Poema de Pablo Neruda Crepusculario
Pensamentos e palavras nunca trazem vazios e sempre provocam circunstâncias para claros significados e proveitosas lições, pois elas sempre estão carregadas de bondades ou de indiferenças. Alguns discursos podem nos impressionar, e até nos comover pelas palavras que objetivam nos convencer a refletir sobre suas finalidades, porém devemos observar atentamente e comparar a grandeza do que ouvimos, e de quem ouvimos, com o que presenciamos. Às vezes a pompa apenas disfarça um sentido inexistente de renúncia, por isso devemos olhar para as miudezas, para os pequenos gestos, pois são eles que nos emocionam e nos marcam pela sinceridade, pela fé, pela humildade e preenchem os vazios do nosso coração, e completam a parte ausente que alguém sempre deixa. Quando nossas atitudes e palavras são desprovidas do mínimo de honestidade as intenções são vistas com desconfiança, porque a bondade que sai da boca nnunca deve ser diferente da que existe no coração, ambas não podem se contradizer sob pena de nos tornar pessoas de caráter duvidoso. Não é saudável permitir que os olhares das indiferenças nos afetem, nem que conversas inúteis desequilibrem nossas vidas, ou que certezas sem verdades destruam nossa paz, pois pessoas fúteis sempre estão cheias de si e vazias dos outros. A indiferença nos torna volúveis e superficiais, com sentimentos sem vida incapazes de nos transformar, a soberba esfria nosso coração e impede de nos enxergarmos, de nos reencontramos em algum momento de necessidade para renascermos, e isso nos tira a possibilidade de crescimento para alcançar um nível mais puro de conscientização. A maturidade está para todos, mas é preciso conhecê-la, aprendê-la e praticá-la antes de dizermos que somos maduros. Ela nos ensina que o silêncio é um barulho ensurdecedor para ouvidos egoístas e arrogantes, pois na essência de pessoas de vazias todos os sentimentos são ocos.
John Pablo de La Mancha
Algumas lógicas das experiências de vida devemos observar sempre com atenção e muito cuidado, acreditar sem ter certeza, reproduzir palavras sem nenhum esclarecimento, desarmonizar o equilíbrio de um ambiente contaminando a paz, tais atitudes são reprováveis sob todos os aspectos, pois fazer o certo requer completude e não fragmentos. Para algumas situações a descoberta pode ser surpreendente porque, às vezes olhamos para o mesmo que os outros olham, mas enxergamos verdades diferentes, e isso não pode esconder nenhuma razão que seja fato irrefutável. Para aceitarmos uma realidade, ainda que seja difícil, temos de ser realistas e aprender a conviver com certas angústias, que naturalmente confrontam nossas convicções. Porém é árdua tarefa que precisa de discernimento e equilíbrio, para não criar realidades fora do que está acontecendo, do que existe, do que é real e, de nada terá proveito querer viver o que não se pode, e procurar erros na ordem dos fatos é querer encontrar luz na escuridão da ignorância. As dúvidas são compreensíveis e aceitáveis, até certo limite, pois refletem uma descrença diante do desconhecido, porém a permanente recusa leva à desconfianças que se sustentam apenas pelos sentimentos de culpa e de remorsos. Quando nos defrontamos com as contrariedades que a vida nos impõe há tempo para questionar, negar, conhecer, agir, aceitar, participar, permitir... Mas infelizmente este tempo não se recupera, pois se perde em atitudes ingênuas que provocam o distanciamento da realidade, e por mais dura que seja, ao lutarmos contra ela estamos deixando passar bem mais que o tempo, deixamos se esvairem possibilidades, de viver alegres momentos, de construir boas lembranças... Deixamos de proporcionar felicidades.
John Pablo de La Mancha
Bom dia. Nem todas as experiências vividas nos preparam, com a absoluta certeza da proteção para não vivermos sofrimentos ou algo que o valha, contudo compreender nossos conflitos e evitar buscar a culpa somente fora de nós, pelos dissabores que experimentamos, pode significar um novo sentido na descoberta pelo equilíbrio. As razões que nos levam a acreditar nas finalidades podem ser as mesmas que nos possibilitem enxergar a vida de uma forma menos fatalista e com mais chances de absorver boas experiências, sejam vividas ou observadas, e para isso o desprendimento se faz necessário para que possamos perceber que àquelas escolhas intocáveis na verdade sempre foram frágeis, mas se mantiveram no pedestal das certezas para justificar algumas atitudes. Vez ou outra é preciso ignorar entendimentos para definir o próximo passo, e mesmo diante das dúvidas é sempre bom resguardar uma razão qualquer, mesmo que aos outros pareça insignificante, pois, às vezes, temos que nos proteger de nossas mais nocivas imaturidades.
