Poema de Pablo Neruda Crepusculario

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Lutas desinteressantes


Nossas lutas, nosso empenho
Refletem a vontade que tenho
Pois vê-las bem é o que quero
E através disso sou sincero

E por isso travo minha luta
Mas diante disso pouco me escuta
Minha luta amadurece e corrige
Mas diante disso muito se exige

Cortes deixados pelos embates
Isso ocorre em ambas as partes
E no fim a que resultado trouxe?

Para alguns algo se obteve
Mas para muitos pouco se teve
Então para que tantas lutas serviram?
Sendo que todos mal sentiram

Muitas lutas desnecessárias são
Pois muitas delas nos afetam o coração
Lutas para destruir
Ou paciência para resistir?

Inserida por HarryHaka

Temos o que afinal?

O que realmente temos?
Se tudo isso é uma fase mortal.
Por que hoje estamos.
E amanhã, será que estaremos?

Se hoje eu tenho algo.
Amanhã posso não ter.
Mas quem sabe posso entender.
Que o “ter” não se pode apalpar.

O “ter” pode somente se sentir.
Pode-se conhecer.
Mas vamos admitir.
Quem não gosta de se enaltecer?

Mas lembre-se
Pois o “ter” pode ser ilusão.
E muitas vezes só causa desunião.

Não te proíbo de ter, tenha!
Mas tenha coisas que não se pode ver.
Pois assim estará livre.
E assim então, se desenvolver.

Inserida por HarryHaka

Tempo perdido

Vejo vários dizendo perderem tempo
Mas de onde se tira todo esse sustento?
Será perdido de fato
Ou será algo que isso em nós é na­to?

Mas de nada se adianta
Pois não há como perder
Pois também não há como guardar
Então…o que perdemos afinal?

Perdemos de aprender
Perdemos de entender
Perdemos de nos surpreender

Em nossos momentos tudo é singular
E de todos eles podemos nos aprimorar
Então calma, pois não a nada a perder
Pelo contrário ha muito a se conceder

O tempo não se perde
Pois a nós ele não pertence
E assim o tempo se passa
E nós passamos por ele

VOCÊ QUER PERDER OU QUER PASSAR?

Inserida por HarryHaka

O tesouro

Existe o tesouro
Não vale mais que o ouro
Mas é valioso.
Algo maior que ouro
Não é nada nem tesouro
Somente o Amor e Amizade

Inserida por AnnaClaraDosPoemas

Gosto quando...

Você inesperadamente surge de mancinho
Olha nos olhos rapidinho
Oferece sua mão como guia
Me leva e coloca esguia

Então seus braços me envolvem num abraço
Não dou sequer um passo fora do seu traço
Nossos corpos se unem numa comunhão de sensações,
Que tensionam, aliviam, cativam e suscitam

Estamos juntos no mesmo compasso
Se me disperso, lá vem o seu laço
E flutuando de olhos cerrados,
novamente fico entregue aos teus braços

Ouço nossa respiração e pulsação,
No mesmo ritmo da canção
E quando está ficando bom, que pena
Agradeço, me despeço e espero novo recomeço.

Inserida por carolah

Mais um outono chegando acanhado
Na espera de ser amado
Com cuidado
Mais um outono de folhas bizarras
Que caem em algazarra
Com medo
Mais um outono...
Quantos outonos ainda virão?
(Bebel Magalhães)

Inserida por BebelMagalhaes

⁠A uma professora que partistes

Professora tão cedo partistes
Deixando a saudade entre nós
E em todos os seus
Foste tão guerreira em sua luta
Mas, agora estás aí com Deus

Em vida fostes a criança em colo
Foste a adolescente de sonhos
Foste a mulher que amou
Foste a mãe que destes consolo
E também a professora que ensinou

Não nos conformamos com sua ida
Mas, descanse em paz amiga querida
Descanse na eternidade com Deus

A todos nós ficará a saudade imensa
E rezaremos por ti e pelos seus
Você estará sempre em nossa lembrança!

Maria Lu T. S. Nishimura

Inserida por marialu_t_snishimura

⁠Enquanto espero

Enquanto espero, vivo
Me distraio com leituras
Passatempo
E passa o tempo entre as horas
Um dia
Mais outro
E espero sua resposta
Espero outras coisas
Dinheiro talvez quisesse adiantar
No tempo que viesse tão logo
E se pudesse fazer hoje o amanhã
Tão bela o sonho lá na frente
Já nestes dias por realizado
Me ajudando sair da rotina.
Porque anseio novos ares
Novo sol
Novo amanhecer
Respirar novos ares
Pomares
Lagos
Piscina
Espaço livre para correr
Plantar
Quem sabe cavalgar
Ah! Se pudesse!
Vai que acontece...

