Poema com mar
Das ruas que dão no mar
Que saudade das ruas que dão no mar
Do vento que sopra o aroma da maresia
Tão despercebidas no cotidiano do olhar
Tão carentes na distância desta energia
Ando nas calçadas nos meus devaneios
Em cada esquina, cada praça, cada bar
Num vai e vem da angústia e seus anseios
Da nostalgia das ruas que dão no mar
Na ausência das ruas que dão no mar
As pedras portuguesas são memória
Nos seus arabescos suspiro faz brotar
Se chorar são lágrimas de uma estória
E nesta quimera de sol, praia e areia
Que faz a melancolia aqui no poetar
É um luau a beira mar de lua cheia
Versando as ruas que dão no mar
Olhei para o céu escolhi uma estrela
Olhei para o mar escolhi uma pérola
Olhei para a terra escolhi você
Para ser meu grande amor
E ao colocar meus pés na água do mar,
já não sou mais eu, adulto anestesiado,
mentalmente cansado, não sou mais.
Sou uma criança,
Uma típica criança feliz à brincar,
chuto as ondas, corro, mergulho,
boio, pulo, caio e até me arranho,
Planto bananeira para sentir
o vento nos pés.
Visto-me de algas/almas marinhas
e prossigo a dançar.
Transformo-me em peixe, sereia, tritão,
Tento abraçar infinitamente,
toda vastidão desse belo mar.
TRANSBORDA GEMIDO CONTIDO
O futuro, uma profecia
As ondas, o mar, o mar
Sobre a estrada estamos você e eu
Os ventos, como um beijo
O tempo, um castigo
Os momentos caem em névoa
E tudo é mel ao teu leite
A mistura doce irá dispersar-se adentro
Todas as noites e todos os dias
Todos os céus seguem o seu caminho
E apenas a mudança está aqui para ficar
Teu Germinar o meu aflorar espontâneo
Todas as estrelas tem nosso nome
Todo o céu que parece o mesmo
Ainda que de tempo em tempo
E todas as nuvens que desaparecem, e então
Tudo isso começa, novamente
Um ciclo de vida ao semear minha terra
Abundante acolher cada semente valiosa
Que cada desejo teu , aurora traz ao meu ventre teu quente alivio gemido contido .
De tempo em tempo,
Todas as noites , todos os dias
Transborda meu cálice Da
Turva semente urgente do seu meu.
_________ Norma Baker
Uma noite chuvosa,
o cheiro da relva molhada,
o ruído do mar,
o sol batendo contra a vidraça...
Em tudo há a presença Daquele
que nos deu gratuitamente o presente maior
- "A VIDA"
Cika Parolin
As vezes me sinto um messias, afogado num mar de dor, aniquilando-se a si mesmo em busca de reconhecimento utópico. As vezes me sinto um messias que ouve as dores de amor dos outros, mas vive sufocado em uma prisão de sentimentos nunca correspondido.
Um messias humano e mortal, feito de carne, osso e dores que corroem a alma, com o desejo de um único milagre nunca concedido. Um messias medíocre que vive a angustia de não ser um Deus em sua santidade plena, e mais medíocre ainda, por não ser humano o suficiente para viver o pecado da carne ao lado de um amor.
As vezes me sinto um messias desacreditado, que até mesmo o direito a cruz já o foi negado, e hoje vive sem um sentido, perdido como uma alma presa entre o céu e o inferno.
Um messias que recebeu como paraíso um vale de solidão e restos de carne podre, extraído do próprio coração. Um messias composto de lixo humano que possui uma só certeza, este ser messiânico não passa de um nada.
Quero te encontrar à beira do mar, em qualquer caminho, ao virar da esquina , numa esplanada qualquer, por mim tudo bem...
Se eu te puder ver de longe,me alegro, mas melhor seria ver-te de perto...
Tudo bem se prosseguir viagem, só espero te encontrar um dia, em qualquer segundo dum minuto que esteja na hora certa...
SONETO:
NAS ASAS DA SAUDADE
No sopé daquela serra passa um rio, riacho
Casinha de sapé na margem, um candeeiro, e um pavio
Apagado na escuridão,
Olhos de gato Incendeia à noite
E as estrelas também acendem,
Vento gelado, que me causa arrepio,
Nesta penumbra da noite,
Meu açoite,
É lembrar-me de nós dois,
Que, quão felizes fomos!
E por muitas vezes amamos!
Doce é meu delírio, que nutre esta solidão.
Das lembranças de meu bem, minha paixão!
Vejo-me sonhando acordado perante esta imensidão!
GRETA ELLEN
"Sumir-me-ei entra a névoa, como um estrangeiro a tudo, ilha humana desprendida do sonho do mar e navio com ser supérfluo à tona de tudo”.