John Pablo de La Mancha
Muitas vezes enquanto o tempo passa não percebemos seus avisos e seguimos a vida de acordo com o que nossa maturidade nos desafia ou como a imaturidade nos ensina, e quase sempre não é da melhor forma. É preciso compreender que nem sempre as razões nas quais acreditamos refletem exatamente o que precisamos fazer, ainda que haja dúvida, mesmo porque as experiências podem cometer enganos e a falta delas podem mostrar um ímpeto sem sentido, mas se insistirmos o resultado poderá nos marcar para o resto da vida. Às vezes deixamos as possibilidades se esvairem sem nos darmos conta de suas tentativas de nos alertar para o futuro, ou mesmo para um presente que ignoramos, isto pode ocorrer em função do que pensamos sobre necessidade e valores e sobre moralidade e ocasião, contudo os vestígios das consequências nos levam a enfrentar as dificuldades criadas por nossa resistência, e nos fazem sentir o peso do arrependimento. O que satisfaz nossas atitudes pode também ocasionar instantes de reflexão sobre o que deveríamos fazer enquanto tivemos quem nos aconselhasse, entretanto, de vez em quando, nos enchemos de inabaláveis certezas que esquecemos das fragilidades às quais a vida nos submetem toda vez que agimos pelo impulso da insensatez, e assim descobrimos que as tolices que cometemos nada mais são que inevitáveis resultados por termos ignorado os sinais que a vida tanto nos mostrou. O bom mesmo é se esforçar para saber diferenciar tempo e possibilidade de momento e efemeridade, pois confundir capricho com necessidade é um castigo para o qual o carrasco sempre está em nós.
John Pablo de La Mancha
Pensar em um breve instante de redenção pode parecer insignificante, mas, às vezes, uma vida inteira de erros e acertos nos mostra que, mesmo na convicta segurança de nossas atitudes, somos frágeis diante de alguns problemas que surgem. Não há recompensa construída em cima do esperado apenas pelo interesse de obtê-la, se não houver o mínimo de desprendimento e um tanto de bondade será em vão todo empenho que se dedique a outrem, e isto torna vazio o sentido que se tenha de amor ao próximo. Os bons ensinamentos estão todos escritos e consumados, porém cumpri-los é tarefa muito árdua para a esmagadora maioria, pois a boca brada a razão do certo para si, o pensamento esconde desobediências conscientes para errar e o coração vai se enchendo de um vazio desmedido que encoraja os egoísmos, substituindo o bem pelo mal. A pretensão do justo é um pouco do que temos de consolo quando o que nos resta é o arrependimento, contudo é prudente que seja verdadeiro e busque a remissão para que a partir de então as mudanças sejam significativas primando pela paz, cultivando o esforço para o bem viver e somando sempre. A bondade sem interesse é sempre um excelente alimento que satisfaz, é fonte de energia que sustenta, é luz que se espalha e nos renova. Portanto não tente trocar seus atos de conflitos e discórdias, incompreensões e intolerâncias, ódios e insensatez por um dia de purificação, pois você até pode sentir um agradável prazer à mesa, mas o doce sabor do peixe não elimina o amargo de seus pecados.
John Pablo de La Mancha
A imperfeição é a justificativa perfeita para os que creem em Deus negarem seus princípios morais quando erram, entretanto para o outro esta justificativa não vale. É comum pessoas dizerem: ERRAMOS PORQUE SOMOS IMPERFEITOS, mas quando é com o outro a condenação é imediata, e nesta hora danem-se os ensinamentos do pai, do filho e do espírito santo. Vivermos nossa vida e nossos problemas é uma árdua tarefa por isso compreensão e ajuda se fazem necessárias, contudo tem os que olham para os erros alheios apenas para apontar o dedo como se isto aliviasse suas culpas e redimisse seus pecados, e assim alimentam hipocrisias e preconceitos. Se importe com o erro dos outros se for para estender a mão ou pelo menos compreender as razões das necessidades que os envolvem, para que não sejamos carrascos apenas por discordância ou mentalidade. Por isso com base nas suas convicções se você não pode, não consegue ou não quer ajudar é um direito seu e merece respeito, mas não critique nem condene quem resolve seus problemas sem fazer mal a ninguém, pois somente quem vive e enfrenta um problema conhece as dificuldades e os sacrifícios que enfrenta para resolvê-lo, e se mesmo assim isso lhe incomodar então é você quem precisa de ajuda.
