Poema em Linha Reta
"A minha procura continuará, até o fim da linha de tons cinzentos.
Sei que, lá, encontrarei as cores que farão valer a pena.
A espera nunca é demais, quando o que se espera não tem tamanho.
Que venha!".
Mais em lavinialins.blogspot.com
Quadro
Um ponto para existir,
um risco para sentir,
uma linha para coexistir.
Um desenho para sonhar,
cores para ver,
borrachas para apagar.
Linhas de coexistência,
sensações riscadas,
retornando a condição de ponto.
Pronto para morrer,
renascer, e começar um quadro novo...
A linha é tênue, como eu.
Os afagos não são gratos,
nem os amassos
apertados.
Ando em pedaços
descalços
no asfalto.
Escalo montanhas,
arrasto trilhos,
carrego ninhos.
E ao mesmo tempo
em que brilho,
me ofusco.
A linha continua tênue, como eu.
CARRETEL DE LINHA (Carlinha)
Pele de lã, longe
(Branquinha, seja minha)
Enigmaticamente não chega
E tudo lhe faz rainha
Quando aparece, cega
E cego, navego na rede
Um pescador não nega
O que de fato lhe mata a sede
Carretel de branca linha
Tece o tecido da flor
Encarcera a vontade minha
De sentir do seu corpo o olor
Negros cabelos distantes
Percebo a avidez dos ventos
Por seus fios brilhantes
Quem sabe isso fosse um alento.
Na linha da vida
Onde o tempo é tudo
Onde o tudo é nada
Somos simples passageiros
Desta triste
E longa jornada
Já sabemos
Que o tempo é veloz
Devorador do amor
E da sorte
Carrasco da vida
E mestre na morte.
Linha do Horizonte de Nashville
Não vá
Procurando pelo amor
Na ilusão disso tudo
As respostas nos sonhos
Porque eu tenho estado no meio da lama e confuso
Eu sou livre
Tanto quanto eu posso ver
É a linha do horizonte de Nashville
Abaixo disso tudo
Você é livre
14 horas atrás
Eu estava vivendo um sonho
Eu estava vivendo por uma cena
Eu estava flutuando alto acima
Porque eu tenho estado no meio da lama e confuso
Eu sou livre
Tanto quanto eu posso ver
É a linha do horizonte de Nashville
Abaixo disso tudo
Você é livre
Flutuando alto acima
Da linha do horizonte de Nashville
E abaixo disso tudo
Você é livre
Você é livre
Eternamente é o amor que você precisa para acreditar
E você está lá
Flutuando alto acima
Da linha do horizonte de Nashville
Minha história vive um vida desvivida entre uma linha horizontal em que a lâmina desfoca meu pescoço;
Saboreio meu medo no passado e despedaço minha coragem no meu presente para que meu futuro não me faça ajoelhar para alguém que possa me controlar;
A ansiedade alheia desmedida é a escolha das palavras sujas que chama a atenção dos meus olhos que tanto lhe ameaça;
E eu tracei a linha.
Bom, eu penso que pela primeira vez a guria querida, confusa e fácil mudou. Ela, dessa vez, não apenas esqueceu tudo e foi indo naquele barquinho de papel que ela tinha feito quando pequena. Como uma esperança do que sua vó tinha lhe dito sobre felicidade no amor. Ela dessa vez não seguiu remando. Ela passou em traço e esquece tudo. Quer dizer, esquecer não, mais sim parou.
Ela se apaixona fácil. Ou como falava um pequeno texto “Eu consigo amar ate uma berinjela”. Ela dessa vez, olhou não com os mesmos olhos, olhou com os pés no chão, de baixo para cima. Percebeu que durante tanto tempo ela alimentava uma sina por separar as coisas. Mais do que apenas separar as coisas no prato, ela separava a vida dela. Parte era para o estudo, parte família, parte avó, parte amor (na verdade amor era dividido em duas partes: o sonho e o real), parte mãe, parte amigos, parte solidão, parte ela. Nada podia se mesclar.
Bom, o que ela fez foi ver que tudo que ela pensava se quebrou, quando mais uma das suas paixonites, pela primeira vez, se quebrou.
Ela olhou para o amor e sentiu enjôo. Olhou, e se casou. Voltou atrás. Olhou e não agüentou a imagem que via. Percebeu o sentido que fazia o que os outros não falavam.
Ela não esqueceu a paixão, só cansou. Cansou da decepção que era um tombo. Canso pelo fato de nada mudar. E, mesmo que não tivesse acontecido nada, ela sabia que teria um final. E também percebeu o quão grande era o muro que ela queria pular. Nada era como ela pensava.
Mesmo com nada, ela viu. Viu que, mesmo que seja lindo a ligação de coisas iguais, as coisas não mudariam. A não ser que ela fosse sincera e jogasse tudo num liquidificador.
Eu olhei para a vida. Olhei para minha mãe. Para minha vó. Olhei para a berinjela. Olhei para o chão e alem das estrelas. Olhei para todas as ilusões. Olhei para o que eu acreditava. Olhei para a menina. E a deixei ir.
