Poema de Pablo Neruda Crepusculario

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Poema em Solidão nº9

1º tempo:
Elegia - Ai, que hoje te encontro
e te perco hoje.
Da noite milenar vens
me confessar teu amor dói
em mim como um claro punhal.

- Vinte vezez possuis a minha alma
e me deixas mais-só-na-solidão
que nem a mim mais possuo.

- Ai, hoje que vens,
hoje me deixas,
hoje te encontro
e te perco hoje..."

Inserida por silvia04

Poema em Solidão nº7

Agora longe (agora perto)
Somos
em solidão.
...

Agora sós / agora ilhados
em nós mesmos debruçados,
nos perguntamos sobre nossos sonhos
mortos, e no entanto vivos
- ramo decepado e florido
em nossas mãos..."

Inserida por silvia04

Poema em Solidão nº6

E assim,
- tão de repente -
o silêncio habitou em nós.

Em solidão
Estou
(vestida de silêncio)

Meu silêncio,
eu o construirei como uma torre:
palpável e presente
o edificarei.
...

Entre ti e mim
construirei silêncio
e o silêncio é a ponte
por onde o amor caminha..."

Inserida por silvia04

Poema em Solidão nº5

SOU
e a tua angústia me pressente
e a meus olhos tristes abertos para a vida.
Tua busca
rompe a solidão em que me envolvo
e me revela ao teu olhar inquieto e lúcido.
Desperta e atenta
te percebo e me descubro
a mim, que me construo e me adivinho..."

Inserida por silvia04

Poema em Solidão nº4

De tempo e dor
Se tecem nossas fibras.
Éramos

e, de repente,
já não somos aqueles
que o tempo encontrou ontem.

A cada nova hora,
somos outros.
De dor e de espanto nos fizemos.

Todos os dias me construo
como um muro,
a cada novo instante me edifico.

Nossos olhos
(como muralhas)
nos guardam
e, atrás de nossos olhos
Somos,
prisioneiros em solidão..."

Inserida por silvia04

Poema em Solidão nº3

Ninguém pronuncia meu nome
e em tristeza, minhas horas teço.

A solidão nasce, em mim,
como uma grande e branca flor.
- Meus olhos são dois poentes,
- minhas mãos gestos de adeus.

A memória se insurge: houve uma aurora.
Meus olhos se tingem do apelo do azul.

Dúbia me instalo:

Palavra e eco divi-dida
face no espelho (re)produzida.

A rosa dos ventos permanece
como estrela única,
mas eu sempre restarei.

Em silêncio devoro minha dor..."

Inserida por silvia04

Poema em Solidão nº2

Vem de mim
(essencialmente)
O que te digo:

Estou só e longínqua
e vós,
vois sois, apenas, os que assistis
o passeio da minha solidão.
ESTOU
e esta Árvore Verde
Verde-Vida,
que me descobre e me reclama.

Quando cessaren todos os apelos,
eu serei tranquila e neutra e
tomarei o cinza como minha cor.
(Mas, que farei dos meus olhos, feridos de sol?)

Meus olhos
são quietas janelas
abertas para a vida,
e atrás de meus olhos
Sou
ante a noite sem resposta..."

Inserida por silvia04

Poema em Solidão nº1

Digo-te
Um cântico de verdade essencial.

Estou ilhada,
minha solidão criou barreiras
em torno de mim,
sou terra sem praias,
sou campo sem pouso
(não tentes o vôo)

Estou desligada,
nenhum roteiro termina em mim,
não há porto,
onde descanses a âncora..."

Inserida por silvia04

Dar (o poema)
como dar-se de corpo inteiro, como quem divide
pão amor dúvidas certezas
como quem comparte com doçura
de igual para.
Os EU nos fazem NÓS..."

Inserida por silvia04

NEU POEMA

Um dia farei um poema para mim
Não qualquer lance rimada
Ou coisa como tenho sido assim
Menos que minha vida encarnada.

Farei do nada, como me projetei
Ao mundo de desvairo comovido
Sem escalas, não ao que não sei
A minha vida adulta, brilhos repetidos.

As passagem alheias e minhas, que andei dizendo
Tudo em meu poema será dissertado
A adversidade que existir, ou vi alguém vivendo
Em meu alento o que eu puder deixado.

De guizos nas pastarias, pássaros ao léu
Cantos recursivos nas mesmas horas leu
O mundo, a falta de um beijo no teu véu
Que me descobriu tão minha, a flor que amadureceu.

