Poema Maturidade
Quanto mais o tempo passa
mais fácil perceber o quanto
mais temos a aprender
do que ensinar às crianças.
(...) Marcados demais para a ingenuidade
Sozinhos demais para o acolhimento
Apunhalados demais para a confiança.
Esquecido que só vale o que causa
Ansiedade
Enrugada demais para ser de momento.
Que dure até enquanto
pudermos ser
crianças.
Um olhar ao interior
Aqui dentro de mim há tanto viver...
Então me pego a pensar,
Em tudo que os anos nos trazem...
Sabedoria, lucidez, um novo olhar,
Me levam uma viagem ao interior
Vejo então a beleza da maturidade...
E me sinto bela em minha idade,
Meu rosto envelhecido nem de longe
Revela a mocinha que dentro me desperta
Então não me veja somente por fora
Minha alma canta melodias maravilhosas
Que podem encantar
Que tal minha alma namorar?
23
Chorando na calçada
Com as mãos nos bolsos
Porque ainda busco
O que procurar.
Vivendo emperrada
No meu calabouço
Porque não há ninguém
Salvo a nos salvar.
Enxugando a cara quando passam perto
Ela morreu em um incrível deserto
Que diziam ser casa
Para se encontrar.
Engolindo velas pelo passo certo
Apagando chamas pelo céu aberto
Ela não sabe mais
Como se queimar.
Pomada, pomada
E estão todos anestesiados
Ninguém conversou
Então
Ninguém achou
A cura para os mudos
Cansados.
Chegou a época de ouro
Da caça ao maldito tesouro
E o monte de luz veio
Para nos cegar.
Endurecendo de tanto sorrir
E esquecendo que só vale
O que, se for,
Nos fará chorar.
Chegou a fase do acerto
Pedra que todos dizem lapidar:
Mas ninguém tem coragem
De trocar sangue para ver durar.
Chegou a era do torto patrono
Nem mesmo ela pôde escapar da acidez
Ela quer tanto não errar
Que quase não sabe mais tentar
Aos 23.
Estão todos desaparecidos
De tão achados por si
E dizem ser amor-próprio
Sair cortando o que acudir.
Distante do precisar
Discurso de (des)querer
E a independência veio nos isolar.
Chegou a época da chuva
Eles abriram guarda-chuvas
(Ao meu redor)
Muito velhos para crescer
E acabam novos só para murchar.
(Vanessa Brunt)
Meu tipo de gente
Eu costumava aplaudir gente famosa. Ia a teatros para ver palhaços, via entrevistas para dar risadas, contava piadas para ser notado. Mas, de repente, eu mudei o meu tipo de gente. Não vejo mais graça em palhaços do twitter, reviro os olhos pras piadas levianas e prefiro as conversas sérias, aprofundadas, principalmente sobre assuntos que eu não domino.
Meu tipo de gente é quem me ensina. Quem faz com calma. Quem estende as mãos, sem pudor, e sorri se não há nada a dizer. Meu tipo de gente não tem motivos para palhaçadas. Pois já são trapezistas, mágicos e bailarinas, no dia a dia do espetáculo da vida. E eles não têm medo dizer o que pensam. Mas respeitam que existem os que sabem mais, e que ninguém no mundo pensa igual.
Gosto de gente bem resolvida. Que escolhe por si e não depende de conselhos. Gente que repensa a própria vida, os próprios erros, acertos, vitórias e derrotas. Meu tipo de gente conhece mais a si que aos outros. Por isso impõe limite entre a privacidade e a rodinha de bar. Compartilha, se quiser. Apenas se o assunto somar.
Meu tipo de gente é de verdade. Sente, chora, dança, cai, se levanta e sonha. Tudo numa mesma medida. Pode até chorar de menos, sentir de mais, mas não se deixa carregar pela incerteza de um sonho. Mantém um pé na realidade e trabalha para conquistar o que deseja. Quando não dá certo, a minha gente sorri, pois já sabe que o mundo não está aí para embalar ninguém.
Minha gente escuta boas histórias, assiste bons programas, lê o que lhes convém. São Marinas, Vivianes, Beatrizes e Isabellas, que, no fundo, nada tem a ver comigo. São só elas. Mas quem é muito diferente e me respeita como eu sou, essa é a minha gente.
Aplausos. Vocês merecem.
Tempo
Autor: João Felipe F. De Souza
Há tempos não tenho tempo,
de espiar o tempo no meu tempo,
mesmo que abruptamente, virar.
Ver o céu acinzentar-se e a chuva trazida pelo Vento, semear o solo terreno,
e o aroma de terra molhada, ter o prazer de saborear.
Tempo bom é o que não se pensava com correria,
Eu Brincava, namorava, jogava conversa fora e com calma eu envelhecia...
E não o via passar.
Só se valoriza o tempo
Tanto o passado, quanto o futuro,
Quando o tempo traz à luz, a velocidade de nossa passagem pelo mundo.
Trocas teu tempo por ouro,
para comprar bens, que outros lhe fizeram acreditar,
que trariam felicidade, quando o verdadeiro tesouro,
É o tempo ter com quem compartilhar.
"O caráter de ninguém pode mudar o seu. Os erros que tiveram com você não pode mudar quem você é! Somos maduros quando não nos tornamos aquilo que nos feriu!"
Seja leve, releve e seja livre!
#Serelacione
O ENVELHECIMENTO NUNCA ME ASSUSTOU.
EU SABIA Q SE EU Ñ FOSSE PARA JUNTO DE DEUS,
ELE SERIA UMA COMPANHIA INEVITÁVEL.
Ñ PENSAVA EM COMO SERIA, NAS RUGAS QUE TERIA,
NOS COSTUMES QUE ADOTARIA...
