Poema de Pablo Neruda Crepusculario

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⁠Poema: "Teto"
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

cruzei todas as linhas vermelhas,
não há mais como voltar atrás,
todos os planos foram exaustos,
toda a esperança,
que esperança?
apenas ilusão.
e me restou dizer que já basta,
dizer não ao sofrimento,
do meu jeito,
o único jeito,
e nos lembrar que em Lugar Nenhum há algum lar para descansar,
sem doer.

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⁠Poema: "Chamas"
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

o solitário tripulante de uma embarcação em chamas no oceano tempestuoso já não sabe mais o que fazer,
como conter as chamas, ou consertar as fraturas expostas no casco.
aos poucos, a água inunda e já alcança a altura do peito,
os alimentos estragam, e a fome não saciada me faz mastigar pele e carne de meu próprio corpo.
os gritos de socorro são abafados pelo som da tempestade; cansam a garganta que asfixia com a fumaça, e a fraqueza consome o corpo já exausto.
entre o mar e as chamas, permita-me queimar,
permita-me arder, sofrer,
dissipa-me,
extingua o sofrimento.

Inserida por diego_fernandes_5

⁠Poema: "Murmúrios solitários de um marinheiro perdido em alto mar"
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

e como eu me sinto quando chorar se torna tempo de qualidade comigo mesmo?
tão dissociado, tão distante,
afastado de mim mesmo, nem eu sei como responder.
suas perguntas não me fazem encontrar respostas ou soluções,
me tornei incapaz de quaisquer decisões, e imprevistos que me façam mover
um palmo para fora de minha bolha,.
tão confortável,
onde tudo sei,
onde tudo tenho,
onde nada temo,
onde tudo que eu tenho é saber que eu já perdi tudo,
e que se não há nada a se fazer, então por que sofrer?

sei que o amanhã ainda está à espreita,
mas já estou pronto para atracar minha embarcação no meio do escuro e impaciente oceano,
e me afogar no eterno desconhecimento de tudo que um dia fui ou poderia me tornar.

Inserida por diego_fernandes_5

⁠Poema: "Contagem Regressiva"
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

O barco está afundando,
e não existe mais no que se ancorar.
Aquilo que se espera há tanto, tanto tempo...
se tornou mera questão de tempo.

Então o que restou,
senão incendiar tudo
antes de inevitavelmente se afogar
no infindável mar?

Os cacos que cortam as minhas mãos um dia foram belos mosaicos,,
e na aterrorizante escuridão que há aqui dentro
já houve cores, luz e esperança

Inserida por diego_fernandes_5

⁠Poema: "Saudade, Pepe Linarez"
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

tão longe quanto podia enxergar,
tu foste para não mais voltar,
no indivisível, no interno invisível,
no subconsciente adormeceu.
de Pepe Linarez nunca mais se ouviu,
por tanto, mas em vão esperei,
aos poucos que não lhe esqueceram,
restaram somente lembranças com lacunas,
memórias perdidas sem gatilhos,
formou-se mais um abismo para quem já vive deles.

se pudesse voltar no tempo e lhe dizer que o fim seria seu destino, sei que você gargalharia.
se pudesse te contar todas as desgraças,
que nem mesmo sua honra e dignidade sobreviveriam,
e te mostrar que sou o reflexo nos espelhos,
a soma de teus descuidos, produto de sua inconsistência,
de certo te faria se salvar do futuro marasmo,
ou quem sabe desistir de maneira digna.

Inserida por diego_fernandes_5

Poema: "Nenhum Lugar"
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

me afogando entre copos e garrafas,
não enxergo mais nada,
pois o mundo gira mais rápido,
tão mais rápido do que eu imaginava.

ouço sussurros de demônios
com a minha própria voz,
implorando por mais um brinde,
só mais um brinde, nada atroz.

e balbuciam frases inaudíveis,
talvez não haja nada demais
nestes tons agressivos,
ríspidos e de teor fugaz,
que invadem minha mente,
arrancam-me a razão,
sobrando apenas a vontade...

a vontade de que talvez algum dia eu chegue lá,
em Lugar Nenhum, para lá poder me esvair,
talvez me dissipar, partindo para Nenhum Lugar,
pois lá é melhor que aqui.

Inserida por diego_fernandes_5

⁠Borboleta
(Poema de Bruna Wotkosky)

Eu era como uma borboleta recém-saída do casulo,
mas sem forças próprias.
E sem forças, o sangue não corre pelas asas,
e as asas não têm poder para voar.

Eu caminhava errante,
presa ao chão que não era o meu lugar.
Mas em algum momento, o Senhor me levou de volta ao casulo.
E lá, precisei lutar para sair outra vez.

