Poemas sobre a lua

E o sol disse para a lua:
- Nunca te vi, mas sempre te amei.
E a lua responde para o sol:
- O que importa é que mesmo sem nunca nos tocar, estaremos eternamente juntos. (amor de almas...)

Nem todo dia haverá sol ou arco-íris.
Nem toda noite haverá
a lua pra iluminar a imensidão,
Mas não será um grande problema
se você for a sua própria luz na escuridão.

Boa Noite

Boa noite, Maria! Eu vou,me embora.
A lua nas janelas bate em cheio.
Boa noite, Maria! É tarde... é tarde. .
Não me apertes assim contra teu seio.

Boa noite! ... E tu dizes - Boa noite.
Mas não digas assim por entre beijos...
Mas não mo digas descobrindo o peito,
— Mar de amor onde vagam meus desejos!

Julieta do céu! Ouve... a calhandra
já rumoreja o canto da matina.
Tu dizes que eu menti? ... pois foi mentira...
Quem cantou foi teu hálito, divina!

Se a estrela-d'alva os derradeiros raios
Derrama nos jardins do Capuleto,
Eu direi, me esquecendo d'alvorada:
"É noite ainda em teu cabelo preto..."

É noite ainda! Brilha na cambraia
— Desmanchado o roupão, a espádua nua
O globo de teu peito entre os arminhos
Como entre as névoas se balouça a lua. . .

É noite, pois! Durmamos, Julieta!
Recende a alcova ao trescalar das flores.
Fechemos sobre nós estas cortinas...
— São as asas do arcanjo dos amores.

A frouxa luz da alabastrina lâmpada
Lambe voluptuosa os teus contornos...
Oh! Deixa-me aquecer teus pés divinos
Ao doudo afago de meus lábios mornos.

Mulher do meu amor! Quando aos meus beijos
Treme tua alma, como a lira ao vento,
Das teclas de teu seio que harmonias,
Que escalas de suspiros, bebo atento!

Ai! Canta a cavatina do delírio,
Ri, suspira, soluça, anseia e chora. . .
Marion! Marion!... É noite ainda.
Que importa os raios de uma nova aurora?!...

Como um negro e sombrio firmamento,
Sobre mim desenrola teu cabelo...
E deixa-me dormir balbuciando:
— Boa noite! — formosa Consuelo.

Castro Alves
ALVES, C., Espumas Flutuantes, 1870

"Sou a sombra na lua à noite,
Enchendo seus sonhos até a borda com terror."

Marilyn Manson - This Is Halloween

Olhar

Lua que busca o silêncio dormido entre as sombras
Alma que guarda saudade dormida em silêncios
Beijo que dorme em saudade de alma e desejo
Corpo que grita no canto, pois quer o teu beijo

Paz que não tenho a distância e nas sombras que venho
Alma que dói por saber da saudade que tenho
Brilho da luz escondida na lua que espera
O beijo que grito e que traz teu amor primavera

Um dia o meu olhar, quem sabe, encontre o teu
E acorde pra um novo mundo que o tempo adormeceu
E o brilho que, em ti, virá da luz da lua é meu
E a calma da sombra mansa da paz que amanheceu
O teu olhar se encontra ao meu
Reflete os sonhos dormidos que buscam achar os teus

Olhar de estrela recente em meio ao que penso
Adeus ao sorriso que parte e não sabe se volta
E o pouco de mim que ficou já não sabe se canta
Fez lua e saudade chorar no olhar da garganta

Um dia o meu olhar, quem sabe encontre o teu
E acorde pra um novo mundo que o tempo adormeceu
E o brilho que, em ti, virá da luz da lua é meu
E a calma da sombra mansa da paz que amanheceu
O teu olhar se encontra ao meu
Reflete os sonhos dormidos que buscam achar os teus

No fundo da noite, quando até mesmo as estrelas caem no sono
A lua solitária sobe
Suavemente se resume ao parapeito da janela e brilha em você
E permite-lhe sonhar enquanto você dorme

