Poema de Pablo Neruda Crepusculario

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⁠Eu te amo das primeiras às últimas consequências!
Não preciso nem prometer que assim farei.
Meu coração já decidiu que assim é.
Quero dormir e acordar ao teu lado todos os dias da minha vida.
Haja sol, frio ou chuva.
Incerteza ou ternura.
Gozo ou medo.
Saberei tentar mais uma vez.
Insistir com amor e paciência.
Saberei começar e também parar.
Emprestarei meu sorriso mais doce e acolhedor.
Sou teu. Somente teu.
Não tenha medo de fazer o convite mesmo sem saber se haverá festa.
Vou com você e por você até a estrada começar de novo e de novo.
Não tenha medo de passar pelo mesmo caminho muitas vezes.
Sou paciente e amoroso.
Saberei olhar de novo para a árvore mais alta.
E escolher de novo a maçã mais alta e iluminada.
Sim, meu amor! Quero fazer todos os dias os teus mesmos caminhos
até encontrarmos juntos o prazer de fazermos juntos o mesmo caminho.
Alguma dúvida de que eu te ame tanto "anssim"?

Inserida por pablomassolar

⁠Meu amor, não desista do amor!
Mesmo que haja dor, ainda existe a flor.
Meu amor, não resista ao amor.
Mesmo cansado, o amor sabe o caminho.
Sabe o carinho e encontra melhor descanso.
Deixe o amor chegar e ficar.
Porque ficando, o amor é pão.
Não mande-o de volta para onde a solidão endurece a vontade de amar.
Meu amor, amar só é bom a dois.
Se assim não for, não é amar é azar.
Meu amor, insista na vontade de amar.
Não apague o fogo! Pelo contrário! Acenda-o, alimente-o se a chama acalmar.
Meu amor, amar sozinho é nó.
E só, não quero mais amar.
Meu amor, quero ouvir o seu "vem!".
Porque isso me faz bem.
Quero seu abraço mais demorado.
Aquele beijo mais molhado.
Meu amor, não desista do amor!

Inserida por pablomassolar

⁠Amo-te tão maciçamente!
Tão decididamente...
Que não há mais chão da minha vida onde não se considere o rochedo deste amor que carrego por você.
Meu amor deu voltas e voltas, enfrentou correntes marítimas e monstros marinhos...
Inventei estórias e reinos encantados, fui herói e vilão. Mágico, palhaço, poeta, cantor e até jardineiro...
Descobri que seu nome estava escrito no meu coração desde antes dos mundos serem inventados.
Nosso amor é chão, mas também é céu.
É real mas me faz viver dentro de um eterno faz de conta apaixonado.
Onde o faz de conta é de verdade, de viver com a linda princesa encantada todos os dias da minha vida.
Este amor rochedo ganhou outros contornos, outros jeitos de ser amor, de se fazer amor, de se sentir amor.
Ganhou e perdeu presenças. Foi e é provado no fogo. Às vezes briga, se defende. Outras, apenas cala. Observa. Aquieta e pacifica.
Mas o querer só cresce, se solidifica. Se empedra de força para desaguar um novo amor, um novo ser feito de dois amores que se transformaram em um único e mesmo amor.

Inserida por pablomassolar

⁠Ah! Se eu tivesse mil vidas para viver ao teu lado.
Viveria todas elas, uma de cada vez, um beijo por vez.
Como se primeiro beijo fosse, como se único fosse, como se remédio fosse.
Ah! Se eu tivesse mil línguas, mil verbos e versos.
Se eu soubesse dizer tudo, se dizer tudo coubesse.
Ah! Se tudo fosse diferente e mesmo assim voltasse a ficar igual.
Eu não duvido! Eu tenho certeza que mesmo de outro jeito
o nosso amor descobriria o jeito, o sentido, a direção que sempre encontra.
Ah! E se fosse antes e não agora?
Veio agora e não me arrependo. Aproveitemos o tempo.
Todo o tempo que agora podemos. Sem perder tempo.
Tornando eterno cada pedaço de tempo.
Ah! Se obrigado eu fosse a viver livre desse amor,
se de outra sorte me tornasse forte.
Escolheria de novo, todas as vezes, a vida de viver dos teus beijos,
de viver deste amor que me aprisiona de liberdade.
Escolheria de novo de amor pertencer somente e para sempre a você.

