Poema Instantes
Um dia meus olhos se fecharam.
E a dor latente de sua ausência, eu ignorei.
Naqueles instantes pensei:
-"Não deixarei uma pessoa mudar o que sou! (Tudo bem estar sozinha)"
-"Não deixarei este amor roubar meu futuro!"
-"Não...quero mais esta...ilusão"
Não...não...
Mas os olhos se abriram, e a dor voltou, meu futuro foi selado
A espera novamente de um contato teu.
Então, sentado no banco em frente ao Parque Natural da minha cidade, Paro por alguns instantes observando uma estrela solitária e atrevida, resistir ao sol que nasce em seu esplendor diário.
É muita ousadia.
Estrela rebelde, não vê que essa afronta não vence?
Como resiste ao inevitável?
Então me vem a lembrança de uma aula (há décadas...) em que o professor explicava que muitas estrelas que vemos, já não existem mais.
Não passam de brilho que ainda viaja pelo universo, mas cuja mãe já morreu.
Será que estou a conversar com um defunto?
Estrela rebelde, pirilampo estelar.
Não me faça de bobo.
Não mais.
Não de novo.
Amanhã volto, pra ver se ainda está aí.
Volto pra conversar
Volto pra ti.
OLHAR ESTRELAS
Quando chegar a noite,
Deixa-me sozinho por instantes
A olhar estrelas, incrédulo e abobalhado
Como se eu fosse um espantalho
E o universo fosse plantações...
Deixa me olhar estrelas,
Como se eu fosse um pirilampo
Diante de tanta luz,
Deixa me olhar estrelas,
Como se eu fosse poeta
Buscando a rima certa,
Quando chegar a noite,
Deixa-me sozinho,
A olhar estrelas
Como se eu fosse o jumento,
Que conduzia Jesus,
Deixa me tentar entender tanta luz,
Quando chegar a noite,
Deixa eu entender ursas,
Capricórnio, cruzeiro do sul...
Deixa me pensar que protejo
Aquele que semeou com seu arado...
Todos os astros que pontilham as tuas pupilas...
instantes
de silêncio
tantas coisas a dizer
ruídos
harmonizar
respirar
direcionando o pensamento
O silêncio
provoca desejo
desejo provoca intenção
Intenção gera ação
e reação
"Quando buscamos e seguimos as coisas
terrenas, temos escassos instantes de
euforia, é pura vaidade.
Quando buscamos e seguimos as coisas
do alto, é regozijo é excelsa felicidade."
Preciso de pessoas, lugares e instantes.
Nada igual a nada parecido.
E não me venha com metades ou falta de assunto.
Me dê de você o seu melhor sorriso,
me mostre seu mundo.
Sua música favorita e um retrato mal tirado.
Prefiro te ver sorrindo do que te ver calado.
Se só por alguns instantes nos colocássemos no lugar do outro
(amigo ou não) e nos perguntássemos:
"Como eu me sentiria se estivesse no lugar dele?" ,
muitas atitudes desrespeitosas não seriam cometidas.
A insensibilidade, o desrespeito, a falta de solidariedade
são atos que só se corrigem quando nos doem na própria carne.
Cika Parolin
AUSÊNCIA
Oh!
inquietude
imensa!...
Cai
a chuva
nos cômodos
d'alma...
Os instantes
são
gelo
no freezer
das horas...
(Eis
o inverno
da tua
ausência)!...
"Impressionante
Em instantes
As coisas mudam bastante
Pontos de vista desiguais
Tornam semelhantes
A dor aperta no peito
Expressa no semblante
Resta-me a dúvida...
Nada será como antes?
Faço-lhe a pergunta...
Tu me enganaste antes?
Lembro-me das suas curvas
Nunca foi minha antes?
Quando lhe vejo minha vista vislumbra
Mas pra você...
Nunca fui bom o bastante?
Um coração ferido
Pela mulher deslumbrante apaixonante. “
As vezes eu deixo meus sonhos caírem ao chão,perco por instantes ou por muito tempo as esperanças e as vezes me prendo na solidão
As vezes o escuro da noite me faz ver com clareça e ouvir com atenção as batidas do meu coração
As vezes eu não quero mais nada do nada,mais por fim querendo tudo e de tudo, sobretudo o mundo em minhas mãos...