Dama da Noite

Ela é a filha da Lua
E herdeira do seu brilho
Luz celeste trajando pele morena
Despida de todos os medos
Guardiã do conhecimento dos sábios
E da Magia mansa dos prazeres
Seu caminho só a ela pertence
Ela o segue, mas não anda, flutua
À luz prateada da sedução

Olho para o céu e vejo a lua a brilhar.
Sempre lembrando do seu olhar.
Que sempre me lembra o luar.
Tão lindos e tão distantes.
Quase impossivel de eu alcançar.

A lua nasce para a noite!
O Sol se leventa para iluminar!
Eu nasci neste muito para te Amar!

Nada me explica. Nada me pertence
E sobre tudo a lua alheia verte
A luz que tudo dissipa e nada vence.

Não olhe
Pra lua
Só no eclipse
Meu bem

A lua é linda
Todo dia
Também

AMOR SOB O LUAR

E quando a lua cheia nos invadir
Em nossos corpos se encontrarem ao luar
E o amor nos descobrir
E teu cheiro vagar pelo ar
Se espalhar num instante
Feito perfume excitante
Desejo e Luar
Quero teu olhar faminto
E teu corpo contra ao meu
O que faremos é puro instinto
Sem regras, sem testemunhas
Só teu olhar sobre o meu
Vamos adentrar em cachoeiras
Matas e lugares verdejantes
Enquanto eu mecho meus lábios
E você vem possui a cada instante
É só eu fechar os olhos
Lembro do seu cheiro e piro
E ainda inspiro...
Aspiro...
E suspiro por você...

Eu parecia uma lua perdida – meu planeta destruído em algum cenário de cinema-
catástrofe – que continuava, apesar de tudo, numa órbita muito estreita pelo espaço
vazio que ficou, ignorando as leis da gravidade.

Eu, filho do cogumelo e do arcoiris,
Criança da lua e do sol,
Sinto, desde a pósgênesis senil,
A influência kármica do zodíaco.
Levemente entorpecido,
Este ambiente me causa contentamento...
Sobe-me à boca um júbilo análogo ao júbilo
Que se escapa da boca de um intermitente.
Já a borboleta- metamorfose intinerante-
Que as asas psicodélicas que deformam o ar
Voam, e a vida em geral declara amor,
Anda-lhes a espreita, minhas pupilas a navegar,
E há-de deixar-me apenas o consentimento,
Na tórrida organicidade do mar!

É assim todo o dia
O sol clareia brando
A lua suaviza meu pranto
Medito sobre minha vida vazia

Lágrimas de suplício
Lágrimas geladas...
Lágrimas desperdiçadas...
Tentando aliviar meu martírio

E eu odeio tudo isso
Odeio sentir essa tortura
Ser seguida por essa amargura
Até já tentei suicídio

Minha lamúria
Meu terror que queima minha alma
Minha mortificação que não me deixa ter calma
Minha eterna fúria

Lágrimas...
Lágrimas de dor
Lágrimas sem amor
Mágoas...

Tentei me afogar
Nessa lamentação inútil
Nesse lamento fútil
Na bruma que disfarça o mar

Mas isso não me protegeu
Só me trouxe mais aflição
Só trouxe minha crucificação
Mas isso não me abateu

Pois, assim como eu
Nesse mundo profano
Sufocado nesse desejo insano
Muita gente morreu...

Nessa imortal depressão...

