Poema de Pablo Neruda Crepusculario
Fale com todo mundo
Não se importe comigo
Me deixe aqui sozinho
Curta seus amigos
Porque eu sou só mais um
Nosso tempo é finito
Quem realmente vale
Você mostra
Quem sou eu
Na sua novela?
Porque um figurante
Não tem nem fala!
É divertido zuar assim
Os de verdade
Estão aí
Contigo agora
Em todo lugar
E o figurante, não vai nem falar!
Já marinhei
Já marinhei minha inocência, sonhos e metáforas.
Já marinhei amores, abandonos e desamores.Já marinhei escolhas, estudos e trabalho.Já marinhei ideologia, filosofia e religiões.
Já marinhei o meu destino de gado, escravo e de legado. Já marinhei indo e cá e vindo de lá, por muitos mares eu já marinhei. Já marinhei até as partidas dos vivos e as chegadas dos mortos. Já marinhei minha dor e a da dor meus sentimentos, marinhei.
Já marinhei a pedra que esculpe a água e as ondas que esculpem o mar. Já marinhei a saudade que nasce aqui e a que vem de lá. Já marinhei da terra meu mar. Já marinhei sem saber marinhar.
Hoje é o mar quem me navega. É ele quem me ensina a marinhar. E nessa prece, marinheiro na morte reza olhando o mar.
Deixa-me aqui. Nasci para ser assim: sozinho no mar que habita em mim. Pois quando não sou eu quem me navega, é Capitão Pedro. E neste marejo, o Caboclo Tupinambá, que na terra em uma aldeia, me trouxe o mar.
Escuta
Edson Cerqueira Felix
16/02/2019 15:27
Queria eu que tudo fosse diferente
Que o amor não estivesse ausente
Que ausente não ficasse
Que só a voz do coração falasse
E que os gestos das pessoas
Os demonstrasse
E com voz alta, falasse
A arte transcende a moralidade e nós artistas, não devemos levar em conta a moral e a ética, porque ao nos preocuparmos com essas questões, acabaríamos com a essência da própria arte, pois tudo o que fazemos é em nome da liberdade. Quando escrevemos, compomos, pintamos, desenhamos, esculpimos, coreografamos ou fotografamos, estamos libertando a nós mesmos e a outros que se identificam com as nossas criações, pois nós dizemos o que muitos não tem coragem ou não podem dizer. Damos voz a todos os que se sentem oprimidos e esquecidos. A arte une pessoas e mundos, e é por isso que não podemos nos dar ao luxo de seguir regras ou importarmo-nos se nossas obras são morais ou imorais, normais ou estranhas. E terá momentos em que acabaremos pagando o preço por isso, mas não importa, porque a liberdade não tem preço!
Podem nos odiar ou nos amar, nos criticar ou nos elogiar, podem até mesmo nos perseguir, que continuaremos a gritar em alto e bom som, o que é preciso ser dito e escancarado. Doa a quem doer. A arte não tolera tirania, e nenhum artista deve ceder a ela.
A arte é vida, é coração batendo, mente voando livre! A arte é um Condor, em seu mais majestoso voo, seguindo livre, soberano e independente!
Poemas inacabados
Capítulos não finalizados
Histórias interrompidas
Finais sem adeus
Promessas descumpridas
O desvanecer de quem as prometeu
Romance sem final feliz
A velha frase que diz:
"Talvez tinha que ser assim"
Os ideais desfeitos
A sombra do por vir
Que vem cheia de medo
O vácuo entre o irreal
E o concreto
Me ofereça um gole de lucidez
Por obséquio
Para que eu entenda os Porquês
Do que era feito e se desfez
Olhe-me nos olhos mais uma vez
E me diga o que se fez
Do amor que era eterno
Mas que findou nesse terrível inverno
Olhe-me nos olhos mais uma vez
Diga que é o fim
Me beije nos lábios
Me faça sorrir.
a vida é enfado. é verdade.
parece que nunca, no fundo, a gente tá feliz e satisfeito
tem sempre algo querendo mais
diferente
maior
menos
tanto faz.
e talvez seja por isso que Deus colocou aqui dentro o desejo pela eternidade.
é o coração com saudade de casa.
mas no meio do caminho de volta, a gente ganhou a capacidade de se deslumbrar com a beleza das coisas simples ao nosso redor.
e é certo que, talvez, a gente pode não ter sido feito pra grandes acontecimentos
e sim, pro corriqueiro, pro banal, pro dia a dia.
porque a verdade é que mesmo a beleza dessas coisas simples
são profundas demais pra gente pequena como a gente
Vivo por viver,
Pensando no que vou fazer,
Sabedoria me anima,
Me faz entreter.
