Poema de Pablo Neruda Crepusculario
Bela por palavras sempre verdadeiras
Que nem Platão poderia imaginar
Sua Beleza é absoluta
E pessoas como você é fácil admirar
Sortudo foi quem te teve
E pôde te admirar
Por muitos dias, meses e muitas noites
Ouvindo suas palavras ao acordar
Não tive e não terei a oportunidade
Que seria um dia te ter
Mas encontrará o mais puro e belo homem
Que eternamente amará você
Quero que as características de aquariana
Sempre esteja no seu coração
Que muitos e muitas pessoas vejam
E lhe tenham como uma inspiração
Para: Leide
CAETANIANDO.
O sol não nasce em Santo Amaro
Sem que o poeta Caetano
esteja com os versos cantando;
Poesia com samba de roda, meu caro.
Dança criança, velho e a moça morena.
Com isso faz o lindo recôncavo baiano se alegrar.
O tempo é um deus generoso que deixará
Caetano Veloso como um eterno poema.
A ditadura tentou lhe ditar,
Mas Caetano nunca andou só.
Ele é protegido pela força do orixá.
E abençoado pela reza de de Dona Canô.
Caetano é uma ladainha.
Sua amizade com Gil,
É como o berimbau e o capoeirista;
Que a capoeira da vida os uniu.
Caetano é filho da terra sagrada,
Que é filha da mãe África.
Que a pariu no fundo do navio.
A Bahia é a poesia
e Caetano Veloso é o poeta que a canta com muita alegria.
Sobre Mãinha escrevi: SOMOS UM
Meu olhar é o dela.
Meu cabelo crespo é o dela.
Meus lábios carnudos é o dela.
Até meu sorriso!
A cor da pele é dela.
O nariz esparramado é
o dela.
O rosto, é o dela.
Se tivermos distantes, a alma não se desconecta;
Somos uma alma, só dividida em dos corpos.
Nem a morte pode nos separar.
Pois até depois de mortos, a vida faz questão de nos juntar.
Somos a beleza do continente africano;
Eu sou seu poeta,
E ela, meu poema que declamo.
Mãe é um pedaço de Deus:
Porque é uma vida que gera outra vida!
Fragmentos do meu livro: Dom Amaro.
O amor platônico me deixa perdido,
Por não ser achado por quem eu amo.
Meu peito dói tanto
Pelo fato de não ser correspondido.
Não é uma dor que me mata.
É uma dor que me abraça,
Que me arde por inteiro,
E eu ao mesmo tempo, sinto-me bem.
Por saber que, mesmo sendo ser humano
Eu consigo amar alguém.
Trecho de um poema do meu livro: Dom Amaro.
Demorei muito tempo para entender
Porque você de repente apareceu
Era para ser apenas mais uma
Mas o seu jeito cordial me convenceu
Você é como as mais belas flores
Que se destacam na estação certa
Você é tão pura, meiga e etérea
Se eu fosse Zeus, você seria minha Hera
Apaixonada pelos amigos e liberdade
É a mais bela e cintilante aquariana
Além disso, empática e sideral
Possui muita racionalidade, a vulgo virginiana
Os seus sonhos me alegram
Pois você é muito inteligente
É inteligível por ser estudiosa
E eminentemente das outras diferente
Entre você e o saber
Os dois quero para sempre lembrar
Pois é uma bela combinação
Que belas palavras irei eternamente falar
Vasos Vazios
As pessoas às vezes insistem que você não foi, não é ou não será feliz. Então elas começam a um processo de desconstrução do outro, remontando imagens rebuscadas, despretensiosamente.
Inveja? não.
O vazio destas pessoas não permite que o outro seja ou busque ser. E mesmo que se diga que é, sem ser, assim mesmo é uma escolha, um ato bravo de alguém que acredita na palavra como força criadora.
Eu, particularmente, cansei desses vazios, ou melhor, belos vasos sem flores, subutilizados, descrentes da sua capacidade. Cansei de encontrá-los nas emboscadas das esquinas escuras da vida, no arredores das minhas óbvias falhas e sempre na mira do pouco que me resta de mais correto.
Pobres almas! Os seus sapatos bonitos não superam o trauma dos seus feios pés.
Se eles soubessem que é do bom coração que brota as mais belas flores não perderiam tempo e mudar os outros.
Gosto de escrever à queima-roupa, como quem atira sem alvo. Às vezes quando acordo inquieto, com frio na barriga, muita sede e vontade de correr ou ficar sozinho eu já sei: vamos resolver isso com uma caneta ou teclado de computador.
Às vezes, sai apenas um rabisco, um desenho, um devaneio em forma de um novo projeto. Mas eu deixo sempre fluir...
