Poema de Pablo Neruda Crepusculario
Amo-te tão maciçamente!
Tão decididamente...
Que não há mais chão da minha vida onde não se considere o rochedo deste amor que carrego por você.
Meu amor deu voltas e voltas, enfrentou correntes marítimas e monstros marinhos...
Inventei estórias e reinos encantados, fui herói e vilão. Mágico, palhaço, poeta, cantor e até jardineiro...
Descobri que seu nome estava escrito no meu coração desde antes dos mundos serem inventados.
Nosso amor é chão, mas também é céu.
É real mas me faz viver dentro de um eterno faz de conta apaixonado.
Onde o faz de conta é de verdade, de viver com a linda princesa encantada todos os dias da minha vida.
Este amor rochedo ganhou outros contornos, outros jeitos de ser amor, de se fazer amor, de se sentir amor.
Ganhou e perdeu presenças. Foi e é provado no fogo. Às vezes briga, se defende. Outras, apenas cala. Observa. Aquieta e pacifica.
Mas o querer só cresce, se solidifica. Se empedra de força para desaguar um novo amor, um novo ser feito de dois amores que se transformaram em um único e mesmo amor.
Ah! Se eu tivesse mil vidas para viver ao teu lado.
Viveria todas elas, uma de cada vez, um beijo por vez.
Como se primeiro beijo fosse, como se único fosse, como se remédio fosse.
Ah! Se eu tivesse mil línguas, mil verbos e versos.
Se eu soubesse dizer tudo, se dizer tudo coubesse.
Ah! Se tudo fosse diferente e mesmo assim voltasse a ficar igual.
Eu não duvido! Eu tenho certeza que mesmo de outro jeito
o nosso amor descobriria o jeito, o sentido, a direção que sempre encontra.
Ah! E se fosse antes e não agora?
Veio agora e não me arrependo. Aproveitemos o tempo.
Todo o tempo que agora podemos. Sem perder tempo.
Tornando eterno cada pedaço de tempo.
Ah! Se obrigado eu fosse a viver livre desse amor,
se de outra sorte me tornasse forte.
Escolheria de novo, todas as vezes, a vida de viver dos teus beijos,
de viver deste amor que me aprisiona de liberdade.
Escolheria de novo de amor pertencer somente e para sempre a você.
Já vai tarde a noite. Ao longe, lembro dos teus olhos.
É o que basta para acender-me a vontade de voltar.
Volto tantas vezes que nunca estou suficientemente longe.
Passa o dia, passa o frio, passa o rio e volto a voltar para casa.
Todo dia.
Todo dia volto aos braços, aos abraços, ao beijo dessa casa.
É o que basta para acender-me a vontade de voltar.
Já vai longe a tarde. Lembro da noite desses olhos.
Toda volta acende a luz do caminho até seus braços.
Todo beijo pede o chão da cama dessa casa de ficar com você a vida toda.
Da vontade de voltar, sobram encontros e mais vontade de voltar.
Todo dia.
Linda mulher, eu te amo.
Parece pouco dizer isto,
mas a alegria que aponta em mim
é somente o topo deste agigantado iceberg
de amar-te do piscar dos olhos
à tua eterna mania de fazer-me bem.
Estas linhas só dizem: "eu te amo!"
porque dizendo assim, tão breve,
não se enrolam tentando explicar
o gerúndio de amar-te de vez em sempre.
Pequena, bela, frágil, forte, jardim de cores e perfumes.
Mulher menina e criança adulta.
Força da minha luta, companhia do meu caminho.
No meu peito já não bate coração,
só encontro esta vida de amar-te toda.
Amo-te no tempo e fora do tempo,
ancorei minhas raízes em tua alma.
Deixei levar-me neste rio de alegria.
Descobri-me vivo, lúcido e poeta.
Atravessei vales, escalei abismos,
Subi na árvore mais alta para (es)colher-te.
Realizei sonhos, derrubei muralhas.
Descobri-me vivo, forte e gigante.
Inventei cantigas, chorei e sorri.
Teu amor curou-me, libertou-me, aventurou-me.
Teu amor moveu em mim um assombro de paz.
Descobri-me vivo, inteiro e coração.
Avassalado por ser um louco apaixonado, é um tanto quanto que engraçado.
Se fosse assim com tanta indiferença, e talvez com pouca dor.
Estranho...
Nela havia pelo menos um aspecto que amei, em uma paixão anterior.
Aonde quer que tenha ido,
Lá eu estava;
Para além do tempo.
E aonde quer que estive,
Lá fiquei;
Outro momento,
O amanhã ainda não sei.
hoje, passei a noite pensando,” por quê nunca estamos satisfeitos com nada?”
Porque sempre desistimos no primeiro desafio e partimos para algo diferente?
Pessoas me falam, Pablo não é tão simples assim. E eu pergunto mas porque não é simples!?
E sempre veem com desculpas, botam dificuldades “ a vida tá difícil; não tá fácil continuar ali; tenho que ir embora.
Então eu digo “ ué então é simples sim, pois na primeira dificuldade você desiste e parte para a próxima”. E se amanhã não tiver tudo bem? Como vai lidar com isso?
Vai desistir de novo?
Vai chegar uma hora que você vai chegar a acreditar que o mundo conspira contra você e vai culpar a Deus por isso, mas na verdade você nunca nem se esforçou um único dia!
Então bata essa poeira e passe uma pomada nesses calos e continue buscar com unhas e dentes sua vitória, pois é só nisso que você pensa e nunca persiste por ela!