John Pablo de La Mancha
A felicidade, para muitos, é a necessidade para a qual dedicamos tempo e sacrifícios, sempre se esforçando para aceitar e compreender que ela resume a finalidade da existência humana. Não se trata de uma busca sem limites onde os caminhos podem ser encurtados, nem de capricho imaturo que visa alimentar o egoísmo, tão pouco uma celebração de realizações e glórias, pois a felicidade resulta de benévolas ações que praticamos aos outros e a nós, jamais a alcançarão os que, em nome dos egoísmos e vaidades, para se sentirem felizes provocam a infelicidade de outros. Faça o mais simples não se ocupe da vida alheia, não busque necessidades em vão nem alimente conflitos, não deixe sua vida adormecer enquanto o tempo passa, pois a amargura é a identidade de frustrações provenientes de escolhas erradas, e quando se apossam de nossas possibilidades nos derrotam, não pelo fracasso, mas pela covardia de não tentar. A felicidade está para todos completa e sagaz, contudo é preciso se propor e buscar e, para tanto, às vezes, é melhor se indignar do que resignar. É preciso tratar da felicidade com o objetivo de ser feliz e, não como uma atitude fechada em si para a satisfação pessoal, posto que desfrutar da felicidade não significa bastar a si mesmo, é mais além; é em si mesmo, ajudar o outro a ser feliz.
John Pablo de La Mancha
O entendimento que construímos sobre a vida nos remete às experiências pelas quais passamos e tudo que delas resultam, sob a forma de aprendizados e transformações. Nossos êxitos se forjam em iniciativas pautadas por alguma dose de ousadia e certa medida de desprendimento e, claro, alguns riscos inevitáveis que nos preparam para os enfrentamentos em diferentes níveis de dificuldades, mesmo que previstos. Acreditar que as iniciativas podem nos levar a descobertas sobre nossos limites faz com que nos olhemos com mais cuidado, principalmente em respeito ao que queremos ou entendemos que deveríamos ter. Compreender extremos que separam as vaidades das necessidades são de extremo valor quando nos propusermos a extrair dos esforços lições que nos mostrem que, às vezes, podemos ser frágeis diante de algumas situações, mas não significa desvanecimento, talvez precisamos descobrir em nós capacidades desconhecidas, mas que precisamos explorar de forma saudável para não ficarmos lamentando a falta disso ou daquilo, acreditando que sobre nós advém todos os males. É desnecessário e improdutivo reclamarmos injustamente do que não temos ou do que é difícil conseguir e quase sempre culpamos o mundo ou as pessoas, e da mesma forma é sem sentido nos lamentarmos de nós próprios, pois nossos empenhos e dedicações nem sempre nos levam ao que queremos, às vezes o caminho é longo e árduo. Muitas pessoas não cultivam o hábito da posse do agora dando importância ao que ainda não se realizou, pois se ocupam demais com isso e, às vezes, perdem muito tempo pensando no que lhes falta ao invés de valorizarem o que têm.
John Pablo de La Mancha
Na vida, independente da nossa vontade, conviveremos com algumas adversidades que nos fará provar alguns sofrimentos e, saber e aprender a lidar com isso é tarefa que necessita de desprendimentos e compreensões. À medida que o tempo avança as vivências se consolidam como modelos de observações e exemplos para que tenhamos discernimento no instante das escolhas, a fim de buscar nas certezas o sentido preventivo para nos proteger, entretanto as decisões dependerão de maturidade para agir ou de humildade para ouvir. Sempre temos que considerar possibilidades diante das dúvidas para que os dissabores não se transformem em amarguras que nos aprisionem e direcionem nossos passos, nos moldando como pessoas mesquinhas que responsabilizam a vida por tudo de ruim que nos acontece retirando, assim, a culpa de nossos erros nos tornando egoístas a ponto de acreditar que a vida é injusta e não sabemos o porquê. Algumas situações resultarão da soma de fatores, outras da ordem natural das ações e outras do inesperdo, compreender estas razões é fundamental para sermos coerentes e tentarmos mudar o que estiver ao nosso alcance enquanto a verdade nos mover e o tempo nos permitir. Enquanto vivemos o contínuo processo do amadurecimento se faz importante que nossa consciência se prepare para as diferentes transições da vida, seus efeitos e consequências, pois muitas delas sairão de nós, mesmo que sem querer, e poderemos perder o controle se não tivermos a exatidão de nossos limites. Do contrário seremos nossos carrascos procurando sempre viver o papel de vítima acusando a vida por nossos infortunios.