PENSAVA QUE SERIA EU, SÓ QUE COM MAIS IDADE.
HJ, POR VEZES, ESSE ENVELHECIMENTO, ME APAVORA!
AO MESMO TEMPO, SINTO-ME PRIVILEGIADA POR
DEUS TER ME PERMITIDO ESTAR AQUI AGORA,
COM TODAS AS RUGAS QUE ESTÃO APARECENDO,
COM OS VESTÍGIOS DA IDADE, COM MEU COMPORTAMENTO,
AS VEZES, ANTIQUADO PARA MUITOS...
O MELHOR A FAZER É ASSUMIR Q Ñ SOU MAIS
UMA JOVENZINHA DE 15 ANOS.
ME DIVERTI, ME DECEPCIONEI, SOFRI, CHOREI...MAS
O QUE IMPORTA É QUE EU VIVI!!!
Sobre meu aniversário:
Os anos passam mas certas coisas ficam.
A vida corre num pulsar insano e também lindo.
Tantos sonhos, tantos planos, tantos pedidos.
Não vemos a hora de ter 18, a maioridade, que risco!
Então essa idade chega, e também as preocupações, as responsabilidades, as ocupações, a busca de habilidades, o trabalho, a faculdade... Meu Deus, que fase!
Devia ter aproveitado mais a minha infância, mas é tarde!
Tarde para voltar atrás, mas a tempo de aprender com as massas:
Como super-heróis os anos voam, mas sem capa, estes “sem graças”;
Mais cedo ou mais tarde temos que tomar uma decisão, sem delongas, sem farsas.
Ou pegamos o controle do jogo e tentamos ganhar, ou entregamos logo nossas cartas.
Cá estou eu, entendendo agora estas máximas
No voo 2.7 destes anos “sem graças”.
Mas uma coisa é certa, Deus nunca me abandonou;
Mesmo na correria, e até quando não merecia, ele sempre me abençoou.
Antes de se tornar borboleta, a lagarta foi pelo chão vivendo a intensidade que cada momento oferecia.
Ela foi devagarinho, lutando nos dias difíceis, superando seus limites, aprendendo e principalmente se conhecendo.
A fé faz acreditar e a gratidão reconhecer a importância da trajetória que presenteia
com asas edificantes e reveladoras de uma nova visão da vida em seu mais perfeito ângulo.
______Camila Harumi
“Ela se foi,
Não sei onde encontra-la,
Sempre a elogiaram,
Eu a tinha como tão comum, que
Até achava exagero.
Hoje, que ela se foi,
Percebi quão preciosa ela era,
Essa ausência me causa um vazio tão grande
Que por vezes penso em tomar do cálice supremo,
E por fim ter a solução desta grande perda.
Mas, antes disso lhe deixo um recado;
- Onde estiver, esteja melhor do que eu Alegria."
“SER HUMANO
Por quê ser humano,
Porque ser assim?
Qual a fonte de tuas ações?
De ondes espelha esse
Gesto rude e insensível?
Por ventura, só houvera em ti
Sentimentos maus e sombrios?
Até quando te estendem a mão, desconfias;
- O que quer este estranho?
Por quê ser humano?
Ao acaso está é tua natureza?
Isso é, ser humano?”
“Sol, não quero mais vê-lo,
Que minha última memória
Seja a de uma noite fria e chuvosa,
Onde amarguei a fio cada minuto.”
“Dizem que quando estamos prestes a morrer,
Um filme passa bem a nossa frente,
- Estou bem acomodado, por favor, pode começar.”
"MOTIVO
Preciso de um motivo mais nobre para viver!
Da realidade que vivia não tenho mas posse,
Sinto agora nada mais além de um grande vazio,
Em um imenso vácuo com o grito incessante do silencio.
Preciso de um motivo mais nobre para viver,
A grande questão é que não encontro,
E parece ficar ainda mais difícil na medida em que maquio esse estado com um uma piada ou brincadeira leviana e superficial a fim de ter um sorriso ainda mais superficial, com a infeliz falsa esperança de que esse poço de tristeza se esvazie, mas, só continuo nessa incessante tentativa porque sempre esqueço que é um poço e que ele sempre vai brotar.
Preciso de um motivo mais nobre para viver!
Mas, com essa companhia, o silêncio, fica difícil de ter ideias.
Preciso de um motivo mais nobre para viver,
O inerte silêncio não é um bom companheiro,
Ele insiste em chamar sua companheira loucura para se juntar a nós."
Hoje, estive a pensar,
Não que isso valha alguma coisa nos dias atuais.
Como tudo mudou assim?
De repente, tão abruptamente.
Olhar atento se faz necessário.
Tento encontrar algo bom.
Não consigo ser surpreendido,
Por um fato extraordinário.
Por um gesto qualquer.
Como tudo tornou-se previsível?
Eu procuro, procuro e não vejo.
Procuro tentando encontrar,
Uma surpresa, um gesto.
Um fato talvez que me faça,
Quem sabe acreditar.
Eu pensei e não encontrei a resposta,
Pra questão que enxerguei no início,
Estou me tornando exigente,
Ou o ser humano é só isso?
Saudade a meio idade
O coração está cheio de saudade
Uma saudade da meio idade
Do colegio, dos amigos
Das festas a fantasia, dos aniversários e do carnaval
Dos olhares profundos das pessoas
De acreditar num novo mundo
Das risadas sem sensura
Das aventuras engraçadas
Das experiências inusitadas
Do medo do frio na barriga
Que era gostoso e viciador
Da segurança e da comida da casa de vó
Das dificuldades da universidade
Da coragem abundante
De acreditar que tudo poderia ser
O coração está cheio de saudade
Uma saudade da meio idade
Dos sonhos que estavam começando
Da maturidade que estava se instalando
Da vontade de viver o impossivel.