Poema de Pablo Neruda Crepusculario

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⁠A vida é muito curta
Às vezes ela nos testa
Se desfaça de um mal
Viva a vida numa festa
Dê valor a quem lhe dá
Carinho e bem-estar
Seja consigo honesta

Medo
Isso que estou sentindo...
Isso é medo...
Ironicamente é medo...
Piamente medo...
Medo caritativo..
Medo covarde...
Covardemente com medo...
Inerte medo...
Ignavo, claramente...
Medroso como um fraco...
Fraco como uma ponte velha...
Medo...
Haverá dia de intrepidez?
Haverá um dia o destemor?
Dei-lhe meu coração...
Dei-lhe meu ombro...
Estive lá para ti...
Mas a derrota feriu o brio...
O amor-próprio indignamente sumiu...
Estou acordado,
Estou com fome,
Estou ferido,
Estou...

⁠⁠Bom dia flor do dia!
Hoje o Sol nasceu pensando em brilhar intensamente, mas ele não se compara ao brilho do teu olhar e do teu sorriso radiante que não saem da minha mente.
Que o seu dia seja tão incrível como você minha linda!

Quem preserva uma árvore
Contribui com a natureza,
Mostra sua inteligência,
Capacidade e grandeza.
Prova seu amor profundo
Contribuindo pro mundo
ser bem melhor, com certeza!

Soneto de autopostumação

Sensações póstumas devem ser reconfortantes,
pelo alívio do sofrimento de uma vida inteira,
tornando todo o peso do dia a dia uma besteira,
uma vez do outro lado nada mais será como antes...

Preocupações de outrora em vida serão irrelevantes,
parte de uma extinta realidade passageira,
meu espírito, móvel velho em que se tirou poeira;
renovado, fará de angústias e mágoas coisas distantes...

Não há medo, confio no que mereço, por tudo que fiz;
a morte é um processo natural, calmo e bem-vindo,
finalmente terei a chance de ser bem mais feliz...

Ao partir sei que a caminho do maior estarei indo,
será bom, jamais vi uma caveira com semblante infeliz,
todas espontaneamente estão sempre sorrindo.

Soneto de metamorfose

Vida de lagarta.... Total limitação...
A sina de uma existência asquerosa,
de uma condição naturalmente desairosa,
melancólica, frágil e sem opção...

Destino de incomoda sujeição,
uma vida sofrida, triste e morosa,
de uma falta de perspectivas pavorosa,
onde há apenas a morte como solução...

Quando minha alma, este fulgor tépido;
de meu velho corpo irá se separar;
meu caixão, morada do cadáver fétido;

será o casulo que irei abandonar;
e estarei livre, me sentirei lépido;
borboleta pronta para voar.

Normose

Uma triste epidemia assola a humanidade,
sintomas claros, quase sempre ignorados,
produzindo indivíduos massificados,
destruindo toda e qualquer individualidade...

Um distúrbio coletivo de personalidade,
criando humanos cada vez mais alienados,
com estilos e pensamentos padronizados,
Impostos por nossa hipócrita sociedade...

Condenando-os a este mar de mediocridade,
onde impera uma absurda falta de criatividade,
aliada a medo, conformismo e incapacidade...

Eu... Tento preservar a minha integridade,
permanecendo fiel a minha própria identidade,
mas isso soa para a maioria como insanidade.

A deusa da perdição

Teu charme é algo indescritível,
é devastador, pura dinamite.
Faz jogo... Sua beleza lhe permite;
demonstrando um cinismo terrível.

Ela se diverte por ser irresistível,
sou mais uma presa fácil... Acredite!
Personificação de afrodite,
cai em sua armadilha invisível...

Frente a ti, eu só penso em sexo...
A ponto de me tornar outro se te vejo,
fato natural, nada há de complexo.

É a força ódica do desejo,
me perco em atitudes sem nexo,
e tudo começou em um simples beijo.

O café esfriou,
Assim como as folhas caem no outono,
O vento veio forte para esfriar o meu café.
O café esfriou,
É sim, gelou como fez na última vez que te vi,
E o gosto amargo tocou minha garganta,
Apesar dos pesares, os pesares vieram pesar,
Frio, amargo e ruim.
O café esfriou,
Pois nem só de pão vive o homem,
Nem só de fé vive-se a vida,
Nem só de amor vive o coração,
Mas só na oração encontro a minha salvação,
É por isso que apesar do café esfriar,
Eu continuo "café".

⁠Aquece

A tarde começa a raiar
O sol lá fora aparece
O frio ainda entra pela janela
Mas é um frio que aquece.

Quem és tu ó morte?

⁠Quem és tu ó morte?
Que faz olhos chorar
Boca a gritar
Sonhos a dissipar

Quem é você ó morte?
Que aterroriza a vida
Que faz aumentar a dor
Causando imenso temor

Quem é você ó morte?
O desconhecido inesquecível
O desejo que consome
O choro sem consolo


Quem és tu ó morte?
Da doença a podridão
Que não há abraço que acalente
Nem palavras que alimente (o coração)

Chego a conclusão ó morte!
Não há o que dizer por exatidão
Só o silêncio em meios a tristeza
O caos na dor da perca
Que consumirá toda nação.

Quando pensamos demais
O espaço fica ocupado
E não sobra nada
Além do cansaço

Ontem você era criança
Hoje você é adulto
Nada vale o crescimento
Se a maturidade
Não te alcança⁠

⁠É no breu
De um canto qualquer
De um quarto escuro
Que o choro
Sufoca a garganta

⁠⁠A vida me ensinou
Que todos passarão
Pela metamorfose da mente

Mas devemos lembrar
Que não alcançaremos a perfeição
Por sermos imperfeitos

Lembre-se
Somos humanos
E não deuses

A dor aprendizado
Dos que temem


Ajuda-me

Eu quero calar o meu ego
Eu desejo tomar decisões
Não quero ficar em cima do muro
Por favor não me tire a razão

Preciso de repostas
Para acalmar o meu coração
São tantas incertezas
Sufocando as emoções

Olhos lacrimejando
Palavras vazias
Dores no peito
Sem alegria

Doença da alma
Parando o meu ser
Só desejo nesta vida
O direito de viver

Não me cale a boca
Não me negue o meu falar
Gritar liberta a alma
A prisão não é o meu lar


Talvez eu seja romântica
E amando só por desejos
Porém trago comigo uma certeza
De seguir amando-me primeiro

⁠A falsa felicidade

Sorrir o tempo todo
Enganar a si mesmo e aos outros
Sabendo que tudo é passageiro
O silêncio é o segredo
Sempre esperar a noite chegar
Para que no quarto escuro
Seus olhos possam desaguar
São lágrimas oceânicas
Que teimam a rolar
A dor é tremenda
Que emenda neste chorar
Nada é tão triste do que
A certeza do lamentar
Ninguém irá te escutar
Sozinho seus anseios vem lhe importunar
Caindo na velha rotina do viva para amar
E quem ama a esse ser
Que todos notam sem perceber
Que o acalento do choro
É o abraço de quem sozinha está a padecer


Povo rico em cultura

Traz nos braços sua bravura
Canta na chuva ou no sol
Canta até na sepultura
Canta para não viver só
Canta versos e canções
Canta para espantar os males
Canta para ter imaginação
Povo rico em emoção
Não esmorece na destreza
Trazendo no rosto o sorriso
És o gatilho da leveza


És o breu que transmite o caos
És a dor que transborda no carma
És o segredo que paira no silêncio
És o apogeu que sangra da alma