Poemas sobre a lua

A vida é feita de fases...
Como a Lua...
Cheia de graça e ternura,
Cheia de luzes e sombras,
E tudo pertence a natureza.
Faz parte do desenvolvimento...

E o sol disse para a lua:
- Nunca te vi, mas sempre te amei.
E a lua responde para o sol:
- O que importa é que mesmo sem nunca nos tocar, estaremos eternamente juntos. (amor de almas...)

Dama da Noite

Ela é a filha da Lua
E herdeira do seu brilho
Luz celeste trajando pele morena
Despida de todos os medos
Guardiã do conhecimento dos sábios
E da Magia mansa dos prazeres
Seu caminho só a ela pertence
Ela o segue, mas não anda, flutua
À luz prateada da sedução

Nada me explica. Nada me pertence
E sobre tudo a lua alheia verte
A luz que tudo dissipa e nada vence.

A lua nasce para a noite!
O Sol se leventa para iluminar!
Eu nasci neste muito para te Amar!

No fundo da noite, quando até mesmo as estrelas caem no sono
A lua solitária sobe
Suavemente se resume ao parapeito da janela e brilha em você
E permite-lhe sonhar enquanto você dorme

Olhar

Lua que busca o silêncio dormido entre as sombras
Alma que guarda saudade dormida em silêncios
Beijo que dorme em saudade de alma e desejo
Corpo que grita no canto, pois quer o teu beijo

Paz que não tenho a distância e nas sombras que venho
Alma que dói por saber da saudade que tenho
Brilho da luz escondida na lua que espera
O beijo que grito e que traz teu amor primavera

Um dia o meu olhar, quem sabe, encontre o teu
E acorde pra um novo mundo que o tempo adormeceu
E o brilho que, em ti, virá da luz da lua é meu
E a calma da sombra mansa da paz que amanheceu
O teu olhar se encontra ao meu
Reflete os sonhos dormidos que buscam achar os teus

Olhar de estrela recente em meio ao que penso
Adeus ao sorriso que parte e não sabe se volta
E o pouco de mim que ficou já não sabe se canta
Fez lua e saudade chorar no olhar da garganta

Um dia o meu olhar, quem sabe encontre o teu
E acorde pra um novo mundo que o tempo adormeceu
E o brilho que, em ti, virá da luz da lua é meu
E a calma da sombra mansa da paz que amanheceu
O teu olhar se encontra ao meu
Reflete os sonhos dormidos que buscam achar os teus

"Sou a sombra na lua à noite,
Enchendo seus sonhos até a borda com terror."

Marilyn Manson - This Is Halloween

Boa Noite

Boa noite, Maria! Eu vou,me embora.
A lua nas janelas bate em cheio.
Boa noite, Maria! É tarde... é tarde. .
Não me apertes assim contra teu seio.

Boa noite! ... E tu dizes - Boa noite.
Mas não digas assim por entre beijos...
Mas não mo digas descobrindo o peito,
— Mar de amor onde vagam meus desejos!

Julieta do céu! Ouve... a calhandra
já rumoreja o canto da matina.
Tu dizes que eu menti? ... pois foi mentira...
Quem cantou foi teu hálito, divina!

Se a estrela-d'alva os derradeiros raios
Derrama nos jardins do Capuleto,
Eu direi, me esquecendo d'alvorada:
"É noite ainda em teu cabelo preto..."

É noite ainda! Brilha na cambraia
— Desmanchado o roupão, a espádua nua
O globo de teu peito entre os arminhos
Como entre as névoas se balouça a lua. . .

É noite, pois! Durmamos, Julieta!
Recende a alcova ao trescalar das flores.
Fechemos sobre nós estas cortinas...
— São as asas do arcanjo dos amores.

A frouxa luz da alabastrina lâmpada
Lambe voluptuosa os teus contornos...
Oh! Deixa-me aquecer teus pés divinos
Ao doudo afago de meus lábios mornos.

Mulher do meu amor! Quando aos meus beijos
Treme tua alma, como a lira ao vento,
Das teclas de teu seio que harmonias,
Que escalas de suspiros, bebo atento!

Ai! Canta a cavatina do delírio,
Ri, suspira, soluça, anseia e chora. . .
Marion! Marion!... É noite ainda.
Que importa os raios de uma nova aurora?!...

Como um negro e sombrio firmamento,
Sobre mim desenrola teu cabelo...
E deixa-me dormir balbuciando:
— Boa noite! — formosa Consuelo.

Castro Alves
ALVES, C., Espumas Flutuantes, 1870

Olho para o céu e vejo a lua a brilhar.
Sempre lembrando do seu olhar.
Que sempre me lembra o luar.
Tão lindos e tão distantes.
Quase impossivel de eu alcançar.

Insignificância


Como tu és insignificante,

O sol não te ilumina,

A lua não te vê,

E a terra não te sente.

Quem és tu?

E você me diz: O homem.

Como tu és insignificante,

Do céu as aves não te vêem,

Da noite as estrelas não lhe tocam,

E da areia tu és um grão.

Quem és tu?

E você me diz: O homem.

Tudo que faz sua vida de nada vale se tudo o que
você não presta atenção é o que realmente faz
sua vida...

A lua é companheira leal, sempre ali, observando, sabendo sobre nós em nossos claros e escuros momentos.
Mudando sempre, assim como nós como fazemos. Todos os dias ela é uma versão diferente de si mesma.
Às vezes fraca e pálida, às vezes forte e cheia de luz.
A lua entende o que significa ser humano: incerto, sozinho, crateras e imperfeições.

