Poema da Manhã

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Manhã é uma palavra oca até que seja preenchida com uma xícara de café quente.

Que nossa manhã tenha carinho, respeito, cumplicidade, tolerância, muitos sorrisos para clarear o dia e, acima de tudo, muito amor. Que não seja apenas mais um dia, seja uma página de felicidade, escrita no livro sagrado da história do nosso amor.

Que ao se abrirem as pálpebras do dia teu interior seja luz; tão branca e exuberante como margaridas desabrochando no campo ao primeiro toque do sol. E ao cair da tarde quando o dia já não for mais do que lembranças que o crepúsculo aquarele o teu riso com as cores da gratidão.

Todas as manhãs somos abençoados com a sublime dádiva do recomeço, com as possibilidades e surpresas que um novo dia nos reserva. Sejamos gratos!

Um sms de manhã não significa apenas “bom dia”. Significa também: Eu penso em você quando eu acordo.

Quero domingos de manhã. Quero cama desarrumada, lençol, café e travesseiro. Quero seu beijo. Quero seu cheiro. Quero aquele olhar que não cansa, o desejo que escorre pela boca e o minuto no segundo seguinte: nada é muito quando é demais.

Quando você acorda de manhã, pense no fantástico privilégio que é estar vivo – respirar, pensar, desfrutar, amar.

Elbert Hubbard
The Fra, mar. 1914.

Nota: A citação costuma ser erroneamente atribuída a Marco Aurélio. Trata-se da interpretação de Hubbard do trecho 1 no livro 2 da obra "Meditações", de Marco Aurélio.

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As vezes você levanta da cama de manhã e pensa, eu não vou conseguir, mas você ri por dentro lembrando todas as vezes que sentiu isso.

A beleza não está nem na luz da manhã nem na sombra da noite, está no crepúsculo, nesse meio tom, nessa incerteza.

Lygia Fagundes Telles
Os contos. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

Nota: Trecho do texto Venha Ver o Pôr do Sol.

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Perdi o gosto bom das coisas, ela disse no começo da manhã. Fiquei pouco atônita, pouco pensativa, como assim? Perdi, ela disse. No final do dia, depois de horas de trabalho, alguma desilusão, dor nas costas por passar mais de oito horas sentada, o corpo doido por uma água morna, os pés implorando uma pantufa cheia de aconchego, a barriga pedindo por favor uma comida boa e honesta, o coração pulando em busca de um porto, eu entendo. Entendo o gosto dilacerado ou perdido ao longo do dia. Mas uma manhã como essa, pura e nova e fresca e tão azul, de um azul bonito e quente, um azul vivo e limpo, não sei.

A gente não precisa de certezas estáticas. A gente precisa é aprender a manha de saber se reinventar. De se tornar manhã novíssima depois de cada longa noite escura. A gente precisa é saber criar espaço, não importa o tamanho dos apertos.

Um abraço, um beijo, um afago, o sol de toda manhã, um almoço em família, o vento no rosto, um sorriso, uma boa lembrança, um bom amigo, um jogo de futebol, chocolate, a praia, uma festa, dançar, cantar, gritar, comemorar, ... tão simples né? Tão simples, e tão necessário! Mas tão esquecido pela rotina. Ninguém mais aproveita as coisas simples da vida; Ninguém dá o devido valor... Preguiça? Eu diria acomodação. Há solução? Simples. É só olhar em volta, e perceber o quão maravilhoso é estar vivo. Ver que existem tantas coisas no mundo, e sobretudo, ter vontade de olhar, ver e descobri tudo o que for possível. Saber viver! Eu diria... aproveitar. Crer. Sentir. Perceber. Aceitar. Sonhar... amaaaaar. Amar o mundo, amar o dia, a noite, o canto dos pássaros e sobretudo, amar a vida! Amar viver, e crer que tudo pode sempre melhorar.

Acordar na manhã seguinte com gosto de corrimão de escada na boca: mais frustração que ressaca, desgosto generalizado que aspirina alguma cura.

Que cada manhã de sol possa refletir o brilho do teu sorriso
e as manhãs de chuva possam me levar ao mistério dos teus olhos...

Se fosse você me acordando às 6:00 da manhã de segunda com um “bom dia, meu amor” no meu ouvido, eu nem reclamaria.

Um amor simples, feito café da manhã, sem a obrigação de ser perfeito. Confortável feito pijama e com a humanidade de quem acabou de levantar e que tenha fome de amar antes da rotina começar.

"[...]Devia era, logo de manhã, passar um sonho pelo rosto. É isso que impede o tempo e atrasa a ruga.[...]"

Quando acordei esta manhã no quarto úmido e escuro, ouvindo o tamborilar da chuva por todos os lados, tive a impressão de que havia sarado. Estava curada das palpitações no coração que me atormentaram nos últimos dois dias, praticamente impedindo que eu lesse, pensasse ou mesmo levasse a mão ao peito. Um pássaro alucinado se debatia lá dentro, preso na gaiola de osso, disposto a rompê-lo e sair, sacudindo meu corpo inteiro a cada tentativa. Senti vontade de golpear meu coração, arrancá-lo para deter aquela pulsação ridícula que parecia querer saltar do meu coração e sair pelo mundo, seguindo seu próprio rumo. Deitada, com a mão entre os seios, alegrei-me por acordar e sentir a batida tranquila, ritmada e quase imperceptível de meu coração em repouso. Levantei-me, esperando a cada momento ser novamente atormentada, mas isso não ocorreu. Desde que acordei estou em paz.

Sylvia Plath
The Journals of Sylvia Plath. Knopf Doubleday Publishing Group, 2013.

Da manhã mais linda, és o brilho do sol. Do entardecer de belas cores, és o perfume de jasmim. Da noite vazia, és a lua dos apaixonados. E do meu terno coração, és a semente do sentimento que brota e floresce no amor. Então, das estações, és a primavera... que deixa minha vida ornada e bela.

Todo dia de manhã é nostalgia das besteiras que fizemos ontem.
(De ontem em diante)