Poema de Pablo Neruda Crepusculario
Hoje procurei desenho em nuvens
"Hoje olhei pro céu,
Estava encoberto,
E não sei ao certo
O que me aconteceu.
Procurei desenho nas nuvens.
Lembrei da minha infância,
Brincadeiras de criança,
De muitas traquinagens.
A gente cresce, fica sério.
Nada mais tem graça.
Nos divertimos só pra fugir do tédio.
Faz bem pra alma mudar a sintonia.
No calendário da rotina,
Volte a ser criança por um dia."
Amor é como estar doente
Entretanto é uma doença boa
Pode até machucar
Mas as vezes é bom brincar com o fogo
Ainda mais por algo tão lindo como o amor
Na maioria das vezes, mesmo sem conhecer tal pessoa
O amor circula por todo o corpo
Algo incontrolável, sem limites
Algo tão forte que você não consegue parar de pensar nela (e)
Ou como reagir perto dessa pessoa
Que as vezes mesmo sem saber ou sabendo
É tão importante na sua vida
E tão essencial
ultimamente me sinto perdido
no tempo e no espaço
virei aquele famoso
maluco no pedaço
não sei se estou certo
nem se eu deveria ser julgado
mas quem é quem pra me julgar
nesse planeta alucinado
alucinado pela confusão
alucinado também pela maldade
me vejo no meio de tantas ilusões
que nem sei o que é verdade
talvez eu tenha perdido o medo da morte
me sinto até mais forte
mas talvez eu tenha medo da vida
e vivo contando com a sorte
nem sei quem eu sou
não sei o que pensar
quem diz saber
não se deve confiar
eu posso estar num abismo
perto do fundo do poço
mas não perco minha fé
creio que alguma força está conosco
talvez seja tudo um teste
tenho que aguentar até o fim
até porque se eu não viver
quem vai viver por mim?
enfim
esse é meu desabafo
mais um poema perdido
em meio ao tempo
e o espaço
ass:maluco no pedaço
Livros
Oh! Livros de tanto conhecimento,
Grandes E Pequenos Duros e Moles
Pode Conter Terror ou Amizade,
Aventura ou tristeza, Alegria e Doença
Ah! E Não Temos Nem Que Notar As Aventuras sombrias,
Todos Os Tipos Nesse Mundo, Todo o Conhecimento,
Sem Eles não Existiriam Adaptações, Essa Linda palavra com origem dos Livros
Pequenos Grandes, Infantis, Juvenis, Adolescentes E Adultos,
De História Ou Lição, De Alegria E Compaixão.
Eu Juro os Proteger
Na Saúde e na doença, Na Alegria e Na Tristeza
Eu Me Declaro o Homem Que Mais Gosta De Livros Na História Da Terra
Não Leio por Obrigação, E Sim Por Diversão
Pois Como Costumo Dizer,
O Cérebro tem um tamanho O Que Cabe Nele Não !
"Serendipity"
Era Junho, dia 26
Estava frio, quase meia noite.
No aglomerado de pessoas
Que aguardavam na estação,
Nada me chamou atenção.
Impaciente desejava
Logo partir.
Quando de repente te vi.
Te olhei de longe,
Não quis te contar.
Mas já te conhecia
Da semana passada.
Foi no domingo,
Quando desci naquela estação.
Caminhei tranquilo.
Porque meu caminho é teu,
Oh, destino!
Estava frio,
Mas havia sol.
Uma apresentação ao meio dia.
Entre acordes e distorções
Pessoas cantando
'Por onde andei'
'Diga que você me quer
Que eu te quero também...'
Você estava lá,
Na minha frente.
Cantando, sorrindo...
E agora está aqui.
De novo cruzou meu caminho.
Confesso que sorri.
Não contei pra ti,
Logo assim.
Mas por fim não resisti.
Todos os lugares
Haviam sido ocupados.
Ou melhor,
Havia uma vaga ali,
Ao teu lado.
Teus olhos brilhantes
Lindos como uma estrela
Que cruza o céu,
Adentrou a atmosfera
Do meu ser.
Sentia vibrar
Meu peito
Quando me olhou,
Quando num gesto educado
Me deu atenção.
Lhe ofereci palavras,
Você me ofereceu calor.
Mesmo que eu tente
Explicar aquele momento,
Ninguém entenderá.
Foi incrível,
Foi perfeito,
Sem explicação.
Mas se alguém
Me perguntar um dia,
Bastará olhar nos
Meus olhos e verá
Que foi uma história
Verdadeira e linda.
Inesperada e boa.
