Poema de Pablo Neruda Crepusculario

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Mais uma virgula
Mais uma pagina,
Mais uma história!
Se vivem varias vidas
Assim sem saber,
Por meio dos livros.
Se respira o impossível
Torna-se real o pensamento,
Indivisível, invisível e intimo.

Inserida por pablodanielli

Calcanhares

Lentamente os calcanhares tomavam o corpo de assalto, voltando os passos dados, como uma tentativa de retroceder no tempo. Em vão, assim como o olhar lançado ao espaço vazio, cortando os sentimentos confundidos, em alguns momentos parecia ser amor e em outros parecia apenas mais uma noite de solidão.

Não havia a possibilidade de um dialogo por menor que fosse a vontade, pois as palavras não faziam qualquer questão de confortar. Era apenas alguém, um objeto, como tantos outros, que ali se deitaram na esperança de esquentar um corpo, preencher um coração, fingir uma emoção.

Crônicas absurdas lidas ao avesso, mais parecidas com notas musicais tortas, para combinar com a imperfeição dos corpos e todos os defeitos que se tentavam esconder, mesmo com o apagar das luzes, o escuro consegue enganar os olhos, mas não consegue confundir a mente.

Não há roupa ou maquiagem suficiente, para tapar tantos prazeres que a carne, mesmo a boca dizendo não, insiste em se entregar. Pode ser um alguém, pode ter um nome ou ser dono de um sorriso, logo abandonado, logo esquecido e quando acaba a sede, por momentos se mostra triste.

Olha as paredes, observa o teto, faz criticas pela falta de organização, pela falta de bom gosto na decoração. Fala e revela para si mesmo que aquela é a única vez, a ultima tentativa de ser mais individuo vazio.

Pensa em alguma desculpa, sem a necessidade de ser convincente, apenas como rota de fuga ou ponto final. Imagina uma boa cerveja gelada esperando por você. Não se importa em saber que não haverá próxima vez.

Essa é a vida, são assim que as escolhas ditas banais são feitas, parecendo filmes com roteiros programados. Ouve um sussurro ao fundo, mesmo tentando ignorar, responde com a voz calma, para não entregar... Vai fechar a porta, não vai ligar e se o acaso ajudar, será apenas um pecado a mais para perdoar.

Inserida por pablodanielli

Um amor indivisível
Com todas as sobras possíveis,
Com todo o afeto desnecessário.
Com todas as lagrimas e sorrisos
Transbordáveis.
Com todos os sonhos intransponíveis,
E com todos os problemas risíveis.
Mas nunca, um amor de vitrine.

Inserida por pablodanielli

Distante dos sorrisos
Meias verdades,
Ou mentiras inteiras.
Cantos escuros da memoria
Que ignora o fato de tudo
Dia ou menos dia
Ter uma volta.
Círculos viciosos
De uma vida mal jogada
Mal dita às palavras,
Que em um jogo desprezível
São capazes de ferir ou iludir.
Fecha as cortinas da sala
Tranca a porta dos quartos
Esconde-se entre cobertores,
Enquanto a vida passa!
Bem ou mal
Lá fora.

Inserida por pablodanielli

O que os frutos daquela velha arvore
Ofereceram-lhe além de ilusão,
E a alguns momentos de falsa vida?
Alguns raios de sol, pouca sombra,
Amores passageiros que perduram
Na memoria por intermináveis anos.
Vividos em alguns outonos intensos
Com sobras de promessas nunca cumpridas,
Envolvidos com puro sentimento
Amores simples, mas que perduram.

Inserida por pablodanielli

Liberdade assistida, vida enjaulada
Entre botões e programas,
Que mantém sua fé!
No apelo brutal, da falsa ideia?
De beleza e realidade.
Você ignora seus sentidos
Em busca de apelos e motivos.
Escravo de letras garrafais
Em fosco ou neon, indicando um caminho,
Para continuar na trilha, para consumir ou sobreviver,
Em um mundo comum ou dito extraordinário, tanto faz!

Inserida por pablodanielli

Há pessoas que não tem dinheiro
Outras tantas não têm saúde
Algumas fazem de conta não ver,
E Algumas se fingem de surdas.
Mas de todas as faltas e carências
A que mais faz mal, para o ser humano,
Não é a de dinheiro ou poder!
É o sentimento que não se compra,
O raio de sol que ilumina o lado humano
Que poucos conseguem ver,
E não agem por merecer.

Inserida por pablodanielli

As pessoas que sonham de mais
Não vivem!
As que sonham de menos
São tristes!
Os que vivem pelos objetivos
Não sorriem!
E as que nunca saem da sombra
Não progridem!
As que não sentem a vida
São cinza!
As pessoas que amam
São felizes!