Inserida por naenorocha

"Um poema, uma canção qual seria a formula pra ganhar seu coração?"

18/01/12

Inserida por LeandroFagundes

# Nestas horas mortas que a noite cria, entre um e outro verso do pavoroso poema, que sob a pálida luz de uma vela eu lia, me chegavam antigas lembranças de um dilema.
Quanto amargo e dissabor o silêncio produz! Entre as sombras vacilantes da noite, chegam em formas indefinidas, que sobre minha cabeça pairam, aves e outras criaturas aladas que de infernal recônditos alçam vôo até minha mente, a perturbar minh’alma.
Essas formas indefinidas das sombras criadas pelo medo, ocupando o vazio do meu ser, preenchendo o que antes era de sentimentos sublimes e, agora, somente o sentimento de dor. O que antes era alegria, agora é tão somente o dissabor.
Que pena paga um condenado pelos sentimentos! Oh, agonia incessante. Que martírios mais terei que suportar? Como um medo tão latente do desconhecido, pode tanto me apavorar? Será do vazio de minha alma que sinto medo? Ou do esquecimento do meu ser, por outro já amado?
Não é do fim da vida que treme minha alma, mas do fim do sentir-se bem eterno. Não mais existir não é tão doloroso quanto o existir sem ser notado, ou amar sem ser amado, ou perder o que jamais será recuperado.#

Inserida por MAYUMIDARKS

E um dia ela me pediu um poema, não sabia ao certo como escrever
ou o que escrever. Pois depois de tudo que passamos e tudo que aconteceu
seria uma prova de fogo escrever algo.
Eu poderia rimar amor com dor
flor e cor, querer e saber.
Só que seria tão clichê
tão normal e um poema pra ela não poderia ser desse tipo.
As noites ficam claras na tua ausência
o céu deixa e ser estrelado e passa a ficar cheio de nuvens
e fazer rimas não é fazer um poema, fazer um poema é traduzir o que diz o coração.

Inserida por Tatisimoes

POEMA DO CÉU

Se eu vier a nascer de novo
Pedirei ao Senhor da vida:
Seja esta a vez da minha morte.
Mandai-me velho,
Com todo o tempo que tive
Deixai-me progressivamente
Eu regressar.
Largai-me cambaleante como uma criança
Nos seus primeiros passos.
Que daí eu desça, remoçando.
Com a carga de tudo o que é meu
Das coisas que vi e fiz.
E siga esquecendo, desaprendendo
Diminuindo ou aumentando.
E que tudo vá se diluindo e consistindo
No olhar atento e sentidos perfeitos de moço.
E que siga esquecendo,
Tudo que lembre dure o tempo de esquecer.
Que a mim seja da beleza
De primeiro ver o crepúsculo
Pra só depois ver a aurora.
Que as estrelas e a lua, eu veja antes
Que a luz ofuscante do sol.
Que as mulheres se surpreendam
Com os beijos que sugarei de suas bocas
Que eu siga de tudo esquecendo...
Que as estações se invertam
Da forma como eu venho vindo e indo.
Que eu veja as águas que não se repetem
Descidas distas dos meus olhos, um dia.
Que as chuvas primeiras sejam as derradeiras
E eu já colha antes de plantar.
Que o meu primeiro presente, uma bola furada
Dê-me a alegria de um menino encantado.
Que eu desça ou suba deslembrando...
Desaprendendo, tendo o sentimento adulto.
Até sentir-me
No regaço de minha mãe
Sugando o colostro,
Que se abram as portas
Por onde entrei e saí
E de tudo esquecido.

Inserida por naenorocha

Felicidade? Uma só –
Pegar este lápis e fazer do dia um rabisco, todo enfeitado:
Poema.

Inserida por michelletrevisani

Relato neste poema, o nascimento da fera
A morte do corpo físico, em uma vontade de espera
Minha poetisa amada, já estava cansada daqui
Esperando só o momento, de Jesus mandá-la ir

Sua vida foi sofrida, vinda do sertão ameno
Chegou aqui nessa terra com seus seis filhos pequenos
Lutou, batalhou e cresceu
Sorriu, sofreu e morreu
Porque estava merecendo

Há quem diga que a morte é o fim de tudo que nasce
Há quem diga que a morte, é um buraco sem face
Mais a morte é o inicio do fim dessa historia
A morte é precipício, que leva para eterna gloria

Agora minha vó querida, está ao lado de deus
Sobre o manto de Maria, diante dos olhos teus
Agora está feliz, correndo na relva sagrada
Enquanto estamos aqui, sofrendo com a partida
De uma poetisa amada.