Como sei que a idade um dia vai chegar, quero migrar essa terapia para a voz e assim, poder gravar quando não tiver mais vistas suficientes para a escrita.
O importante de sentar para escrever, ao contrário do que se pensa, é não ter inspirações prévias.
Devemos deixar o pensamento correr solto, frouxo, leve até que ele escorra pelos dedos até a ponta da caneta ou teclado de um computador.
Pode parecer baixo, mas tem dias que o pensamento tá como aquele "peido" que insiste em sair quando você anda pelas ruas, lado a lado com alguém: é necessário você pare tudo e o liberte!
Sinto falta do uso da minha máquina de datilografar. O barulho incomoda os vizinhos mas esse mesmo barulho me inspira.
Foi ao som desse barulho que, por anos, vivi nos salões de agências bancárias datilografando documentos e vivendo algumas emoções.
Creio que num futuro próximo digitar com a voz terá o apoio de corretivos eficientes que repetem o escrito e indicam por voz a necessidade de um ajustes na escrita.
A pandemia foi um ano difícil para alguns, porém, os autores, pintores, compositores, poetas, escritores e todos os que vivem de inspiração tiveram um ano de muita colheita.
Sim! Colheita! Assim como um agricultor no campo de flores ou frutos, tudo aquilo que transborda na mente humana e se converte em palavras são colheitas. É a mais bela colheita por que ali nascem sementes que irão brotar em outras mentes humanas.
E sem dúvidas, dos tempos pandêmicos de 2020, brotarão sementes que inspirarão as ávidas mentes dos séculos que se seguirão...
Ao rever nossas conversas
Começo a chorar
lembro de todos bons momentos
E quando dizia que ia me encontrar
Sonhei, juro que sonhei
Em você linda para mim
E nós dois em um lindo altar
E seríamos felizes até o nosso fim
Mas por ciúmes e dramas
Tudo que era bom se acabou
O que resta são as conversas
Das mais lindas juras de um amor
Estou claramente arrependido
E não sei o que fazer
Não sei se só choro
Ou se penso em um dia novamente te ter
Se um dia me perdoar
Estarei te esperando
Pois minha vida só terá sentido
Se eu viver eternamente te amando
Quero acordar todas as manhãs
E poder poetizar
Para mais pura, bela e sideral mulher
Que comigo se casar
As vezes me perco no seu olhar,
E não sei se um dia você irá perceber...
Mas é impossível não te admirar,
E sua beleza e seu jeito meigo me faz entender;
Que só serei feliz nessa vida,
Se ao seu lado para sempre eu viver.
Ultimamente tenho ficado mais na minha casinha: o pensamento.
Sim! eu estou morando lá, por enquanto. Fico lá, ouvindo os alertas da consciência, fazendo autorreflexões, muito tranquilo.
Às vezes, lacrimeja no cantinho do olho, mas são os respingos da alma, quando não pode fazer o corpo gemer.
Pelos cantos da boca às vezes vem também aquele risinho, sublime e matreiro, esticando a pele do meu rosto de forma sorrateira.
Quando chegam as murmurações eu prontamente transformo tudo em gratidão, aprendizado e dou uma voltinha no pensamento vago para relaxar.
Tenho usufruído do que recebo de "direitos autorais" ou melhor, dos direitos causados pelas minhas atitudes, uma deliciosa e inevitável colheita, mesmo sem ter sido um santo, e tendo cá os meus espinhos e calos, desfruto de tudo que vem igualmente feliz: sinto espadas de fogo ao meu redor que me protegem, ouvidos estão sempre atentos aos meus clamores, harpas tem embalado o sono e há sempre um pouco de trigo no canto da cozinha para sovar o meu pão.
Resisti, apesar do peso e do medo! Mesmo quando os abraços vinham seguidos de punhais, resisti!
Mesmo quando a "autossabotagem" tentava contrapor, eu resisti!
Agora, passado tudo, pelo menos eu acredito, quero ficar mais um pouco no casulo do meu pensamento.
Ah! Se houver algum tempo livre, saio daqui e dou uma passadinha na contemplação, mas só ficarei lá se a felicidade também me acompanhar.... sem pressa, por enquanto, só pensar!
A Saudade e os Cincos Sentidos:
A saudade por si, não existe: mas, sorrateiramente, se faz presente enquanto se apodera dos nossos sentidos, arrancando suspiros.
Surge do nada, invade os nossos sentidos, ocupa os ouvidos, adentra pela ponta do nosso nariz e vai até os lábios paralisando o tato e o paladar, até que, de forma ingrata, some enquanto se dissolve pelas pontas dos nossos dedos.
Ela acende em nós as marcas de tudo o que se foi: aromas, sons, sabores, lágrimas, sorrisos e até o arrepio do toque dos ventos.