Inserida por pablodanielli

De quem são aquelas sombras
Perdidas como outras tantas,
Sem nomes, sem retratos,
Espalhadas como sujeiras
Pelos pedaços de calçadas.
Não sabe o que é frio
Não imagina o que é calor,
Sem cor, sem sentimento.
Esperando, o tempo, o momento,
Alguma forma de alento.

Inserida por pablodanielli

Senta, observa os pássaros
Percebe que eles cantam
Percebe que é musica pura.
Mostrando a beleza da vida
No bico e no bater de asas
De uma pequena criatura.

Inserida por pablodanielli

Cruza a vida
Cruzes á morte!
Tropeça nas escolhas
Joga com a própria sorte!

Inserida por pablodanielli

Certas vezes a loucura bate
Outras tantas a realidade,
E você vai seguindo sem saber
Se é cedo ou tarde, pra mudar a vida,
Pra sentir a verdade.

Inserida por pablodanielli

Às vezes
Você atravessa a porta,
Pode ser uma entrada
Ou quem sabe uma saída.
Tudo vai depender
De como você
Vê a sua vida.

Inserida por pablodanielli

Eles te confundem
Falam que é importante,
Mas quando você percebe
Roubam seu dinheiro.
Eles te elogiam
Te enchem de falsos brindes,
Para poder superfaturar
Pedaços de chão e giz.
Fazem propagandas bonitas
Pagam seu gás, compram silencio,
Para você continuar como cordeiro
Em uma republica de bananeiros,
Enquanto os lobos se alimentam
Do medo do povo.
Jogando pelo ralo sujo
O que ainda lhe resta de orgulho,
Mostrando que o cidadão não passa
De um moribundo.

Inserida por pablodanielli

Em um fértil
Terreno da malandragem,
Esconde-se nas entranhas
Do povo,
O medo de ser livre.
Por caminhos mal feitos
Por falta da estrutura ética,
A nobre alma padece,
Em seu próprio ego.
Ansiedade se mistura
Com o desespero,
A dor aos poucos toma conta
Sem nenhum alarde.
Até os ossos dos cachorros
Tiraram-lhe,
Está morrendo de fome
O país com vocação
De vira-lata.

Inserida por pablodanielli

As marcas da mão
Escondem uma vida,
Leves toques e olhares
Disfarçam o sentimento.
Passado guardado...
Na mente, subconsciente,
Como noites e dias,
Respirados de forma intensa,
Como velhos amores...
Que chegam e não guardam lugar.
De tantos sonhos antigos
O presente persiste,
Em trazer o futuro...
Carregado pelo vento.
Ao acaso das escolhas
Quem sabe outras rotas,
Para quem deseja outras bocas,
Na procura desvairada...
Respirar a vida.

Inserida por pablodanielli

“Há pessoas que nascem e morrem, sem se arriscar para saber qual mundo existe por trás da porta”.

Rotas da Liberdade

Inserida por pablodanielli

Na lona
O beijo roubado,
O amor não vivido!
Sobre uma certa luz
Do sol, refletida na lua.
Na lona...
Escondido, delírio,
Sem motivo...
Para levantar,
O corpo só, estendido.
Na lona...
Á navegar,
Dentro de um sonho,
No oceano de um olhar.

Inserida por pablodanielli

E a felicidade
Estapeou sua cara,
Somente pelo prazer
De lhe provar,
Que nunca poderia doma-la.
Tal pedaço do paraíso
Escondido por trás dos dentes,
Que serrados combinavam
Um tímido sorriso.
Continuava lá, sentado...
Há contar ás horas
Ás estações e migalhas,
Que tentava aproveitar.
Poderia ser mortal!
Ser intenso ou puro frenesi.
Á tal momento
Tudo que poderia,
Morrer ou viver...
Está ao alcance
De seus tristes olhos.
E suas mãos não desejavam,
Folhar alguma pagina, a mais sobre a vida.
Deseja o momento eterno de felicidade,
Cobiçava estar diante do paraíso.
Mas á vida...
Insistia em lhe mostrar
Que ao menos para si,
Alegria vã é acompanhada
Pelo sacrifício tolo.
E a eterna...
Por pequenos monólogos de tristeza,
Anunciando a loucura popular,
Por segundos, explorada,
De algum tipo de sorriso.

Inserida por pablodanielli

Alguma porta...
Alguma pedra,
Algum lugar!
Para atravessar...
Para jogar,
Para visitar!
Entre alguns pensamentos...
Entre alguns dias e noites,
Entre alguns corpos para se desejar!

Inserida por pablodanielli