Poema de Pablo Neruda Crepusculario
Querido Sol,
Eu vou te seguir,
Para rua te defender,
Sem deixar de sorrir.
Sem deixar você sofrer.
Vou começar a te amar,
Vou te chamar de amor,
Com você se casar.
Vim te trazer está linda flor.
Para um Eclipse Lunar.
O racismo magoa
O racismo é uma coisa preconceituosa
Quando julgam a cor da pele de uma pessoa
Por que fazer uma coisas dessas?
A cor da pele não muda as pessoas.
O racismo é um ato cometido pela religião?
Ou por qualquer pessoa?
Achar que os negros são inferiores aos brancos?
Por que falar um absurdo desses?
Por que ser tão hipócrita?
Falar mal por causa da pele de uma pessoa..
Por que fazer uma coisas dessas?
Isso magoa!
Como falar em racismo se a raça é humana?
O que deve ser feito para combater o racismo?
Observo pela janela a CHUVA cair.
Na mão uma xícara de CAFÉ
Pra aquecer o CORAÇÃO.
Sinto paz ao sentir os chuviscos,
O VENTO frio bate no meu rosto trazendo consigo o cheiro de TERRA MOLHADA,
Que me remete por alguns instantes a minha saudosa infância.
O céu anuncia a chegada de novos tempos.
O SILÊNCIO paira no ar e dentro de mim, somos unos.
Que dia PERFEITO para agradecer a dádiva de estar viva!
Agradeço por SER parte desse instante único.
Agora COMPREENDO que
existe um TEMPO certo para TUDO.
Há tempo de PLANTAR e de COLHER
Então se preocupe que suas sementes
Sejam sempre do bem
Pois a colheita é certa.
A chuva aumenta
E o vento SOPRA com mais intensidade.
Eu sei que não tenho o que TEMER,
pois por mais RIGOROSO que INVERNO possa aparentar,
Ele nunca FALHA em se tornar PRIMAVERA.
As FLORES surgiram enfim.
Acabou o amor?
Você tem um jeito tão desastrado
Você sabe todo atrapalhado
Sinto saudade da época em que você estava aqui
Lembro de você me fazendo carinho até dormir
Você me levantava e falava que era
Para que eu tocasse as estrelas
Oque você não entendia
Era que tocando você eu tocava uma galaxia inteira
Você com seu brilho tão deslumbrante
Que a lua chega a ter inveja
Por isso não fica no céu a todo instante
Ela não aguentaria te olhar e lamentar
Pois aquela beleza ela nunca conseguiria alcançar
Você tem um olhar tão envolvente
Um corpo angelical
Seu beijo é tão quente
E sua voz é mais bela do que qualquer nota musical
Sinto saudade do seu amor
Sinto a falta de ir dormir com você do meu lado
Sinto a falta do seu calor
Sera que esta mesmo tudo acabado?
Livros abertos
Quando menina gostava de livros abertos
Parecia que a qualquer instante bateriam asas, alçariam voo pela janela
Suas folhas me lembravam gaivotas
Aquelas que desenhávamos em nossos pores de sol no papel
Cresci!
Descobri que não era imaginação
Livros abertos sabem voar
Quando menina eu tinha razão.
MARÉ CHEIA
Em dia de maré cheia
Descubras como é ser embarcação
Se perderes o leme
Navegue à velas
Sejas um simples barquinho
Jamais sejas âncora no cais.
EM CONSTRUÇÃO
Sou resultado das minhas andanças
De pessoas que encontrei no caminho
Das que me ofertaram sorrisos
Me emprestaram o ombro
Das que me ensinaram a ouvir NÃO
Ou a rir de mim mesma
Sou resultado das muitas conversas
Das águas salgadas que lavaram meus olhos
Dos amigos que se foram deixando saudades
Dos que chegaram trazendo esperança
De cada um que deixou um pouco de si
Só assim construo quem sou.
ELA
O forte verão
O sábio outono
E até o mais rigoroso dos invernos
Conhecem a força dela
E sabem que a primavera não se pode deter.