Inserida por pablomassolar

⁠Já vai tarde a noite. Ao longe, lembro dos teus olhos.
É o que basta para acender-me a vontade de voltar.
Volto tantas vezes que nunca estou suficientemente longe.
Passa o dia, passa o frio, passa o rio e volto a voltar para casa.
Todo dia.
Todo dia volto aos braços, aos abraços, ao beijo dessa casa.
É o que basta para acender-me a vontade de voltar.
Já vai longe a tarde. Lembro da noite desses olhos.
Toda volta acende a luz do caminho até seus braços.
Todo beijo pede o chão da cama dessa casa de ficar com você a vida toda.
Da vontade de voltar, sobram encontros e mais vontade de voltar.
Todo dia.

Inserida por pablomassolar

⁠Linda mulher, eu te amo.
Parece pouco dizer isto,
mas a alegria que aponta em mim
é somente o topo deste agigantado iceberg
de amar-te do piscar dos olhos
à tua eterna mania de fazer-me bem.
Estas linhas só dizem: "eu te amo!"
porque dizendo assim, tão breve,
não se enrolam tentando explicar
o gerúndio de amar-te de vez em sempre.
Pequena, bela, frágil, forte, jardim de cores e perfumes.
Mulher menina e criança adulta.
Força da minha luta, companhia do meu caminho.
No meu peito já não bate coração,
só encontro esta vida de amar-te toda.

Inserida por pablomassolar

⁠Amo-te no tempo e fora do tempo,
ancorei minhas raízes em tua alma.
Deixei levar-me neste rio de alegria.
Descobri-me vivo, lúcido e poeta.
Atravessei vales, escalei abismos,
Subi na árvore mais alta para (es)colher-te.
Realizei sonhos, derrubei muralhas.
Descobri-me vivo, forte e gigante.
Inventei cantigas, chorei e sorri.
Teu amor curou-me, libertou-me, aventurou-me.
Teu amor moveu em mim um assombro de paz.
Descobri-me vivo, inteiro e coração.

Inserida por pablomassolar

⁠Na rima escrita me garanto
Posso até te provar
Só não me chama pra freestyle
Que tenho muito o que treinar

Em poesia me dou bem
Escrevo o que vem na mente
Me da caneta e papel
A rima eu bolo rapidamente

Entre basquete e skate
Até mesmo em dançar
Nas rimas me surpreendo
Vendo onde posso chegar

Talvez eu me torne poeta
Rimo no papo sério
E um dia lá na frente
Eu vou fazer sucesso.

Inserida por Pablo240206

A Lua e o Sol

Ela tem medo do Sol
Mas ama a lua,
O Sol quente, as pessoas notam ele lá,
Já a Lua às vezes é esquecida e deixada pra lá,
Ela teve medo de viver por muito tempo
Hoje ela vive, e as pessoas a amam
Independente do que ela é, eles apoiam
Ela se prendeu demais a alguém,
Hoje ela quer ser livre, mas não sem ninguém
Ela ama os pequenos detalhes, quer que voce note
Seu cabelo, sua roupa, seus riscos e que goste
Porque é como ela se sente bem.
A sorte do cara que tem esse Sol na vida...
Isso mesmo essa moça é sol
Ela aquece, chama a atenção onde passa
Impossível ela passar, e não ser notada
Mas e a lua?
A Lua ainda é a preferida dela...
Pois assim como o sol,
A Lua é o amor da vida dela.

Inserida por PabloCalmon

Na serenidade de tuas terras
Habita o ser contente, jubiloso,
Que faz do labor um serviço honroso
Providos pela fé que move serras.

Leito que entretanto, fez-se de guerras,
Pelas postulações do'uro vistoso,
Pretérito opulento e belicoso
No qual o Quinto impera, deveras.

Porém, contentar-me-ei ao proclamar,
Ao mundo, de minha proveniência,
Tal qual não contestaria jamais!

Restarás, ao mundo, lisonjear
A incomensurável luminescência
Que habita as serras de Minas Gerais

Inserida por PabloForzanAbreu

Oh, coração fulgurante e acintoso
No etéreo azul voais exuberante
Causais o pranto a quem o amou errante
Em função de seu amor aleivoso.

De atenção quente ao frio doloroso,
Do desprezo atroz e dilacerante,
Fizestes do amor lágrima constante
Afogando-a no sonho impiedoso.

Amai Clítie, a paixão correspondente
E deixai de alimentar-se do pranto
Que a inundou de desamor inclemente.

Certificar-se-á do amor ardente,
Deixarás de fitar o áureo manto
Que a ti ignora constantemente.

Inserida por PabloForzanAbreu

⁠Eu corro, caio e me levanto.
Eu busco outro eu amanhã ou no ano que vem.
Eu sigo, paro mas eu não volto atrás.
Eu me culpo, me condeno, mas eu me amo.
Eu evoluo, me transformo mas não consigo mudar.

