Poema com mar
E vamos nós em um barco chamado esperança, num mar traiçoeiro chamado realidade, em busca de uma terra chamada sonho
Mar, guardião de histórias, embala o meu sono com esse cântico das águas. Pudera ser espuma pra seguir contigo e me perder em imensidão azul.
Não preciso dizer que tenho hábitos incomuns, contudo todas essas pessoas comuns adoram pegar um martelo e estraçalhar sua comida em público. Pessoas normais são tão hostis...
É como o silêncio que precede o grande barulho. É como o recuar do mar que precede o tsunami. Essa solidão talvez esteja precedendo o grande amor. Essa tristeza com certeza precede a felicidade que ainda não tive.
Seu beijo é mais lindo que o mar e céu, seu beijo é mais doce que o mel. Te abraço e o tempo parece voar, teu beijo tem gosto de amor, entao me beije por favor...
Nem todas as histórias precisam ter virgens pálidas chorando às margens de um mar de espumas. Nem tudo precisa ser romance tuberculoso. Alegria, alegria.
(...) A felicidade, assim como a bebedeira, vai e vem. A felicidade, assim como o sexo, entra e sai. A felicidade, assim como ele, era impossível. Mas não é pra tentar ser feliz que a gente vive?
Ò mar da minha vida.
Revolto do meu coração.
Traz e leva saudades.
De alguém que deixou a paixão.
Nas suas ondas empoladas.
Quisera eu mergulhar.
Encontrar minha sereia encantada.
E com ela pra sempre estar.
O mar da minha vida.
Revolto do meu coração.
Espero a cada manhã.
Tuas ondas entregue em minhas mãos.
O coração que outrora foi embora.
Dizendo não mais voltar.
Mas a minha alma te implora.
Traz minha amada de volta , pois a ela eu quero amar.
O mar da minha vida.
Revolto do meu coração.
Sou apenas um naufrago perdido.
Esperando alguém me encontrar.
Não consigo conter minhas lágrimas, e nem ouvir a razão.
È como um fardo pesado, querendo minhas forças tirar.
Ah se algum vento me levasse, ao porto que quero chegar.
Para encontrar minha amada, no cais desse imenso azul do mar.
Primeiro Coro de Antígona
Muitas são as coisas estranhas, nada, porém, há de mais estranho do que o homem.
Parte sobre as espumas da préia-mar no meio da tempestade do inverno sulino
e cruza as montanhas de vagas, que abrem abismos de raiva.
Extenua a infatigabilidade indestrutível da mais sublime das deusas, a Terra,
revolvendo-a ano após ano, arrastando com cavalos para lá e para cá os arados.
Sempre astuto, o homem enreda o bando dos pássaros em revoada
e caça os animais da selva e os agitados moradores do mar.
Com astúcia domina o animal, que pernoita e anda pelos montes,
subjuga o dorso de ásperas crinas do corsel
e põe o jugo das cangas de madeiras ao touro não domesticado.
A si mesmo encontrou tanto no soar da palavra e na compreensão,
que, com a rapidez do vento, tudo abarca, como no denodo, com que domina as cidades.
Igualmente pensou, como escapar aos dardos do clima bem como às inclemências do frio.
Pondo-se a caminho em toda parte, desprovido de experiência e em aporia, chega ele ao Nada.
A morte é a única agressão, de que não se pode defender por nenhuma fuga,
embora consiga esquivar-se habilmente às penas da enfermidade.
Garboso muito embora, porque domina, mais do que o esperado, a habilidade inventiva,
cai muitas vezes até na perversidade, outras saem-lhe bem nobres empresas.
Por entre as leis da terra e con-juntura ex-conjurada pelos deuses anda ele. Ao sobrepujar o lugar, o perde, a audácia o faz favorecer o não-ser contra o ser.
Aquele, que põe isso em obras, não se torne familiar de min há lareira
Nem tão pouco o meu saber compartilhe comigo o seu desvairar-se.
(Primeiro Coro de Antígona, peça teatral de autoria de Sófocles (v.332-275) IN: HEIDEGGER, Martin. Introdução à Metafísica. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1969, p.170-171)
Guardei todo meu amor pra você,
quero estar contigo até amanhecer.
Diferente de todas que conheci, teu sorriso é o mais belo que já vi.
Meu som favorito é sua respiração, tua presença descompassa as batidas do meu coração.
Teu olhar calmo depois de uma tempestade no meio do mar, guarda mistérios que me faz querer desvendar.
Tua boca macia e delicada como uma flor de veludo, te ver e não poder te beijar é um absurdo.
Minha vontade as vezes é gritar o quanto amo você, mas pelo meu olhar e sorriso de lado fica fácil perceber.
Há tantas ondas no mar,
quanto estrelas no firmamento,
como as brisas a vagarem
como vagam por ti ...meus pensamentos !
Levarei dentro de mim pedaços de versos,
nostalgias cinzentas e algumas tempestades.
Num dia de luz nublada, hei de partir,
carregando apenas fragmentos de mim...
A sede do (a)mar
Abala as minhas estruturas.
As ondas vem e vão
No dia de bandeira vermelha com suspeita de furação.
Queria eu ser
Aquela espuma da superfície
Límpida e flexível,
Ora ora ingênua buzela do mar.
O amor conta com o mar à vista
O que o amor pode dizer?
Se tão solene não pode ser
Um ser incapaz de viver para sí
Mas que navega a deriva até se achar
O que é o amor a não ser um mar?
Que de surpresas está repleto
Cheio de vidas, um mar aberto.
No infinito do além encontro o que preciso
Amar, viver sem ligar com o prejuízo
Além das correntezas me vejo voltando de volta
As lembranças de um amor que o mar não mostra.
Sigo no sublime e nos altos encantos
Em busca deste amor dispensando versos brancos
Como a baleia que vi tão grande quanto o sentimento
Não deixe o iceberg te gelar, me espere só um momento.
Filhas de Aqueloo e Terpsícore
sereias
seres do mar
com sua magia de encantar
com seus mistérios a aguçar
com morte a lhe acompanhar
e alegria ao lhe devorar.
"Sou homem do mar
Quando sinto a brisa
Não tenho hora para voltar
Esqueço-me das horas
Vivo!"
(Homem do mar, p. 11)