Vivo fazendo rima,
Pra ver onde vai dar,
Saudade tenho ainda,
Do grande e belo mar,
Na vida tive sorte,
Outros acham que não,
Já levei alguns cortes,
Mas olha a questão.
Estava a falar bobagem,
Na dita ocasião,
Parece sacanagem,
Mas é verdade meu irmão.
As vezes sem assunto,
Me vejo em algum lugar,
Muitas vezes lhe pergunto,
O que lhe vem a faltar?
Olho pra árvores,
Vejo o infinito,
Já fui em muitos lugares,
Muito bonitos,
Participei de tanta história,
Que as vezes me pergunto,
Pra onde vai tanta memória?
Que eu tanto junto.
Talvez vá para a glória,
Aonde desejo ir,
Ou fique só na memória,
Parado bem aqui,
Minha mãe brava lutadora,
Se foi embora,
Era minha professora,
E nessa hora,
É que entendo,
O valor de uma família,
As vezes lamento,
A falta da partilha,
Vivo sozinho,
Numa casa grande,
Tentando ser bonzinho,
Sempre constante,
Olhando os passarinhos,
Fico radiante,
Em seus ninhos,
Vivem contagiantes,
O silêncio me acalma,
Me leva a meditar.
As vezes alcanso a alma,
No desejo de me entregar,
No rio que vai pro mar,
Água doce tem demais,
Sinto que o ar,
Nos sopra de frente e de trás,
Gostaria que mudasse,
Que refletisse,
Que perguntasse,
Por que disse?
Que quer mudar?
Se saudade lhe pertence,
Dentro da vida,
Em todo lugar.
Hoje acordei,
Pensando na vida.
Sempre te falei,
Minha irmã querida.
Que valor da vida,
É muito maior,
Uma rua Flórida.
É sempre melhor.
O dia raiou,
Você entendeu.
O que Deus criou.
Ninguém percebeu.
O simples espaço.
Que nos absorve,
Nos tornando escassos.
Sempre nos comove.
Isso tudo é o criador.
Sendo onipresente,
Até na bela flor,
É onisciente.
Pra entender o amor,
Basta estar presente.
Seja como for,
Seja consciente.
Passado e futuro,
Nos tiram do agora,
Parece um muro.
Alguém sempre chora.
Por se lamentar,
Ou sorri para um desejo.
Devo te falar,
O que eu vejo.
Pode sentir o ar?
Ou quer menosprezar?
Dá até arrepio.
Saber que podemos respirar.
E um calafrio,
Saber o valor de AMAR.
Fonte de amor,
De PAZ e de luz.
Olha só a flor,
Que plantou Jesus.
Com todo amor,
Carregou a cruz,
Nunca reclamou.
Sempre nos ensinou,
O valor da vida,
Do grande amor.
Da alma sabida,
E da simples flor
Então posso falar.
Jesus quis ensinar.
Agora vc sabe,
O sentido de amar.
O limite da alma
É o fundo da calma.
Que revela o trauma.
Da pequena vontade.
Da Boa amizade.
Da Prosperidade.
E a Alegria de verdade
Simplesmente invade.
A nossa privacidade.
Enchendo de paz.
Desfazendo as necessidades.
Que víamos atrás.
Pequenas memórias.
Grandes reflexões.
Inigualáveis histórias.
Pedidos de perdões.
Só vendo pra crer.
Gesto tão bonito.
Uma flor a crescer,
Com a luz do infinito.
Tudo isso pra crer,
Diante da tristeza.
Nasce o ser,
Da sultil natureza.
Fonte de vida e saber,
Gentil e inesgotável.
Sempre inigualável,
Pra todo aquele que crê.
Uma só realidade,
E Deus de verdade,
Se esconde,
Mas invade.
A soberania,
De um covarde,
A alegria,
Da simples verdade.
E contagia,
Com a mais pura caridade,
Obrigado por ler.
Obrigado por ser,
Um pedacinho,
Do viver.
E com carinho,
Pra você,
Nunca se esquecer.
Que até o passarinho,
Pode entender.
Aprenda com tudo.
Viva a só,
Parece absurdo,
Mas é bem melhor.
E que o mundo,
Te possa ensinar,
E bem lá no fundo.
Na Alegria que há.
Vc possa sentir.
Também manifestar.
A alegria em ti,
De tudo que há.
E que tudo se transforme.
