plena época de crise de saúde pública em ordem planetária, agentes públicos, despreparados, autoritários e boçais ainda tentam se valer pelo poder da força, são almas e descendentes da ditadura, abutres roedores da Administração Pública, que vivem feito sanguessugas nas trincheiras e às margens da lei.
Não sabem nem por onde a sirene vem, mas ouvem o barulho da sirene e nem se comovem do sofrimento alheio. Tudo isso é festa, a banda passa, o tempo muda e a história modifica, um dia esses contumazes agressores da norma serão vítimas do próprio sistema.
Não há homens prepotentes, nem chacais sociais. Existe na verdade sociedade covarde, pusilânime, que a tudo aceita e nada acontece com a tirania de bocais que destilam suas peçonhas nos quadrantes do território e se homiziam nos umbrais da Administração Pública. A tirania é antes de tudo uma fraqueza coletiva que aceita uma falsa fortaleza individual. Pobre do cidadão que se ver sufocado pela violência estatal, institucionalizada, em nome da defesa social. E olha que há bons agentes públicos, aliás, é uma regra, mas aqueles cabotinos de plantão que acham que têm um Rei na barriga geralmente conspurcam a Instituição e coloca em risco os interesses da Sociedade.
As alvoradas da liberdade não surgem como um acontecimento natural. As manhãs da liberdade se fazem com a vigília corajosa dos homens que exorcizam com sua fé os fantasmas da tirania.
Chuva de ternura
Aurora de rara beleza
Alvorecer de deusa
Risca os céus da Capital
Do Amor fraterno
Traz esperança e felicidades
Aos pássaros e nessa
Gente de bom coração
Pingos d’águas
Fazem ecoar o som
De impactos na terra
Imaginações férteis
Viajam nas tenras
Saudades de outrora
Aguçando o viés poético
Do Menino do Mucuri
Júlia Botelho. Estrela Incandescente
20 de abril de 2023.
Explosão de amor no mundo
Uma estrela que reluz
Luz incandescente
MULHER forte, guerreira
Meu mundo perfeito
Sabedoria do espelhamento
Fonte plena de sabedoria
Aquece a imaginação
Do Menino do Mucuri
Explosão de inspiração poética
Comburente que oxigena
Força energética da minha
Semântica axiológica
Fio condutor do poeta do Vale
Mulher cheia de amor
Me ensinou o valor da vida
Me deu bons ensinamentos
Respeito, princípios e valores
Eticidade e amor ao próximo
Me ensinou o caminho do dever
Me conduziu pelas veredas da retidão
Profusão de superação
Eterna professora da vida
Fonte das minhas conquistas
Que Deus lhe dê muita saúde e vida longa.
Feliz aniversário!
Por Ti meu coração jorra o sangue
Do amor verdadeiro e surreal.
JÚLIA BOTELHO
TE AMO ETERNAMENTE.