SE UM DIA...
Se um dia te encontrares no olhar perdido de um menino de rua
Se deres a ele seu melhor sorriso
Se derrubares o muro
E enfim permitires um toque de peles
Descobrirás então o sentido da vida.
DUREZAS
Quando uma flor nasce na rua
Brota em uma fresta de muro
Ou germina entre o vão de uma telha
Acho que a natureza tem algo a dizer.
TRILHOS
Quando os trilhos me cansaram os pés
Limitaram-me a jornada
Prenderam-me ao destino
A poesia ensinou-me a abrir trilhas.
FOI UMA FLOR
A flor vive tão pouco
Algumas por dias
Outras apenas uma manhã
Logo murcha
Logo cai
A flor não se importa com o tempo
O quanto de vida terá
A flor aproveita o momento
Lhe dado para desabrochar
Foi uma flor que me ensinou
Que há vidas de pedra
E vidas de flor.
Amar é viver, sonhar, dedicar, si entregar. Viva, sonhe, dedique, se entregue a essa paixão, ouça aquela voz que vem do fundo do coração.
Eu não vivo sem você, sem o seu amor, sem você sou um barco sem mar, um campo sem flor, dia sem sol, noite sem lua, sem você não sou ninguém, sou tristeza que vai, tristeza que vem.
Si amar for pecado ou crime, sempre serei um louco pecador e criminoso, mas por você eu faria tudo de novo.
O amor que sinto por você, não quero que seja imortal, apenas que seja sincero, no inicio, meio e final.
Não sou seu primeiro amor, mas serei o melhor da sua história.
Recalque
Olhe pra você
Refletindo em mim
Apontando os erros
Que condena em si
Olhe pra você
Refletindo em mim
Apontando os erros
Que condena em si
Voa, voa
Voa livre ao ar
És tão leve
Ah! Se eu pudesse...
Asas não mais
Com'as de um tempo atrás
Que te impedem...
O que me impede?
Olhe pra você
Refletindo em mim
Apontando os erros
Que condena em si
Olhe pra você
Refletindo em mim
Apontando os erros
Que condena em si
Olha, olha
Quem não sabe voar
Prende as asas
Em suas jaulas
Olha, olha
Quem não sabe voar
Prende as asas
Em suas jaulas
SEGREDO DAS FOLHAS EM BRANCO
Nas folhas em branco há sempre algo escondido
Parece até que guardam segredos
Uma poesia
Um conto
Uma prosa
Às vezes até uma carta de amor
Em outras uma despedia
Gosto das folhas em branco
Acho que elas imitam a vida.
Elis Barroso
O canto dos pássaros de madrugada
Seriam mesmo
cantos de pássaros?
Talvez não passem de gritos
gritos de desespero
Súplicas para que apaguem as luzes
dos postes
de outdoors
dos faróis dos carros
da casa do insone
de festa
da melopeia.
Súplicas para que até as luzes
das estrelas
sejam absorvidas
pelas folhas das árvores
sobre seus ninhos.
e que seus sussurros
possam ser ouvidos.
seu cântico fica para a tarde –
e que então durmam
até o clarear dos primeiros
raios de sol
20.09.2018
"Nós esperamos"
Nós esperamos
que o tempo leve
nossos sentimentos
Que ele passe
como os ventos
Que ele apague
os antigos pensamentos
Norte,
Sul,
Leste,
Oeste,
E ele aparece
sem fazer barulho
sem deixar rastros
de algum movimento
nas janelas do passado.
O tempo cura
cada lamúria
de um solitário
sem futuro.
Como no outono,
Folhas caídas no chão,
Cores mortas,
Sempre em estação,
Primavera veio pra agitar,
E cores vivas para alegrar.
Sambando na neve,
Sem mesmo notar,
Á aventura sempre breve,
Em olhos profanar,
Livros em contos sem entender,
Vivendo dias de heróis sem saber.
Um vilão sem falar,
E as histórias sem contar.