Poema de Pablo Neruda Crepusculario
Em meu sonho era linda como uma rosa
Mas quando te vi, não acreditei
Simplesmente mais do que formosa
É mais bela do que imaginei
Na minha imaginação ouvia uma voz doce
Mas quando te ouvi, criou-se afeição
Logo me despertou o romance
Pois sua voz me acalma o coração
Em meus pensamentos, vi o sorriso irresistível
Mas quando percebi, já tinha me apaixonado
É indescritível
Pois seu sorriso me deixa animado
Agora, o mais impressionante
Sua bondade
Feliz é aquele que a recebe
Agora, o mais interessante
Seu amor com o próximo
Bem-aventurado é aquele que o tem
Agora, o mais importante
Seu nobre coração
Afortunado é aquele que o reside
Lembro-me de quando a vida
me acertou a primeira rasteira,
a morte de alguém importante.
Que coisa mais irritante,
andar de bar em bar
tentando encontrar
um pouco de quem partiu
em goles lentos e objetivos.
Que coisa mais incoerente,
tentar sanar um enorme buraco,
abrindo outro maior ainda.
É aí que as coisas costumam
sair do controle e a correnteza
começa a te empurrar
contra as rochas, te seduzir ao fundo
com promessas de lindas donzelas
que provavelmente nunca existiram.
Roney Rodrigues em "O laço da confusão"
Por tanto tempo
eu olhei suas fotografias.
Acariciei a pele do papel,
colei sua foto no meu travesseiro
na esperança inserir você em meus sonhos.
A eternidade que passei aqui
fez meus olhos arderem
e desregulou meu coração.
Segurei suas fotos junto ao meu peito
como uma criança faminta
segura um prato de refeição,
como um astronauta aposentado
admirando de longe a lua
que um dia lhe pertenceu.
Roney Rodrigues em "Câmara escura"
Meu bem,
não deposite suas fichas
em mim.
Sou feito
das mesmas matérias
desse solo,
e corro o risco de ceder
com a chegada
do mau tempo.
Roney Rodrigues em "Deslizamento"
Pássaro preso
não canta, lamenta.
Coração acorrentado,
não bate, só vibra.
Roney Rodrigues em "Cativeiro"
Ele escolhe a solidão da praça
para acalmar a mente (inflamada).
O amor, essa desgraça
que tende a se envergar,
ao ponto de estourar,
ao ponto de estragar.
Ela fita ele à distância,
atravessa a rua, apressa os passos.
Ela evita todo tipo de laço,
Foi condenada em primeira instância,
a viver reprisando o gosto dele
todo dia, em todo lugar.
Roney Rodrigues em "Réu"
Meu passo torto e trêmulo,
minha camisa mal passada,
meu tênis sujo,
pedaços de vidro
chovendo do céu,
tudo é tão ruim,
quando não me visto
de você.
Roney Rodrigues em "Intempérie"
A rosa já murcha
perdeu sua voz de clarim.
Pétalas derramadas,
vestida de espinhos,
caiu bem longe do jardim.
O aroma se foi,
a tormenta alcançou a mente.
Ela implorou por carinho,
mendigou pra muita gente.
A sujeira grudou na roupa,
na mente e no coração.
A rosa descobriu aos poucos:
a beleza é nada
além de aflição.
Roney Rodrigues em "Alameda das Rosas"
Lembrei do seu abraço apertado,
falhei ao te manter longe
dos cacos da minha memória.
Hesitei ao apagar
os teus registros de mim.
Não quis jogar
fora teus livros.
Aquele poema de Drummond
que você narrou pra mim
ricocheteia no
fundo da mente e vem
atormentar
meu gole de cachaça,
meu último gosto de amor,
o começo
da minha loucura semanal.
Roney Rodrigues em "Brain Damage"
Faltou algo no meu céu,
o brilho de estrelas mortas
levando anos luz para me acertar.
Eu fico vagando por aí,
sendo golpeado por meteoritos,
cometas e
olhares apaixonantes.
Em uma noite de céu turvo,
olhei no fundo da sua galáxia,
na profundeza que é você,
eu soube nesse instante:
Seu abraço seria meu:
Seu corpo, minha morada;
Seu carinho, a chave dessa jaula.
Eu vou chegar perto da sua pele,
vou me encostar, vou me perder.
você sempre soube,
estive doente aguardando
a cura cair do céu.
Me tornei dependente desde que
me mudei para o seu sorriso.
Em dor eu sempre ofereço:
Meu corpo ao seu lazer;
Minha poesia à sua memória.
Roney Rodrigues em "Lágrima Láctea"
Eu dirigia na estrada da vida.
Lembro que a tempestade rugia lá fora.
O pavor era vibrante, o medo era palpável.
Eu guiava com cautela e temor
sempre a vigiar o retrovisor,
Lia com atenção as placas.
Ao entrar na curva do teu corpo,
eu virei o volante, o corpo não respondeu.
Os pneus não tiveram aderência, eu capotei.
Os estilhaços, o horror,
a dor de saber tarde demais
que o melhor a fazer era ter esperado
o mau tempo passar.
Roney Rodrigues em "Aquaplanagem"
Daqui não toco o mundo,
Observo-o passando
Lenta e vagamente
Diante dos meus olhos.
