Poema da Manhã
Madrugada solitária
Eram três da manhã...
Eu imaginando tais sensações
De está contigo,
De ser teu ombro amigo,
Pobre de mim!
Quem dera fosse assim
Tão tola de pensar,
Tão tola de sonhar,
Mas nem minha presença
Você ousa em notar.
"...ao despertar pela manhã,
as lembranças me acordam como num poema do Drummond...
as sentenças me tomam a mente...
lembro de algo "bom,ruim, assim, assim",
das palavras de Pedro Bial ou do grande poeta Pedro Paulo "racional"...
vejo tanta técnica para poesia, que a prática fica esquecida...
é...
E eu só queria falar sobre o "Amor"..."
ÉS AMOR OU AGONIA?
Outrora...
E numa manhã esplêndida abri a ti o meu coração
Senti a dor e alegria simultânea de venerar-te,
Molhei-me nas lágrimas que meus olhos choraram
Encontrei-te na eterna insatisfação
Por várias vezes tentei segurar a tua mão.
Poderia me curvar a minha alma a ti e te adorar
Pois levastes contigo a eternidade que me fez conhecer um dia
Quando iluminastes a vida no reflexo do teu olhar
Quando me ensinastes a amar.
Acostumei-me com tua ausência
O chão aberto engoliu minha existência
Fui marcado com a agonia da desesperança
O mundo para mim é um inimigo
Onde já não tenho abrigo.
E cujo o fim...
Já não sei se rio ou choro
Se vivo ou morro
Se és meu amor ou minha agonia.
E neste dia frio...
Sem tua voz a vida é vazia e triste
E essa tristeza grande demais para um coração
Que busca aflito voltar a sorrir
No teu amor, minha agonia.
DE UM TUDO PARA A INDIFERENÇA...
Nova manhã de esperança
nova fome de viver
novo rumo a navegar
na certeza que o alvo existe
novas roupagens para das velhas se despir
novo momento recheado de encanto
renovo de um sentimento que era saudade
e hoje não é quase nada
apenas resíduos do que um dia foi instante adorável
e amanhã...
Após o sol do meio dia
sua lembrança queimará como fogo
e como poeira no vento
se desfaz num só momento...
Todo dia
Caminhamos
a mesma calçada
Toda manhã
A mesma risada
O mesmo banho
O mesmo espelho
O mesmo ar
Que respiramos
em todas as tardes
Em tantos finais de tarde
Todos os pores do Sol são iguais
Além do mais
As mesmas dores sentimos
Intuímos os mesmos sonhos
Vivendo assim
Todos os dias as mesmas vidas
As mesmas mesmices
Que nos disseram
Afinal
Não serem tantas
Mas a cada fim de noite
Não podemos
Ser os mesmos
Tanto assim
Amanhã de manhã
Nada muda o caminho
E novamente
Você pela sua
E eu pela minha
Caminhamos
as mesmas calçadas
Apesar de tudo
Nada muda tanto assim
Edson Ricardo Paiva.
Todo dia
Caminhamos
a mesma calçada
Toda manhã
A mesma risada
O mesmo banho
O mesmo espelho
O mesmo ar
Que respiramos
em todas as tardes
Em tantos finais de tarde
Todos os pores do Sol são iguais
Além do mais
As mesmas dores sentimos
Intuímos os mesmos sonhos
Vivendo assim
Todos os dias as mesmas vidas
As mesmas mesmices
Que nos disseram
Afinal
Não serem tantas
Mas a cada fim de noite
Não podemos
Ser os mesmos
Enfim
Amanhã de manhã
Nada muda o caminho
E novamente
Você pela sua
E eu pela minha
Caminhamos
as mesmas calçadas
Apesar de tudo
Nada muda tanto assim
Edson Ricardo Paiva.
Áurea solidão.
Meus pensamentos são,
como poeiras em raio de sol.
Na matinal manhã que desponta, quem tem olhos, que veja,
passar por sobre nossas cabeças,
a áurea solidão.
Acordei numa manhã de sábado e vi a mãe Guiné a chorar à frente da minha casa.Fui junto à ela e perguntei-lhe:
Doce mãe,porque chora?Ela me disse:
Filho,porque não podem perdoar e amar, em vez de estarem na ganância que vos levam a odiar e a matar uns aos outros?