A saudade é o motor dos nossos sentidos sem presenças físicas e eu desafio a ciência a dúvidar disso.
Saudade, você nâo existe! risos...
Ainda há justiça na terra?
Será que a justiça tem interesse em absorver regenerados?
Será que a justiça repara falhas de acusados sem culpa?
Será que a justiça condenaria caluniadores?
Sim: a "justiça divina" existe e faz muito mais: ela não dá sossego à consciência dos vilões, alertando: a tua hora vai chegar! arrepende-te, repara o mal e regenera-te....
Deixei um beijo meu
Na esquina do teu rosto.
Só pra avisar: estou voltando para buscá-lo. Se não me devolver, roubarei!
Queria poder fazer um juramento
Ou lhe dizer os mais belos versos de amor
Para conquistar seu lindo coração
Com o meu jeito cordial e encantador
Infelizmente ainda não posso
Pois não te teria por completo
Meiga pura e donairosa ariana
Que qualquer homem honesto queria por perto
Tentarei não ser meio termo
Pois não gostaria de vê-la impaciente
Quero vê-la sempre alegre para mim
Brilhante como uma estrela cadente
Se um dia for possível
Irei no seu ouvido falar
O quanto você é venusta e garbosa
Que falta palavras para isso externar
Para mais bela ariana, Mariana.
Bruxo, eu? i don't know!
-Mago?
-Talvez.
Any way...! Quando encarei todas as opiniões contrárias, que me alertavam para o tipo de ser que estava ao meu lado, mesmo sabendo, eu simplesmente ignorei por acreditar em um novo amanhã.
Importa que eu tive luz suficiente quando me jogaram no chão. Era tanta luz que eu simplesmente ignorei tudo e segui como se nada tivesse acontecido, mesmo embaixo de pontapés e difamações.
Eu tive a minha melhor temporada de aprendizado e, sem dúvidas, também sei que os meus ensinamentos revolvem-se à consciência todas as vezes que tentam suprimi-los com os seus insultos.
Sorrio, feliz e grato por isso: "a sua consciência é o meu melhor advogado. E isso você não consegue arrancar do travesseiro..."
#voilá
De repente você chegou
Com o mais belo e cintilante olhar
Com a mais bela boca
Que imaginei para sempre beijar
Se sofri ou sofrerei, não tenho medo
Pois em pensamento foi passageiro
Todo esse curto tempo
Que parecia o tempo inteiro
Meus dedos entre seus fios de cabelo
Foi o que sonhei
Mesmo se não fosse para vida inteira
Mais pelo menos, duas ou uma vez
Se um dia lembrar de mim
Lembre dos bons momentos
Das noites de conversas peculiares
Mesmo quando faltavam argumentos
Sei que um dia irá encontrar
Uma pessoa pura e legal
Não como eu
Mas alguém proeminente e magistral
Despedida, Q.S
vodu
por entre os dedos da terra
sem pressa
sem deter
discorre sem forma
e incolor
o deus terrível
profundo
silêncio cálido
que inebria e incapacita
que engole
sem mastigar
os ásperos calos
deformando
as minhas trémulas e gélidas formas
encerrando os olhos
com o capim
e as pedras
e as folhas tardias
do longo inverno
na caverna aberta deste crânio quartzítico
incandescente luz que me atravessa
imobilizado pelas asas abismais
ouço e vejo o temporal
contra a gruta do meu próprio templo
eu sou o templo e a sua ruína
os seus antepassados futuros
isto é o princípio do meu renascimento
e por isso estou estendido nesta catarse
envolvido pelo frondoso sudário da floresta
aguardo a tácita palidez da minha própria morte
talvez eu próprio seja este terrível deus
porque ouço a voz da lua e o corpo do sol
invocando em extintas línguas os meus nomes.
(Pedro Rodrigues de Menezes, “vodu”)
Minha filha não conheceu meus pais
mas eu conheci meu neto
Por isso faço versos
para que ele saiba
o que meus retratos sentiam por dentro
baobá
procuro nos outonais trâmites do teu corpo
o insofismável vestígio das tuas raízes
salgueiro que jaz e se curva obliquamente
eterna a bênção, terrível o fim do tempo
deserto, areia, sol, miragem, saudade
serás sempre o antes e o depois de nós
e nós seremos tão pouco e tão poucos
depois de ti secarão todas as welwitschias
África não renascerá da força dos tambores
mil homens sangrarão entre solenes rituais
as grávidas abortarão com sede de terra
e o céu encher-se-á de conchas e espinhas
e virão os deuses deste mundo e do outro
velar a desgraça efémera da sabedoria
ninguém saberá mais falar, escrever ou viver.
Poema dedicado a Catarina Pereira do Nascimento
(Pedro Rodrigues de Menezes, “baobá”)