Maria Lu T.S.Nishimura

Inserida por marialu_t_snishimura

⁠No sentido da realização

Quando descobrir realizar, realizei
Porque na mente projetei
Pus no papel e sonhei
Calculei os centavos
Economizei
Investi
E venci

E agora que cheguei até aqui
Penso que tenho que prosseguir
Porque parado não dá pra ficar
Mesmo porque nada para
Tudo é ação e movimento

Existo eu
Existe você
Existem todos
A humanidade caminha

Apesar dos que a idade possa trazer
Nem se para só ao lazer
Mas muito ainda
Do que se quer fazer
Quero cada vez mais
Não no sentido da ambição
Mas, no sentido da realização.

Maria Lu T.S.Nishimura

Inserida por marialu_t_snishimura

⁠⁠A conversa do corpo

O sistema digestivo disse ser o centro
O estômago digere
O intestino delgado confere e envia
Os outros recebe, até o neurônio
Podes crer que tem o nutriente de lá

Refutando a teoria, o pum disse:
Tô soltando os gases de tão confuso!
Não pode ser tudo ligado
Se também tem enzima do cheiro
Posso vir de celulas...CSE

O sangue que desce
O sangue que sobe
Tem o que do intestino recebe
Pois o sangue gira no corpo inteiro
Pode estar na raíz do cabelo

As mãos se abriram para falar
Tocou o dedo algum lugar
O coração é o mais importante
O olhar olhou e defendeu a cabeça
Antes que me esqueça tem o ar

O pulmão é o que faz tudo funcionar
Pois até o dedão do pé precisa respirar
Mas enfim a boca que sabe falar disse:
Que era ali a porta de entrada
De tudo o que se come faz ser o homem!

Assim pela conclusão cada parte
Que tudo tem sistema e tem funções
Verificou que o pensamento era teimoso
Tava o comando no cérebro, não no intestino,
Nem no estômago, mas o chamou de mestre!

Maria Lu T. S. Nishimura

Inserida por marialu_t_snishimura

⁠Planejando a hora

Vivo planejando a hora
Depois a hora me planeja
E me diz: ora, não demora!
Então, eu meio que na peleja...

Visto-me logo de compostura
E me faço nas horas que perco
Nada me foge, de tudo me cerco
Pois, não posso perder a postura

Mesmo que no trabalho
Encontre um pirralho
Que me desafie a paciência
Tento me impor com tolerância!

Mas, ainda assim lamento: bolas
Por que no dia me falta horas?
Mesmo que planejamento eu faça
Tenho que driblar as horas, na raça!

Porque o tempo voa
E ainda que muito eu faça
Ainda dirão que estou atoa
E isso é injusto e não tem graça!

Eu faço meu tempo planejado
Desde cedo até a noite
E assim planejando vou seguindo
Antes que me venha a morte!

Inserida por marialu_t_snishimura

⁠Uma longa espera

Uma criança a ser cremada
nas costas de seu irmão,
em uma guerra de ilusão
sua boca ficou cerrada!

Sua postura de respeito,
com a dor em seu peito,
não derramou uma lágrima!
Sobre si, da guerra a vítima...

Dez anos apenas...
em sua imagem nesta cena,
e a guerra cheia de penas...

A dor de um órfão,
guardado no seu coração
na fila a espera da cremação!

Inserida por marialu_t_snishimura

⁠Nosso celeiro

A natureza vou contemplar
Uma flor vou lá plantar
Vou fazer um canteiro
Pra florir o mundo inteiro

A natureza vou contemplar!
Não quero ver só num desenho
As coisas que desenhar!
A natureza é tudo que tenho
Eu quero nela morar!

Os animais vou proteger
Não vou deixá-los abater
Vou desfazer o cativeiro
Para eles não sofrerem!

Os passarinhos vou lá soltar
Em nenhuma gaiola eles vão ficar
Quero ver todos eles voando
E pela natureza cantando

Uma árvore não vou deixar derrubar
As florestas não vão queimar
Vou chamar um grande protetor
Oh! Deus, vem a nós, ó salvador!

Todas as águas eu vou limpar
Lixo nelas, não vão mais jogar
Vou conscientizar o mundo inteiro
Que a natureza é nosso celeiro!

Inserida por marialu_t_snishimura

⁠Vazio de tão cheio

Ah!
Vazio de tão cheio
Receio...
Que derramei
Transbordei...
Percorri o leito de um rio
Sentido frio...
Me perdi de mim

Cheio de vazio
Agora transbordo silêncio
Ócio...
Vou perambulando o vento
Me perco no tempo

Sopro sem fim, sem começo
Adormeço...
E meu corpo me carrega
Escorrega...
Enquanto meu rastro apago
Afago a dor
Para não sentir seu amor

No seu rastro flutuo
Fluo...
No vento me disperso
Em me encontro num verso
Ah! Reverso
Meu preço
O meu endereço numa estação

Ah! Canção...
Meu coração ainda murmura
Ternura...
Mas há ainda lágrimas no chão
Despeja de mim a inundação...

