Poema de Pablo Neruda Crepusculario
Bora descobrir
Bora viajar
Bora sorrir
Bora se amar
Juro que não queria
Mas na hora que te vi
Eu já sabia
Que te amaria
Te vi de relance
Por apenas um instante
Mas já me apaixonei
Com certeza é amor, eu sei
A melhor arte é a de escrever
Pois apenas em um verso
Posso descrever
O amor que sinto por você
Esse sorriso encantador
Só você tem minha flor
Não sei como vou te falar
Bora se amar?
10/08/2019
Por que?
Porque...
Uma simples palavra
Que todos buscam
e poucos acham
Por que...
Tenho que sofrer?
Por que...
Tenho que não te ter?
Por que...
Não sei o porquê?
Por que...
Tenho que amar você?
É uma dúvida permanente
Que não sai da minha mente
É um amor inconsequente
Que não posso vê-lo indo em frente
Mas a vida é assim
Nem todos os amores
Vão até o fim
Nem todos passam de dores
Amar não é apenas querer
É também sofrer,
É querer deixar de viver sua vida
E sair em uma viagem só de ida
Apenas os dois
No fim do mundo
Onde tudo vai acabar
Menos o sentido de amar
Amar,um verbo difícil de conjugar
Amar,um verbo fácil de conjugar
Difícil mesmo é equilibrar
Por quê? É o que vou perguntar
Porque...
Simplesmente queria saber
Como te esquecer
Fácil é dizer
Amor antigo com amor novo se esquece
Apenas quando o antigo não lhe merece.
Quando o amor antigo foi de verdade
O novo não acaba nem com a metade
Não sei o porquê
Simplesmente não vou ligar
O tempo vou esperar
Para essa dúvida tirar
O moleque da quebrada
teve que sair para trabalhar
cedo, procurar emprego,
Para sua família ajudar a sustentar.
O pai abandonou a mãe com três filhos pequenos para criar.
Faltava comida,Na casa não tinha nada, nem teto paredes ou chão, ali avia somente um colchão, muito amor e esperança de tudo um dia melhorar.
E o moleque da quebrada Que não arrumava emprego não arrumava nada, dele aos poucos foi tirado o pra ser de criança.
Não podia estudar, não podia brincar, no coração só levava ódio e ganância.
Com tão pouca idade o moleque da quebrada encontrou um cara, que dizia ter soluções para todos os seus problemas.
No fim do primeiro trampo chegou em casa com dinheiro para uma comida decente, e jurou para a mãe que a partir dali tudo iria melhorar.
Depois de uns corres vivia cheio dos malotes, e os amigos que se dizia praça cresceu o olho. Não via o que ele passou, ou o que tem passado.
A inveja é uma doença irmão, que cega os olhos, tampa os ouvidos e petrifica o coração.
O moleque da quebrada mais uma vez foi em cana, apanhou da polícia e foi parar no jornal, " adolescente de apenas 17 anos é preso por tráfico de drogas."
Brasil meu Brasil, pátria amada e idolatrada por uns e odiada por outros, como podes ser tão cruel com alguém que foi movido pelas circunstâncias,
O mundo do crime é mais rápido, prático, fádico e instável.
Porém como poderia o moleque da quebrada ver sua família morrer de fome e ninguém fazer nada?
Abstinência do amor
Um dia encontrarei um amor tão verdadeiro e tão intenso que jamais duvidadei de sua veracidade.
Pois o amor é relativo de quem ama.
É como uma droga viciante que não se consegueviver sem, e aos que se decepcionaram a fase da abstinência é a pior, ainda se tem sede de amor, mas tem medo de amar.
Um dia eu encontrarei um amor verdadeiro para chamar de meu,melhor do que conto de fadas, conto real.
E se esse dia não chegar, eu me amarei tão intensamente que não sentirei mais a dor da abstinência de um amor, eu serei meu amor.
Não escolhi escrever!
As palavras são assim, me tomam.
Quando encontram a melhor forma de sair, entram em combustão, incendeia e queima.
Então escrevo, não porque escolhi, mas minh'alma precisa falar.
O lápis se torna os lábios de onde saem palavras doentes e o papel... o ouvinte a ser curado.
" E o ouro brotou da terra, do mar
como o calor brota das entranhas
para caminhar devastando o medo
numa obra de ninguém ver
sobrou até para o presente
que de louco tinha tudo
inclusive um passado a esconder...
