Poema de Pablo Neruda Crepusculario

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Hope

Você sou eu, ‘você’ somos nós, somos nada,
Se refere a mim, a você, a um todo..
Mas o que significa? um nada coletivo!
Comparado a imensidão do universo a fora,
Tão insignificante… quanto um grão de poeira,
Comparado a Você, comparado a mim, comparado…
A todos nós, no fim das contas, não somos nada,
Mas podemos ser o que quisermos ser,
Enquanto ainda temos escolha,
Enquanto ainda vivemos!

Inserida por Avalluse

T:me

As horas, lhe servem para que?
De nada me serve as horas,
Apenas como um lembrete, de meus afazeres
Tanto se passa, muitas vezes sem perceber
O tempo que se gasta, a vida a viver
Momentos, minutos, segundos, milésimos
Vivendo sem saber, vivendo sem o por que
Apenas vivendo por viver. Vivendo, Claro
Penso, logo existo,
Existo vou viver,
Não penso mais nisso,
Até por que, as horas não me servem,
Me escraviza, numa certeza universal
que todos temos, um fim que sabemos,
Uma hora ira chegar, o que tanto tememos…
pois bem, aproveite enquanto temos!

Inserida por Avalluse

Pés no chão

Nós temos os pés no chão
voando alto querendo mais;

chega a ser absurdo
as vezes sem noção;

baseado em algo que queremos
e pretendemos para essa vida;

mas sempre tenha razão
e mantenha sua convicção
façamos tudo com determinação;

pois nada é impossível
tudo tem seu tempo
todos também tem
cada um e cada qual no seu;

tempo de inicio, tempo de duração
tempo de partida, tempo de termino
aproveite tudo isso;

pois não somos eternos…
não neste plano.

Inserida por Avalluse

Sintonia

perdi a sintonia, fiquei longe de mim mesmo;
descansando sob o cansaço,
que aos poucos ia me retendo;
passei por vários locais, vagueando em minha mente;
sonhos lúcidos me acordaram,
memorias antigas me conteve;
resoluções do passado me fizeram abrir os olhos agora;
como tem de acontecer quase que sempre;
acordei em meio a noite, me senti tão triste e vazio;
porém era um sentimento irrelevante;
eu não sentia nada, porém o mundo chorava;
pois logo em seguida começou a chover;
as duas da madrugada… uma sintonia;
assim por dizer.

Inserida por Avalluse

Ganância?

meu pecado é não ter ganância
deixando de lado as coisas
não dando a devida importância
buscando algo no qual nem almejo,
não preciso de nada, eu nunca desejo
meu defeito é dar importância demais ao desnecessário
e ao necessário transformar num ‘tanto faz’
me contentando com as coisas mais simples,
descontente com oque já tenho
arrependido por tudo que perdi
pois seu valor esta na ausência.

Inserida por Avalluse

Miragem

me olho no espelho,
sempre olho mas nunca me vejo,
presença ausente de um reflexo
uma miragem de mim mesmo,
me enxergo diferente
não me vejo como você me vê,
sou sincero, ás vezes não me acho merecedor
minha modéstia assume controle
excedendo sempre o limite,
me auto sabotando
mas isso de nada adianta
pois são apenas reflexos,
reflexos de um pensamento.

Inserida por Avalluse

Anestesia

Eu sinto tanto, que as vezes não sinto nada
uma bipolaridade transitória que as vezes vem
sinto nada quando nada tem
sinto tudo quando tem alguém
uma anestesia que ao terminar se auto recicla
fazendo eu a sentir, porém não me importar
pois quando ela vem, é quando não convém
as vezes sinto que não sinto nada
as vezes apenas sinto e logo sei.

Inserida por Avalluse

Insônia

Minha querida insônia,
do que me serve?
Pra que me tens?
Minha querida insônia
me faz de bobo
me mantém refém;

Brinca com meus pensamentos , sonhos e pesadelos ..
trazendo a tona até o que um dia foi real para meu lado surreal
apos os olhos fecharem..
minha querida insônia que vem me acordar me fazendo pensar,
refletir e escrever por mais ruim que seja até lado bom pode ter…

Minha querida insônia que me tira como lazer,
me faz de moradia, reluta meu obedecer ..
minha querida insônia,
brincando com meu ser
não me deixa adormecer.

