Poema de Pablo Neruda Crepusculario

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"Um sonho"

Tenho uma grande admiração por você
Mas ao mesmo tempo medo
Medo de te perder
E tu não me corresponder

Talvez algum dia poderei explicar
Tudo o que esta em mim
E talvez tu ira me abraçar
E jamais me deixar

Se tu me olhas
Eu desvio o olhar
Não quero que percebas
O que sinto

Calada, sozinha, quieta
Te admiro ao longe
Percebendo os teus olhares
Atenciosa as tuas falas

Tua voz é suave e
Ao mesmo tempo grave
Gosto de te ouvir falar
Gosto de te ver sorrir

Por mas que não pareça
Você é tudo o que eu sempre quis, sonhei
E se for pra ser apenas um sonho..
Então quero dormir eternamente

ELE

O momento em que eu sinto
O arrepio sufocante entrando em meu corpo
A minha mente gira e transborda loucura
Meu olhos exalam fúria, sonho morto

É eu sei, é paranoia
Não, a vida que é uma paranoia
É uma maçã podre, lugar de estórias
Um cristal escuro, um relógio sem ponteiro

Mas a questão do arrepio
Do toque à um canto afinado
Me leva a um questionamento tão vil
Ele aparece em diferentes estágios?

Em segundos ele arranca a pele com um sopro
Da emoção ao pensamento flutuante
Do medo ao frio do inverno
É aí que ele e a morte viram amantes.

RENITENTE - 20/12/2014

Sei que meu tempo de viver é sem contornos.
Não há retornos e nem desvios pra recomeçar.
Tudo começa em direção a um fim, o limiar.
Um processo que nos conduz como obrigações,
onde o princípio é uma juventude efêmera,
que não dura, somente perdura como saudades.
Um sentido momentâneo, que é reto e finito,
pois só nos cobra o preço da ida renitente
por crer numa eternidade que jamais teremos.
O novo sempre vence quando for aventureiro,
porém sempre é derrotado quando for ciente.

Ter ciência é entender que existe um limite.
E esse limite não é uma barreira que proíbe,
mas sim uma constância que divide pra separar,
o bem que avança, do mal caminho que desvia.
Tudo tá prescrito na origem, no fator elo
onde a preponderância governa forte e sagaz.
Assim,o encanto, a gratidão e a reciprocidade,
são como mágicas que embelezam a nossa vida,
porque nos permite conceber o amor como fuga,
diante de tantas adversidades e más ambições.
Todos temos sempre os mesmos objetivos finais.
Afinal quem nunca desejou a felicidade eterna.

Somos seres humanos buscando o idealizável,
querendo soluções finais, a verdade absoluta,
mas pecando em achar que há um lider supremo
que tem todas as respostas porque é onisciente.
Muitos perdem sua liberdade e capacidade real,
em nome de uma ilusão que jamais o facultarar.
Repudiar alegações e denominações é a essência
que necessitamos pra derrubar os impostores,
com seus históricos mirabolantes e santificados!

Texto de Almany Sol, para Pensador Uol

Lascas da Vida

Me fiz de fogo para lhe aquecer
De água para matar sua cede
Me fiz de Terra para lhe dar onde pisar
De ar para seus cabelos alisar.
Ao fim de me usar, consumir e abusar me deixou a beira mar para que meu pranto não escultar.

Converso
Te verso
Te traduzo
Em mil vocábulos
Por que o teu acaso
Mesclado ao meu caos
Virou neologisno
Novamente
E sempre
Eu te chamo
Te rascunho
Por quê teu nome
É o fonema que eu preciso
Guardar em cada canto meu
Que caso você não saiba
É teu

"Amar'cura'"

Como um pobre sonhador
Vivia a sonhar eternamente
Que um dia de repente
Eu deixasse de sentir dor.

Foi quando esse amor
Fez-se em mim presente
Com a sua chama ardente
Que me trouxe o esplendor.

Senti-me então realizado,
E o meu coração apaziguado
Já não sentia tal amargura,

Pois para um peito desolado,
Que amou sem ser amado,
O amor é a própria cura.

(Zé Lucas)

a paz é pássaro
a guerra é gaiola
aprisiona
os pensamentos
mais lindos.

ansioso
pelo dia
que os noticiários
sejam só sobre o amor.

Chicote que amordaça, feroz e fugas
Leva a minha vida a um novo recomeçar..
Vida que se despedaça no silêncio dos seres não abstratos.
Que lança fogo ao vento e pedras ao grande lago.
Perdendo a sua essência a vida se torna utilitária.
A seres de não vida, nossa alma despedaça.
Pois sua companhia nos da a prerrogativa
De uma vida que em sentido é infame e vazia.

A vida é um marca-passos, o relógio é um passatempo.
E esvairá com o tempo todo esse pensamento!!

Respire na primavera
Caminhe ao outono
Refresque no verão
Aqueça no inverno.

Viva a vida pelos alentos da vida;
Almeje, e busque alcançar.

O carro preto um dia fará o cortejo para todos;

Mas que este não deixe rastros
de decepção
Mas sim, os de honra.

Busque amar aqueles te injurie
Que a injuria apagada!

Seja triplica em amor.

Espíritos livres



Espíritos livres não temem a chegada da noite,

não temem o desconhecido

não temem amar

não temem o acontecer

não temem sair de suas gaiolas

não temem o perder

não temem o início e nem o fim.

Não temem os sonhos

Enfim...

Espíritos livres não temem a liberdade

que é de todo seu direito.

Pia o pássaro na árvore
da cidade
onde permanentemente queria estar.

Onde estou
pia amor
a vontade de lá.

Se um dia eu for
levarei minha dor
para este cantar.