Eclipse
Olho no espelho
E não me vejo
Não sou eu
Quem lá está
Senhores
Onde estão os meus tambores
Onde estão meus orixás
Onde Olorum
Onde o meu modo de viver
Onde as minhas asas negras e belas
Com que costumava voar
Olho no espelho
E não me vejo
Não sou eu
Quem lá está
Senhores
Quero de volta
Os meus tambores
Quero de volta
Os meus orixás
Quero de volta
Meu Pai Olorum
Em seu esplendor sem par
Quero de volta
O meu modo de viver
Quero de volta
As minhas asas negras e belas
Com que costumava voar
Olho no espelho
E não me vejo
Não sou eu
Quem lá está
Séculos de destruição
Sobre os ombros cansados
Estou eu a carregar
Confuso sem norte sem rumo
Perdido de mim mesmo
Aqui neste lado do mar
Um dia no entanto senhores
Eu hei de me reencontrar.
" Rabisque o coração
insinue poemas
recite orgasmos
que de tantos acasos
verdades sejam
assim e sempre
na ausência, saudade
na presença, volúpia
você!
um ser tão especial
que moda alguma conseguirá imitar
nem anjo, ou demônio
apenas presença
e a poesia,
que tal
tatuada em nós...
QUE PAÍS É ESSE?
A cada minuto vidas são perdidas,
seja por doenças, falta de tratamento,
por não serem socorridas,
em nenhum momento,
pessoas tratando vidas com desrespeito,
esquecendo que são humanos e têm sentimento,
governantes que parecem não ter coração no peito,
cheios de ambição,
trocam vidas por dinheiro em suas mãos,
pessoas lutando pelo pão de cada dia,
com suas geladeiras vazias,
sem ter do que se alimentar,
enquanto os corruptos tomam champagne e comem caviar.
Tudo escrito para enquanto o leitor lesse,
pensasse: -Que país é esse?
Sabemos que é o Brasil, porém é revoltante,
viver em um país que dinheiro e ambição,
é considerado mais importante do que vidas, histórias,
pelos governantes,
fica o dinheiro, restam as memórias,
do povo brasileiro, belas e tristes histórias.
GAROTA DE IPANEMA
Não quero ser a coisa mais linda e cheia de graça,
sou mulher guerreira, cheia de raça,
mulher brasileira.
Não quero que você veja meu balançado,
diga que é “mais que um poema”,
ou fale do “meu corpo dourado”,
fale da minha luta para conquistar meus direitos,
da minha inteligência,
persistência,
na luta contra o patriarcado,
por lutar pelo que já devia ser meu,
luta contra o preconceito,
para obter respeito,
ter direitos.
Tom Jobim caracterizou a mulher maravilhosa,
a “Garota de Ipanema” ,ressaltando sua beleza,
mas a mulher é mais que um rosto, corpo, ou pele maravilhosa,
a mulher é bela pela sua luz, pelo seu interior,
pelo seu próprio amor,
pela sua luta, pela sua força,
Garota de Ipanema é uma idealização errada,
da mulher brasileira, mulher valorizada,
não só por sua beleza, mas também pela batalha de todo dia,
pela coragem,
pela vontade,
de fazer do país um lugar melhor e com mais igualdade.
El Desdichado
Eu sou o Tenebroso, – o Viúvo, – o Inconsolado,
O Senhor de Aquitânia à Torre da abulia:
Meu único Astro é morto, o meu alaúde iriado
Irradia o Sol negro da Melancolia.
Na noite Sepulcral, Tu que me hás consolado,
O Posílipo e o mar Itálico me envia,
A flor que tanto amava o meu ser desolado,
E a treliça onde a Vinha à Roseira se alia.
Sou Biron, Lusignan?… Febo ou Amor? Na fronte
Ainda o beijo da Rainha rubro me incendeia;
Eu sonhei na Caverna onde nada a Sereia…
E duas vezes cruzei vencedor o Aqueronte:
Modulando na cítara a Orfeu consagrada
Os suspiros da Santa e os arquejos da Fada.
Versos Dourados
Céus! tudo é sensível
Pitágoras
Homem! livre pensador! serás o único que pensa
Neste mundo onde a vida cintila em cada ente?
De tuas forças tua liberdade dispõe naturalmente,
Mas teus conselhos todos o universo dispensa.
Honra na fera o espírito que fermenta…
Cada flor é uma alma em Natura nascente;
Um mistério de amor no metal reside dormente;
“Tudo é sensível!” E poderoso em teu ser se apresenta.
