Poema de Pablo Neruda Crepusculario

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DA VAIDADE DO HOMEM

Que belo seria o mundo
Se não existisse a maldade
Ódio, ganância e avareza
E ainda tem a falsidade
De um ser insensato
Mergulhado na vaidade.

Um mundo capitalista
Onde o valor está em "ter"
Não importando o preço
Vivendo como se não fosse morrer
Parece o fim dos tempos
Não há para onde correr.

Oh homem, pobrezinho homem!
Já dizia o poema
Parece até especialista
Em corromper sistema
Vive dando jeitinho
Golpes, trapaça e esquema.

É triste a realidade
De onde vem o lamento
O homem de tão mesquinho
Não reparte o alimento
É como se levasse o dinheiro
No dia do sepultamento.

Mas esta é a realidade
De um ser sem valor
Que mata o semelhante
Se preciso for
Pela ganância e olho gordo
Fazendo da terra um horror.

Em meio a este absurdo
Fica a indagação
Onde estão os deuses
Com toda a resolução
Colocar este ser tão cruel
Rumo a aniquilação
Eu até sofro com isso
Mas creio, é a solução!

Inserida por thiago_rosa_cezar

O Teu Corpo

Eles vão me chamar de louco
Quando eu começar a gostar do calor lá de baixo
É que tua pele tem o perfume do pecado
Mesmo sabendo que é proibido,
É proibido imaginar que eu possa gostar
Do calor do castigo por te amar.

Eu prefiro o meu calor no teu frio
Mesmo sabendo que no teu corpo
Tem o pecado e a dor
Nesse macio frio quero todo dia estar
Quero tocar as sete arpas da lira
E como um lírio perfumado te beijar

Tenho que me conter
Que desejo teu corpo
Que desejo teu abraço ardente
E que não me conteria em apenas pegar
Em tua mão delicada sem te abraçar

Eu não quero mais te assustar
Talvez seja melhor viver sem te ver
Não dar mais para te ver e não ser ninguém.
Não ter um significado para alguém
É como morrer e não ter velório.

Morro quando tu viras as costas e vai embora
É porque sinto que se vai um pedaço de mim
Um pedaço de mal caminho
Um mal caminho mau andado
Que desejo com o desejo sem fim
É porque enfim te quero
E com toda ternura te venero
Mas te respeito confessando que nunca trilharei
Esse teu caminho ao meu
É que quero teu corpo ao meu.

@Cicerolaurindotextos

Inserida por cicerolaurindo

Morro quando tu viras as costas e vai embora
É porque sinto que se vai um pedaço de mim
Um pedaço de mal caminho
Um mal caminho mau andado
Que desejo com o desejo sem fim
É porque enfim te quero
E com toda ternura te venero
Mas te respeito confessando que nunca trilharei
Esse teu caminho ao meu
É que quero teu corpo ao meu.

@Cicerolaurindotextos

Inserida por cicerolaurindo

e fica o dito
pelo não dito
sou só um maldito poeta
queria ser
um poeta maldito

Inserida por mix_ativa

HÓSTIA RADIOATIVA

A Liturgia do átomo será o ritual da nova mística
Que impedirá a deflagração da bomba.
Deus deslocou-se do Macro para o Micro.
Seu trono não está mais no Céu,
Mas no atrito das fissões nucleares.
É preciso ensinar o catecismo atômico e fazer o homem engolir
a Hóstia Radioativa!
Só assim aplacaremos o novo Deus-Átomo.
Já não suporta as blasfêmias da ignorância humana,
Que teima procurá-lo, onde já esteve.

Inserida por surimancarreira

ENTRE COSTURAS

Tenho vontade de tramar ternura
Em colares de amores ressentidos,
Adornar vestidos com babados de doçura,
Descoser as linhas que sustem a angústia
E entre costuras de sonhos bons,
Desatar laços de esperança e otimismo.

Em camisas abertas ao desespero,
Pregar botões de alegria e dinamismo.
Coser com ponto miúdo os bons amigos
E alinhavar os fúteis cós dos desmazelos.
E entre costuras de sonhos bons,
Cortar tecidos macios e coloridos.

Inserida por joaofelinto

Apenas um deles

Se me tomarem por sombra
De uma porta entreaberta...
Meus olhos espreitam as velas
Do morto sendo velado.
De todos, menos culpado,
Pois já não creio na espera
Além do corpo enterrado.

Se me tomarem por sábio
Que do saber observa...
Do pasto, a mesma erva
Que alimenta o gado;
O verme no chão molhado
Que se oculta na terra,
Na cova do sepultado.

Se me tomarem por cama
De um bêbado adormecido...
Na esperança do esquecido
De jamais ser encontrado.
Como um braço amputado,
Sou o membro invisível
Que deseja ser lembrado.

Se me tomarem por único,
Serei apenas um deles.

