Poema com mar
Pouco depois, um intervalo não muito longo,
Grande tempestade se erguerá, por terra e mar...
Chamas, animais, causando mais tumulto.
Bom marinheiro só se faz
Com tempestade no mar
Que o ensina velejar
São e salvo retornar.
E a pipa só pode voar
Se um vento forte a empinar
E com sua força arrastar
Seu corpo leve no ar
Tudo é difícil, mas é só
até fácil se tornar
Boas notícias vão chegar
Se você acreditar.
"Vai, deixe de tristeza!..
Erga as velas e encare o mar...
Acredite que é possível realizar.
Mantenha na rota, a nau dos teus sonhos
e não fraquejes diante as intempéries.
Os percalços são apenas restos que a chuva traz...
Você supera.
Você aprende.
Você consegue!"
Estou dentro de uma concha
Lá no fundo do mar
Todos os dias eu vejo uma
Linda sereia a nadar
Nadando em minha direção
Ela vem com toda atenção
Linda sereia do mar que vem
Todo dia me visitar.....
A onda
A onda no mar nunca é uma
igual a outra ,todas as ondas
são diferentes umas das outras ,
e vivem em função umas das
outras ,umas
maiores ,outras menores ,
são todas diferentes ,mas
quando unidas tornam-se fortes
e poderosas .
Num instante uma grande onda
torna-se pequena e noutro
instante uma pequena onda
torna-se grande ;
Assim como numa família
todos diferentes mas um vive
em função do outro ,
uma onda abraça a outra e
também chocam-se umas
contra as outras e
estão ali sempre ,quando
afundam é por que deixaram
de ser onda.
E hoje
Sinto o aroma do café,
Vi o mar ferver,
Vi o sol brincar,
Vi o dia sorrir,
Vi um domingo sem fim,
Para quem quer vivê-lo.
E vi o seu amor passar
E vi o meu amor passar,
E vi o nosso amor se
Encontrar.
Vi o bem e o mal.
Vi a face e sua personalidade
Vi o viver, vi o impossível.
Hoje eu lhe beijei, e senti
O gosto de beijo, beijo
Gostoso, beijo bom.
Provaremos as ilhas e o mar
sei que em alguma noite
em algum quarto
logo
meus dedos abrirão
caminho
através
de cabelos limpos e
macios
canções como as que nenhuma rádio
toca
toda tristeza, escarnecendo
em correnteza.
Quando me assento no coração do Seu mundo
brilha a luz de um milhão de sóis,
um mar de azul incandescente se espalha pelo céu,
o tumulto da vida se aquieta,
todas as manchas do sofrimento são lavadas.....
Esta é a música
do encontro entre a alma e o corpo,
do esquecimento de todo sofrimento.
Esta é a música
que transcende todas as idas e vindas.
Minha inspiração...minha essência... vem um pouco do vento...um pouco da brisa...um pouco do mar...um pouco do céu....um pouco das estrelas.....um pouco da som...muito do nada e pouco do tudo....vem dos seus olhos, dos seus sorrisos...do teu eu paralelo em minha direção.
Ricardo Dih Ribeiro
A praia abandonada recomeça
logo que o mar se vai, a desejá-lo:
é como o nosso amor, somente embalo
enquanto não é mais que uma promessa...
Mas se na praia a onda se espedaça,
há logo nostalgia duma flor
que ali devia estar para compor
a vaga em seu rumor de fim de raça.
Bruscos e doloridos, refulgimos
no silêncio de morte que nos tolhe,
como entre o mar e a praia um longo molhe
de súbito surgido à flor dos limos.
E deste amor difícil só nasceu
desencanto na curva do teu céu.
A gente não escolhe amar.
Talvez, amar o mar seria mais fácil.
Mas a gente ama a pessoa.
E depois de tentar desamar, a gente se encolhe.
Viaja sozinha como num retiro espiritual e se recolhe.
O desamor não acontece.
A gente acha que esquece.
Mas o verdadeiro amor se entristece.
Até a alma padece.
Passamos a não escolher.
Passamos pela vida e a deixamos ali.
Levamo-nos ao vento.
Tantas queixas e só lamento.
Mais sofrido que amar,
a tentativa de desamar é desarmar o coração.
Um novo ladrão tanta entrar.
E, no final, quem irá no salvar?
Aquele, por quem a gente queria desamar.
Vejo te percorrer os caminhos,
feitos pelo mar,
em tempestados e ventos,
teus braços veêm me abraçar.
Vejo te percorrer o mundo,
Vejo te simplesmente a caminhar,
com uma simples brisa,
com perfume no ar.
Quem tu és que me fazes!!
Porque fico a tremer,
meu amor que sinto por ti,
me fazes estremecer!
Como o tremor de terra,
que fico a flutuar,
junto ao paraíso,
não vou recuar.
