Poema do Filme em seu lugar
É com o coração pesado que deixo vocês. Dei a vocês tudo o que tenho. Minha juventude, sabedoria, saúde, beleza e esperança de um futuro melhor.
Eu invejo a sua liberdade e o seu coração obstinado. Você é destemido, faz o que quer e não responde a ninguém.
Você está lutando contra quem? O sistema? Ele é como a radiação. Invisível, sempre presente e eterno.
O caso envolve muitas pessoas, pessoas com muito a perder! (...) Só podemos confiar em pessoas que conhecemos!
Todos nós tínhamos um pequeno sonho. E quando se tratava de sonhos, a gente tinha que continuar ralando.
Tivemos que afirmar nossa dignidade com pequenos detalhes. Pequenos detalhes que dizem ao mundo que não somos invisíveis.
Sempre que eu tenho uma crise de pânico é como se eu fosse um saco de bolinhas de gude que alguém roubou e, na fuga, deixou cair. Pra que eu funcione, as bolinhas têm que se juntar. Mas juntar essas bolinhas não é tarefa fácil.
Eu tenho medo da pia, do ralo, dos azulejos, da calçada. Das criaturas que se levantam de manhã e seguem vivendo.
Eu quero ser uma adulta. Funcionar como uma adulta e ter uma vida normal. Mas eu amo demais! Eu sinto demais! Eu sofro demais!
Você está afundando cada vez mais. E puxando os outros com você. É uma ilusão achar que está quase conseguindo.
Em vez de ajudar, seu orgulho está te derrubando. Faz você achar que pode mais do que é humanamente possível.
A verdade é que no futuro ninguém vai estar nem aí se você foi popular na escola ou não. Pena que eu ainda não cheguei no futuro.