Sol de mês de agosto
Farpas de janeiro
Numa linda manhã de junho
O dia inteiro assim
Por mais que se faça
Vai ficando
Mais sem graça ainda
Alguém procura poesia
Pedindo que alguém as escreva
Talvez um dia ela seja lida
Numa linda manhã de chuva
Durante o velório de alguém
Que viveu e nem viu
E morreu num dia de abril
Pode ser
Que seja eu.
Edson Ricardo Paiva
Pérolas Muçulmanas
... E naquela manhã, dia belo de uma semana trágica e sem precedentes,
gotículas caíam do firmamento,
orvalho inocente que prenunciava
a aurora da guerra iminente
que despontava na atmosfera
do Hemisfério Norte.
Mal o dia nasceu completamente,
meu estômago reclamou escandaloso
o afago da fome que se alastrava
dominando meu corpo
e enfraquecendo minhas forças.
Gula! Ah, que delicioso pecado,
(vaidade ocidental)
Sonho distante pra muitos
em ambos os mundos.
Meus devaneios flutuavam
na troposfera do meu quarto emprestado;
ligado o televisor, eis [a Catedral de] Notre-Dame,
lotada de devotos rezantes,
cegos de hipocrisia e malvada bondade,
guerreiros implacáveis e corajosos, porém
temerosos do terror muçulmano.
Yankees choravam o caos implantado
e o mundo compartilhava de sua dor
- o mal lhes sobrevira dos céus
e o armagedom mostrou sua face.
As nações buscaram refúgio nas orações,
Cada qual aos seus deuses
- mas inconscientemente todas se voltavam para Alá, o deus dos oprimidos e exaustos.
Israel ergueu sua espada e lançou o seu poder;
O inimigo se encolheu e deu o bote.
Dono de nada, escravo da indiferença,
reagiu contra o leão judaico
e conheceu a dor da opressão milenar.
Vislumbrei, e eis que o ofendido ficou irado
e lançou um ataque fulminante!
O oprimido se recolheu na sua coragem
e desapareceu sob um cogumelo [atômico]!
As nações fizeram a sua parte
e exterminaram o restante em nome de Alá.
Era preciso eliminar o trigo,
pois ele estava sufocando o joio.
14-09-2001
Aqui amor,
Eu fiquei e fui pela manhã
Me arrumei rápido fui no quarto
E ela estava la dormindo
Não conseguir me controla
Pulei na cama dei nela um abraço
Bem forte e acordei ela
Só pra falar o tanto que eu a amo
Antes de ir
Beijei a testa dela e dei um abraço
Ainda mais forte.
A hora que eu entrei no taxi
A saudade ja começou a corroer
Mais obrigado por me proporcionar
Os momentos mais feliz da minha vida.
Te amo muito, my reason is my life.
Nossa manhã.
Sua visita é bem vinda
aqui na nossa região
a seca maltrata ainda
mas já com moderação
e quando a noite se finda
a manhã nasce mais linda
nas cidades do sertão.
Cada manhã é um manancial de oportunidades
Repetidas ao acaso na luz
E que terás que agarrar antes do ocaso
03/07
O frio da manhã intensifica a mudança libertária destes tempos, acostumado às raízes densas do lar.
Lembrete dos corações amáveis que saúdam a cada volta e a angústia a cada partida.
Prefiro pensar que a tempo de ir e vir de forma leve e madura.
Voo ao conquistar o mundo com pensamentos de otimismo.
Com aquela cabocla deixei a certeza do regresso e a pureza de ser diferente.
Acalmo-me vagarosamente como a folha ao cair da árvore.
A força vem dos pés para cima.
Sedimento essa energia e deixo fluir.
Fecho os olhos, conforto-me com a humildade de um pescador que às vezes nada pega, mas continua a esperar.
Alegro-me ao ver o quanto algodão doce existe neste céu.
Oh, meu Deus, por que tamanha doçura não cobre os homens como cobre esse céu!
E na intuição, o recado:
Das dádivas, o tempo é a maestria superior.
O recanto dos sonhadores e a ferramenta dos benfeitores.
Hoje, ainda é tempo de vir ao encontro das novas mudanças.
Hoje, ainda é tempo de ir de encontro ao que não mudará.
Só quem voa desperta o valor da mudança em sua consciência.
Flutua a vontade de assoprar em seus ouvidos:
Obrigado por me libertar.
Agora é tempo de ir.