John Pablo de La Mancha
Não há fim sem começo nem fogo sem calor, isto pode ser mais uma daquelas metáfora ou filosofias da vida que intencionam aconselhar e prevenir, e para muitos são sem sentido, porém, de alguma forma, ilustram um pouco da condição humana em relação às suas paixões, vaidades, convicções, devaneios e tantos outros aspectos que envolvem nossa trajetória. Às vezes uma palavra ou uma simples atitude podem ser decisivas para a construção de um futuro que traga em si expectativas para uma vida pautada em honestidades, e para tanto saber aceitar, compreender e conviver com a verdade e sua importância é imprescindível. Os efeitos e desdobramentos do que se esconde podem perdurar por muito tempo causando estragos constantes e, alguns até irreversíveis, sob a arrogância que prevalece sobre o bom senso justificando um egoísmo, às vezes, doentio que à satisfação de um provoca injustiças a tantos. A verdade quando escondida se apropria de algumas de nossas vontades e também nos escraviza, nos tornando cúmplices de nossas aflições e desesperos, e muitas vezes sem possibilidades de reação diante do que temos de fazer, pois ao negarmos ao outro o direito à verdade lhe retiramos um pouco do direito ao que é certo e justo, e assim nos transformamos em pessoas duras e impiedosas. Por isso não escolha o silêncio que ensurdece quando escondemos a verdade, pois ela aparece não porque tem perna curta, mas porque ganha vida própria e seliberta do nosso controle.
John Pablo de La Mancha
Às vezes o que dizemos precisa, em certa medida, de um pouco de polidez, não para satisfazer um comportamento ou uma exigência, mas para limitar o sentido do que é permitido ou não, pois o entendimento alheio pode não refletir o que quisemos dizer. Somos responsáveis pelo que falamos e não pelo que as pessoas compreendem, contudo atentar para as necessidades que nos fazem formular ideias, percepções e julgamentos é prudente e solidário ao nos expressarmos. Somos dotados de passionalidades e corremos o risco do descontrole, em dado momento, e talvez não se justifique, mas é compreensivo e tolerável. O adágio diz que a boca fala o que o coração está cheio, entretanto podemos contrariar isto ao descobrirmos o quanto de espaço sobra à medida que o esvaziamos destas tolices. Também é preciso olhar o outro lado, pois mágoas criam vida e robustez se o coração de quem ouve estiver preparado para o conflito, por isso o mais simples a fazer é sempre ponderar e se esforçar para que o depois não se transforme em remorsos, e para tanto basta compreender que nem toda fúria é um ato de coragem, e nem todo silêncio é ato de covradia, pois um não anula o outro.
John Pablo de La Mancha
O sentido que nos leva às conscientizações é o mesmo que nos esclarece sobre nossos limites, e isto é bem próximo de um equilíbrio onde a racionalidade, às vezes perde espaço, dando vez ao incomum permitindo aos erros uma constância assustadora. Alguns pensamentos, que pareciam sem importância começam a ganhar vida produzindo palavras e atitudes antes desencorajadas por um medo cauteloso, então os ímpetos também aparecem como se fossem o inevitável destemor que precisava de um momento exato para marcar o destino, porém com a possibilidade de ser a mais errada das escolhas. Contudo os significados vão deixando rastros por um caminho ainda não percorrido que sempre esteve ao alcance das razões, mas distante do querer, e assim as pretensões se apropriam da coerência transformando quaisquer contrariedades em estímulos em busca de desconhecidas experiências, sem nenhuma certeza de que era o melhor a ser feito. Seguirmos nossas convicções em nome de desafios duvidosos, com a intenção de amadurecer ou simplesmente viver experiências, pode ser perigoso e irreparável, pois existem outras formas de crescimento que não exigem sacrifícios por vaidades, pedem apenas paciência e bom senso, pois aprender pela dor nem sempre resulta de uma decisão equivocada muitas vezes é pura teimosia.