Dual
E lá estava ele. Tão pequeno, tão frágil. Era maravilhoso saber que, enfim, eu havia sido pai. Ao mesmo tempo, um turbilhão de pensamentos e preocupações preenchiam os espaços ociosos no meu cérebro. Espaços que só eram, anteriormente, ativados quando os assuntos eram futilidades, como mulheres, festas e futebol.
Não havia espaço para mais nada. Desde o momento em que aqueles pequenos olhinhos negros piscaram para mim, o mundo parara. Só existíamos nós dois, unidos por laços únicos em uma esfera que eu ainda desconhecia.
E ele, o meu filho (meu!), parecia me compreender. Olhava fixamente na minha direção, enquanto suas pequenas falanges arriscavam curtos movimentos. E sorria, quando a preocupação tentava me consumir. Parecia estar adorando a exaltação que brotava de mim, mesmo detrás daquela enorme parede de vidro.
Agora eu entendia. Entendia o que era viver eternamente. Diante de mim, a maior aposta de perpetuação de minhas memórias. Uma Parte de mim. Minha continuação. Eternidade. Esse é o nome que deveriam dar a todos os filhos. Vitória. Este é o nome que deveria ser dado a todos os pais. Porque ser pai é viver, todos os dias, a harmônica dualidade existencial, sem deixar cair a peteca.
Ao redor, o universo é infinito...
Um olhar, o coração estremece, ele começa a se delimitar.
Um olá!, meio tímido, e fica menor.
Um convite, uma conversa, ele segue diminuindo.
O cheiro, o pensamento... e as coisas ao redor vão desaparecendo.
O encontro, e num abraço vai caber quase tudo.
Logo tudo estará concentrado num beijo.
Entrelaçados no amor, são só dois, nada mais existe.
O universo todo é uma força contida na alma dos amantes.
Porque te amar é a melhor coisa do mundo.
Te amar é ver estrelas na escuridão dos teus olhos negros,
É encontrar conforto na imensidão calma dos teus braços,
É olhar no espelho e ver que já não sou só eu que me vejo,
É ver que a vida é bem mais bela quando juntos sorrimos,
É semear flores no quintal a qual viveremos dançando,
É acordar do seu lado e pensar que ainda estou sonhando,
É viver a vida em paz como duas crianças brincando,
Despreocupados do caos, em frente e sempre se amando,
Porque te amar é a melhor coisa do mundo...
Enleio
É alguma coisa em você,
Eu sei...
Eu nem gostava de estar na fila,
De andar pelos vãos e corredores,
Então eu não sei...
Mas suspeito que são seus olhos,
A sua presença
Ou talvez algum lapso de memória,
Daqueles que acessam nosso subconsciente,
Onde as imagens ficam guardadas,
Que me faz ter esse apreço.
Por alguns minutos...
Na fila do jantar
Ou sentado com as amigas,
A gente conta coisas da vida,
Mas a vibração e sintonia
Fica toda ligada em seus
Traços...
Isso que escrevo agora,
Nem sei porque escrevo,
Mas saiu assim,
Sem jeito,
Sem ao menos me dar conta.
É esse efeito, estranho...
É alguma coisa em você,
Eu sei...
Acho que são mesmo,
Seus olhos...
Quando minha alma sorri
Queria eu
Ser como o vento
E ir ao teu encontro,
Bailar em seus cabelos,
Tocar seu rosto,
Fazer virar as páginas do seu livro
E fazer parar
Onde as palavras possam indicar
Que eu estou aqui,
Admirando-a,
Como se tivesse numa planície calma Onde só se vê
Os traços belos da paisagem.
Porém,
O vento nunca encontra o seu destino...
Está sempre a bailar por aí,
Indo e voltando,
Surgindo e se esvaindo.
Pensando bem,
É melhor ser eu mesmo.
Ao menos assim
Estarei aqui todos os dias,
Por um tempo,
Tendo a chance de sorrir na alma
Por alguns momentos
Quando te vejo.
Sempre que te vejo...
"Kando
Há um vale de belas flores,
Um oceano calmo e límpido,
Uma noite de céu claro e estrelado,
Quando meus olhos te encontram...
Ouço música soando docemente,
Percebo o ritmo de uma dança,
Uma leveza transmitida no ar
Quando ouço a tua voz...
Escrevo versos e poemas,
Ouço canções que você gosta,
Vejo a todo momento seu status
E fico aqui em você, pensando...
Se eu não pudesse te ouvir,
Se eu não pudesse te ver,
Nem mesmo te encontrar,
Ainda assim te sentiria dentro de mim..."
"Me faz bem te querer.
Me dá paz pensar em você.
Fico o dia todo te olhando.
Passo a noite contigo sonhando.
Te levo aonde vou,
Te trago naquilo que sou.
Você poderia ser qualquer coisa,
Mas é o meu grande amor."
Aware
Não sei como explicar,
E talvez nem preciso,
Todos podem ver isso.