Mas quão ruim é piar
o piar sofrer
que este terá de expressar.

Prefiro de dias
Lá, alegrias roubar
e este entonar esta melodia.

Estou indo agora
sonhos na sacola
desejos naquele lugar.

Finalmente o pássaro
Piar
e eu pensando em viver.

Reluto pela vida e afirmo conscientemente:
Que mesmo em época de vacas magras urubu voa contente,
esperando a carniça de mais um morto sobrevivente.

Declaração de Independência.

Eu sou o cão desafiador,
eu sou o gatuno rebelde,
aquele que combate a tão temida proliferação:
do bastardo injusto, o saqueador da nação.
Eu sou um homem temente
aquele que canta um único repente:
“Morte a independência,
morte a Corte da Suprema negligência,
morte ao rico e vida ao pobre,
morte a miséria e a falta de educação,
morte a todos, os que se proclamam donos da nação.
Morte a hipocrisia,
morte ao falso romance e a qualquer tipo de tirania.”
Como uma pequena reparação
Faço jus a quem a sociedade trata com distinção:
“Viva o índio,
viva o negro escravizado,
viva o vinho e os italianos colonos a pouco chegado,
viva o preto e viva o branco,
viva o gatuno e viva o desafiador,
um grande viva, a todos que enxergam no outro, uma semente do amor”.

TESOURO DE POETA


Num mundo guardado, aqui dentro
Toda palavra tem peso de ouro
Mas pra pesar é um tormento
Tem daqueles que o juntam como tesouro


Sou dos que espalha por todo canto
Esqueço de tudo, a te de mim
Sabendo bem disso:_ nada de espanto
Quando encontrar um poema, com meu sorriso no fim

O SILÊNCIO DE MADRE TEREZA DE CALCUTÁ


O silêncio se fez presente,
Dizendo tudo sem nada falar
Toca hinos com som ausente
De poesia, que não ouso declamar


Ouvindo-o, não se esculta
Foi feito pra escultar
O que em seu coração pergunta
E esse segredo vai lhe contar


Proseava com ele, e alguém a perguntar:
_Sabe o que vai pedir?
_Nada, só vim pra escultar
_Ele responde?
_Nada, só está pra me ouvir

Vem comigo? (Soneto Italiano)

Quero te levar para longe do país
E jantar em um restaurante com chafariz
E ter um relacionamento segundo o que a Bíblia diz
E assim vou te fazer Feliz

Vamos nos abraçar e eu vou te falar
Que contigo quero viajar
Nessa história que tanto me fez sonhar
você é a garota que não quero só namorar

Sabe quem eu quero ser?
O cara que todo dia ao amanhecer
Irá acordar e logo te ver

Não quero simplesmente te ter
Eu quero te conhecer
E passar a vida com você!

FELIZ POETISA






Vens cá, poetisa da emoção
vamos fazer um trocadilho?
Explodir a porta deste exílio
libertando nossas vidas; coração?

Expandes tua luz sem empecilhos
percebes do esplendor a sensação?
São teus valores em fagulhas de paixão
celebrando quem és tu, sem estorvilhos

Enlevas firme e docilmente teu talento
ignoras sabiamente o infausto infeliz
Ah, incauto! Não te condiz merecimento!

Funesto na desonra, profano em mil perfis
Enquanto tu, sacerdotisa das letras, pitonisa
Glorifica a vida, finita, convicta de que és, feliz!

Saudade rapaz

Com a tristeza nos olhos
Me vem as doces lembranças
Ah... quanta falta você me faz.
Me pego em dramaturgia com a vida.
Eu, aqui sozinho, apenas com lembranças
Mas quanto mais terei que aturar?
Que saudade você me faz.
A vida te tirou de mim
Ou então eu assim prefiro pensar.
Talvez eu quem tenha te tirado dela.
Que saudade rapaz
Quanta falta você me faz.
Hoje só me restam lamentos e lembranças
Os lamentos não tem me levado a nada
Já as lembranças me levam a tudo
Tudo que um dia foi meu
Tudo que um dia foi seu
Tudo que um dia foi nosso.
Mas que saudade rapaz.

Edifício de Kitchenettes

Somos coisas de horas áridas e do plano involuntário,
Acinzentadas e cinzentas. O “sonho” produz um som volúvel, não tão forte
Como “aluguel”, “sustentar uma esposa”, “satisfazer um homem”.

Mas poderia um sonho fazer subir através de fumaças de cebola
O seu branco e violeta, lutar contra as batatas fritas
E o lixo de ontem que amadurece no corredor,
Vibrar, ou cantar uma ária nestes quartos

Mesmo se estivéssemos querendo deixá-lo entrar,
Tivéssemos tempo para aquecê-lo, deixá-lo bem limpo,
Antecipar um recado, deixá-lo começar?

Gostaríamos de saber. Mas agora não interessa!
Pois o Número Cinco já saiu do banheiro,
Estamos pensando na água morna, esperamos entrar nela.

Gwendolyn Brooks

Nota: Tradução Carlos Daghlian

SOU UM NOVO HOMEM

Faço tudo, e farei um pouco mais.
Por te amar por te amar
Por voce, de tudo sou capaz.

Ela chegou
Bagunçou minha solidão
Eu não acreditava em amor
Ela me mostrou um mundo novo
Que eu não conhecia
A semente ela plantou
E hoje estar colhendo
Eu sou um novo homem
Aprendi amar com você
Todas as noites divido contigo meu prazer.

Faço tudo, e farei um pouco mais.
Por te amar por te amar
Por você de tudo sou capaz
Sou um novo homem
Você me resgatou
Hoje tenho consciência
Que existe amor
E o meu é você,

Poeta Antonio Luis