Poema de Pablo Neruda Crepusculario

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No deserto
sem ter condição
de te enxergar
no meio
da tempestade
de areia,
Pois ali você não
se encontra,
De ti o meu peito
toma conta,
Entre nós você
deveria estar.

No passo
da caravana
que segue
em silêncio
carregando
os meus
versos nômades
na bagagem
rumando
ao oásis
do coração,
Como já de ti
tivesse em mim
os beijos teus.

No fundo sei
que te pertenço,
Só sei que
não nos
encontramos
porque ainda
não é tempo,
e a travessia
será longa,
Eu sei que
te ilumino,
Dos teus lábios
sou o sorriso
como a evidente
Estrela do Oriente,
canção de amor
e de recomeço.

Sob o comando do céu azul,

No azul do mar repousado,

A riqueza em letras de Libra,

Pode ser completamente perdida.



Nas mãos feminina está o destino,

Do nosso povo sofrido,

A aurora pode se esgotar...,

Por causa deste outubro talvez perdido.



Não sabemos como será,

Talvez já era o amanhã;

A balança será findada

Pelo toque da martelada.



Temos uma força rendida,

As vozes estão silenciadas,

Trilhas desviadas...,

As almas roucas, e outras sem vida.



Neste outubro talvez perdido,

Cor de chumbo,

Gigante distraído,

O país está comprometido.



Descansa a lira das veredas,

Repousa a harpa das Geraes,

Ergue, enfrenta e reage,

Por um Brasil de paz.

Imenso coração,

Sem temer pecar,

Dê-me a tua mão

E a tua alma.



Intensa sedução,

Armadilha e êxtase,

Se dê completamente

E bem maliciosamente.



Imensa paixão,

Sem temer amar,

Dê-me a tua vida

E serei a preferida.


Intensa loucura,

Amável ternura,

Se dê plenamente

E bem vagarosamente.


Não te segures,

Não me prendas,

Traga-me com calma,

O meu amor é assim

- aprenda

Com o brilho

Que a alma carrega

Presa em si - compreenda!

Museu

Há pratos, mas falta apetite.
Há alianças, mas o amor recíproco se foi
há pelo menos trezentos anos.

Há um leque — onde os rubores?
Há espadas — onde a ira?
E o alaúde nem ressoa na hora sombria.

Por falta de eternidade
juntaram dez mil velharias.
Um bedel bolorento tira um doce cochilo,
o bigode pendido sobre a vitrine.

Metais, argila, pluma de pássaro
triunfam silenciosos no tempo.
Só dá risadinhas a presilha da jovem risonha do Egito.

A coroa sobreviveu à cabeça.
A mão perdeu para a luva.
A bota direita derrotou a perna.

Quanto a mim, vou vivendo, acreditem.
Minha competição com o vestido continua.
E que teimosia a dele!
E como ele adoraria sobreviver!

Vozes
Há uma voz que me diz o que fazer
Há uma voz que me leva até você.
É estranho é cabuloso
Mas não sou o único que ouço
Você já se queixou de também escutar
A voz que insistimos tanto em ignorar


Numa noite escura eu a escutei
Chamando pelo meu nome e não era ninguém.
Na mesma explicação,
(só que no portão)
Você diz ter escutado
Assim que sai
Eu ter lhe chamado.

Parece loucura, mas deve ser mesmo
Ficamos numa sensação estranha de conforto e medo.
Será que devo escutar?
Ou será que devo ainda ignorar?
Se é isso ou aquilo sei lá.
Mas a voz
A voz torna a chamar.

FISIOTERAPEUTA:
Avalia...trata...reavalia...trata...reabilita... alivia...
No passo a passo o passo da evolução, às vezes lenta, mas com ágil dedicação, especialização, com o coração.
Pronto para ouvir, sentar junto, animar... Se preciso for, até chorar...
É um oferecer, dar o olhar, abraçar, apoiar...

Profissional do movimento
Auxílio na dor, no alívio atento
Ombro amigo, manobra, alento
Ao aflito, ali presente, insistente
Dedicação, amparo consistente
Perito aliado na reabilitação...
Ao Fisioterapeuta saudação!
Feliz dia!

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Rio, 13/10/2010

Paixão

Abrase-me, paixão, no seu poente
que o meu fado seja tal que me flama
integralmente... de coração ardente
E o infinito amor há quem ama...
...e aos amantes, afeto, eternamente!

