Poema de um Homem Apaixonado
O cientista não é o homem que fornece as verdadeiras respostas; é quem faz as verdadeiras perguntas.
Só um sentido de invenção e uma necessidade intensa de criar levam o homem a revoltar-se, a descobrir e a descobrir-se com lucidez.
O homem vê a mulher como se estivesse num frigorífico: um pedaço de nádegas, olhos grandes, cabelos pretos, seios fartos. Ele enxerga a mulher aos pedaços.
O homem é o único animal que ri e chora, porque é o único que se impressiona com a diferença que há entre o que é e o que devia ser.
É ridículo para um homem criticar o trabalho de um outro se não se distinguiu pessoalmente na mesma realização.
A filosofia por trás de muita propaganda é baseada na velha observação de que todo homem é na realidade dois homens — o homem que ele é e o homem que ele quer ser.
O homem é um ser que se criou a si próprio ao criar uma linguagem. Pela palavra, o homem é uma metáfora de si próprio.
A necessidade geral da arte é a necessidade racional que leva o homem a tomar consciência do mundo interior e exterior e a lazer um objeto no qual se reconheça a si próprio.
Grande parte dos maiores males que o homem tem infligido sobre o homem surgiu de pessoas que se sentiam absolutamente certas sobre algo que, na realidade, era falso.
Nada há de mais belo e legítimo do que o homem fazer o bem e como deve ser, nem ciência tão difícil do que saber viver esta vida bem e naturalmente; e, de todas as nossas doenças, a mais terrível é desprezar o próprio ser.