E mude pra sempre.
Que tudo se conforme,
Num gesto benevolente.
A vontade,
E a realização,
Na realidade.
Da pura criação.
Sem vaidade.
Em nossa oração,
Pra encher o coração.
Do todo infinito.
Um dia, em um jardim.
Era de madrugada.
Mal podíamos ver,
O sol que estava nascendo,
Chegando o amanhecer.
A lua já cansada.
Se esconde na enseada.
De noite voltamos a ver.
Amanhece o dia.
O sol brilha radiante.
Todo cheio de alegria.
Tudo fica vibrante,
Parecendo magia.
As flores tão elegantes.
E as rosas que amam o dia.
Despertam e contagiam.
Tudo se envolvendo.
A chegada da paz.
As plantas crescendo,
Deus quanto isso é demais.
As vezes me pergunto?
Por que temos tanta sorte.
E por falar nesse assunto.
Só pra não perder o norte.
Vou te contar uma história,
De um homem em seu viver.
Se não me falha memória.
Vc deve reconhecer.
Era um homem divino.
Mas com alma de menino.
Alegrava todo lugar.
Enquanto tocava o sino.
Ele vivia a falar.
Coisas que eram bonitas,
Ensinando o seu saber.
Como flores e margaridas.
Seu mundo parecia ser.
Deu sermões.
Em noites enluaradas.
Também nos clarões.
Que tinham na enseada.
A história tem muito tempo.
Mas ainda me lembro.
Que se pode encontrar.
Pois até o vento.
E o próprio mar.
Sabendo desse relento.
Onde vc possa estar.
Lhe ensina que a vida.
É bem melhor com luz.
Seu nome era Jesus.
E o que ele mais quiz falar.
Que vida passa de pressa.
Precisa aproveitar.
Pra aprender o que interessa.
Pq poderá lhe faltar.
A aprendizagem real.
Que vem do céu.
Sem nenhum mau.
Tudo isso em prol.
De nós de nosso sustendo
E lembra do sol?
Chegou vamos agradecer?
Essa imensa fonte de viver.
Que sem dúvidas é gigante.
Bom dia, para você...
Bondade universal
O grande dogman,
Gerado pelo Interesse comum.
Forma a mais bela senda do cooperativismo,
Com visão perseverante, em conduzir primorosas ações,
para a fraternidade
e o bem comum.
O júbilo transborda,
E o interessado.
Que por vez, sabe conduzir-se.
Sem regozijos ou desculpas quaisquer.
A luz do sol,
Sempre nos permite,
Algo que em prol,
Dentro de nós insiste,
No reconhecimento,
Do infinito saber,
Basta um argumento,
Pra nos entreter,
A buscar consciência,
Em nosso interior,
Com paciência,
Vencemos a dor,
Espalhando amor,
Por onde for,
Conseguimos driblar,
Todo o torpor,
Da nossa ruindade,
Que nos cega,
Nos deixa em alarde,
Quando emprega,
O EGO sombrio,
Que nos aprisiona,
Nos da calafrios,
Quando desmorona,
Sentimos a morte,
Dessa ilusão,
Que era mais forte,
Nos causando exaustão,
Nos fazendo Perder o norte,
Ficarmos sem rumo,
Por grande sorte,
Voltamos ao prumo,
E lembramos da fé,
Que nos trás de volta,
Para a paz e calma,
Que se refaz dentro do alma,
E nos permite entender,
A razão da simplicidade,
E talvez perceber,
Toda essa sagacidade,
De uma vida,
Sem disputas,
Pode ser sofrida,
Mas alguém sempre ajuda,
E no além,
Talvez nós espere,
Algo do bem,
Que em nós se supere,
O sorriso,
No simples improviso,
De tudo isso.
Quem busca, PAZ tem PAZ.
Quem fala em guerra tem guerra.
Que sorri tem felicidade.
Quem é mau humorado, infelicidade.
Quem ora pelos outros alcança o bem para si.
Quem ajuda, recebe ajuda.
Quem se ajoelha, pode se levantar.
Quem se exalta haverá de cair.
Quem agradece, senti gratidão.
Quem não agradece se perde na escuridão.
Quem pensa em coisas boas.
Livra -se das más coisas.
Quem pensa coisas ruins logo as encontra.
Quem olha pro sol sabe o que luz.
Quem reclama do sol, vive na escuridão.
Cemitério de Pássaros
Era bom viver com os pássaros.
Era como se,
A cada bater de asas,
Você garantisse que voaria mais alto,
E para qualquer lugar, no dia seguinte.
