Poema Lembrança e Memória
Às vezes a gente quer voltar no tempo para reviver aqueles momentos que nos fizeram felizes. São lembranças que nos trazem à memória tudo o que um dia vivenciamos
e que ainda mora no coração...
Foi só um toque sutil, mas com força suficiente para adentrar as frestas do tempo e se deitar na eternidade.
Quando a brisa da nostalgia sopra, agita a cortina rendada do tempo que sutilmente separa o presente do passado e, espalha na atmosfera o inebriante perfume da saudade.
Cheguei a uma grande conclusão, que já transparecia em minha frente: tudo é sobre você. Se eu olho para os lados enquanto caminho, é te procurando. Se fecho os olhos ao ouvir uma música que me toca a alma, é em você que penso. Por mais que sua imagem esteja tão apagada em minha mente... eu te vejo com todos os detalhes que consigo lembrar. Por mais distante que aquele momento esteja, eu me lembro exatamente a tonalidade de sua camisa, a textura e a cor de seus cabelos, a sua expressão séria e pensativa, os seus centímetros a mais do que eu, até o seu jeito de andar. E essas coisas eu nunca vou esquecer, por mais que o seu rosto esteja cada vez mais distante de mim.
Quero que daqui a muitos anos, quando eu não estiver mais por aqui, alguém se lembre de mim com um sorriso no rosto e pense: eis aí uma pessoa que soube viver.
Algumas canções são exímias nadadoras; com um só mergulho são capazes de buscar no fundo da alma o sentimento que nos devora.
Nas manhãs ensolaradas de domingo a saudade chega sutilmente e me beija a face, leva-me pela mão para a casa de vovó e, lá no aconchego do seu colo ouço o vaievém de uma cadeira de balanço acordando-me as lembranças.
Para sentir saudades é necessário recriar, reinventar o passado. Buscar nele o instante no qual a felicidade parou para se eternizar nessa aura de mistério que envolve as memórias e quando menos esperamos nos transportam para outros tempos e nos coloca sob outros céus.
“ O esquecimento de dias difíceis pode nos permitir saborear o prazer, mas também nos proporciona esquecer as batalhas vencidas, melhor não esquecer”.
ESQUECIMENTO
Bom dia! Hoje 19 a 26 graus com sol o tempo todo e não chove. Esquecimento é a perda da lembrança, deixar escapar a memória. Fico imaginando não conseguir lembrar dos momentos mais significativos que passei até agora na minha vida, realmente é lamentável. Peço jamais passar por esta situação, é como deixar de reconhecer seu próprio ser, como jamais tivesse sido alguém e nem lembrar que foi. Pessoas com Alzeimer acontece isso. Já presenciei e conheci pessoas assim, não sabem quem são seus filhos, o dia do seu aniversário, um grande amor vivenciado, o que se há conquistado enfim não se sabe de nada. Não quero e não vou ficar assim. Ah também esquecimentos momentâneos, mas já me disseram que isso é falta de atenção. Procuramos fazer várias coisas ao mesmo tempo e quando nos damos conta, algo passa desapercebido e fica para trás. Mas nem sempre se esquecer é prejudicial de fato. Pode ser uma questão de digestão da consciência, um fator de moderação para que nem tudo seja assimilado evitando uma fadiga, um stress emocional e orgânico. Dando um tempo para recolocar as funções em ordem, absorvendo apenas aquilo que necessariamente seja nobre, mantendo-nos inertes a problemas e lutas desnecessárias ou passadas, isso nos garante momentos de serenidade, uma ausência necessária. Parece que esquecimento e lembrança são antônimos, mas se apreciarmos com atenção, um não existe sem o outro. Mas se lembramos do esquecimento, então será que ele existe. Talvez não. Pelo menos não de forma absoluta, pois se existe ele deve aparecer e no exato momento que aparece ele foi lembrado então não é esquecimento. Difícil, é melhor esquecer. Hummm... começou um novo dia, eu já disse bom dia?
Borboleta é uma palavra com asas que me remete à longos vôos à infância.
Acho que esqueci minhas asinhas em uma daquelas tardes perfumadas pelos ventos que traziam o cheiro das flores, prenunciando a primavera. Era ali no meio das flores que eu me embriagada com o olor primaveril e o canto nostálgico dos pássaros, que eu ensaiava a coreografia dos vôos ao lado de borboletas miúdas que vinham dorminhar nos jasmineiros floridos que eu cultivava na inocência do meu olhar de menina.