As vezes eu só quero um abraço,um afago,um beijo molhado,uma ilusão
As vezes eu me perco em mim e não me acho e é nesses momentos que retiro de mim palavras,conselhos e eu me escuto, mais num escudo de proteção... As vezes eu tenho medo dos segredos que invade minha alma e quem nem eu sei ou as conheço e me bate o vazio da sofreguidão...
Eu amo,não amo,acredito,desacredito do mundo,de mim, e me vejo e me sinto sofrendo,talvez em vão.
As vezes eu qria somente acreditar em algo muito além de tudo que existe...ou talvez não exista...Estou sozinha,completamente sozinha desacreditada e sem paixão.
Dois amantes
Juras eternas de instantes de um prazer
tão grande que beira à agonia.
Dois corpos que se fundem,
duas almas que se encontram,
um só sonho,
um só desejo
um só intento.
AMAR.
E a vida cria ares de levezas
e risos.
Nos bastamos.
o que ecoa com som
mensagens sem som?
só isso...
em tão mesmos instantes...
desbruças sons de mensagem
ó tem mesmo!
ao acaso não!
sodomistas propagistas tristeza
não sobra senso nistos
ó alguém passa faceando
ó próprio desfalque
ó tem nistos razões
Instante de felicidade...
Instantes de felicidade,
são poucos na vida,
desses, um de verdade,
é poetizar para a diva
minha felicidade é extrema,
exatamente neste momento,
em que produzo este poema,
expresso todo meu sentimento
o instante tem que ser aproveitado,
pois ele é intangível,
é um momento tão adorado,
que chega a ser indefinível
um instante tão raro,
que não posso deixar perder,
mesmo fazendo tudo errado,
não deixarei este prazer
um instante que não se esquece,
e de raridade eu o chamo,
ele está na minha prece,
é nela que eu digo que te amo
toda vez que faço minha oração,
minha felicidade é liberada,
pois a faço de coração,
e nele você está eternizada...
Oculte-me por uns instantes de teu pensamento.
Este é o meu momento, irei mergulhar no infinito do meu ser,
contemplar minha essência, e me despir das turbulências do cotidiano.
E quando voltar, talvez não me reconheças, não serei mais eu mesmo aos teus olhos, serei quem sempre fui,
mas tua irrelevância nunca te permitiu ver-me como sou de fato, abstenha-se !!
Não precisamos moldar marionetes, para que sejamos notados, nossa áurea flui na simplicidade de nossos passos, poucos enxergam.
Quanto tempo falta para ontem terminar?
Quantos instantes bastam para o amanhã não chegar?
Quais ciências o vão calcular, quantos poetas o vão declamar?
Quem além de mim vai se culpar pelo que deixei de fazer?
O tempo vai passando de vagar ou se quer passa. Passa.
Ainda ontem, hoje era distante, agora esvai-se ligeiro.
Semblantes que ganharam rugas, mãos tremulas e memória fraca.
Passado, presente, futuro, fusão, esquecimento. Reflexões.
O relógio, parece exato, mas gira seus ponteiros irregular.
Contei o tempo e perdi a hora, escondi os dias, não compareci.
Agora que morri, o tempo deixou de existir, é só o agora, apenas o agora.
Percebi tarde demais para voltar atrás e tentar refazer o mau que permiti.
Embarquei na estação que me levou à luz no fim do túnel.
Quase perdi a partida do trem, mais uma vez me atrasei.
Da janela do meu vagão vejo outros que repetem o que fiz.
Pobres mortais perdendo o precioso tempo que ainda lhes tem.
O teu silêncio
O teu silêncio me ensurdece de saudade.
A memória insiste no perfume de instantes
abreviados por uma fronteira que nunca existiu.
E quanto a mim, perdido estou em sonhos flutuantes,
recostado à cabeceira, numa noite de lua minguante.
Meu coração míngua também, ele apequena
e a saudade só aumenta.
O teu silêncio, eu quereria no instante de um abraço.
Mas o silêncio é a presença de tua ausência.
E eu nada poderei.