Poema de Pablo Neruda Crepusculario
Poema de Ressaca
Uma lindérrima rapariga
passou adiante,
com uma saia enegrecida
criatura bem laminada.
Criança celebérrima,
alfinetou cada retina.
Quantas vozes em uma só,
desnorteou qualquer sentimento
Atrevi em pegar sua mão
ouvidos macios de doces
palavras firmes não hesitei
ela exalava almas-flores.
Fluídos de desejo pelo todo
no meio a distância
um toque aproximado
calma filho, calma, há tempo.
pele-veludo
rosto, brilho repentino
cabelo espesso e taludo
vaga e remota lembrança
Sede por envolvê-la
em meus magros braços
feminina de sá
corpo bem buliço
remexia à sambá
aquele quadril postiço
Enlaçamos os dedos
carnes ferveram-se cruas
A disse:-Vamos para fora
vamos para a rua.
O mundo é grande,
cabe nossa dádiva
da noite deliberante
e total instigante
pois éramos amantes pós-festa
e proferi-a versos romanescos
(atitude esmiuçada)
copiados do tempo parado
bem ali, naquele lugar
os ponteiros congelaram
me revirava de ponta cabeça
vi o mundo do avesso
aliás, nem mundo eu vi,
ouvi muito menos, sentir quem sabe.
Levá-la-ei ao todo
nos murmúrios do amor
despedir-me bem chocho
embalsamado na terra
Compeliu a saudade acometida
refutei-a com poesia
afim de evitar um desconsolo
esquecer à minha pessoa
em pronome de tratamento
direcionado pelo palpitar lírico
Dulcíssimo foi seus contornos,
inundam minhas reminiscências
trago-te ao pé seu jeito idôneo
sem resignação
por despertar a pureza
onde paira maledicência.
Poema do Imperialismo
Meus companheiros da esquerda
me questionariam se eu
escrevesse que o meu amigo
Ricky vai a América – e não aos EUA.
Com o perdão da palavra, o meu amigo
Ricky vai a América.
Pois me despeço do meu amigo, que vai a América
da mesma forma que despediram-se
as mulheres dos soldados americanos que foram ao Vietnã;
me despeço do meu amigo, que vai a América
da mesma forma que despediram-se
Fidel e Che na Cuba socialista.
Ricky vai a América
e não há ideologia que cure
o imperialismo da dor de sua falta.
Gol nos acréscimos é como no ultimo verso
Uma rima que comove o displicente leitor de um poema saltimbanco
que fingia sé ter versos brancos!
Campina, Grande Campina
Teu brilho é o meu tema
Você sempre nos fascina
És motivo de poema
Desde o tempo dos tropeiros
Dás guarida aos brasileiros
Na Serra da Borborema.
(Homenagem ao aniversário de Campina Grande - PB em 11/10/2012)
Dilema
Vou falar num poema;
Que veio ser meu problema;
Uma dor num dilema;
Uma razão num fonema;
Um concluir numa cena!
Pontos, nas vírgulas cansadas;
Reticências, pra não precisar discutir;
Exclamar, por um ‘Ai’ da amada;
Perguntando, mil vezes pra não sucumbir!
Dar voltas, pra saber o que não tem respostas;
Inventar um ‘senão’, pra “pescar” um talvez;
Reconhecer em parênteses e por linhas tortas;
Só pra tê-la de novo, a confessar o que ele não fez!
Enfatizar o que disse depois, ou como ela quiser;
Reforçando desculpas, dizendo ser pela última vez;
Não cansar em mostrar sua retidão, sua fé;
Já nem sei se: pela 2ª ou 3ª..., afirmar o que ele não fez!
Isso cansa deveras! Provar inocência;
Se confessar um delito provado, já é complicado,
Imaginem então afirmar que não teve ciência;
Que não disse, nem fez, nada, nada de errado!
Como cartada final a comprovar licitudes;
Arrumar evidências com palavras confiáveis e sinceras;
A dar sua razão na versão e na correlata atitude;
Mostrando sua inocência pelo mal, que outro a fizera!
Depois deste sofrer a versejar feito louco;
A lição que aprendi, vai ficar como exemplo gravado;
Para os que vierem a passar pelo mesmo sufoco;
Lutarem sem desistir até chegar num culpado!
Se bem no fim conseguir, esclarecer esta história difusa;
Vou ficar mais tranqüilo, por resolver este triste dilema;
Caso ainda se mostre desconfiada, indecisa e confusa;
Ao menos me deu argumentos pra criar, este Metapoema.
