Poema de Pablo Neruda Crepusculario
Mulher...
Sempre amável e adorada
Doce encanto da morada
Doa-se toda ao amor
Mulher...
Dádiva do criador
Sensibilidade de uma rosa
Mas tem a força de uma rocha
Quando ama é sincera
Mas se magoada é uma fera
Mulher...
Anjo indômito da sabedoria
Fada mãe luz da devoção
Deu a vida a humanidade
Mulher...
Fonte humana da criação
Anjo Protetor
Estou a procura de um anjo
que não sei onde encontrar
Eu escuto seu sussurro
mas procuro ele não esta
Sua voz é muito doce
e seu toque é uma brisa
Fecho os olhos e imagino
como esse anjo seria
Sei que esta sempre ao meu lado
me protege a cada passo
É um anjo protetor
que me guia com amor.
Levada eu... sou apenas aprendiz!!!
Sou uma bruxa que se preza
Sempre sou muito sapeca
Prego peça em muita gente
Pois sou muito inteligente
Sempre entro em enrrascada
Pois eu sou muito levada
Dou valor pra liberdade
Sempre digo a Verdade
Meus olhinhos violeta
Que me dão muita defesa
Me ajudam a fugir
Quando querem me punir
Posso não ter muito juizo
Mas não levo prejuizo
Tenho o dom de ser feliz
Sou apenas uma aprendiz
Beija-flor
Flores em meu jardim vou cultivar
Para o beija-flor aqui vim pousar
E do mel vim provar
Ele traz alegria ao ambiente
Faz do meu jardim
Um lugar atraente
Não tenho muitas flores
Apenas jasmim e rosas
Mas o beija-flor não se importa
Todos os dias ele volta
Quando anoitece ele entristece
Não gosta de ver o jardim se apagar
Mas quando amanhece a alegria o aquece
Ao ver o jardim novamente brilhar
Não quero ser otimista
Sei que aqui ele sempre ira pairar
Não há jardim mais belo
Que o fará mudar
Eu
Não quero ser conduzida
A uma seqüência de erros irreparáveis
Vou levantar a cabeça e seguir em frente
**
Não olharei mais para os lados
Meu foco será apenas um
“Eu”
**
Cansei de ser comparada
Cada um tem seu próprio estilo
Seu modo de pensar... De falar
**
O meu é um
Não vou mais mudar só pra te agradar
Já mudei muito
Já deixei muita coisa pra traz
**
E o que eu ganhei com isso!
**
Mentiras traições
Comparações de tirar o sossego
Não tenho paz
Meu mundo se martiriza em mim
**
O que sou hoje!
Nada
**
Perco-me nas escritas
Sem sair nada da mente
O que escrevo não era realmente o que eu queria
Fica incompleto... Falta sempre um pedacinho
O fim
**
Fico coagida presa na mentira
Quem sabe assim
Ninguém realmente ira me reconhecer.
**
E eu mesma possa esquecer de mim
Pedaços de mim
Meu coração sangra
Sofre sem você aqui
Vive apagado aos pedaços
Não há colagem que o faça se unir
Há pedaços de mim
Por todo o meu quarto
Meu coração em cascalhos
Todo jogado esfarelado
Triste composição
De minha vida e o amor
Não sei viver sem você
Mas acredito friamente
Que não quero mais você
Superação...
É a palavra chave para o meu coração
Unirei os pedaços
Viverei em constante falsidade
Fingindo ser feliz enganando a mim
Sufocando meu coração
Vou ser assim
Sempre juntando
Pedaços de mim
Seus olhos poderiam guiar
minha vida?
Sua boca poderia ser meu
único vicio?
Seu corpo minha perdição?
Você poderia ser meu?
Não...
Você não pode me ver
Não pode me ouvir
Não estou aqui pra você
Não...
Seria errado
Seria sujo
Seria nojento
Você me odiaria
Iríamos para o inferno
Não...
Você nunca o faria
Não me ve de tal forma
Simplesmente não sou
importante
Não...
Não vou mentir não sentir
Não te desejar
Pois bem, amo-te.
Não é preciso palavras
Para definir quem sou
Basta olhar-me nos olhos
E me reconhecerá.
Nunca tive duvidas
De que era verdadeiro
A muito e muito tempo
Roubaste-me por inteiro.
Não preciso de dó
Não mereço
Tal sentimento
Sei que o amor que sinto
É energia pura
Que carrego no peito.
Que a inspiração chegue não depende de mim. A única coisa que posso fazer é garantir que ela me encontre trabalhando.
Soneto a quatro mãos
Tudo de amor que existe em mim foi dado
Tudo que fala em mim de amor foi dito
Do nada em mim o amor fez o infinito
Que por muito tornou-me escravizado.
Tão pródigo de amor fiquei coitado
Tão fácil para amar fiquei proscrito
Cada voto que fiz ergueu-se em grito
Contra o meu próprio dar demasiado.
Tenho dado de amor mais que coubesse
Nesse meu pobre coração humano
Desse eterno amor meu antes não desse.
Pois se por tanto dar me fiz engano
Melhor fora que desse e recebesse
Para viver da vida o amor sem dano.
POEMA MAS INTIMISTA DO MUNDO
(PARA OS ANDES, NA TOADA DE PABLO NERUDA)
PUEDO escribir los versos más tristes esta noche.
Este poema que despertou-me tantas catarses durante a vida
tornou-se um retrato piegas e
emporcalhado na lembrança.