Se acende o sol
Girassol...
Flores florescem
Enquanto recolho as pétalas
Pago o preço
E vou juntando pedaços de mim
Por onde despejei meu adereço
E me faço
É meu recomeço...

Inserida por marialu_t_snishimura

⁠Marmelada social

Marmelada social compactada
Já vem marcada
Carimbada a nota
Daí desbota a lata
Fica a nata!

Lambuza no doce ó peão
Lambuza no doce ó João
Vai José
Vai Mané
Vai todo mundo adocicado
Vai caboclo e magistrado

Todo mundo tá na marmelada social
Nem parece prejudicial ...ó capital
Ô capital sensacional
Sensação de jornal
passa na televisão, a visão:
Igualitária;
Democrática...
E a tática...
É fantástica!

A e sensação vêm na caixa de bombom
É doce, é doce
Mas, a tolice?
Pergunta a Alice
E o João responde:
- Deixa de burrice!

A sociedade cega e estagnada
Não vê nada;
Não diz nada
Até parece acorrentada
Comendo marmelada!

Maria Lu T. S. Nishimura

Inserida por marialu_t_snishimura

O código da felicidade

O código da felicidade tu já tem:
Olhe para cima e para baixo também!
Veja do seu lado o teu próximo,
agradeça a Deus o que Ele deu em acréscimo...

Repare no espelho o teu reflexo:
Nada é tão difícil e tão complexo!
Olhe nos teus olhos e se descubra
e não fique no chão se te derrubam...

A felicidade tá no seu sorriso
e no seu bom humor se mantém,
porque se continuar é preciso,

é preciso agradecer o além,
porque Deus é o paraíso
que quer sempre seu bem!

Inserida por marialu_t_snishimura

Beija - flor beijador

O beija-flor beijador
mais um vez beijou,
beijou a mais bela flor,
que quiçá encontrou!

No doce mel do beijo
afagou com carinho,
saciou seu desejo,
o pequeno passarinho!

Se assim vive a beijar
respira ele só do amor,
só amor ele tem pra dar!

Ingênua são as flores:
- Num beijo do beijador,
sede o mel e as cores!

Inserida por marialu_t_snishimura

⁠A teoria da propriedade

O direito privado da posse da terra,
que cercou o espaço do mundo
foi que apossou da Terra de Deus!

A dona sem pedaço é a Terra de fato,
se pegou e ninguém contestou,
se tornou seu dono e apropriou
porque a Terra não falou nada!

Pega, pega logo o que é de todos,
coloca a cerca com tiro e bomba,
levanta o muro, cerca tudo e vigia...
levanta o muro do mundo o aço!

Olha o aço! Olha o ferro duro!
Olha o furo da bala e do canhão!
Olha o latifundiário!
O presidiário sem pedaço de chão!

No cemitério se fala sério
todo mundo tem uma cova pra ficar!
parece apertado para o deputado,
pro político, pro rico!
Para o pobre é muita terra!

Para o pobre é a Terra seu pedaço
e sem ela ...no final,
cada um ganha um teto,
pra servir de lugar,
deitar o corpo pra descansar!

Maria Lu T S Nishimura

Inserida por marialu_t_snishimura

⁠O diplomata e o apedeuta

O diplomata gritava em altos brados...
Ora ria em gargalhadas incontidas.
Cheio de orgulho e vaidade tolas,
criticava e via defeito em todos!

Entre os seus estava bem posto..
Visto que, todos eram apedeutas.
Fora os seus os outros era resto,
afirmava assim os diplomatas!

Dias e mais dias iam se passando
e gerações vieram de um e de outro,
Os diplomatas por um lado
e os apedeutas por outro...

Nem todos eram diplomatas
e nem todos eram apedeutas,
mas generalizando assim seguiam,
porque uns nos noutros se viam!

Maria Lu T S Nishimura

Inserida por marialu_t_snishimura

Versos brancos

Ah! Esse versos brancos...
não têm rimas!

Eles são livres e soltos,
correm no vento simplesmente!

Mas, não deixa de ter sua graça
porque tem poesia...

A poesia não é a forma
e sim o sentimento e uma emoção!

Poema sim é a estrutura;
Poema é a forma;
Poema é o corpo da poesia!

Então decide aí!
Sejam todos poetas
e poetisas....

Afinal para sentir...
basta ter um coração,
um lápis ou uma caneta azul! 😜

Inserida por marialu_t_snishimura