Poema de Paixão
O coração é como o amor
de olhos abertos ou fechados
ele vai...
sem saber se é certo, se é errado
ou se um dia, chorará a dor...
Perdido estou
Aonde foi?
Aonde foi que eu me perdi...
Seria ao olhar no fundo de teus olhos
Reluzentes como o brilho das estrelas.
Seria no tocar de teus lábios
Mais doce do que favos de mel.
Seria ao contemplar a tua face angelical
Cujo encanto eu não pude resistir.
Seria ao segurar as tuas mãos
Cuja delicadeza tocou meu coração.
Certo estou de que tudo isso
Não são mais de que atributos
Que a torna tão perfeita e especial para mim,
Mas eu me perdi
E perdido estou mesmo
É de amores por você.
Edney Valentim Araújo
Teu coração de flor,
Se fez petrificar.
Para fugir as ilusões,
Que lhe sentia talhar.
Tinha a ressaca de amor,
Como de álcool ingerido.
Foi fundo em gente rasa,
Rasgando de inocência.
Jogou-se frente a dispersão,
Mostrou a transparência.
Afoita ao correr risco,
E testar limitação.
Da vista de um precipício,
Toda liberdade é sensação.
Pintura
Sem forma e sem tons
Modelo ou moldura
Que limite os teus contornos,
Tua formosura
Em meus olhos se formam.
Nada vejo em ti
Que não se aperfeiçoe em meu coração.
Vazio sentimento esse
Que se enche em emoções
Transbordando do querer-te em mim,
Onde sem você eu já não sou mais eu
Para me tornar tudo em ti, e por você.
E nesse quadro sem pintura
A obra mais valiosa
É o meu amor por ti.
Edney Valentim Araújo
Eu não sei como o cupido me flechou
Eu só sei que estou apaixonado
E enlouquecendo de amor
Um amor tratado
como fruto de um sentimento
Quem não teve, aguarde,
pois terá o seu momento
Quando me pego parado
Fico ate me perguntando
De onde será que vem o sentimento soberano?
Que a gente não consegue controlar
Isso é pra durar, amor
Se é pra ficar, ficou
Se a gente combinou, valeu
Isso é pra lembrar
Que o meu amor é todo seu
Enleio
É alguma coisa em você,
Eu sei...
Eu nem gostava de estar na fila,
De andar pelos vãos e corredores,
Então eu não sei...
Mas suspeito que são seus olhos,
A sua presença
Ou talvez algum lapso de memória,
Daqueles que acessam nosso subconsciente,
Onde as imagens ficam guardadas,
Que me faz ter esse apreço.
Por alguns minutos...
Na fila do jantar
Ou sentado com as amigas,
A gente conta coisas da vida,
Mas a vibração e sintonia
Fica toda ligada em seus
Traços...
Isso que escrevo agora,
Nem sei porque escrevo,
Mas saiu assim,
Sem jeito,
Sem ao menos me dar conta.
É esse efeito, estranho...
É alguma coisa em você,
Eu sei...
Acho que são mesmo,
Seus olhos...
Quando minha alma sorri
Queria eu
Ser como o vento
E ir ao teu encontro,
Bailar em seus cabelos,
Tocar seu rosto,
Fazer virar as páginas do seu livro
E fazer parar
Onde as palavras possam indicar
Que eu estou aqui,
Admirando-a,
Como se tivesse numa planície calma Onde só se vê
Os traços belos da paisagem.
Porém,
O vento nunca encontra o seu destino...
Está sempre a bailar por aí,
Indo e voltando,
Surgindo e se esvaindo.
Pensando bem,
É melhor ser eu mesmo.
Ao menos assim
Estarei aqui todos os dias,
Por um tempo,
Tendo a chance de sorrir na alma
Por alguns momentos
Quando te vejo.
Sempre que te vejo...
ela trazia o sol no olhar
e o luar quando sorria.
e eu...
nunca mais soube do chão.
aprendi então, a caminhar
sobre um rio que dela nascia
que se abre sobre o mar...
onde corro e toco salpicos
como se a chuva me tocasse
e como gaiato que vive do ar
espero que me olhe e sorria.
e ganho o dia...
...ganho o sol e o luar.
Uma carta à minha amada
Escreverei uma carta,
Uma carta à minha amada.
Quê direi eu ao meu bem querer,
O quê lhe farei conhecer do meu amor.
Falarei da beleza e o perfume das flores.