Esse texto é pra você. É pra você porque essa menina falante sua presença consegue deixar muda, é pra você porque meu único refúgio é escrever, escrever, diluir em palavras tudo que me bagunça por dentro. Tenho medo de te encarar, medo de te ouvir, medo porque você é tão doce que te olhar amargo assim me dói, dói como nunca pensei que doeria. Aí eu fico muda, eu tento rir na sua frente, tento fazer com que você me note, insisto pra você esquecer minhas bobagens, porque é isso que eu sou uma boba que só faz besteiras perto de quem ama. Eu te amo tanto, e eu sei que eu te amo porque eu não consigo ser coerente com quem gosto, eu tento, analiso, mas só consigo forçar correção, eu erro, erro, machuco mas pode ter certeza que quem sai mais machucada sou eu. E é assim que eu to: machucada, rindo por fora e gritando por dentro, escutando músicas alegres pra confundir a ópera dramática que canta nos meus ouvidos. A gente é tão parecido por isso que eu respeito tanto seu distanciamento, porque eu não quero te invadir, porque eu sei que não adianta mais eu dizer que nunca quis te machucar porque isso não vai mudar a dor que já se instalou. Eu não sei onde isso vai parar, não sei se algum dia você vai me olhar e querer rir comigo de uma besteira qualquer, mas a única coisa que eu queria e te peço se for mesmo o fim, se você realmente não quiser pensar em mim como alguém que vai está ao seu lado no futuro, lembra de mim de vez em quando, mas lembra das coisas boas, das nossas risadas exageradas, dos nossos códigos infantis, lembra de mim como alguém que daria a vida por um sorriso teu, se algum dia mesmo longe um do outro eu saber que é dos nossos melhores momentos que você mais lembra eu vou sentir lá no fundo que pelo menos por algum tempo a gente valeu a pena.
Encontrei mensagens que eu nunca enviei, estavam perdidas no esquecimento, e a verdade é que fingi que esqueci, que ilusão a minha, viraram memórias em minha mente, mente esta cheia de eternas lembranças.
Passando pelos carvalhos, sinto uma paz tremenda ao ouvir o estalar dos galhos. O som do vento ecoa estrada a fora, trazendo consigo o cheiro do verde das plantas, o cheiro que entra pelas narinas, cheiro esse que me lembra de um lugar, o cheiro que proporciona-me paz de espírito, esse cheiro traz o aconchego de um lugar que é essencial, mágico, único. Esse cheiro lembra meu lar
A ausência. Partilhar momentos, pensamentos e viver estes não tem preço. Alegrias, tristezas sentimentos, ficam guardados e podem ser sempre lembrados quando bater um momento de nostalgia porém, se a ausência de alguém se faz na sua vida o que TE SALVA são os momentos que compartilharam juntos. (PARTIDAS) algo difícil de se aceitar 100%. Temos que entender que muitos fazem parte de um momento e nao da vida inteira, porém depois de um tempo você percebe que existe vida sem esse alguém e que o que se viveu até ali vai se manter preservado na estante das memórias e quem sabe a ausencia se faz necessaria para que mais adiante aquele momento que outrora era incerto se torne o CONCRETO e coerente...
A saudade é um sintoma na alma, que provoca uma inquietação relevante, causada pela vontade de reviver algo que experimentamos no passado, sentimentos que foram fortes o suficientes para deixar reflexos inapagáveis em nossas emoções, marcas que nem o tempo conseguirá eliminá-las de nossas memórias.
"Desperto logo pela manhã , abro as janelas e me vejo fitando o céu púrpura , me lembro de tu , que adorava apreciar tal fenômeno , logo as lembranças vem a tona , todos os bons momentos e risadas voltam em minha mente numa série de desagradáveis flashes."
Há dias em que todas as minhas janelas se abrem para o mar das sensações. Sentada na areia branca da saudade me ponho, então, a saborear memórias, com a mesma urgência de quem assiste o último pôr do sol.
Ela corria por instinto. Um alerta inconsciente de que precisava continuar, independente do que acontecesse. Até já tinha esquecido o porquê. As memórias de cinco, dez, quinze minutos atrás tinham desaparecido. Se sua vida dependesse de lembranças daquilo que motivou sua fuga pela mata, ela tinha certeza de que morreria bem ali no solo da floresta.