Inserida por joaofelinto

O LOUCO

Louco que louco
Que sabedes das suas demências
Talvez não seja louco
Ou talvez seja

Mas o louco que louco
Que se presume sapiente
Tende mesmo a ser louco
Puro demente!

Inserida por DSorroco

FINGE

Fascínio libertino
De querenças e prazeres
Amasso e lambança
Tons desatinados de amores
Que amor que loucura
Que desejo que frescura
Finge,
Toques profundos e ardentes
Em mantos e prantos de prazeres.

Inserida por DSorroco

BANCOS e JARDINS
(D'sorroco)

Verdes de Vida
Cruas
Bisbilhotando jovenildade
Aspirando ares da urbe

Passam por min
Amors de toda a parte
Encantam-me e me enamoram
Nestes bancos solitarios sem fim

Inserida por DSorroco

Amor, o todo do tudo.
(Victor Bhering Drummond)

Isso é o que o amor faz;
Te faz conhecer o claro e o escuro,
A luz e a sombra;
O dia é a noite.
O amor é barroco.
Pequenos fragmentos de luz;
As flores de abril, o florescer da primavera.
O desejo que ninguém viu.
Estrada de prazer,
A folha que cai, a chuva que vem.
O beijo de paz, a fragrância de um dia que já clareou.
Consegue transformar o ribeirão na imensidão do mar
É um lindo lar sempre a acordar.
É divino. Ele é o todo.
E te faz conhecer o tudo
Porque ele é a mais pura liberdade.
(Victor Bhering Drummond)

Inserida por victordrummond

Vicissitude

Não precisa me dizer
Eu sinto
O calor que embaça
Sob céus vazios
Poluído

Espera aí...
Onde pensa que vai?
Sei que está confuso,
Mas por que não espera um pouco mais?

Não precisa repetir
Eu sei que tarde
A lua te suspendia
Sobre um rio
Sinto muito...

O que te levaria a tanto?
Tão longe assim?
Sozinho
Enfim.

Inserida por Elvoid

MINHAS DECISÕES

Minhas decisões
Acertadas ou não
Sangraram
Rasgaram a carne
Quebraram a casca

Minhas decisões
Acertadas ou não
Fizeram-me sentir
A dor das metamorfoses
Sem elas eu não sentiria
O frescor do vento nas asas.

Inserida por elis_barroso

DONOS DA VERDADE

Procuro onde mora a normalidade
Quem dita as regras do feio ou esquisito
A quem foi dado o compasso, prumo, régua
Não acho

Se souber, me procure
Quem sabe assim eu me cure
Estarei por aí
Aqui, ali

Nesse mundo confuso
Quem sabe a louca sou eu
Ou você que me lê

Inspiro, respiro, piro

Inserida por elis_barroso

Vida de Navegante

A cabine é teu lugar sagrado
Terra firme já não é o seu lar
Pelo oceano estás apaixonado
Sentido só há no partir e retornar

Vida repleta de tanta aventura
Tiveste prazer com mulheres de todas as cores
Cada qual com sua história e cultura
Deixando em cada porto lágrimas e amores

Como a Estrela Polaris eu queria ser
Para você meu Capitão em mim se encontrar
Mas de ilusão não posso viver
Convicta sou de que serei mais uma a chorar.

Enquanto o navio não parte
Vamos brindar, dançar e sorrir
Atiçar essa chama que em meu peito arde
Armazenando memórias pra minha alma nutrir.

Inserida por elis_barroso

GAIOLAS

Abandonei as gaiolas
Para ganhar os ares
Enxergar novas paisagens
Sentir o vento

Larguei as gaiolas
E para surpresa minha
Escolhi o ninho.

Inserida por elis_barroso

DESATINO

Perdi-me da razão
Não mais lembro do seu rosto
Nem ouço sua voz

O que afirmam ser o certo
Acho errado!
O que ensinam ser errado
Já nem sei!

Perdi a razão!
Se achar não me devolva
Nem diga onde estou

Nessa grande maluquice
É provável que os loucos guardem o último resquício de sanidade.

Inserida por elis_barroso

RECOMEÇOS

Vou seguindo de recomeços
De todas as segundas
De tantos janeiros
Já não sei se sou pedaço
Nem sei se sou inteira

Vou seguindo desse jeito
Sou feita de recomeços.

Inserida por elis_barroso

Que dizer de alguns poemas ?
são efêmeros como bolhas de sabão,
brilham, encantam, emocionam,
depois de algum tempo
se desfazem, estouram, são frágeis,
restam apenas vestígios
pelo chão ...

Inserida por neusamarilda

Estamos entorpecidos e fugimos
fingimos que não sentimos
mentimos e sorrimos até onde conseguimos
tentamos parar o relógio da destruição
mas somos uma bomba relógio,
nosso corpo sofrerá com toda essa ação,
a alma escurecerá
e o psicológico irá lhe martirizar
aos poucos até nada mais sobrar.

Inserida por cassius_santos