Lua

A beleza de longe se avista
Soberana da noite
Com seu brilho forte
Desnorteia meu norte
Poetas se inspiram
Músicos fazem canção
Alegria ao te ver
Faz bater o coração
Pensamento voa
Mais veloz que a luz
O que pudera fazer
Se o teu brilho me seduz
Já estou cansado
De somente admirar
Quero que sejas só minha
E para sempre te amar

As vezes me descubro,
as vezes me disfarço,
sou sol , sou lua,
na dança sou teu passo,
me perco na noite,
mas no dia me acho,
sou mulher, sou tua,
me escondo em teus braços,
choro quando não estas por perto,
flutuo no espaço,
e quando contigo me entrelaço,
em seu amor me refaço....
sou pura emoção....
metade do teu coração....
vez ou outra sou rastro,
vez ou outra te laço...
decifra me paixão.

ela era o sol, ele era a lua,
ambos tão jovens, prontos para amar
ela tão clara, ele tão escuro
ambos em busca de se encontrar
ele corria, e ela fugia,
e o sol via a noite a tomar seu lugar,
e vinha outro dia, e ele corria,
e ela surgia a iluminar,
ela era a vida, e ele o destino,
ambos seguiam pro mesmo lugar,
da morte fugiam,no medo corriam
juntos dividiam o mesmo vagar,
quando tinham tempo,jogavam ao vendo
o sonho de um dia poderem contar
aos filhos e netos o amor tão discreto
que se fez presente ao mundo enfrentar
que não tinham medo,nem dor, desespero,
e fizeram de tudo pra entrelassar
o claro ao escuro, passado ao futuro,
a vida e o destino n'um mesmo amar
e quando o impossivel tornou-se visível
quando o sol e a lua poderam estar
tão perto um do outro,o dia e a noite
que mesmo quem viu não pode acreditar,
todos descobriram que desde esse dia
e essência de tudo está no amar,
e a vida contava aos netos da historia
que ao vento contara no mesmo lugar
o destino contente, e oni-presente
fazia da vida feliz por amar,
e foi essa a história que está na memória
do amor impossível que até hoje está
presente na mente, e nos faz contente
por saber que tudo terá seu lugar,
sua data marcada, sua hora exata,
e se for pra ser, com certeza será,
já que se eles podem, podemos agora
e a nossa vitória está por chegar
também amaremos, também sofreremos
e o impossivel, vamos alcançar
teremos história, teremos memória,
de um lindo amor que virá a aflorar.

Ao anoitecer, deito-me sobre o gramado úmido... com o olhar atento, observo as estrelas, a lua... uma leve brisa acaricia meu corpo... A saudade me faz lembrar do amor e também da dor.
Costumo dizer que meu pensamento é minha morada, minha cidade particular, minhas digitais.
Admiro o silêncio, ele é sábio.
Ao fechar os olhos me conecto com meu passado e idealizo meu futuro. Ah, se a trava que o medo me impõe me encoraja-se, eu daria xeque mate à todo embaralho instável de meus pensamentos e seria seguro quanto o raio.
A esperança seria meu incentivo e não minha frustração, mas, o que posso fazer se até os quatros elementos da natureza tem suas convulsões ?

Carla Fernandes

É assim todo o dia
O sol clareia brando
A lua suaviza meu pranto
Medito sobre minha vida vazia

Lágrimas de suplício
Lágrimas geladas...
Lágrimas desperdiçadas...
Tentando aliviar meu martírio

E eu odeio tudo isso
Odeio sentir essa tortura
Ser seguida por essa amargura
Até já tentei suicídio

Minha lamúria
Meu terror que queima minha alma
Minha mortificação que não me deixa ter calma
Minha eterna fúria

Lágrimas...
Lágrimas de dor
Lágrimas sem amor
Mágoas...

Tentei me afogar
Nessa lamentação inútil
Nesse lamento fútil
Na bruma que disfarça o mar

Mas isso não me protegeu
Só me trouxe mais aflição
Só trouxe minha crucificação
Mas isso não me abateu

Pois, assim como eu
Nesse mundo profano
Sufocado nesse desejo insano
Muita gente morreu...

Nessa imortal depressão...

Eu, filho do cogumelo e do arcoiris,
Criança da lua e do sol,
Sinto, desde a pósgênesis senil,
A influência kármica do zodíaco.
Levemente entorpecido,
Este ambiente me causa contentamento...
Sobe-me à boca um júbilo análogo ao júbilo
Que se escapa da boca de um intermitente.
Já a borboleta- metamorfose intinerante-
Que as asas psicodélicas que deformam o ar
Voam, e a vida em geral declara amor,
Anda-lhes a espreita, minhas pupilas a navegar,
E há-de deixar-me apenas o consentimento,
Na tórrida organicidade do mar!

Não olhe
Pra lua
Só no eclipse
Meu bem

A lua é linda
Todo dia
Também

O amor é brega

viola uivando pra lua
vela pro santo
nome na macumba

beijo doce
de moça de quermesse
andar de cio
brincando um flerte

beliscão safado
no trem lotado
desejo invadindo
a próxima estação

rima pobre rica de malícia
verso infiltrado na lição

o amor é isso

uma canção do Roberto
um soneto do Vinícius