Trovando
Meu poema não soa triste,
não sou poeta triste, não !
apenas retrato o que existe
pelas plagas deste mundão
Campina Grande.
Parabéns minha Campina
o teu nome é um poema
tua beleza é nordestina
o teu roteiro é de cinema
não importa por onde ande
eu te amo Campina Grande
RAINHA DA BORBOREMA.
INSONE
Da boca
da noite
vinha
um
bafo
de outono.
Nos braços
do poema
gemia
uma
lembrança! -
E eu,
sem
sono!...
O ultimo poema
Perdido, como uma ovelha levada ao matadouro, preferiu o esquecimento.
Não consciente de si, percebera que já alcançara o que pretendia.
Na calada da noite bateram em sua porta.
Quem seria? Quem teria tamanha ousadia de importuna-lo?
Era a solidão pedindo guarida,
e chorava tanto, que ele chorou com ela,
dançou sua música, bebeu de sua taça.
Lágrimas, a cicuta dos pobres.
Todavia ela o abraçou, o embalou.
Fê-lo entregar-se pouco a pouco
ao frio de suas palavras.
Era uma noite comum,
mas a solidão deu-lhe um
fim.
Não se explica…
Mas quando se pensa o poema rasga o pronto e explana pensamentos.
Sentimentos só evoluem e o abismo se aproxima.
Traz pensamentos repentinos e sabemos que não merecemos a tempestade forte.
Olhamos as raízes, nem sempre és tão firme.
A dor arranca cada pedaço e tira a estrutura, como sempre grande e forte, maior és a queda!
Mas não podemos deixar isso acontecer.
Temos que permanece mesmo que o solo estava fraco.
O vento vem trazendo lembranças de bons momentos e levando as esperanças e argumentos, ficam só os pensamentos…
Nós resta pular nesse abismo chamado vida e torcer que o paraquedas abra!
Pois não já não temos o paraquedas reserva…
Sei que a queda é inevitável, pois já estou caindo de uma forma que será impossível parar.
O melhor a fazer é orar para Deus me salvar.
Pois sei que já não existem saídas para essa vida cumprida.
Sonhamos a cada momento, sem perceber criamos nossos próprios abismos.
Sei que um sorriso, um abraço iria me salvar.
Mas nada disso irá acontecer, vou permanecer em queda livre.
Mas sei que no momento certo irei chegar em algum lugar, espero estar vivo até lá!
Caminhando eu vou para encontrar a solução para Amar, mesmo sem acreditar que um dia o amor me salvará.
Por isso só Deus para me salvar e sei que Ele nunca me abandonará.
Mas o tempo não quer passar e tudo isso parece um pesadelo!
Quero acordar para puder Amar e do seu lado ficar.
Resta só seu beijo esperar, como isso não irá acontecer vou permanecer caindo sem parar…
Ei você, vem me salvar!
Ser poema
Ser letras e flor
Te mandar cheiros
Te contar poesias
Falar de amor
Dizer de mim
Cantar meus dias
Descrever minha dor
Diz
Como vai
Conta de você
Quebra o silêncio
O gelo
Fala teus segredos
Teus sonhos, teus medos...
21/10/2017
Um eterno poeta 00
Um imaginar
Um poeta sem viver na imaginação atual, sempre o seu poema vai ser lembrado, em todas as músicas sem querer ser de um imaginar, se ele fosse vivo estaria vivo no mundo atual ... (rsm) 07/12/2019
Pássaro morrendo
Nina pássaro
Este poema é para ti
Ave pequena, doce e frágil
Deixe sua alma partir
Perdoe a ignorância da humanidade
e abra as asas para tua liberdade
Vá em paz, em luz e ternura
Iluminar a eternidade com sua suave candura.
POEMA DO ENGRAXATE
Ei dotô, o sinhô bem alinhado,
terno de linho, todo engravatado!
De que adianta tanto estilo assim,
se o brilho do sapato tá tão ruim?
Senta aqui, pega o jorná
Enquanto o dotô se atualiza
o sapato eu vou lustrá!
Do ofício conheço muito
e a clientela é bem ilustre!
O dotô conta suas história
e eu tiro um sambinha no lustre!
Meu sonho é de estudá
e uns trocados quero guardá.
Quem sabe assim um dia
um dotô também venha me torná!