Inserida por WilliamDiniz

Algún día escribiré un poema
que no mencione el aire ni la noche;
un poema que omita los nombres de las flores,
que no tenga jazmines o magnolias.

Algún día te escribiré un poema sin pájaros
ni fuentes, un poema que eluda el mar
y que no mire a las estrellas.

Algún día te escribiré un poema que se limite a pasar
los dedos por tu piel
y que convierta en palabras tu mirada.

Sin comparaciones, sin metáforas, algún día escribiré
un poema que huela a ti,
un poema con el ritmo de tus pulsaciones,
con la intensidad estrujada de tu abrazo.

Algún día escribiré un poema, el canto de mí dicha.

Inserida por DaVo

O poder do poema

Um poema pode surgir silente, insolente, trôpego, carente, somente semente
Como o canto que só no recolhimento se ouve, ao toque seguro e forte
Que só o alabê mais velho sabe
Ou o eco que da voz da mulher de Aleduma ecoa
Ou o encanto da manhã mais terna
Quando o sol banha manso e surpreso as areias de uma praia distante, bem distante...
Um poema quando quer surge de onde quer
Veste a fatiota de um baile antigo, ou o abadá do bloco de reggae
E sem perigo segue
Sem amarras, pois cordas não lhe servem para as danças das yaôs vestais e marés
Somente meneios doces e vindos dos pés
Um poema consome o tempo da espera e pode durar um minuto, um século ou uma era
Pode despir-se do sorriso desta tarde e inaugurar outro silêncio na aurora
Pode ainda ser cúmplice de um festim posto a contragosto
Dos miseráveis vestidos todos de ternos e gravatas contando bravatas ao oco do mundo
Um poema vai fundo, pode estar imundo, mas dando respostas aos insurretos, ou a outros que se rotulam ou se julgam donos dos becos,vielas e guetos
Um poema pode e deve ser a resposta de quem gosta ou não gosta do que diz alguém
Um só poema vale mais que cem, pretexto para cena é tema
Desarticula o inusitado do verso curso diverso, afluente da estrofe, desabafo, dilema
Ou erro confesso, não sabe o próprio endereço, para desaguar conjunto,
Verbo, promessa e apreço no oceano pretenso do completo sentimento
Que possuo e mereço.

Inserida por calimasa

Mundo, este poema

I

Não me atrevo a falar sobre as pessoas
Nem sobre os trajes humanos, desenvolvidos
Filhos da faminta industrialização
Fetos de insetos, merdívoros, repugnantes

O homem venera a destruição
Guerra, fome produz inocência
Inocência produz o novo produto
Consumido pelos merdívoros

Em cada hemisfério suas fumaças sobem
Cavando o buraco onde se põem os ovos
Impregna-se
Porém a lentidão dos olhos não vê
É fugaz, essa evolução merdívora

Pena...
Pena tem-se de um copo d’água
Metamorfoseado em vinho
Produtos alcoólatras
Que desperdiçam o fruto pela decadência

II

Nas antigas alamedas
Hoje as ciências obscuras
Não haverá mais o novo velho
Cientificamente haverá o velho novo
Imerge-se e emerge-se
Através de uma nova Lei Gravitacional Tecnológica

As lágrimas coroem o rosto
Os próprios Oceanos consomem os peixes
O ar irrita os olhos
E a terra, estas várzeas continentais, absorve os pequenos seres...

Mas há um lugar...
Um lugar onde esse poema se dissolve
Não se sabe bem onde
Talvez no futuro de uma criança
Ou no coração moribundo de um velho
Ou no significado das palavras de uma dócil mulher
Um lugar onde os olhos adormecem
E o mundo é mundo.

Inserida por SantosVasconcelos

Eu pensei em escrever esse poema para que pudesse tocar a sua alma.
Meus sentimentos são estratégias que procura o romance que possa oferecer um abrigo.
Quero-lhe erguer e dá-lhe a felicidade que guardo no fundo de mim, pois em silêncio te caço pelo o meu desejo.
Fico assim perdido em seu olhar e esperando que seu gosto eternamente adormeça em meu querer.

Inserida por JULIOAUKAY