Meus olhos brilham ao te encontrar.
E nem de longe consigo disfarçar.
Que toda tarde te espero
Que em cada abraço eu te quero
Mais e mais e sinto o tempo parar.
Me atraso pra te esperar
Crio mil pretextos: café, pastel, gatos...
Só pra te ver chegar.
E para estar sempre contigo,
Te transformei em poema
E pra aonde eu for te levarei comigo.
É perigoso escrever
É perigoso escrever
Pois posso dizer ao mundo
O que sinto por você.
É perigoso escrever
São muitos sentimentos escritos
Que o mundo jamais iria entender.
É perigoso escrever
Minhas lágrimas mancharam a folha
E eu jamais iria esquecer.
É perigoso escrever
Pois as vezes não sei expressar
O que meu coração tem a dizer.
É perigoso escrever
Pois tudo o que escrevo
Muitas vezes seus olhos não conseguem ver.
Alexandre C.
Poeta de Libra
Sinta
Quando não souberes falar.
Apenas feche os olhos e sinta
Pois teu coração não possui olhos,
Mas descreve cada linha.
Alexandre C.
Poeta de Libra
Bença
Bença meu pai
Bença mainha
Bença meu tio
E também minha vozinha
Tomo a bença
Não por educação
Mas por que sem as bençãos
Fica um buraco em meu coração.
Alexandre C.
Poeta de Libra
Sertão
Há tantos rascunhos escritos
Que ao ler
Eu me pego a chorar.
O tempo passa tão rápido
E eu não sei explicar
A saudade do meu sertão
Que hoje veio me apertar
Maltrata meu coração
E faz os olhos derramar
Lágrimas de um paulista
Que ama o sertão do Ceará.
Alexandre C.
Poeta de Libra
Ela chegou de uma forma calma.
Invadiu meu corpo controlando minha Alma.
A escuridão aumentava sua força.
Para tornar sua morte mais rápida.
Enquanto isso a vida passava.
Eu já não queria nada.
Era apenas uma pessoa solitária.
Seguindo o caminho da vida.
Cansado de não fazer nada.
Mesmo assim eu lutava.
E a depressão atacava.
E a vida mesmo assim continuava.
Quanto mais eu dormia menos eu sonhava.
Eu já não tinha nada.
Por causa disso mudei minha caminhada..
Encontrei meus amigos na estrada.
A estrada já não era solitária.
Era uma jornada.
Onde o sonho se buscava.
Marcelo J. F. de Britto
Com o tempo eu estava a me acostumar.
Mais o vazio era grande de mais para aguentar.
A minha força começou a drenar.
Já não conseguia mais me levantar.
Queria poder continuar.
Mais não podia caminhar.
Estava preso em frente ao céu sem luar.
Olhando para onde não havia nada no lugar.
Queria poder sonhar.
Queria poder acordar.
Minha alma não queria funcionar.
Ao ver o tempo passar sem sair do lugar.
A partir dali queria me matar.
Não há ninguém que poderia ajudar.
O tempo estava a passar.
Novamente eu tentava caminhar.
Preso na minha própria sombra naquele lugar.
Remédios não iriam adiantar.
Eu fiquei sem acreditar.
Queria ter asas e voar.
Na mesma hora.
No mesmo lugar.
Estava sozinho no silêncio no mesmo lugar.
Não conseguia escutar.
Não conseguia falar.
Queria me cortar para sair do lugar.
Mais o que iria adiantar?
Tentei procurar.
Por saídas no mesmo lugar.
Mais estava difícil de encontrar.
Queria que existisse algo para me ajudar.
Mais era o fundo do poço o lugar mais difícil de escapar.
Afundando nele vi uma luz a brilhar.
Parecia ser a ultima gota de esperança que havia no lugar.
Sem medo vi que era a unica chance de escapar.
Com todas minhas energias comecei a me esforçar.
A acreditar que a luz poderia me guiar.
As paredes comecei a escalar.
O caminho a trilhar.
Até a um final chegar.
E com felicidade pude ver a luz do luar.
By: Marcelo J. F. Britto
Da varanda, vejo um povo com sabedoria celebrar mais um dia.
Da varanda, vejo um povo enfrentar sua sina confiando na providência divina.
Da varanda, vejo um povo com amor suportar toda dor.
Da varanda, vejo um povo com humildade aguentar toda a desigualdade.
Da varanda, vejo um povo com respeito buscar seus direitos.
Da varanda, vejo um povo não deixar a dureza do cotidiano consumir seus anos.
Da varanda , vejo um povo buscando melhoria mesmo de barriga vazia.
Da varanda, vejo um povo sem grana, morando numa cabana, cheia de crianças sem perder a esperança.