Inserida por pablo_ruben

1978

Em vielas,
Relíquias e cobertas.
Valorize aqueles bêbados
Amigos de taverna!

Inserida por meiacoruja

Desvios

Na escoliose da vida, tenho nunca àquele amor.
Procurei em becos e teatros,
Sem sucesso, um esplendor!
Que louco procura em becos?
Desde a última, o que mudou?

De um adeus, o pensamento:
O pessimismo me domou!
Mas sempre há esperança.
Nos momentos de embriaguez,
O seu astral é o que me cansa.

Inserida por meiacoruja

Lira

Noutro dia, talvez eu encontre em ti
Àquele pequeno cisco de amor.
Traços e formas do teu rir,
Em dunas ou subúrbios por ai.
Truanaz, pois, encontro-me arrebatado de fulgor.

Todavia, jamais me adiantara o agora.
És tu! Tu, somente!
Extasia-me ao menos essa vez
Com um belo ardor.
Ou àquela simples e
Clichê prova de amor.

Adianto-te logo, não serás lamentação!
Apenas fomenta a tormenta que,
Ao empatizar meu sentir,
Deve-te fazer, no mínimo, querer fugir.
Antes que pergunte, sim!
Há fuga pelos deletérios da solidão.

Inserida por meiacoruja

Existir

Em fuga a não aceitar o seu propósito,
O ser não condiz com a sua relevância real.
Existir é algo tão incomum,
Logo pensar sobre é mais intenso,
Mais prazeroso. Fugir do comum é
Deixar as tuas líricas bem mais líricas.
Identifica-o como leitor mais íntimo,
Independentemente do sentimento teu.

As palavras têm significado! Por favor,
Clamo para que não banalizem o seu poder.
Clamo para que todas tenham um significado
Bem mais intenso. E que não apenas as joguemos
No ar como se fossem irrisórias.
Sempre será fácil escrever belas rimas
Apenas para molhar calcinhas...
A pseudointelectualidade é admirada por quem
Jamais viu(ou verá) a veracidade do real intelecto.

Inserida por meiacoruja

Sarabande

O ser do teu ser
Existir do teu existir
O que fazes por aqui?
Céus, meu enfermo mental
Não suporta tua doçura.
Ah... Tua ternura.
Volta a mim êxtase
Catártica da tua escrita!
Eu mais que clamo, aclamo!

Inserida por meiacoruja

O esquizofrênico

Pelas ruas, um destino qualquer.
Doente, chapado e soberbo.
Ecoavam-se vozes que a ele pareciam sobras
Do que sempre quisera ouvir.

Aquele destino antes citado,
No fundo, era apenas um.
Ah, os bordéis da paissandú...
Vulgos e famosos, rompiam classes.
Pobres, ricos ou mulatos.

Em bares, reunia-se com amigos.
Os mais bêbados e desagradáveis possíveis.
Declamavam ideologias, amores ou conquistas.
Discutiam sobre livros, a vida e política.

Por suas falas ou famas, todos sabiam.
Mesmo com defeitos, era um bom moço.
Nunca foi compreendido e,
Por sua vida toda, fora descartado.
Desde lares e amores à sua poesia.

Inserida por meiacoruja

É uma questão de simplesmente sentir (Chopin - Nocturne op.9 No.2)

Abraça-me forte, sinta os batimentos.
Escute a cada vibrato ecoado.
Enquanto eu sinto o teu peito
Destrinchando cada sentimento teu,
Até torna-los algo simples para ti.

Credulamente quero teus cachos envolvendo
Minhas mãos sobre tua nuca.
Teu cheiro consubstanciado ao meu,
Sentindo nossa melodia ser a mais afinada.
Busco a intensidade que exala sobre tua áurea
Sem desapegar das tuas várias vertentes.

Quero integrar meus lábios aos teus e,
Assim, fazer-te o mundo girar.
É uma questão de simplesmente sentir,
Sendo algo tão inconstante
Quanto o próprio amor,
Quando minutos se tornam anos contigo.

Inserida por meiacoruja

Almas (homo)gêmeas

Integrar-me a você se torna uma confusão.
Solidão.
Minhas leis inexoravelmente complexas,
Dobram meu ser. Descobrem você.

Me entenda, amor. Me atenda.
De ti espero tanto, mas pouco me convém.
Sinto-me tresloucado perto de ti. Amado.
E se apenas disso eu viver, quero um trago
De você. Somente você.

Súbitas palavras me veem a cabeça;
Belas e complexas.
Mas nenhuma se equipara ao real.
Meus sentimentos. Sua razão.
Nossa perdição. Paixão.

Inserida por meiacoruja