O amor faz me ganhar,
asas num sonho sem fim,
adormecido pela emoção e sentimentos,
que deixas me ficar assim.
Vozes Do Mar
Quando o sol vai caindo sobre as águas
Num nervoso delíquio d’oiro intenso,
Donde vem essa voz cheia de mágoas
Com que falas à terra, ó mar imenso?…
Tu falas de festins, e cavalgadas
De cavaleiros errantes ao luar?
Falas de caravelas encantadas
Que dormem em teu seio a soluçar?
Tens cantos d’epopeias?Tens anseios
D’amarguras? Tu tens também receios,
Ó mar cheio de esperança e majestade?!
Donde vem essa voz,ó mar amigo?…
… Talvez a voz do Portugal antigo,
Chamando por Camões numa saudade!
Azul o mar
Cujo os barcos navegam,
e me levam
a navegar.
Os olhos do navegador
azuis ficaram com o tempo,
a navegar,
a encontar
Com o vento
deixando a familia com dor.
Azul é tambem o ceu,
que da terra é o veu
Que noiva está,
do universo,
de estrelas imerso.
As vezes, na minha varanda, vejo-me observando o céu tocando o mar
Eu então pego minha caneta e meu caderno
E escrevo sobre a doce complicação que é amar
Sereia
Cabelos longos,
sereia do meu mar,
De água doce,
Da pirapora,
feito peixe salta bem alto no azul deste céu
De minha alma que deseja te abraçar.
Oi brotinho de algas profundas,
Quero me jogar nesse mar,
para emaranhar toda minha loucura
na sua cintura.
Peixinhos safadinho a namorar bem lá no fundo do nosso mar.
Vou me ensaboar no seu rosto,
navegar no seu corpo
para eu ter saudades de seu gosto
De sereia a me enfeitiça...
Só dizer que me ama
A ilha será a nossa cama.
E todo enamorado
podemos sentir nossos corpos enrolados cheio de beijos molhados
eternizando o presente e o passado.
Bem que eu gostaria
Que as estrelas brilhasse.
você nessa ilha morasse
para realizar as mais doce fantasias
de amor com você.
A noite seu corpo meu coberto
Eu seu calor
Se perdendo dentro do fogo
do nosso amor.
Faz de mim o que você quiser
Deixa seu instinto de mulher
Voar para dentro.
Porque amor gostoso
deseja ficar no centro.
Seja do céu ou do furacão da alma ou coração. Vem e fica!
Sobre mar e o amor...
Tão intenso e imenso como o mar, é o amor...
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©Aline Hikelme
©Textos de autoria de Aline Hikelme
Direitos reservados conforme artigo (Lei 9610/98)
AlinneH / Ano 2022
A luz irrompe onde nenhum sol brilha;
onde não se agita qualquer mar, as águas do coração
impelem as suas marés;
e, destruídos fantasmas com o fulgor dos vermes nos cabelos,
os objetos da luz
atravessam a carne onde nenhuma carne reveste os ossos.
Nas coxas, uma candeia
aquece as sementes da juventude e queima as da velhice;
onde não vibra qualquer semente,
arredonda-se com o seu esplendor e junto das estrelas
o fruto do homem;
onde a cera já não existe, apenas vemos o pavio de uma candeia.
A manhã irrompe atrás dos olhos;
e da cabeça aos pés desliza tempestuoso o sangue
como se fosse um mar;
sem ter defesa ou proteção, as nascentes do céu
ultrapassam os seus limites
ao pressagiar num sorriso o óleo das lágrimas.
A noite, como uma lua de asfalto,
cerca na sua órbita os limites dos mundos;
o dia brilha nos ossos;
onde não existe o frio, vem a tempestade desoladora abrir
as vestes do inverno;
a teia da primavera desprende-se nas pálpebras.
A luz irrompe em lugares estranhos,
nos espinhos do pensamento onde o seu aroma paira sob a chuva;
quando a lógica morre,
o segredo da terra cresce em cada olhar
e o sangue precipita-se no sol;
sobre os campos mais desolados, detém-se o amanhecer.
( "Light breaks where no sun shines" )
Sob o comando do céu azul,
No azul do mar repousado,
A riqueza em letras de Libra,
Pode ser completamente perdida.
Nas mãos feminina está o destino,
Do nosso povo sofrido,
A aurora pode se esgotar...,
Por causa deste outubro talvez perdido.
Não sabemos como será,
Talvez já era o amanhã;
A balança será findada
Pelo toque da martelada.
Temos uma força rendida,
As vozes estão silenciadas,
Trilhas desviadas...,
As almas roucas, e outras sem vida.
Neste outubro talvez perdido,
Cor de chumbo,
Gigante distraído,
O país está comprometido.
Descansa a lira das veredas,
Repousa a harpa das Geraes,
Ergue, enfrenta e reage,
Por um Brasil de paz.