Inserida por Avalluse

TRIGÉSIMO PRIMEIRO HEXÁSTICO


para o homem o que é do homem:
‒ sua fraqueza e fragilidade ‒
Para o ser toda a eternidade
‒ toda potência de vontade ‒
o homem é um pobre coitado
ser é um sujeito iluminado

Inserida por joao_batista_do_lago

DESPERTAR DO SER


De João Batista do Lago


Sinto o desespero dos sujeitos
que se desgraçam em seus desejos,
que se perdem no lodo de suas verdades,
que se encavernam em suas culpas,
que se morrem sem a possibilidade do renascer!


Esses garimpeiros de desejos
são profetas cosmológicos insanos,
enclausurados em suas distopias seculares;
pouco sabem da potência da força
que lhes podem transformar em demiurgos!


Plenos de suas verdades seculares
subjugam o outro sob o canto do amoral,
arrastando massas para o sepulcro abismal
sob o em riste da espada ditatorial,
que degolará qualquer mente que não se pretenda igual!


Ó irmãos de culpas várias e impostoras,
Não vos acomodeis com o jugo opressor,
Não aceiteis as sombras como realidades únicas,
há, por certo, força luminosa em vosso corpo
capaz de livrá-los dos proféticos grilhões


(Aí, então, sabereis do novo renascer e
aprenderás que a única liberdade possível
é a liberdade que te permitirá demiurgo do ser.)

Inserida por joao_batista_do_lago

TRIGÉSIMO SEGUNDO HEXÁSTICO


nada existirá além de ti
retornarás para ti mesmo
caso pretendas a verdade
toda estética do sujeito
mora no teu poema profundo
versos que transcendem o ser

Inserida por joao_batista_do_lago

TRIGÉSIMO TERCEIRO HEXÁSTICO


A loucura da pós-verdade
imanta mentes toscas… líquidas
sem formas descem rios de nadas
única ação: ser a manada
que logo será consumida
pelos algozes comensais

Inserida por joao_batista_do_lago

ALMA DE SÍSIFO


De João Batista do Lago


A noite é fria…
Gélida!
O espelho esfumacento
não me revela
nesta fria noite… fria.


Algo dentro de mim
grita feito besta fera.
Ouço-o.
O lamento é lúgubre
e lúgubre é o meu lamento!


Feito Sísifo
desço a montanhosa noite
refazendo meus pensares.
Amanhã terei que rolar a rocha até o topo!
Renascerei ou mais um dia morrerei?

Inserida por joao_batista_do_lago

TRIGÉSIMO QUARTO HEXÁSTICO


silencia o choro do espírito
todo lamento gera treva
tuas sombras não são realidades
são ilusões da mediocridade
geradas pelo te’universo
prenhe de tua sabedoria

Inserida por joao_batista_do_lago

TRIGÉSIMA QUINTO HEXÁSTICO


ouve a nostalgia do paraiso
ela é prenhe de imagens puras
nela haverá mil sorrisos
nenhum deles será concreto
nenhum imaginador puro
todos capazes no escuro

Inserida por joao_batista_do_lago

TRIGÉSIMO SEXTO HEXÁSTICO


vê… rosas multicoloridas
estão novamente nascendo!
todas as praças estão sorrindo
há nova esperança surgindo
em cada jardim florescendo
cada pétala é liberdade

Inserida por joao_batista_do_lago

TRIGÉSIMO SÉTIMO HEXÁSTICO


Resgata teus mitos e símbolos
traze-os ao limiar da consciência
a imagem é tua plenitude
resgat’a dimensão existencial
perdida nos vales modernos
serás pois espelho de deus

Inserida por joao_batista_do_lago

Procurando a cura do mundo, em um só segundo.
Mas me sinto seguro aqui atras do muro.
Me debruço e seguro, o que gritaria ao mundo.
Eu já não aturo, qualquer vagabundo
que se acha dono do mundo
por possuir o ouro de tolo
que desvaloriza o outro
por ter dente torto, e não de ouro.

Inserida por JoiceMichalak

TRIGÉSIMO OITAVO HEXÁSTICO


Queira pois o Tempo e o Sem-Tempo
“Ksana” é momento favorável
hierofania do ser sagrado
iluminação dos opostos
no espaço do contraditório
produz ser e sabedoria

Inserida por joao_batista_do_lago

TRIGÉSIMO NONO HEXÁSTICO


esquece da morte profana
transcende-te a ti tão somente
verás que do eterno retorno
tua ossatura será outro verbo
após livre da mundidade
toda vida é sabedoria

Inserida por joao_batista_do_lago