Foi um esforço imenso.
Mas essa luta renovou o fluxo da vida em minhas asas,
e me deu força para voar.

Hoje, ainda lembro do tempo em que andava mais abaixo.
Mas ao lembrar, vejo também a força que precisei para renascer.
E agora, conheço a beleza de voar.

Inserida por Brunawotkosky

⁠O POEMA DO MENINO ASTRONAUTA

(Acredite: Eu acho que fica mais bonito quando declamado em língua de sinais)

"Sou do tamanho do espaço Surdo - infinito.

Sempre crescendo a cada novo sinal que vou aprendendo.

O espaço Surdo é assim: expansivo e criativo.

Está vendo aquele ônibus que dá longas voltas para chegar ao seu destino?

Pois bem, aqui não se diz longo e demorado. Se diz _ônibus-cobra_, que é para encurtar. E todos entendem de pronto!

Isso deixa os blablablantes tontos.

E se pode imaginar uma cobra grande e com rodas, transportando as pessoas, dando voltas sem fim? A resposta é sim - sem problemas. Afinal, é um ônibus-cobra.

Olha que incrível, e que tem bem mais a ver: imaginar a cena é mais prático que a descrever!

Os jogos das mãos; o ballet do corpo e das expressões - criativa imaginação que vira comunicação.

Percebo:

Os olhos também foram feitos para escutar - é assim que acontecer vai além de ser e estar. [...] " (CODA, O MENINO ASTRONAUTA, p. 54 - 55)

Inserida por messiasbelem

⁠Escrevi um poema pra minha mãe há mais de 3 anos, e até hoje eu choro quando leio.

Principalmente quando chego na última estrofe, que aliás foi por onde comecei a escrever o poema.

Mania maluca minha que eu tinha, na época, de começar a escrever os poemas, contos etc pelo final, e aí só depois vinha na mente a ideia do início e do meio.

Eu poderia tentar, mas admito que dificilmente outra homenagem que eu fizesse chegaria no mesmo nível.

Fato é que o escritor "limita" o próprio potencial quando ele escreve de coração

E esse é um retrato fiel.

Te amo, mãe.

Inserida por danmelga

⁠Poema Papel
É como não poder voar...
chorar sem querer...
e quando a vontade aparecer não conseguir chorar...
é a mais pura vontade de crescer...
os sons já não se importam mais...
a tristeza de alguém que não consegue ver...
é a perspectiva que perto está...
e só faz a ansiedade aumentar...
será... que deve ser a vida como ela é...
e se todos nós vivemos de sonhos...
é como não precisar acordar...
viver o presente por ações futuras...
ou não saber viver...
É como não poder voar...

Inserida por Ruptura

⁠Em cada esquina
Deixa um sorriso
Um poema-vida
Um abraço acariciando a alma
E o amor nos olhos
Em forma bem-querer.

Inserida por warleiantunes

⁠Escrevi um poema de luz apagada
E escutei uma voz:
Não vai dar certo lutar contra a correnteza
Na força do braço.
Mas, se eu não ir para a luta
O dia não será bom.
No final é só um poema
Escrito com palavras
Que perdi na memória.

Inserida por warleiantunes

⁠Na palma da mão
O poema
Não é problema
É coração
Amor que abraça
E entrelaça
Dentro de alma.

Inserida por warleiantunes

⁠o poema
é pequeno
e cabe na mão
no coração,
no livro
dentro do bolso
na mente,
o poema é livre
e anda por onde quiser!

Inserida por warleiantunes

⁠em cada batida
palpitação...
em cada partida
inquietação...
em cada poema
antes de mais nada,
INSPIRAÇÃO.

Inserida por warleiantunes

⁠o chão seco
o coração frio
a dor na alma
a angústia que não acaba
e o fim
do poema.

Inserida por warleiantunes

⁠o poema não chega
por mais que eu insista
por mais que eu exista
por mais ou menos
a hora é a guerra
e eu perco todo o meu tempo
quando penso demais.

Inserida por warleiantunes

entra no poema
que no caminho
te explico.
segue aquele poeta
aquela vida
siga em frente
não pare!
na próxima esquina
o futuro.

Inserida por warleiantunes

⁠no poema cabe revolta
pela injustiça do cotidiano.
uma voz gritando por liberdade!
no poema-vida-real
a guerra martiriza
o terror destrói
e o inocente paga caro
sem ter culpa,
poesia não é só amor e flores
é dor e devastação.

Inserida por warleiantunes

⁠escrevo um poema
como se fosse um enigma
vou decifrando palavra por palavra
até descobrir que tudo
é passado, acabou o momento
e não sobrou lembrança de nada
a vida passageira
e eu perdi o tempo
esperando você voltar.

Inserida por warleiantunes