(Do Livro do Desassossego - Bernardo Soares Bernardo Soares (heterônimo de Fernando Pessoa (PDF))
SEGUINDO AS PEGADAS
Neste meu andar
já meio lento
como ondas do mar
na ausência de vento,
não quero só o desconhecido
deixei de ser tão exigente.
Sou feliz por ter amanhecido...
mel - ((*_*))
viver é um mar frio
do lado de fora está tão ensolarado...
por dentro estou numa tempestade,
que dor seja um prato perfeito,
para que comer se não tenho fome,
nada pode agradar!...
sobre tudo ou nada, apenas a estática...
o frio toma proporções
dos quais deixei minhas entre o ar mais quente,
nos melhores dias vejo a lua e posso toca até estrelas,
mas, isso parte de linda musica...
penso nos frutos da vida então vejo que o tempo
sempre pensou que chuva pode cair e mesmo assim...
o frio está dentro mim.
viver é um mar frio
do lado de fora está tão ensolarado...
por dentro estou numa tempestade,
que dor seja um prato perfeito,
para que comer se não tenho fome,
nada pode agradar!...
sobre tudo ou nada, apenas a estática...
o frio toma proporções
dos quais deixei minhas entre o ar mais quente,
nos melhores dias vejo a lua e posso toca até estrelas,
mas, isso parte de linda musica...
penso nos frutos da vida então vejo que o tempo
sempre pensou que chuva pode cair e mesmo assim...
o frio está dentro mim.
A solidão me isolar,
nas noites tenebrosas e vazias,
em frente ao mar a chuva cair em meu olhar,
choro e fico á pensar ser a dor vai me domina.
SOU TEU AMOR
Sou teu mar
Sou teu sol
Sou vento
Sou brisa que te acaricia
Reluzente
A perfumar teu rosto
Soprando-te segredos
De todo o meu avesso
O teu endereço
Sou tuas juras
Que nunca tem fim
Sou teu amor
Sou ondas gigantes
Cobrindo-te de mim
Sou refrão das canções
Que sempre pede bis
O teu coração
Sou fogo que te queima
Chamas de desejos
O apego do teu corpo
O arrepio que te causa calor
Sou eu...
Que sempre te encantou
Teus versos de amor
Começo e meio
Sem fim
Podemos sonhar, porque de sonhos ninguém morre. Eles é quem nos socorrem, do mar escuro da distração.
Podemos sonhar, porque só se morre de ausências, que são conseqüências, de vazios extremos e de alguma forma isso afoga a
vida, e suicida a emoção.
Podemos sonhar e cantar todo dia um verso, fazer um regresso, na infância feliz que brincava o coração, e nessa viagem contratar uma orquestra, para tocar as notas mais lindas de nossas ilusões.
Podemos sonhar, porque os sonhos avivam segredos, transbordam apegos, afetos que enganam a insatisfação.
Podemos sonhar, pois os sonhos são quentes, germinam sementes e desapropriam a solidão!
Na partida, toda tempestade é infinita, há um mar de incertezas, limitando a vida. Desejos frustrados, como represa a colidir.
Um inverno se destina assim, o anjo da morte sopra como querubim, mas, ao mesmo tempo derrama do seu amor sem fim.
A passos lentos seguimos, fazendo do rastro um riacho, com correntes frescas, que levam a tristeza, que tentava se embalsamar.
De repente, o espírito abraçou a doçura, a singeleza e a candura e a alma ficou pura, tornou-se um porto seguro, que antes era escuridão…
Katiana Santiago
Um mar de solidão
Que seja a tempestade
Sombria e sanguinária
Entres diferentes sentimentos
Banidos definitivamente
Para, ousadia semelhante...
Nos contrastes sob pele,
Trevor clássico que és a supremacia...
Ardil, repente sútil ao mesmo período,
O clamor de tardio se encontra envolvido...
Por brumas dispendiosas, do para sempre.
Linda que és Maria
Tu sabias
Que mais linda não há?
Mais bonita
Tão catita
Como a flor de maracujá.
Deixa o cheiro
No terreiro
E o canto do sabiá
Faz da lua
Que é só sua
Um doce eterno sonhar.
Roubo flores, saqueio pratas
Carrego ondas, mar...
Assalto verdes, cores.
Sou ladra de belezas
De sorrisos,
De sonhos e versos
Sou ladra de ventos, ventanias
De alegrias,
Felicidades e magias.
Sou o que quero
Sou poema
Me invento, me recrio
Me pinto, me desenho
Me faço o que quiser,
Sou poeta, poesia.
Eu pensei
repensei
e resolvi falar,
"como és bela."
Mais bela que o céu o mar
pra mim, tudo que há de mais belo habita em seu olhar.