Poema com mar
Lençóis do mar que corre,
Inda que cedo ou mesmo que tarde,
Com tua incomensurável graciosidade chegaste,
Inda que dê saudade do tato, do sotaque, seria bem menos sem a recordação da tua meiguice sem inverdade,
Ainda assim espero resquícios de realidade na menina dos olhos da eternidade,
Maraguá:
Maraguá serpenteia
Das profundezas à superfície
E o seu trajeto no eterno Mar
Vai rompendo as barreiras
Que nele existem
O COQUEIRO
Ele fugiu dos irmãos
para conhecer o mar.
Numa pedra encravou
e não conseguiu voltar.
Por toda eternidade,
na areia da saudade,
o coqueiro irá ficar.
LITORAL
Logo cedo de manhã,
andei na beira do mar.
Vento é leve feito brisa,
muito bom pra respirar.
Eu amo passar o ano
ao lado do oceano,
vendo a onda renovar.
O ARQUIPÉLAGO
Viajei pelo Atlântico
No meu barco a navegar
Encontrei uma bela ilha
Que passei a explorar
O lugar é um paraíso
Por isso o meu juízo
Foi pra sempre ficar lá
MARAGOGI
Uma água assim tão clara
Não se vê em toda praia
Muitos peixes coloridos
Quem sabe até arraia
Se você for nesse mar
Eu digo posso apostar
Duvido que você saia
Certo dia eu andava
Na praia à beira-mar.
À noite olhei pro céu,
Lua estava a brilhar.
Fiquei tão emocionado
Que sonhei eu apressado
Numa nave indo pra lá.
Contemplo, num momemto pacífico,
Os raios de sol refletindo
sobre as ondas do mar ,
sinto um grande alívio,
uma sensação de bem-estar.
Título - Fundo
Que lugar profundo, será que estou no fundo do mar? Aqui é tudo tão escuro e gelado, estou com medo. Não consigo sequer enxergar minha mãos, estou com medo. Meus pés estão duros, será que estão presos em algo? Estou com medo. Parece que algo está me olhando, eles está me encarando, me fitando e sussurrando... Estou com medo, estou com medo, estou com medo, é tão assustador aqui embaixo.
Fuligem
Chove um chuvisco de nada.
Partículas diminutas...
Quase parecem enxutas.
Caem no mar...
Pra lá, pra cá...
Às ondas salgadas vão se incorporar.
Labaredas de fogo no meu coração...
Gotinhas miúdas me deem a salvação.
Lavem minha tristeza.
Mostrem-me que há beleza
no mundo de fuligem
que insiste em me acompanhar.
Cabelos ondulados
como um mar intenso,
um sentimento externado
como uma brisa suave
que passeia pelo o tempo,
deste modo, ela se mostra
enchendo de vida cada momento.
Queria
Queria ganhar de presente um pôr do sol...
Queria ganhar mil sorrisos...
Queria da vida só alegria.
Queria ganhar de presente as luzes do arrebol...
Queria ganhar amizades...
Queria da vida toda a felicidade.
Queria ganhar de presente uma onda do mar...
Queria ganhar uma estrela do céu...
Queria da vida todo o sabor do mel.
Queria ganhar de presente uma estrela do mar...
Queria ganhar floquinhos de nuvens...
Queria da vida só paz e dias e dias de muito amor
Viola meu bem
.
Peguei a viola
Tentei um lá
Mas eu não sei tocar
Eu sei incentivar C
Como as águas salgadas do mar
Que vem na revolta e depois só faz Acalmar
Então...
Por que não amar
Mas eu peguei a viola
E tentei um lá
Numa manhã de um domingo ensolarado,
pensei que seria um dia comum, bonito e calmo,
Eu no meu velho barco pelo mar velejando, sossegado e sem rumo,
Após algumas horas desfrutando,
foi se despedindo minha tranquilidade,
o tempo foi fechando,
formando uma grande tempestade,
Sem compaixão alguma,
ventos fortes atacaram,
Fiz o que pude para o meu companheiro não afundar e eu não morrer afogado,
Os anos de marinheiro amador ajudaram bastante,
Depois de um esforço constante,
Consegui escapar daquela situação,
Controlei a embarcação,
a visita indesejada foi embora
e o Sol finalmente tinha voltado,
mas estava exausto, meus mantimentos tinha caído no mar,
nem um pouco de água tinha sobrado,
Com fome, sede e distante do porto,
o desespero foi se aproximando,
Entretanto, não tinha tempo para aquilo,
Precisava encontrar um jeito
para sair daquele imprevisto,
Minha esperança ainda não tinha acabado,
Graças a Deus, minha vontade de sobreviver havia prevalecido ,
Voltei a velejar, tentando encontrar
otrajeto de volta,
Depois de mais ou menos uma hora,
chegou a minha ajuda,
um bando de gaivotas sobrevoando,
Lembrei de que elas costumavam
pescar na praia,
Então, decidi acompanhá-las,
Depois de um tempo, pude avistar
minha bela cidade,
que dia inusitado, pareceu uma eternidade, mas o perigo tinha passado,
Minha fé fora testada
e felizmente compensada
Por uma grande história, um valioso Aprendizado e poder voltar pra casa.
quero mergulhar no teu mar
envolver-me sobre as ondas de tuas curvas
sentir tua maresia
este sereno orvalho que ressalga neste ar insípido
deixar a temperatura elevar
aumentar
até amorenar esta pele cinzenta que ganhou mais cor
desde que no sol de tua pele pude explorar
desde que banhei-me com teu calor
e fiz de teu universo
meu lídimo lar
Um velejador que cruzava o mar na Marsélia, certa vez disse ao jovem ajudante que lhe acompanhava:
- "Mais vale trafegar em mares baixos com cautela que conquistar a terra prometida com sequelas."
E seu ajudante então indagou:
- Por que está a me dizer isso, senhor?
E ele então respondeu:
- As marés são como os acontecimentos, assim como os ventos são como o tempo. Não é necessário que apressemos as situações para chegarmos onde almejamos. Veja esse trajeto que estamos cruzando. É calmo e tranquilo, e chegaremos a tempo para entregarmos nossa encomenda, e ainda em segurança. Mas se fôssemos pela noite, como sugeriu, correríamos o risco de pegar aquele grande temporal que nos levaria a ter problemas com o carregamento. Poderíamos chegar antes do tempo previsto e sermos recompensados, mas também podíamos não chegar. Então do mesmo modo é a vida.
Não nos deixemos cegar e seduzir pelos mares revoltos de nossas ambições e desejos. Sejamos, sim, pacientes e maleáveis com os fluxos das circunstâncias, pois aquilo que mais cobicemos jamais será alcançado com voracidade e insensatez.
teu sorriso é um mar
que me pego a navegar
teus olhos um lar
que venho a morar
pele a me afogar
lábios que a brisa
se pôs a tocar
há males
que vem pra bem
há mares
que bem já vem
há amores
que bem me tens
amar-lhes tão bem
que de trem já vens
frente a proa embarcava nos sete mares de teus olhares
arpando contra o vento
cruzava n'teu corpo sedento
velejando n'tuas curvas
com o convés aos teus pés
tuas ondas galgavam sem revés
penetrando n'tua maré
cruzando meus oceanos
navegando pelos ares
beijando-me e aguando