Sonho com a vastidão
Do universo, alcançar
O céu e tocar as estrelas.
Fazer viagens, crescer e
Alcançar, conquistar
E retornar ao berço,
Minha terra, meu lar.
Esse é o meu pequeno
Mundo, meu quarto,
Minha casa iluminada
Por luzes artificiais e
A segurança de uma
Noite qualquer trancado
E amparado pelo silêncio
Vazio de uma pequena
Cidadezinha do interior.
É primavera penso. Mas,
Sempre fica algo lá no
Fundo, um resquício
De outros outonos. E
Sempre me recordo
Das paixões que não
Vingaram, dos amores
Que não brotaram e
Dos romances que esfriaram
Por falta de calor. É ninguém,
Nem mesmo o amor,
Resiste a tantos invernos
Batendo no peito, no
Coração e na alma.
Provavelmente você nunca lerá o que vos escrevo,
isso me aperta o coração.
Acordar pensando em você tem sido um exercício diário,
ao qual me dói repetir.
De repente, suas férias estão sendo agitadas, ou piores que a minha,
afinal, o que uma princesa faz nas férias?
Um súdito chamado moral vigia-te,
até quando tentas ignorar-lhe, ele estará ao teu lado.
Por coerção dos que te rodeiam me deixastes de lado,
e mesmo assim ainda estou aqui, pensando em você.
Nos meus devaneios, lembro-me da garota linda que me fez feliz,
daquela que prometera está disposta a amar-me por reciprocidade.
No afã do meu dia a dia tentei criar forças para reconquistar-te,
tentativas em vão, isso não me deixa triste,
pois quem ama é capaz de sentir felicidade ao saber que o seu amor está bem.
Se um dia, no alto de vossa humildade, lembrar de mim,
saiba que espero-te de volta, e se não quiser-me, saiba que estarei feliz em saber,
que você estará feliz.
-Lucas Ben David
Escolhi palavras sábias, sábias de coração. Passei a escrever uma melodia uma bela canção.
Dediquei a ela, sim de todo o meu coração.Mas será ela a dona de meu coração? Eis a questão!
Como saberei, ó meu coraçao ? Terei que contar esse segredo bem guardado, que em meu coração estava fechado!
Falar do meu amor a ela, pois com ela todos os dias tenho sonhado.
Ela faz parte do meu dia, e a cada instante a tenho guardado nos meus pensamentos.
Meu amor não mais ficará em silêncio. Gritarei bem alto, o que sinto por ti neste momento.
Eu te amo, queres viver um sonho comigo, e ser feliz nesse amor infinito ?
Diga que sim amada, pois sem teu amor nao serei nada
Te amo vida minha, e nesse poema a ti me declaro.
Te amarei pra sempre, e nada nesse mundo fara com que meu amor por ti - como uma chama ardente - seja apagado!
Tem uma formiga nas teclas do meu teclado...
passeando, entrando embaixo...
Sai, sai formiguinha...,
não quero outro trauma na vida!
Formiguinha venenosa
Não faça-me, a picada tua,
amar assim tão facilmente
a personalidade de outrem!
Pare de atrapalhar enquanto componho!
Saia do pentagrama
Deixe minha máquina de escrever em paz...
Sai, sai formiguinha...,
não quero outro trauma na minha vida!
A por A por causa do A (1)
Amável é
Aquela que deve ser amada
Por ser totalmente digna de amor,
Amor do rapaz viril que a acompanha,
Amável Amanda amada é puro amor
Os cabelos escorridos por artifícios
Os olhos brilhantes, narciso
O sorriso provocador de armistícios
Trejeito que divinizo
Sentir que abalizo
Quem tanto sente,
Mesmo ausente,
Sente presente
De forma incoerente
Este sentimento inconsciente
Talvez consequente
Das brincadeiras do coração
Resultado:
Rosto corado
Pedido realizado
Aliança na mão,
Brincadeiras do coração
Mãos entrelaçadas
Beijos roubados
Beijos cedidos
Brincadeira do dono
Dono do coração
Ela sorri
Ele sorri
Nós sorrimos
Eles sorriem
Eles sorrirão
Vós sorris
Tu então sorrirás
Provocados pelas brincadeiras do coração
Brincadeiras do coração
De uma amável Amanda amada
Que é simplesmente puro amor
E que este Rosário
renda-me a benção Buarque:
De Sérgio, Chico e Aurélio,
Cérebro ataque e se encharque
Apreciar é um dom
Observar uma habilidade
Descrever é talento
.
Qualquer um pode fazer
eu só descrevo tentando fazer poesia,
é facil como maresia
;
Mas pra quê?
Que hei de fazer com tanto verso
Onde ponho tanta prosa
,
Se olhos apressados como a corsa
Passarão e não verão
Como a brisa não enchergarão
!
Era pra ser curto,
mas não deu
Bastava ser simples pensar,
mas cresceu
Era crônica,
tirinha,
verso solto...
Virou prosa
e dedo de conversa
Fiquei cor-de-rosa
e em ti imersa
Imerge em mim
Deixa-me subverter
os teus sentidos
Deixa passar esta manhã morosa