John Pablo de La Mancha
A cada obstáculo vencido superamos medos, experimentamos forças, compreendemos dissabores e, acima de tudo descobrimos e aprendemos a respeitar nossos limites, o que nos prepara e nos torna cautelosos para fazermos as melhores escolhas. Nem sempre a obediência a estas condutas nos livra das possibilidades de fracassos, mesmo porque temos a certeza de nossas intenções e quais as razões que as movem, sabendo que, às vezes, as atitudes dos outros nos afetam e, neste sentido, só temos controle do que nos pertence. Por isso é sempre bom pensar e repensar nossas finalidades para que não sejamos intempestivos, pois a impetuosidade é saudável quando as atitudes não causam danos a ninguém. É provável que esqueçamos um ou outro motivo que temos para desistir ou continuar, e algumas definições que nos levam a isso são frutos de alguns instantes vividos que moldaram nossas defesas e mostraram a importância do caráter e, o inestimável apreço aos amigos. Entender o que queremos não significa, necessariamente, que precisamos, pois nem sempre o que nos faz falta é parte daquilo que perdemos ou deixamos de fazer.
John Pablo de La Mancha
É natural que estejamos em constante busca por bem estar e felicidades, e isso nos move a acreditar que os caminhos se distanciam de algumas finalidades quando os temores tomam parte no que se planeja para melhorar. Incertezas e perdas estarão presentes cortejando os vindouros passos, mas nada que assuste ou invalide a vontade de encontrar no destino o espaço que nos é cabível, e perceber o quanto precisamos compartilhar, colaborar, dividir e somar sem a necessidade da simples troca, ou mesmo da oportunidade que não nos pertence. Melhor que vencer é convencer... Convencer no sentido de não vencer só e sim com o outro, ou os outros, afinal convencer significa exatamente isso construir a vitória onde todos tem os mesmos méritos sem importar quem fez pouco ou muito, quem é mais ou menos, quem avançou ou recuou... Dividir os louros olhando o merecimento como fruto da pluralidade é o maior e mais simples gesto de gratidão, portanto também por isso não nos olhemos como EU e não sejamos ingratos em dizer que o sucesso é apenas MEU.
John Pablo de La Mancha
Em algum momento da vida o talvez fosse a melhor solução e a desistência a melhor escolha não por covardia ou apenas medo, mas por prudência e perspectiva. Não há caminho isento de problemas ou com as dificuldades que desejamos, cada passo pode representar um caminho mais curto ou outro mais longo para termos êxito, e em cada um encontraremos diferentes pessoas e seus diversos interesses. Devemos ter cuidado em separar intermitência de constância e nutrir consideração e gratidão, pois nem sempre a proximidade é certeza de ajuda, e justamente por isso temos que ser zelosos na convivência e atentos ao ouvir. Nossas convicções são frutos de indagações e atitudes, mas sobretudo dos exemplos mesmo que alguns não sejam os mais adequados, contudo as possibilidades também se materializam a partir das descobertas e com elas surgem as necessidades e os limites, cabe a nós termos discernimentos para compreendermos os inúmeros problemas que causaremos ou nos causarão, portanto o importante é procurar bom senso para manter o equilíbrio e cultivar humildade para encontrar soluções. Com estas simples atitudes evitaremos precipitações que possam trazer situações sem conserto, e certamente guardaremos no presente verdades que poderão nos servir no futuro.
John Pablo de La Mancha
Nenhuma dor traz em sua experiência o desejo de tê-la vivido ou mesmo provado seu amargor. Diversos são os exemplos que a vida nos deixa, e as realidades vão modelando os enfrentamentos que, vez por outra, surgem de repente para muitos são provações, para outros consequências de um passo mal dado e outros tantos compreendem como desafios. Pode ser que nossas capacidades se forjem e se reinventem em reações quase sempre desprovidas de maturidade, mas que são possíveis e, às vezes, estão mais próximas daquilo que fizemos, se contrapondo ao que gostaríamos de ter feito, mas que por alguma razão não fomos impedidos de fazer. Talvez isto aconteça por acreditarmos que as verdades não podem ser modificadas e desta feita nos limitamos a certas compreensões que tornam obscuros outros entendimentos e, algumas vezes por ingenuidade consentida deixamos de experimentar o mais simples, em outros momentos é por precipitação. Aprender a se impor, sem ser arrogante, nos faz mais seguros e com isso passamos a ter mais sensatez e mais autonomia nas decisões e escolhas, posto que nossa voz passa a ser mais ouvida, e a partir de então saberemos que nem todo silêncio tem o resultado que esperamos.