Receia, no muro cego, um olhar curioso:
À própria matéria encontra-se um verbo unido…
Não te sirvas dela para qualquer fim impiedoso!
Quase sempre no ser obscuro mora um Deus escondido.
E, como um olho novo coberto por suas pálpebras,
Um espírito puro medra sob a crosta das pedras!
Myrtho
Myrtho, divina, invoco a ti que encantos lanças,
Ao Pausílipo altivo em mil fogos luzente,
Em tua fronte imersa em brilhos do Oriente,
E uvas negras mescladas a esse ouro das tranças.
Também em tua taça eu bebi inconsciência,
E no clarão furtivo em teu olho ridente,
Enquanto aos pés de lacos vêm-me reverente,
Pois a Musa me fez como um filho da Grécia.
Sei porque lá adiante está o vulcão aberto…
Foi porque ontem tocaste-o com o pé intranquilo,
E de súbito em cinzas o horizonte incerto.
Desde que um duque destruiu deuses de argila,
Sempre, sob as ramagens, louros de Virgílio,
Uniu-se a hortênsia pálida à mirtácea verde!
Antêros
Perguntas-me por que no peito tal furor
Sobre o colo dobrado, o espírito indomado;
É porque pela raça de Anteu fui talhado,
Eu devolvo estes dardos ao deus vencedor.
Sim, sou um dos que inspiram esse Vingador,
Ele marcou-me a fronte com lábio irritado,
Na palidez de Abel, assim! ensanguentado,
Eu tenho de Cain o implacável rubor!
Jeová! último, vencido por tua mestria,
Do fundo dos infernos, grita: “Ó tirania!”
Será meu avô Belus ou meu pai Dagão…
Jogaram-me três vezes em água em Cocito,
E eu só a proteger a mãe Amalecita,
A seus pés planto os dentes do velho dragão.
Hórus
O deus Kneph tremendo abalava o universo:
Ísis, a mãe, então ergueu-se do seu leito,
Fez um gesto de ódio ao esposo contrafeito,
E ao verde olhar surgiu o antigo ardor imerso.
Disse ela: “Ei-lo que morre, este velho perverso,
Toda a geada do mundo em sua boca achou preito,
Amarrai seu pé torto, arriai o olho imperfeito,
Este é o deus dos vulcões e o rei do inverno adverso!
A águia passou, o novo espírito me impele,
Por ele eu me vesti com as roupas de Cibele…
É o bem-amado infante de Hermes e de Osíris!”
Fugira a deusa já em sua concha dourada,
O mar fazia rever sua imagem adorada,
E brilhavam os céus por sob o manto de Ísis.
Poderia por todas as noites
Poder eminentemente te apreciar
Essa linda e cintilante beleza
Que só encontro no seu olhar
Poderia ao menos
Todas os dias beijar a sua boca
Pois o desenho é tão belo
Que sobre mim vem uma vontade louca
No seu corpo eu quero me esfregar
Aos seus doces beijos me apegar
E para a vida inteira
Poder fielmente te admirar
Se isso for apenas um sonho
Seria o mais fenomenal
Mas se for possível
Me esforçarei e tornarei Real
Para mais bela mulher, Rosa.
Era para ser um grande amor
Mas tudo isso, devastou meu coração
Era a razão do meu viver
E agora o que me resta, é somente solidão
Que loucura de paixão
Que entrou e destruiu minha vida
Quando tudo estava quase perfeito
Me deixou tragicamente sem saída
Ando por tantos caminhos
E mesmo assim não consigo preencher
Esse meu triste coração
Que infelizmente só pensa em você
Talvez agora eu sei
Que a saudade um dia irá te lembrar
Que fui o homem mais marcante
Que seu coração conseguiu encontrar
Estarei sempre no mesmo lugar
Mesmo que maior seja a atração
Que me induza para perto de ti
Mesmo que a paixão seja à indução
Os melhores momentos foram tão marcantes
E por isso, todos sempre corsevei
Mas chegou a hora e te direi
Que esse amor, eternamente guardarei
Não foi por acaso
Que naquele belo dia eu te pedir
Tocando em seus cabelos e suas mãos
O seu coração só para mim
Sua reação foi tão proporcional
Que te chamei de donairosa
Passou ser minha formosa Hera
Minha princesa, minha cheirosa
Por Isso não quero te perder
Minha força, massa e aceleração
Minha três leis de Newton
Meu amor, minha inspiração