Procura-se com urgência:
Donos da lua
Pescadores de sonhos
Mergulhadores de pés descalços em gramas verdinhas
Gente de sorriso alto, com ou sem experiência
Que tem fé no futuro, tem fé nas pessoas
Gente que comemora os aniversários apagando velinhas
Procura-se
Amantes da boa música e de boas risadas
Gente que prefere uma roda de violão a uma mesa de formalidades
Chefes de cozinha especializados em chocolate quente
Gente que dança em festas desanimadas
Gente que anima até os chatos
Beijadores de velhinhos desconhecidos
Procura-se
Gente que faz cosquinhas
Animadores anônimos de supermercado
Gente que faz caretas para crianças no trânsito
Gente que escuta as histórias dos outros com o coração aberto
Gente que acredita que tudo sempre pode dar certo
Gente que gosta do que faz
Que demora nos abraços
Que canta no chuveiro
Que dança macarena
Procura-se
Proprietários de carro guarda roupa
Apreciadores de quermesse
Que compram bingo e festejam um frango assado como se fosse 1 milhão na loteria
Que pedem sorvete com bastante cobertura
Que atendem o telefone de amigo bêbado as 3 da manhã e se diverte com isso
Gente que dança Sandra Rosa Madalena para fazer a mãe rir
Procura-se
Gente que gosta de dormir de conchinha
Que fala besteira no ouvido
Que adora fazer amor depois de rir horrores (ou vice versa)
Gente que não se importa, de verdade, com o que os outros pensam

As vezes me descubro,
as vezes me disfarço,
sou sol , sou lua,
na dança sou teu passo,
me perco na noite,
mas no dia me acho,
sou mulher, sou tua,
me escondo em teus braços,
choro quando não estas por perto,
flutuo no espaço,
e quando contigo me entrelaço,
em seu amor me refaço....
sou pura emoção....
metade do teu coração....
vez ou outra sou rastro,
vez ou outra te laço...
decifra me paixão.

O amor é brega

viola uivando pra lua
vela pro santo
nome na macumba

beijo doce
de moça de quermesse
andar de cio
brincando um flerte

beliscão safado
no trem lotado
desejo invadindo
a próxima estação

rima pobre rica de malícia
verso infiltrado na lição

o amor é isso

uma canção do Roberto
um soneto do Vinícius

um poema na noite é boêmio,
um boêmio na esquina é um predador,
a lua é dos lobos,
o amor é dos bobos
e ninguém é de ninguém...

As vezes olho para o sol
Um astro tão gigante, forte e rico em energia
Depois olho para a lua
Tão delicada, simpática e rica em beleza, ambos em sinergia
Quando o sol está com raiva ele vem todo bravo
Ele seca rios, ele esquenta o clima e seca lagos
Mas a lua não, ela sempre serena vem para acalmar tudo
e esbanjar sua beleza a todos
Eles são o mais belo exemplo de um casal bobo
E se acrecentarmos a terra formamos uma fámilia
Sem o Sol e a lua o planeta morreria
Sem um pai e uma mãe uma criança não vive
Isso é um amor incondicional inclusive
Onde ambos revesam para cuidar de nós
O pai sempre mostrando sua força nunca nos deixa a sós
postura de durão para intimidar a todos
E mãe sempre serena, para nos acalmar dos medos
E é sempre quando ela aparece que em nosso quarto contamos os nossos segredos
Isso é um amor verdadeiro onde nada os destrói
Mesmo um longe do outro, mesmo depois de tanto tempo
Chega o dia do eclipse para fazer seu casamento
A noiva beija o noivo enquanto a terra sorri
Em meio a tudo isso lembro de você aqui
Se até os astros se amam tanto
Porque nosso amor só nos deixa em pranto ?
Era para ser algo lindo de pura felicidade
Sem inventar coisas desnecessarias, apenas nossa simplicidade
Mas o que os astros tem haver com a gente ?
As vezes o marido chega bravo e de cabeça quente
Faz coisas sem pensar, atos divirgentes
Mas mesmo após a essa tribulação
Aparece a lua, e acalma seu coração
Ela toma o lugar do sol e deixa ele descansar
E com toda sua beleza ela brilha e vem nos acalmar
Até mesmo os astros não são perfeitos
Mas ela não abandona o sol, mesmo com seus defeitos
Isso por que ela ama o sol incondicionalmente
E graças a esse amor gigante que hoje existe a gente.