Comecei isso tudo descendo a ladeira
De manhã ao sol, como toda criança dei uma trabalheira
O rolimã era meio enferrujado mais dava para se diverti
Meu amigo como louco empurrado o carrinho como um guia
Bala, sorvete e pipoca me deixava delirado como eu gostava de me lambuzar
De chegar no fim da tarde cansado de brincar na rua, pipa, pique bandeira e futebol
Pés enodoados chegando em casa, mamãe logo brigava comigo por suja o tapete perto da lareira
Depois do banho e da janta sentávamos no sofá a tv um pouco a desligar
Para uma família conversar
Como era entusiasmante ouvir as histórias do papai, isso me enchia de energia e vontade de ser que nem ele, quando maior
Dávamos risadas até a barriga embrulhar, bons tempos que hoje lembrando me fazem suar pelos olhos
Não volta mais que saudades da comida da mamãe, do seu beijo agridoce
Do sorriso do papai e dos seus abraços apertados
Até de maçar minha irmã, quando ela trancava a porta com seus namoricos noite a dentro
E nós sábados de manhã, passear com vovô pela praça encontrar novas aventuras desbravar
Tempos que o conceito de união era diferente, não se apegava a alguém com que ela tinha e sim com que ela era
Nunca era hora de desanexação, o aperto estava sempre presente
Pela lareira queimava o fogo da nossa harmonia
Família lá em casa tem vez.
Lençóis
Pela manhã quando acordo,
ainda no travesseiro e lençóis
o teu perfume está.
Mas comigo não estivestes,
então que coisa singular é esta.
Talvez durante o sono,
nos soltamos do corpo físico
e unidos ficamos, assim,
sem que percebamos, entre
lençóis de amor permanecemos
nos amando, e nos querendo.
Quando o amanhecer se aproxima,
vais de volta ao corpo que
te prende, e eu fico vivendo
o sonho,sentindo o aroma
gostoso desse amor teu.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
MATUTINA (soneto)
Na manhã matutina do planalto
Vagueia o horizonte tão rubente
Numa dança de cor em contralto
Cintilando o azul do céu nascente
Ultrapassa os jardins do asfalto
Sem esquinas, nuvem ausente
No espetáculo como ponto alto
Riscando o cerrado num repente
E o vento chia, é julho, tão frio
Brasília de curvas retas, feitio
Sereno, num panorama pleno
Rompi o dia em arauto gentil
Ipês floridos, de sertão bravio
E amanhecer nunca pequeno
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Planalto central - Brasília
Abriu os olhos, confusa, ás 05h15min da manhã em ponto. Sentia que havia morrido alguém querido...
Não queria despertar do sonho para um pesadelo que não era o que tinha pedido...
Rezou antes de deitar, adormeceu como um anjo acordou sem coração e com as asas partidas, revirou-se na cama não queria levantar.
Fumou um cigarro as mãos gelaram, levou uma das as mãos ao peito como quem quisesse se livrar da dor, notou um buraco de mãos mais frias ainda ficou.
Fumou outro cigarro, sentiu que havia morrido alguém querido...
Que roupa vestir, pra onde ir. O sol ainda não nascerá detinha um fio de esperança de não ser real tudo aquilo...
Calça, saia, em pelo ou um vestido? Tanto faz.
Mas, apanhou seus óculos escuros necessários, aquele dia dava prenuncia de que choveria.
O dia raiou belo, belo demais para um dia de inverno.
Corpo dormente a alma é quem sente; velório de quem?
- Difícil saber o coração havia sumido.
Sentia que havia morrido alguém, querido.
A cada manhã.
As manhãs dos meus dias um sonho eterno não mudo é um eterno sonhar
Só o que muda é o tempo, mas esse a cada intempérie torna-se mais belo com.
Sol ou chuva o colorido é lindo não tem igual com flores se abrindo
E espalhando no ar seu perfume faça chuva ou faça sol
Nas manhãs tem sempre um cheiro de terra orvalhada
Pelo sereno que cai na noite meu coração se renova
Rejuvenesce nesta maravilha da natureza dos raios de sol
Que aquece a cada manhã de um novo dia
O amanhecer com pássaros e seu canto e revoadas
Saudando o que a de mais belo este céu azul em sua imensidão
Que nos faz sonhar e amar cada vez mais a natureza.
17/08/2013
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