Poema de Pablo Neruda Crepusculario
Esta é o que considero a verdadeira generosidade. Você dá tudo de si, e ainda sente como se não lhe tivesse custado nada.
Para viver um grande amor é muito, muito importante viver sempre junto e até ser, se possível, um só defunto - pra não morrer de dor. É preciso um cuidado permanente não só com o corpo mas também com a mente, pois qualquer "baixo" seu, a amada sente - e esfria um pouco o amor. Há que ser bem cortês sem cortesia; doce e conciliador sem covardia; saber ganhar dinheiro com poesia - para viver um grande amor. (...)
Mas tudo isso não adianta nada, se nesta selva escura e desvairada não se souber achar a bem-amada - para viver um grande amor.
Amar...Desamar...Amar...Como podemos gostar tando de alguém e sofrer tanto...Como podemos amar tanto uma pessoa, mesmo sabendo que nunca daria certo...Mas o sentimento chega sem pedir licença e quando percebemos, já está aí, dentro da gente.
Vai falar com o coração: não vai dar certo, somos diferentes, esqueça esse aí, vamos procurar outro menos complicado, que pense como a gente. Não adianta, ele não escuta! Nem está aí pro que a gente pensa. Só quer saber de amar e amar...Aí que gente sofre e sofre...Porque só amor, isso mesmo, somente amor, não é garantia que um relacionamento vá dar certo.Outras coisas estão em jogo, e fazem a diferença. E mesmo sabendo que não é essa a pessoa com quem sonhamos, não deixamos de amá-la...E é aí que a gente sofre...Tantos conflitos, desentendimentos, e passamos por cima de quase tudo pra não sofrer com a separação...E é aí que a gente sofre...Até o dia em que chega o limite, e o orgulho e a razão, que estavam lá no fundo, escondidinhos, se revelam. E é a hora do fim... A dor é tamanha, que é quase palpável, física. O chão se abre, e a gente se perde por esse poço vazio. E é aí que a gente sofre...
O amor, no sentido verdadeiro da palavra, vence barreiras, supera distâncias, se resguarda na espera. É o elo eterno que une dois corações. Nasce primeiramente na alma. Não sendo assim, não é amor.
Nós sempre precisamos de amigos. Gente que seja capaz de nos indicar direções, despertar o que temos de melhor e ajudar a retirar excessos que nos tornam pesados. É bom ter amigos. Eles são pontes que nos fazem chegar aos lugares mais distantes de nós mesmos.
Esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo.
Não importa pra onde ou por quanto tempo a vida me leve. A força da saudade sempre me trará de volta!
Se você quer vencer um inimigo, primeiro troque o ódio por desprezo sarcástico. Ódio é uma forma de culto.
O ideal do amor e da verdadeira generosidade é dar tudo de si, mas sempre sentir como se isso não houvesse lhe custado nada.
Quando eu era criança, quando eu era adolescente, os livros me salvaram do desespero: me convenceram de que a cultura era o mais alto dos valores.
Por trás de um olhar frio e calculista, uma mente brilhante e atitudes impactantes, existe um sofredor.
Tudo em volta induz à loucura, ao infantilismo, à exasperação imaginativa. Contra isso o estudo não basta. Tomem consciência da infecção moral e lutem, lutem, lutem pelo seu equilíbrio, pela sua maturidade, pela sua lucidez. Tenham a normalidade, a sanidade, a centralidade da psique como um ideal. Prometam a vocês mesmos ser personalidades fortes, bem estruturadas, serenas no meio da tempestade, prontas a vencer todos os obstáculos com a ajuda de Deus e de mais ninguém. Prometam SER e não apenas pedir, obter, sentir, desfrutar.
O maior inimigo do capitalismo não é o socialismo, é a depressão, o socialista trabalha, o depressivo, não.
Quem me dera pudesse compreender os segredos e mistérios dessa vida, esse arranjo de chegadas e partidas; essa trama de pessoas que se encontram, se entrelaçam e misturadas ganham outra direção...
Acho que o quintal onde a gente brincou é maior do que a cidade. A gente só descobre isso depois de grande. A gente descobre que o tamanho das coisas há que ser medido pela intimidade que temos com as coisas. Há de ser como acontece com o amor. Assim, as pedrinhas do nosso quintal são sempre maiores do que as outras pedras do mundo. Justo pelo motivo da intimidade.
O engano de considerar-se invencível, superior, provando o desconhecimento da fragilidade e da impermanência do conjunto que o constitui, especialmente de seu corpo, faculta, ao ser, prazer mentiroso, que o desperta sob grande sofrimento.
Ninguém escapa às conjunturas que constituem a vida.