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, março, 06'30"
Cerrado goiano

DE REPENTE SINTO UMA LAGRIMA SOLITARIA DESCENDO LENTAMENTE EM MINHA FACE,TENTO IMPEDIR QUE OUTRAS ACOMPANHEM ESTA PERALTA REBELDE; MAS E IMPOSSIVEL,NAO DEMORA MUITO E OUTRAS VEM APRESSADAMENTE BANHAR MEU ROSTO.DIFICIL TAMBEM E CONTROLAR A PULSAÇAO DO MEU CORAÇAO,QUE DISPARA COMO PURO SANGUE,BUSCANDO O HORIZONTE COM SEDE DE LIBERDADE E VITORIA.MEU CORPO NESTE INSTANTE QUEIMA COMO LAVA FUMEGANTE, E MINHAS MAOS TREMEM COMO SE ESTIVESSE A PRESSAR A UM INCERBERG; E TUDO ISSO PORQUE EM UM MOMENTO DE FRAQUEZA COMEÇEI A RECORDAR NOSSOS MOMENTOS E SENTI UMA IMENSA SAUDADE DE VOCE!

Inserida por Alvinhok2c

Durante toda a minha vida, entendi o amor como uma espécie de escravidão consentida. É mentira: a liberdade só existe quando ele está presente. Quem se entrega totalmente, quem se sente livre, ama o máximo.
E quem ama o máximo, sente-se livre.
Por causa disso, apesar de tudo que posso viver, fazer, descobrir, nada tem sentido. Espero que este tempo passe rápido, para que eu possa voltar à busca de mim mesma - encontrando um homem que me entenda, que não me faça sofrer.
Mas que bobagem é essa que estou dizendo? No amor, ninguém pode machucar ninguém; cada um de nós é responsável por aquilo que sente, e não podemos culpar o outro por isso.
Já me senti ferida quando perdi os homens pelos quais me apaixonei. Hoje estou convencida de que ninguém perde ninguém, porque ninguém possui ninguém.
Essa é a verdadeira experiência da liberdade: ter a coisa mais importante do mundo, sem possuí-la.

Sou não sendo

Sou solitária...
Mas não tenho exatamente solidão.
Todos me conhecem...
Mas não conhecem meu coração.
Posso ser forte...
Mas só possuo fraqueza.
E a única coisa que me circunda...
É a irremediável tristeza.
Sou carente...
Mesmo tendo carinho.
Não sei por que, mas me sinto como...
Filhote de pássaro esquecido no ninho.
Sei o que é certo...
Mais persisto no errado.
A verdade e que já estou acostumada...
Com o mundo amargo.
Sou triste...
Mas sei fazer os que me cercam sorrir.
Só que eles não sabem transmitir alegria para mim.
Sou corajosa...
Apesar de ter medo que descubram...
Que a coragem é o meu grande segredo.
Sou muitas vezes a decepção, que sempre...
Surpreende.
Sou também professora...
Que só ensina, nunca aprende.
Sou para muitos a felicidade...
Enquanto vivo de sofrimento.
Já invadi a intimidade de muitos...
E não conseguiram invadir meus sentimentos.
Por ser o que não sou...
Sou não sendo.
Porque vivo...
"Uma vida que não deveria estar vivendo."

Hoje me rendo a este mundo de ilusão e tortura!
Hoje o deixe me dominar por medo de não acreditar em meus próprios sonhos, anseios...
Hoje estou aqui me vendo do jeito que cultivei a ser...
Não por falta de oportunidades! Mas sim por na acreditar nem em mim mesmo ou acreditar que nem tudo tem que girar ao meu redor!
As pessoas sabem viver sozinhas, mas eu insisto em pensar que tenho que estar ao lado pra não deixar sofrer os que amo...
Mas hoje vi que quem mais sofreu e sofre por medo de confiar... Sou eu!
Hoje só penso o quanto sou tolo e ingênuo, em pensar que significo alguma coisa pra alguém... Hoje posso ser alguém pra o meu filho, pra minha amada, pra meus pais, sei lá!
Amanhã se eu não estou mais ao seu lado... Certamente terá outra pessoa pra me substituir e poder ajudar em tudo que ajudei...
Hoje sou presente por pensar que estou ao lado... Mas se não estivesse certamente apareceria outra pessoa...
Sei lá o que estou escrevendo, acho que devia ser expulso daqui por escrever tantas coisas sem nexos...
Quer saber, to triste, fraco e desolado... Queria apenas um cantinho com paz em minha mente e acreditar novamente em sonhos...
Sonho que se sonha só é só um sonho, sonho que se sonha junto...É realidade...
Mas e eu que nem sonho mais? Farei de quem estiver ao meu redor apenas sonhe? Ou quem sabe nem queira mais sonhar por saber que não chegará a uma realidade?
Não sei... Acho que por mim no fundo no fundo ficaria sozinho com medo de fazer sofrer quem chega-se perto de mim...E quem já está... O bom seria evitar tá trabalho...