Já te procurei... por todos os lugares, viajei nas mais loucas estradas e caminhos a tua procura, por momentos achei que tu sorriu pra mim, era só ilusao.
Fiz de tudo pra ter você ao meu lado, até suportar a dor, pois achei que estaria aqui logo depois pra me confortar, isso também foi em vão.
Inúmeras vezes me perguntei se não era digno de ter você, o por quê de nunca conseguir e sempre sentir a sua falta mesmo em momentos que eu achei que tu estava presente.
Fiz da minha vida uma eterna procura e indagação.
Onde está você facilidade?
A Doida
Em um lamaçal uma flor floresceu;
Em um dia ensolarado o céu escureceu;
Após um dia ruim uma doida nasceu;
E em um gesto de sanidade a doida faleceu;
A doida foi embora;
Antes de doida se tornar;
Pois, agora em outra hora;
Ela a de retornar;
Por que doido foste eu;
Que doida a julguei;
Roubei aquilo que era teu;
Sua sanidade guardareis;
Adeus ó doida;
Outro dia nos veremos;
Nos meus delírios minha querida;
Sempre juntos estaremos.
A Lua e o Sol
Ela tem medo do Sol
Mas ama a lua,
O Sol quente, as pessoas notam ele lá,
Já a Lua às vezes é esquecida e deixada pra lá,
Ela teve medo de viver por muito tempo
Hoje ela vive, e as pessoas a amam
Independente do que ela é, eles apoiam
Ela se prendeu demais a alguém,
Hoje ela quer ser livre, mas não sem ninguém
Ela ama os pequenos detalhes, quer que voce note
Seu cabelo, sua roupa, seus riscos e que goste
Porque é como ela se sente bem.
A sorte do cara que tem esse Sol na vida...
Isso mesmo essa moça é sol
Ela aquece, chama a atenção onde passa
Impossível ela passar, e não ser notada
Mas e a lua?
A Lua ainda é a preferida dela...
Pois assim como o sol,
A Lua é o amor da vida dela.
Na serenidade de tuas terras
Habita o ser contente, jubiloso,
Que faz do labor um serviço honroso
Providos pela fé que move serras.
Leito que entretanto, fez-se de guerras,
Pelas postulações do'uro vistoso,
Pretérito opulento e belicoso
No qual o Quinto impera, deveras.
Porém, contentar-me-ei ao proclamar,
Ao mundo, de minha proveniência,
Tal qual não contestaria jamais!
Restarás, ao mundo, lisonjear
A incomensurável luminescência
Que habita as serras de Minas Gerais
Oh, coração fulgurante e acintoso
No etéreo azul voais exuberante
Causais o pranto a quem o amou errante
Em função de seu amor aleivoso.
De atenção quente ao frio doloroso,
Do desprezo atroz e dilacerante,
Fizestes do amor lágrima constante
Afogando-a no sonho impiedoso.
Amai Clítie, a paixão correspondente
E deixai de alimentar-se do pranto
Que a inundou de desamor inclemente.
Certificar-se-á do amor ardente,
Deixarás de fitar o áureo manto
Que a ti ignora constantemente.
Um segredo simples:
Não por mim,
agora, sinto-o eu
por ambos
Ainda que nesse momento, outrora
doutra maneira.
Ainda que nostálgico.
As vezes na vida não fácil te cuntivar mais se crê na vida de Deus ajuda aquele sofrerá ou dificuldade ou na deonça
Sou apenas um pequeno ser
Com uma mente tão cheia,
Turbulenta perspicaz
Transborda palavras em versos
Aqui o presente jaz
Padece e resplandece, escuro
Faz e desfaz, futuro
Parei de sofrer ao pensar na possibilidade de você encontrar outro alguém e ir embora.
Quando percebi que isso me fazia deixar de gostar da minha própria companhia.
Já que por mais que doa, se você partir, eu ainda posso me convidar para dançar.
O erro dele foi tentar ser perfeito
Enquanto tudo aquilo que eu queria
Era o completo
De longe o observo, talvez esteja nas estrelas ou em uma viela qualquer
Bêbado como sempre ficava
Talvez tenha nova namorada
Um novo pra sempre
Não sabe seguir em frente
E mesmo sabendo me amar
Não soube espalhar amor.
Tic Tac
O tempo passa as pessoas falam, eu olho mas não enxergo nada, não escuto nada. Como resolver isso?
Se estar presente e não está não faz nenhuma diferença, pois invisível pareço ter me tornado.
Quem sou eu? O que sou eu? Quem devo ser? Quem eu quero ser?
Dúvidas sempre existiram, elas vinham e iam, mas agora elas vêm e ficam, martelando, perturbando, enlouquecendo.
No peito bate a falta, a falta de algo, um sentimento, uma atenção, uma palavra, um sorriso, um toque, um abraço, um olhar...
Vazio o peito está, depois que todos se apropriaram do que ele ali existiu... um Amor já não existe, uma felicidade já se foi, resta apenas um corpo vazio com uma máscara sorridente trincada, empoeirada e cansada, andando como se tudo não tivesse mudo e que tudo está tudo bem...
Quando tudo estava bem, meu relacionamento, minha carreira, minhas ambições...
Olhei para o céu sem luar, naquela rua escura, silênciosa e um tanto quanto azul.
Desejei morrer...
Pensei.
"Talvez seja isso! O prólogo da morte. Quando você a esquece, e acredita que de fato vive, ela te rouba. Quando a felicidade que tens não condiz com o saldo que você deve ao carma, acredite, logo será cobrado."