Mas digo sem titubiá,
que desse ofício
muito tenho de me orgulhá
e às vêiz fico até a pensá
que se os apostolo de Jesus
invés de sandália, usasse sapato...
Na noite dos lavapé
os pé não teria lavado
Mas os sapato teria engraxado!
NA MINHA NUDEZ
Na minha nudez
Que eu seja um poema
Um corpo, uma alma
Que o rio rasga e o mar beija
Que me beija sem dó
Como eu gosto
Na fase da lua
Numa bela poesia
Na minha nudez
Que eu seja uma letra
Um poema, uma palavra
Um corpo, uma alma
Que o rio rasga e o mar beija
Sem dó ou piedade
Como eu gosto
Na fase da lua
Numa bela poesia
Você é meu poema,
Sonho escondido em meus versos que se fez presença,
Se materializou em sorrisos largos,
Em pensamentos sinceros,
Em cafunés de palavras de madrugada,
No som da tua voz fazendo concerto e canção dentro de mim,
Girassol,
Sinto seu calor e energia, Quilômetros de separam nossos corpos,
Mas, não existem limites para Alma,
Onde o corpo é apenas um instrumento temporário,
Vou fazer uma coleção de você,
Em canto,
Encanta,
Em poesias,
Te versifico,
Dá mais vontade de te ter comigo, Meu coração infla,
Feito balão de gás hélio,
Flutua, voa pra perto de ti,
Não há distância.
Poema do Amanhã
Entardecer adiante meu velho horizonte, cheio de ternura avermelhado, as vezes com cheiro de chuva, as vezes com cheiro de queimado!!!! Saudoso horizonte que não desiste. De em inúmeras formas o sentido de existir...
Dor
Você é o melhor poema,
Que o meu coração eternizou,
Sua ausência é um dilema,
Devido a saudade que deixou.
Pétalas coloridas e perfumadas,
Encantam esse necessitado ambiente,
Coração cansado da dura jornada,
Coração puro,quebrado e carente.
Coração que caminhou o duro deserto,
Que navegou os grandes mares,
Que teve a coragem sempre por perto,
Coração que foi privado de manjares.
Você é o inexplicável,
De um mundo imensurável,
Desejável e amável,
De segredo,insondável.
Segredo de um momento vivido,
Naquela noite de êxtase e prazer,
Como foi bom ter conhecido,
E no meu coração, a ter.
A maldade do destino,
No universo de um menino,
Como o soar de um sino,
Causando tamanho desatino.
Silêncio e solidão,
Sentimentos e emoção,
Tormento e devoção,
Fragmentos e ressurreição.
Lourival Alves
Caminhei entre as frases
Do teu poema,
E observei o tema.
Pude ouvir a tua boca
Dando voz aos teus pensamentos,
E lembrei dos teus olhos
Nas manhãs carioca,
Sorrindo e fitando a paisagem!
Um poema para uma Telma Abacar Da Silva que eu conheço
Em seu mundo, Telma Abacar Da Silva
Eu não vejo você
Em todas as loucuras, profundo
Profuso, profundo, ... Fundo.
Pensamentos do caderno de poesias
Que tenho em meu quarto
Na mesa de madeira do meu quarto sem mais gente
Eu sei, a minha atitude não foi inteligente
Me tornaria você como um propósito falido
Sou vago e com sonhos irritantes
Aos seus pés
Ao invés disso, ao invés...
Me encontro aos seus pés.
Já me imaginaste em seu cimo?
Pois é, eu também, também... tão bem...
Mas, esta constância
Em conformar a mim mesmo
Nós somos sonhos de noites que tive
e dias que passei dormindo... Para te sonhar em voz alta
Eu sei que você não me faz falta
Mas a falta existe quando admito sua existência
admito, admito,... Mito.
E
Quanto á rebeldia palavrosa da sua boca instantânea
De palavras que deverei colocar na minha coletânea
Instintivas como se o amor não valesse a pena ser tentado viver
É remorsivel como se nada fosse dar certo
Eu queria chegar bem perto
Eu queria ter chegado perto para isso dar certo
Poderíamos ter tido pelo menos um debate aberto.
Mas e agora?
Vivo este hoje achado
Como se eu fosse a inocência
E não tivesse mais que aceitar
Os tristes erros da inocência
Têm em comum um inimigo
Se ao Menos ainda sonhares comigo
Vou querer prestar contas
Como se tivesse vivendo num paraíso.