Sabe ela que és a mais bela e perfumada entre as flores desejadas,
E o cheiro do teu corpo
Em muito excedem as fragrâncias puras e raras.
Falarei do brilho das estrelas.
Sabe ela que a luz dos teus olhos
Iluminam os sonhos meus
Mais do que farol na escuridão a guiar perdidas naus.
Falarei de teu sorriso envolvente.
Sabe ela que me alegro no teu riso
Mais de que a menino inocente
Contemplando teus presentes.
Quê direi eu a minha amada?
Que meus braços em abraços
Só a ela se entregam.
Quê direi eu que não saiba minha amada,
Falarei eu da minha angustia e dor ansiando o seu amor,
Ou direi apaixonado que espero ser o seu amado.
Uma carta escreverei,
Uma carta à minha amada...
Uma carta aclamada à minha amada.
Edney Valentim Araújo
Sozinha e solitária em um imenso jardim
Quem diria que seria assim...
Com sua cor vivida do amor, escarlate da mais bela flor
Permanece intacta, trazendo vida e destaque deste mais belo verde e florescente jardim!
Permanecem juntos e intocáveis, porém nunca separados
Levando consigo a mesma essência avassaladora do amor,
da vida, do sabor,
Compartilhando juntos a mesma terra, a mesma água,
os mesmos sons que embalam ao redor de ambos...
Fazendo da mesma sintonia a melodia do amor!
“ Os traços perderam-se no caminho
posto que no começo era forte o tom
ao final, via-se apenas o pergaminho
e foi apagando também a saudade
antes raridade, brilhante
agora apenas um eco distante
seus aços mataram tudo
os passos o seguiram
até o horizonte desaparecer
o seu cheiro foi sumindo,
quase sem querer
morreu dia após dia, sentimento e paixão
semelhante aos compassos finais da música
definharam
os traços hoje são inexpressivos
apenas deixaram a dúvida do que realmente se viu
se tudo fora miragem
ou faltara coragem
de entender que você nunca chegou,
nem partiu
e na verdade foi apenas um sonho
que nunca existiu…
O tempo
Do tempo em que eu vivi
Ao tempo em que eu vivo
Para um tempo mais viver.
Um tempo no tempo,
Um tempo que parou o tempo
No instante tempo em que te vi
Ao tempo que por tempos viverei.
O tempo que eu não tinha
Tentando ter um tempo,
Um tempo com você
Um tempo com momentos pra nós dois.
E nesse tempo em que eu procuro
Ao tempo que virá a cada amanhecer
Todo tempo que terei
Será tempo de me entregar ao teu amor.
Edney Valentim Araújo
Por quê
Por que brilhas de felicidade
Só de ver a minha amada?
Ó olhos meus!...
Por que pulsas acelerado
Em meu peito a palpitar?
Ó meu coração!...
Por que flutuas leve e solto
Lá nas nuvens a sonhar?
Ó pensamentos meus!...
Vá de encontro a ela...
Ficarei a só por um instante.
Vá se encher do seu amor e esbaldar-se de alegria.
Está tão perto a minha amada
Que sinto até o teu calor.
Saiba dela o que pensas e se aqui me viu passar.
Edney Valentim Araújo
Maldito movimento impetuoso da alma,
Não dá paz e nem acalma.
Nos faz ficarmos ‘drogados’ do nada,
É a paixão, esse negócio que invade,
Que permeia ou afaga,
Sempre em nada: acaba.
Se vendem remédios,
Façam o favor, por favor,
De providenciar logo
Um que mate o amor!
Já penso isso a tanto
Tempo meu senhor.
(24/12/2017)
Odeio o tanto faz.
Pois eu tanto fazia, e você no tanto faz.
Esse tanto faz seu, não deixou a gente viver o tanto que seria.
Impossível não se machucar com os espinhos nas flores.
Mas, o importante é que amamos mais as flores e isso fará com que possamos suportar as dores causadas pelos espinhos.
Pois, quem ama flores, não desiste delas por causa dos espinhos.
Só em mim
Seja a vida testemunha
Da minha vida em tua vida
Quando em ti
Se encontrar o meu amor.
Entrarei nos teus jardins,
Tocarei a tua face.
Deixe-me olhar nos teus olhos,
Bem perto dos teus olhos.
E neles eu veja o amor
Que por tanto tempo
Esteve só em mim.
Edney Valentim Araújo