Poema dos Baianos
O norte, a morte, a falta de sorte...
Eu tô vivo, tá sabendo?
Vivo sem norte, vivo sem sorte, eu vivo...
Eu vivo, Paulinho.
Aí a gente encontra um cabra na rua e pergunta: ‘Tudo bem?’
E ele diz pá gente: ‘Tudo bem!’
Não é um barato, Paulinho?
É um barato...
Os baianos invadiram o Rio para cantar "Ó, que saudades eu tenho da Bahia...". Bem, se é por falta de adeus, PT saudações.
“Nada a dizer... nada... ou quase nada...
O que tem é a fazer: tudo... ou quase tudo...
O homem, a obra divina...
Na rua, a obra do homem...
Cheiro de gás, o asfalto fervendo, o suor batendo
O suor batendo, o suor batendo, o suor batendo, o
suor batendo."
Legal... me amarro nesse som, tá sabendo?
O medo, a angústia, o sufoco, a neurose, a poluição
Os juros, o fim... nada de novo.
A gente de novo só tem os sete pecados industriais.
Diga, Paulinho, diga...
Eu vou contigo, Paulinho, diga
Mastigue, corta, roa
Assuma numa pá
Conforme o seu atual
Estágio de animal
Ou pensas que é à toa
Que nego diz: "Oi, bicho!"
Então marcou e marcar
É pior que perder gol
E queixas só dá rugas
E vento seca, amor enxuga
Os baianos no Rio de Janeiro, no passado: "A Bahia é boa terra, ela lá e eu aqui".
Os petistas e afins no Brasil de hoje: "Cuba é um lugar maravilhoso e um dia haveremos de transformar o Brasil em uma grande Cuba, mas não desejamos morar lá de forma alguma e queremos ficar por aqui".
CAETANO VELOSO SOBRE SÃO PAULO
"E os Novos Baianos passeiam na tua garoa/ e novos baianos te podem curtir numa boa"
BELCHIOR SOBRE SÃO PAULO
"Veloso, o sol não é tão bonito pra quem vem do norte e vai viver na rua"
Poetas Baianos
De todos e tantos.
Relatos, fatos, encantos.
Jorge Amado, Gregório de Matos.
Castro Alves, Fagundes Varela.
Daqui regional Macarani, fatos.
Camilo de Jesus lima, estranho morto fatal.
Atropelado, estranho momentos dos coagidos.
Ditadura, figura de opressão infernal.
Liberdade subtendida, a voz reprimida.
O pensar, o livre arbítrio.
A ameaça, a loucura viva da inveja.
O mau não admite a miserabilidade.
Ser poeta, precisa ter coragem.
A expressão sincera atinge o engano.
De todo intento maligno debaixo do pano.
Vamos poetizar, Macarani, eu quero falar.
Nada tenho, nada sou, mas o céu tem pra dar.
Pelas promessas, pelo temor, eu estou a pactuar.
Clamo, chamo, invoco, suplico e humilho me.
Altíssimo da criação.
Da mente do céu, do DNA leite e mel
Do primogênito abençoado Israel.
Falas aqui a criança Brasil.
Uma voz no anonimato.
Que o homem não contemplou.
Mas o cântico altíssimo.
Pela cruz.
Veja se posso toar o teu louvor.
O cântico da paz sobre a terra.
A natureza a fluir.
Mais uma vez, a muralha do engano cair.
Sinais, sinais, sinais, de ouvidos abertos, diz ai.
Giovane Silva Santos
A VIAGEM
Queria poder fotografar o céu dessa noite. Um cobertor de constelações aqueceu meus pensamentos. Mesmo com todo o frio desejei estar deitada na boleia de um caminhão, só pra o meu olhar não ter pausa, só pra o meu corpo ter descanso, só pra ter a sensação de que essa viagem ao universo não iria acabar. A cada curva, embaralhavam-se com minha imaginação e eu só esperando a chuva, pra que ela levasse todo o excesso e deixasse só a leveza...
Numa trama de rede demos os primeiros passos... Numa rede social!
Em um bar próximo de um ao outro nos encontramos... Não foi difícil
encontrarmos, uma vez que a imagística traçada já era muito tenaz.
No ligeiro abraço e tímido, a brasa do elo e o coeso da mente fundiram-se em um abraço e um beijo tórrido...
O gosto doce do querer e saber mais sobre um ou outro fortificou-se ali.
Portão que separa... Primeiro encontro... Desejo, respeito e um selo de: “Volto pra te ver”.
Capítulo dois:
Dentre discos, canções e letras que imprimem nosso desejo... Há “NOVOS” e “VELHOS” baianos...
Tornamos-nos um elo cultural por temos, ela numa rua cima e eu numa abaixo, porém sempre num equilibro, esse nosso!
Curtimos, cantamos, dançamos e até nos separamos, sim!
O gap houve pra dar o ar e as respostas do que podemos assim, melhorar.
O mundo girou tudo mudou, e pra muita gente está difícil dizer: “Quem eu sou?”.
Mas ela e eu, somando tudo que tivemos diante desse novo cenário, reprogramamos um novo molde enquadrado, com a intenção de juntos somar, estar e amar...
Amar até a cura encontrar.
Cura essa da nossa espécie viver para sempre.
Á nos, aos nossos filhos e a nossa geração toda.
A.C.
Se fosse o cantar, ao invés do falar, os Baianos seriam os cantores mais românticos. Pois cantariam as musicas lentas para se dançar.
'A única preguiça, que nós baianos temos, é o de não bajular os sudestinos, os sulinos e os estrangeiros 'tendenciosos' e 'espertos das ideias obscuras' e a mania de 'superioridade doentia arcaica e 'burrra' com tres erres...'. Na moral, da uma preguiça da zorra... Fora isto tudo segue como tem que ser, na rotina do trabalho, dos estudos, do social e de tudo, que temos direito. Nós não temos a culpa, de ter após as nossas rotinas, o poder e o presente de apreciar a nossa maneira: o som e a arte do nosso por-de-sol, do mar e de todas as nossas essências humanas. Temos alegrias, logo somos felizes e não apenas vivemos a base de felicidades datadas, muito embora tentarem nos emprestar o mergulho no 'Estresse', não queremos isto, pois já mergulhamos na paz de cada dia e de cada mar, que há a nos banhar.
Minto, pois existe e ocorre a segunda preguiça, que é o de não ficar tentando imitar 'os estranhos sotaques de fora' para sentirmos superiores. Quando alguém nos imita e/ou nos irrita retardamente, nem queira saber o que pensamos, mesmo com sorriso na face, afinal apenas o identificado abobalhado é entregue a quem é de direito...''
Aprendi com os baianos que toda preguiça é pressa, assim como toda rede embaixo de coqueiros pode ser um bólido da F1.