John Pablo de La Mancha
Os erros que cometemos ao longo da vida nos submetem à experimentações e vivências às quais julgamos ser uma certeza inabalável naquele momento, sem a menor chances de fracasso, entretanto ignoramos o tempo como uma das fontes de maturidade, o que em certa medida é natural, mas que não justifica tampar os ouvidos para bons conselhos nem fechar os olhos para o óbvio. Não importa razão ou emoção quando agimos de maneira egoísta e soberba, pois a consequência sempre ensina e mesmo que a inexperiência seja a desculpa não se pode culpá-lá no todo porque os que já vivenciaram algum revés sempre nos alertam, porém ficamos indifetentes a tudo e a todos e, seguimos na convicção de nossas escolhas. Nem todos os aprendizados se refletem no pior ou surgem das adversidades, algumas de nossas atitudes se refazem em algumas de nossas falhas na tentativa de recuperar a confiança que perdemos e desfazer o medo que nos escraviza, e com isso reavivar o amor próprio para ir à luta, conquistar e tentar ser feliz e, para tanto gostar de nós mesmos, em primeiro lugar, faz uma profunda diferença.
John Pablo de La Mancha
Nem todo conflito é provocado pelas pessoas que o vivem, porém se acreditarmos em verdades que satisfazem nosso silêncio pode significar que, consciente ou inconscientemente, estamos deixando de olhar a dor ou o pesar de alguém, e pior; lhe negando a possibilidade de uma palavra, de um abraço ou de um simples aceno, sem nos importarmos se fazem sentido ou não nossas atitudes. Então o questionamento se resume a compreender o que é o livre arbítrio e para que serve, é claro que temos direito de manifestar resistências e distâncias a quem for, ainda que não seja justo, mas o problema não reside nas razões que nos levam a isso e sim nas que afetam as pessoas em nossa volta, e quase sempre elas são tão inocentes quanto a ignorância que nos leva a endurecer o coração. Algumas certezas nos são entregues quando não temos maturidade suficiente para percebermos certas maldades, e isto tem a clara intenção de nos afastar de pessoas, e assim nos privar de sentirmos afeto, respeito e consideração. Com o passar do tempo, se nos esforçarmos poderemos ter discernimento para reavaliar nossas condutas e rever algumas verdades para tentar viver realidades que sempre nos negamos, contudo se nada fizermos significa que não reconhecemos em nós a mínima bondade para evoluirmos espiritualmente e, que a menor felicidade do outro sempre será refém da nossa arrogância.
John Pablo de La Mancha
Acreditarmos em nossas certezas, em princípio, convém às verdades que defendemos e isso pode nos levar à compreensões egoístas, às vezes insustentáveis. Em algum momento agiremos de forma ingênua ao ponto de sermos induzidos por equívocos e vivê-los como se fossem realidades que nos darão boas experiências, neste sentido o maior problema pode não ser acreditar nos enganos, e sim nos deixarmos moldar e querer viver o que não é possível. Nem toda maturidade se forma da soma do que vivemos com o que fazemos, razão pela qual se explica porque cometemos erros iguais ao longo da vida, pois não há modelo pronto que nos previna das frustrações, mesmo porque podemos ser vítimas de nós mesmos e justamente por isso devemos considerar que em muitos instantes é bem mais proveitoso atentar para o que nos dizem como forma de proteção e olhar em nossa volta exemplos que mostrem por onde não ir. Então o sentido que se opõe ao absolutismo das convicçöes nos concede o autoconhecimento e isto pode resultar em boa maturidade, e esta nos permite algo muito importante, o contato com a dúvida como ponto de equilíbrio, e concluíremos que nossas certezas podem nos mostrar que sempre há possibilidade de falhas, jamais a impossibilidade do erro.
John Pablo de La Mancha
Quando deixamos de ter ou abrimos mão de uma possibilidade quase sempre o fazemos por algum tipo de afinidade, que pode ser do menor ao maior sentimento, e tais cedições ganham compreensão e força à medida que os sacrifícios tem bons resultados. É preciso estabelecer limites para as razões que nos levam a agir em favor do outro para que não nos tornemos escravos de nossos erros, então a prudência deve sempre estar ao lado das certezas quando houver a mínima dúvida quanto às escolhas. Independente das pessoas e ambientes de convivências devemos sempre buscar a harmonia para não dar nenhuma chance às discórdias, sejam elas tolas ou não, por isso temos que nos empenhar para manter o equilíbrio, conter reações e preservar o bom senso, entretanto se faz necessário que todos caminhem para a mesma direção, pois nem todo esforço pode significar êxito se apenas uma das partes fizer renúncias.
John Pablo de La Mancha