Escribir, por ejemplo: "La noche está estrellada,
y tiritan, azules, los astros, a lo lejos".
El viento de la noche gira en el cielo y canta.
Toda esta composição do cosmos, agora
reflete o voo de uma borboleta
o cravo pregado no peito do passarinho
a insinuação mansa e irregular dos amantes.
Ella me quiso, a veces yo también la quería.
Cómo no haber amado sus grandes ojos fijos.
Amei e fui amado. Rejeitado. Desprezado.
até consumar-se a oratória do poeta popular:
SÓ SOU GRANDE SE SOFRER!
La misma noche que hace blanquear los mismos
árboles.
Nosotros, los de entonces, ya no somos los mismos.
Já não somos os mesmos. E será que fomos algum dia?
entortamos os nossos destinos na curva da aliança?
fizemos arquétipos pessoais?
ya no somos los mismos!
tampouco, o verbo intransitivo direto: amar.
De otro. Será de otro. Como antes de mis besos.
Su voz, su cuerpo claro. Sus ojos infinitos.
E isso: consola-me. Eis que a primavera floreou
os meus braços não te pertencem mais
nem o beijo
a voz
o corpo
meus olhos. O meu olhar já tem a quem...
Ya no la quiero, es cierto, pero tal vez la quiero...
Não quero. Pois já tenho a parte desejada
a rama do outono
o verão do vale
a manhã que entra pela janela.
aquela foi a última dor
pois o meu caminho tornou-se valsa
tango
transeuntes desesperados
e a inspiração do aconchego de
meu novo amor.
Poema do amigo aprendiz
Quero ser o teu amigo. Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias...
Nota: Trecho adaptado da música "Saudação de Amigo", do Padre Zezinho. A autoria do texto tem vindo a ser erroneamente atribuída a Fernando Pessoa.
...MaisEu escrevi um poema triste
Eu escrevi um poema triste
E belo, apenas da sua tristeza.
Não vem de ti essa tristeza
Mas das mudanças do Tempo,
Que ora nos traz esperanças
Ora nos dá incerteza...
Nem importa, ao velho Tempo,
Que sejas fiel ou infiel...
Eu fico, junto à correnteza,
Olhando as horas tão breves...
E das cartas que me escreves
Faço barcos de papel!
Poema de aniversário
Procurei no dicionário,
Com paciência e cuidado,
O real significado
Da palavra aniversário.
Aquele livro pesado,
Mestre dos visionários,
"Pai dos burros" batizado,
Pareceu-me sectário,
Ao responder meu chamado.
Deveras decepcionado,
Joguei o meu dicionário
Na estante, empoeirado,
Para pregar, solitário,
O meu significado
Da palavra aniversário.
Diz assim, o verbete lendário,
Ontem, por mim criado:
"Aniversário: espécie de relicário,
Muitíssimo bem guardado
Nas folhas do meu diário,
Dos versos que eu escrevi,
Com todo amor, e não li,
Durante o ano passado."
Afeto, amor, compreensão - eis os alicerces da vida.
Escrevemos com amor o poema da adolescência.
Com a música do amor, orquestramos a grande canção da existência.
E tu, cético diante da ternura,
impermeável ao sentimento,
aprende esta verdade:
A vida é Amor, e nada mais!
(Rubáiyát)
POEMA DA DESPEDIDA
Não saberei nunca
dizer adeus
Afinal,
só os mortos sabem morrer
Resta ainda tudo,
só nós não podemos ser
Talvez o amor,
neste tempo,
seja ainda cedo
Não é este sossego
que eu queria,
este exílio de tudo,
esta solidão de todos
Agora
não resta de mim
o que seja meu
e quando tento
o magro invento de um sonho
todo o inferno me vem à boca
Nenhuma palavra
alcança o mundo, eu sei
Ainda assim,
escrevo.
Um poema para você, minha amiga querida!
Eu sinto sua falta!
Sinto uma saudade que não sei te explicar de onde vem.
Mas acho que ela vem da minha alma e do meu coração.
Eu sinto que você está precisando de um abraço neste momento, e eu não posso te dar agora!
Sinto que você precisa da minha amizade mais perto de você, mas isso eu também não posso te dar.
Sinto que a distância entre nós é grande, porque existem montanhas de quilômetros que nos separam...
Mas também existe o meu coração cheio de amor por você.
E nada pode me separar de você e nem desse amor que eu sinto em meu peito.
Você é uma daquelas pessoas que eu quero ter do meu lado pra sempre.
Deus deveria deixar que as pessoas que se amam nunca se separem e nem nunca fiquem longe.
E nem nunca briguem, e nem as estradas que nos separem de viver esse amor.
Te amo e não consigo imaginar minha vida sem você.
Eu só queria poder te abraçar agora, poder chorar e rir com você.
Eu só queria poder sentar com você em sua sala ou varanda e poder jogar conversa fora.
Eu só queria poder estar contigo nas madrugadas e conversar e rir virando a noite, sorrindo, ou chorando, feliz ou triste, animada ou desanimada, cheia de otimismo ou não.
Mas o melhor disso tudo é saber que eu tenho você na minha memória, mesmo nunca tendo te dado um abraço...
Eu quero que feche seus olhos agora e sinta o meu abraço, que você sinta o meu amor e carinho por você. Você já fez isso?
E então, sentiu?
Eu senti daqui que você me abraçou agora!
Te amo, minha flor!