Quero amar alguém
Que me faça bem
Que me acorde cedo aos domingos pra passear
Que me leve aos lugares
Que podemos nos sentar
E contar as estrelas
E vê o sol se deitar
E dormir ao meu lado
Pra me esquentar.

⁠Algum dia, em qualquer parte, inevitavelmente, há de encontrar-se contigo mesmo. E só depende de ti se essa será a melhor ou a mais amarga de tuas horas

Pablo Neruda

Nota: Autoria não confirmada.

⁠Você pode cortar todas as flores, mas não pode impedir a chegada da primavera.

Pablo Neruda

Nota: A citação é atribuída a Neruda, mas não há fontes que confirmem essa autoria.

Porque se me virá todo o amor inesperadamente quando me sinto triste e te sinto longínqua.

Inserida por TatiBellaOliveira

⁠A poesia é sempre um ato de paz.
O poeta nasce da paz como o pão nasce da farinha.

Pablo Neruda
Presente de um poeta. Cotia, São Paulo: Vergara e Riba Editoras, 2006.
Inserida por roseneide_costa

É por isso que numa folha de papel pardo ele tentou outro poema. E o intitulou de "Absolutamente Nada". Porque era o que estava em toda parte.

Eu queria pra tu um poema escrever
Mais lembrei q a vida já tinha escrito você
Escreveu os mais lindos versos
Muitas vezes controversos
Escreveu as mais lindas rimas
Que mais pareciam obras primas
A cada linha que passava
Mais interessante você ficava
A cada linha que passava
Cada vez mais eu te amava
Tinha o mais belo significado
que me deixava mais apaixonado
Pelo visto esse poema não tem um fim
Pois a vida percebeu o tanto que tu era importante para mim
E não parou de escrever
A vida escolheu deixar você viver

Incertezas

As vezes estou a pensar
Como seria amar
Não que esse poema,
tenha que rimar.

São muitas dúvidas,
que preciso tirar
A questão é amar ou não amar ?
Meu orgulho fala mais alto
Tanto faz ou não se apaixonar.

Meus sentimentos são como,
fechar os olhos e dormir sem sono
Ser fria soa como uma única opção
Esconder sentimentos que vem do coração.

Inserida por lyviamel2010

No sótão da lua...
existe um poema que jamais foi lido.
Existe um canto, um hino, muito bem ocultado,
muito bem escondido, plasmado
na tinta indelével de um pergaminho.
Fino, tão fino!

Fala de brancas tardes, de infinitas estrelas.
Fala de nós meninos, de nós crianças,
de cordas d'amarras e de longas tranças.
Fala igualmente de ignotas rotas
e de uma epístola sagrada.
Fala de um rumo, de um áureo prumo,
de um pirata, de um corsário,
de um marinheiro… de um Mundo inteiro.

No sótão da lua, existe traçado, um beco
e, tal como o da rua, é quelho, solitário, ermo.
Esconsado, sombrio, covil sem fumo, furna
de marés e de rurais chaminés …
Magoada viela, igual aguarela.

E sobre o esconso, passam dispersos,
rimas, poemas, prosas, líricos versos.

E neles, todos os sons, todos os tons,
dos nossos passos, dos nossos abraços.
Do nosso cheiro. Da nossa história.
Dos nossos pés … calcorreados, doridos
de tão magoados.
Na greda e no sal, na lava e na cal.
No gelo e no sol.
Híbridos. Acasalados, colados,
de braços abertos!

No sótão da lua, inteiros, convictos,
de tão completos, percorrem-se lentos,
famintos, sedentos, de lés-a-lés.
Em troféus de fados, atravessam nuvens,
amam-se em glória, rezam-se afetos.

Inserida por katiacristinaamaro