Já ultrapassei a linha da excitação
Assim como tenho conflitos com a interrogação
Não quero pensar que tive uma passageira paixão
Mas acreditar que eu terei um longo caminho sem solidão.
Laís Penteado
Quando se perde!
Me perdi,cruzei linha que não poderia cruzar.
cansada, desesperada e carente me deixei levar.
Foi aí que errei...
Não soube esperar...
Agora é preciso cantar!
É preciso dançar!
porque foi que eu errei?
Não posso eliminar o que me espera.
Eu ouvi várias vozes
e ouvi muitas vozes
Me deixei levar...
Torna me humana...
faça o céu chegar a mim
socorre me Mano, me perdi. Me perdi!
Eu ouvi várias vozes
me deixei levar
JMRD
Magia
Todos os olhos estão voltados para cima,
Quase não enxergam, aquela delicada linha,
E nela, a linda equilibrista parece flutuar, voar, pairar no ar.
Corações nas mãos,
Pensamentos, será que irá conseguir ou não?
Com sua linda roupa branca, guarda-chuva prateado,
Olhares assustados,
Será que irá cair?
É como quem não teme a morte,
E vive o momento na sorte,
Será que ela sabe,
Que seu grande amor está a lhe ver?
Somente esperando, para poder lhe ver,
E com flores te receber,
Será que ela ira conseguir equilibrar está paixão?
Não fará ela do coração, Picadeiro, linha e canção,
Como uma linda artista, vivendo uma paixão,
Conseguirá ela, pairar no ar, sem te ver,
Equilibrando mais um coração?
POR TUA CAUSA...
Por tua causa virei poeta
Me transladei em versos
Fiz das curvas uma linha reta
E do vazio um universo...
Fiz do breu uma constelação
Do chão seco um jardim
Do alheamento, pura paixão
Do deserto, rios em mim!
Sonhei nuvens de algodão
Fiz do choro horas de riso
Flores, jasmim e açafrão...
Por tua causa sou festejo
Hoje há cor no meu coração
Faço poemas do teu beijo!
Elisa Salles
09/05/2018
LEVÍSSIMA
Leve... Levíssima leve
Leve a culpa breve
do bonde do tempo,
da linha que alínea e arrepia,
pegue e leve-me como for
avia! Avia... Espia a passagem
sem motor ou engrenagem
sem amor, sem calor.
Leve se for leve... Leve
a flor as pétalas do caminho
a poeira o pó dos paralelepípedos
os tipos e aerotipos múltiplos
os bullyings e seus insultos
os vultos do futuro caduco
os brutos... Marrucos malucos
e os eunucos da esperança,
judeus da dor...
O fungo dos frutos... E a
corda bamba, de uma criança.
Antonio Montes
Mesmo que as capas de revista ainda vendam magreza
Cada dobrinha do meu corpo
E cada linha de expressão do meu rosto
São partes fundamentais da minha beleza
A linha entre expectativas e decepções é tênue, menino. Mas as tentativas não são vãs ou vazias. O correr dos riscos nos impulsiona e nos aviva. Eu sei, a frequência dos acontecimentos é o que assombra. Cada episódio é fugaz e tão passageiro quanto nossas vontades. É que o futuro é abusado, ele vem e nem pede licença.
Engraçado, menino, a vida sempre tem graça. E como você diz, “basta de pretéritos”, por mais perfeitos que eles tenham sido. Então, que o vento impetuoso arraste para longe essas folhas mortas que nos mostram que até mesmo nas pétalas secas há mais estímulo do que nas flores de plástico. E que o tempo tirano continue a transformar em pipa que voa e não volta, tudo que não é mais importante pra vida da gente.
Menino, já é madrugada. A rua e a garrafa estão vazias, mas nossas memórias cheias ainda causam estúpidas explosões de risos. É menino, não é hoje que encontraremos o sentido das coisas. Mas, antes de entrar em casa, vamos amassar os últimos papéis do juízo e, perante o infinito, firmar o compromisso de aceitar todas as expectativas e também os desenganos.
As nossas pândegas expectativas...
Quem são nossos inimigos?
Não é esse ai jogado na linha de frente
pode ter certeza que não!
Esse
É um laranja como dizem no linguajar malandrês
COME bem nos dias atuais?
Vive numa casa confortável? Tem rendimentos constantes?
Se puder responder “Sim” a qualquer uma destas perguntas, então, é bem diferente da maioria das pessoas na terra.
Por quê? Porque cerca de mais da metade da humanidade morrem de fome cada dia, dois terços
sendo subnutridos. E a maioria das pessoas no mundo vivem na pobreza, em habitações inadequadas.
Linhas
Somos como carreteis de linha que se desenrolam com o passar do tempo.
Desenrolamo-nos e nos cruzamos com outras linhas,
e às vezes acabamos nos amarrando com elas formando nós que podem
ser relacionamentos firmes e duradouros ou apenas nós frágeis e fracos
que se rompeirão na primeira difculdade. .
No fim desses carreteis se formará um tipo de teia,
que irá simbolizar nosa estadia na terrra com todos seus nós,
remendos e o engafiado de linhas.
A linha de nossas vidas não é infinita então,
não a desperdice e escolha bem onde irá amarra-la.