Usando as suas próprias asas,
você iria.
Usando as asas de seus próprios pássaros,
Que nasceram com você,
Que faziam parte de você,
Que te levavam às nuvens...
Lhe traziam liberdade,
Magia,
Confiança.
Mas, à medida que o tempo passou,
Você percebeu que aquilo que os pássaros lhe traziam...
Começou a sumir...
Assim como os pássaros.
E você não havia percebido.
Aos poucos, foram matando seus pássaros.
E conseguiram deixar-te tão absorto
A ponto de não perceber que, na verdade,
Você se tornou um cemitério de pássaros.
Seus pássaros.
Fizeram com que você morresse tanto,
Que você, mesmo sem perceber,
Também foi responsável pela morte de suas aves.
Eles acharam que seus pássaros voavam alto demais,
Demais para a realidade.
As aves precisariam sumir,
Você não poderia voar.
Tiraram-lhe das nuvens,
Trouxeram-lhe ao chão,
Agora, você pode tentar tocar aos céus.
Quando seus pássaros estão mortos ao seu redor.
Sem asas.
Dói.
Dói ao ver o massacre do que antes foi seu.
Dói ao ver que nenhum restou,
Tudo o que restou foi o que você se tornou.
Não há volta para a morte.
Para àqueles que se tornaram,
Ou estão se tornando,
Cemitérios de pássaros...
Crie novos pássaros,
Faça-os sobreviver.
Não deixe que os matem.
Eles são os únicos meios de voar.
Às vezes, nós deixamos coisas passarem despercebidas aos nossos olhos. Talvez, porque não queremos enxergar, porque não querem que enxerguemos, ou porque nossa mente está preocupada com outras coisas.
Alguns não conseguem ver, outros podem ver de relance pelo canto dos olhos, mas decidem ignorar e fingir que nada aconteceu.
Era apenas sua mente pregando peças.
Mas quando um decide parar de ignorar, e abrir os olhos, tudo pode mudar.
Em um dia tão lindo,
E tão especial,
Simplesmente vou indo,
De forma natural,
Para algum lugar,
No infinito,
Para canto tão bonito,
E ali passar,
Como um mito,
A revezar nessa história,
De algo sofrido,
Em algum lugar alguém aínda chora,
Tudo isto fica na memória,
Gravado para sempre,
Nessa humilde trajetória,
De acordar,
Se levantar,
Comer se satisfazer,
E a tarde poder passar,
Para de noite descansar,
E meio a tudo isso poder aproveitar,
Tudo que existe,
Em todo lado está,
A vontade que insiste,
Na simples razão,
E alguém sempre persiste,
Pedindo e dando as mãos,
Tudo pra você,
Entender que vida Bela,
Foi criada pra saber,
Que és uma sinderela,
Na vida e no viver,
Por tudo que faz,
Gravado estas,
No infinito Ser,
Que sempre pede mais,
Bom dia pra você.
Meu erro foi olhar para você
Com esse olhar de quem nunca viu nada igual
Quando dei por mim, já estava perdido
e você com esse jeito de menina
Conquistou meu coração, deixando‐me desatencioso com a vida.
Hoje vivo triste procurando seu olhar
que parece ter prendido meu espírito.
Meu erro foi tornar minha vida monótona
Isto foi um dos muitos motivos pelo qual me perdi.
Quem me diria poder fugir para um país distante
Deixando tudo para trás, inclusive meu amor por você.
Meu erro foi parar perante ti e encarar seu semblante.
Tentando domina‐la com um sorriso
E o que aconteceu foi justamente a o contrário
Vi você crescendo, tomando espaço, como se fosse me esmagar,
Em uma avalanche de sedução
Enquanto você crescia dentro de mim
Parecia que cada vez mais eu perdia a razão
Meu erro foi tentar sustentar uma paixão
Com apenas olhares infortunados
E você com sua inocência
Machucava mais meu coração
tentando se livrar dessa dor
meu último ato, foi implorar seu amor
E você impiedosa me deu as costas.
Porém com tanta mágoa consegui me livrar dessa dor.
E pretendo com meu erro aprender e nunca mais cair em uma cilada tão enigmática
Sonhei que voava
Voava pela emoção de um beijo
Beijo dado por ti
A repercussão do beijo me acordou
Trazendo a tona a realidade
me arremessando na tristeza
Hoje durmo procurando sonhar
Sonhar e fechar o buraco da minha alma.
Aberto pelo amor por ti
Amor que tornou o sonho
Uma opção melhor que a realidade.